POLÍTICA
2024, ano em que a troca de farpas entre Paes e Ca…

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3 meses atrásem
Ludmilla de Lima
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o governador Cláudio Castro (PL), que brigam por espaço em 2026, protagonizaram os maiores embates da política do Rio neste ano. Mesmo Alexandre Ramagem (PL) sendo o principal adversário de Paes na campanha, foi Castro que esteve na mira do prefeito, numa estratégia de desgastá-lo junto ao eleitorado. A segurança pública foi o principal tema das trocas de farpas, que anteciparam um “terceiro turno” a nível estadual. Até a campanha, o clima entre os dois era cordial sob os holofotes.
Relembre sete situações que marcaram a relação nos últimos tempos:
1- No primeiro debate da corrida municipal, na Band, no dia 8 de agosto, Paes deu o tônica de que a briga pela Prefeitura do Rio também envolveria Castro. Foi ali que Paes iniciou a estratégia de associar publicamente Ramagem com o governador. “Deputado Ramagem, o senhor era aliado do Wilson Witzel, aliado do Cláudio Castro. Vocês mandam na segurança há seis anos. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro é indicação sua e do senador Flávio Bolsonaro. O que você acha das indicações políticas para comandantes de batalhões e delegacias?”, questionou Paes a Ramagem.
2- Do debate em diante, as farpas foram subindo degraus. No dia 18 de agosto, o candidato do PSD reagiu a uma notícia sobre tentativa de Castro de desidratar a sua coligação a prefeito do Rio. O plano seria afastar o Podemos e o Solidariedade da aliança. “É isso mesmo: Cláudio Castro é Ramagem, o Witzel das eleições de 2024! Aliás, os responsáveis pela segurança pública no Rio!”, escreveu o prefeito no X. O governador rebateu dizendo que Paes “é o maior estelionatário dessas eleições”. E foi além: “Aliás, Eduardo é o maior colecionador de traições da história do Brasil: já traiu César Maia, Lula, Dilma, Pezão e o seu sócio e pai, Sérgio Cabral”. No dia seguinte, Castro exonerou Felipe Peixoto, secretário de Energia e Economia do Mar, que é do PSD, numa forma de atingir o prefeito.
3- No dia 25 de agosto, Paes fazia campanha no Cadeg, em Benfica, na Zona Norte, quando chamou Castro e Ramagem de estelionatários. “Do outro lado passa a turma que destrói o Rio há seis anos, que não cuida da segurança pública e vem tentar dar uma de estelionatário para ganhar o povo. Eles já mentiram muito, essa gente destruiu a saúde e a segurança no estado. Agora eles querem botar as mãos na cidade”, disse o prefeito.
4- Três dias depois, mais um episódio da briga. Castro havia no dia anterior sido criticado mais uma vez por Paes na área da segurança. O governador estaria, segundo o prefeito, “mais focado em distribuir cargos políticos nas delegacias e batalhões da Polícia Militar do que melhorar a segurança pública no estado”. Quando deu o golpe, Paes estava ao lado do vice-governador do Rio, Tiago Pampolha (MDB), então rompido com chefe do Guanabara. O governador, então, atacou o prefeito relembrando a nomeação do deputado Chiquinho Brazão, preso como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, na Secretaria municipal de Ação Comunitária. “Basta ele me dizer qual delegacia e qual batalhão pertence a algum deputado. Ele critica uma coisa e contrata o responsável. Não consigo entender a critica dele… Mais uma vez Eduardo Paes com sua incoerência seletiva“, declarou Castro.
5- E o bate-boca à distância continuou. Ainda nesse dia, Paes durante agenda em Rio das Pedras atirou contra o opositor, chamando de “tragédia” o programa de segurança do governador. “Acho absurdo que a gente tem áreas da cidade que a gente não possa dar aula, não possa ter as clínicas funcionando. Essa é a tragédia da segurança pública comandada pelo governo do estado na sua incompetência tradicional. Quanto mais Cláudio Castro me criticar mais eu agradeço, nós somos absolutamente antagônicos, ele administra de um jeito, e eu de outro”, declarou.
6- As agressões atingiram o ápice quando Paes, durante um evento público no dia 7 de novembro, chamou Castro de “frouxo”. O vice-governador, Thiago Pampolha, estava mais uma vez presente. “Eu nunca vi acontecer o que está acontecendo agora. Perderam a autoridade, a moral e, quando os bandidos e delinquentes percebem que o governante é frouxo, que não tem autoridade, como o caso do governador, eles usam e abusam.”
7- A resposta de Castro veio numa carta direcionada “ao candidato Eduardo Paes” postada nas redes. No dia seguinte ao ser chamado de “frouxo”, o governador escreveu que Paes “extrapola a boa convivência“. “O prefeito precisa entender que o que está sendo avaliado é o seu governo, não o meu. Portanto, não precisa ficar nervoso quando for questionado sobre segurança pública; basta responder o que fez. Porque o que ele não fez todo mundo sabe”, postou.
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POLÍTICA
Por que Lula deveria indicar mais mulheres ao Judi…

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14 de março de 2025
Matheus Leitão
Enquanto as figuras políticas continuam a propagar discursos muitas vezes machistas, Cármen Lúcia, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destaca-se não apenas por seu papel jurídico, mas como uma defensora incansável dos direitos das mulheres. Em recentes declarações, a ministra enfatizou a desproporcional representação feminina nos cargos públicos e a urgente necessidade de ação para corrigir essa disparidade.
Cármen Lúcia criticou abertamente a substituição de mulheres por homens em cargos de poder, especialmente no Judiciário. Ela ressaltou que, mesmo quando há listas tríplices com maioria de mulheres para cargos importantes, a escolha final muitas vezes recai sobre homens. Essa prática, segundo ela, é “inaceitável” e contraria os princípios de igualdade e justiça que deveriam nortear as instituições públicas.
Outro marco histórico recente é a posse da ministra Maria Elizabeth Rocha como a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM) em 217 anos de história do órgão. Em seu discurso de posse, ela afirmou: “Sou feminista e me orgulho de ser mulher”.
Natural de Belo Horizonte, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Elizabeth compõe o STM desde 2007, quando foi indicada durante o primeiro mandato do presidente Lula. Sua trajetória é um exemplo de competência e resistência em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. A nomeação dela não apenas quebra barreiras históricas, mas também reforça a importância da presença feminina em todos os espaços de poder.
No entanto, enquanto mulheres como Cármen Lúcia e Maria Elizabeth Rocha lutam por mais igualdade, o cenário político ainda é marcado por discursos machistas. Recentemente, o presidente Lula deu uma declaração em que se referiu à ministra Gleisi Hoffmann como “mulher bonita” para melhorar a articulação política.
Com duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a recomendação de que esses postos sejam preenchidos por mulheres não é apenas uma questão de representatividade, mas também de justiça e equidade. A indicação de mulheres para essas posições seria um passo significativo em direção a corrigir o longo histórico de desequilíbrio de gênero no Judiciário brasileiro, alinhando as práticas do país com suas aspirações democráticas.
A trajetória e as declarações de Cármen Lúcia e de Maria Elizabeth Rocha não apenas ressaltam a luta contínua pela igualdade de gênero, mas também moldam o discurso sobre o que significa ser uma líder feminina em uma das mais altas cortes do Brasil. Suas lideranças são um lembrete de que a mudança é necessária e possível, e que as mulheres não só pertencem a todos os espaços de poder, como são essenciais para a integridade e a justiça desses espaços.
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José Casado
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Quase metade do ministério de Lula esteve no anive…

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5 horas atrásem
14 de março de 2025
Gustavo Maia
Em plena terça-feira, a festa de aniversário de José Dirceu em Brasília, reuniu 15 dos 38 ministros do governo de Lula — que foi convidado, mas estava voltando de viagem a Minas Gerais.
Estiveram na celebração dos 79 anos do petista os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Saúde), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Carlos Fávaro (Agricultura), Jorge Messias (AGU), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Márcio França (Empreendedorismo), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Margareth Menezes (Cultura), Sidônio Palmeira (Secom), Vinicius Carvalho (CGU), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Assistência Social) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
Recém-empossada na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Gleisi Hoffmann não conseguiu ir à comemoração, mas participou virtualmente. O deputado Lindbergh Farias, namorado da ministra, fez uma chamada de vídeo para ela poder parabenizar o petista de viva voz.
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