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A ciência revolucionária ousada demais para sua época – 17/01/2025 – Ciência

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A primeira tentativa dos pesquisadores James Watson e Francis Crick de tentar descobrir a estrutura do DNA, as moléculas com informações genéticas dos seres vivos, foi um desastre.
O modelo estava errado, e o chefe do laboratório de Cambridge onde eles pesquisavam, Lawrence Bragg, disse em 1952 para a dupla parar de trabalhar com DNA.
Mas, no começo do ano seguinte, quando o pesquisador americano Linus Pauling começou a investigar o assunto, o surgimento de concorrência fez Bragg decidir dar mais uma chance à dupla, como conta Mathew Cobb, no livro “Life’s Greatest Secret: The Race to Crack the Genetic Code” (O Grande Segredo da Vida: A Corrida para Desvendar o Código Genético, em tradução livre).
Em 1953, Watson e Crick tiveram contato com fotografias que seriam parte da pesquisa de outra cientista —Rosalind Franklin— e, rapidamente, desvendaram o mistério.
Em 1962, nove anos depois, eles receberam o prêmio Nobel de Medicina.
Seu trabalho em biologia molecular transformou a genética, a compreensão científica sobre evolução e hereditariedade e foi a base para o desenvolvimento da biotecnologia moderna.
Há muitos momentos como esse na história da ciência, explica Sérgio Ferreira, diretor-executivo do Ciência Pioneira, instituição de fomento à pesquisa que busca por jovens cientistas com projetos ousados e transformadores como esse.
“São grandes descobertas que permitem saltos e revoluções no conhecimento e redefinem nosso entendimento sobre o mundo”, diz ele.
“É o que a gente chama de cientistas maverick.” Ou seja, ousados como o personagem de Tom Cruise no filme “Top Gun”, que tem esse apelido.
“São cientistas que questionam a ciência estabelecida e se arriscam em desafios tecnológicos ou teóricos que pareciam impossíveis.”
É o que também se chama ciência de fronteira, pesquisas que se dedicam a expandir os limites do conhecimento e muitas vezes convergem diferentes áreas —como a biologia sintética, que combina princípios da biologia, da química e da engenharia.
O instituto Ciência Pioneira tem editais que oferecerem bolsas para jovens pesquisadores que tenham projetos de pesquisa ousados e inovadores —especialmente os que estão na fronteira entre biologia e exatas como matemática e física.
Entre os pesquisadores ligados ao instituto, está o biólogo Ivan Domith, que investiga possíveis usos de ácidos clorogênicos (compostos naturais do café) na área de saúde.
Também há bolsistas como a física Alice Marques, que estuda mecânica quântica (a física de partículas subatômicas).
O edital mais recente, lançado em julho, vai dar uma bolsa de R$ 160 mil por ano por três anos para quinze jovens pesquisadores que completaram o doutorado há no máximo cinco anos. Os escolhidos serão divulgados em abril.
Descobertas que revolucionam o mundo
O exemplo mais emblemático de salto científico do século 20 foi a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, publicada em 1905, que mudou completamente a física ao mostrar que o espaço e o tempo estão interligados e são relativos.
A virada do século, aliás, foi cheia destes momentos na ciência: a descoberta da radioatividade por Marie Curie em 1898; o descobrimento do campo magnético rotativo por Nikola Tesla em 1882; a descoberta do elétron em 1897 por Joseph John Thomson.
Nenhum desses trabalhos surgiu no vácuo: a ciência sempre avança com base no conhecimento coletivo produzido por pesquisadores que vieram antes.
“Mas os grandes avanços acontecem quando pequenos grupos de cientistas corajosos desafiam dogmas, lançam novos campos de estudo e exploram territórios desconhecidos”, diz Ferreira.
Como hoje todas essas descobertas estão muito estabelecidas, é fácil esquecer que, quando são feitas, o reconhecimento dos cientistas não costuma ser imediato.
Justamente porque geram avanços grandes ou rompem com paradigmas da ciência, pesquisas maverick acabam rejeitadas, ignoradas, e até mesmo ridicularizadas por muito tempo até serem reconhecidas.
Em 1917, por exemplo, a microbiologista americana Alice Catherine Evans propôs que o leite deveria ser pasteurizado (fervido rapidamente a altíssimas temperaturas e, depois, resfriado) para evitar contaminação por doenças.
Suas ideias foram rejeitadas, porque ela não tinha um doutorado e por ser mulher.
Demoraram 13 anos para que a pasteurização fosse introduzida nos Estados Unidos, em 1930, o que rapidamente diminuiu os índices de contaminação por brucelose, uma doença bacteriana que na época era muito transmitida através do leite.
Embora todos consigam perceber o valor desse tipo de trabalho em retrospectiva, nem sempre é possível prever o resultado quando um cientista propõe um trabalho ousado —especialmente quando a pesquisa ocorre no campo da ciência de base, aquela que não tem uma aplicação prática ou um produto final evidentes.
Foi o desenvolvimento da matemática teórica, por exemplo, que possibilitou os cálculos que levaram o homem à Lua.
Mais incentivo para mais descobertas
A ousadia e, muitas vezes, a dificuldade de se enxergar um resultado prático a partir do trabalho, dificultam o financiamento de projetos, afirma Ferreira.
“Esse cientista maverick é movido muito mais pela curiosidade do que pelo resultado imediato das pesquisas”, diz ele.
Isso gera um ciclo vicioso: muitos pesquisadores promissores acabam indo para áreas que já são muito estudadas e onde já sabem que vão encontrar financiamento em vez de se dedicar aos projetos que realmente queriam, diz Ferreira.
Historicamente, muitos exemplos de grandes descobertas que demoraram para ser reconhecidas vieram de cientistas que pesquisavam em universidades ou instituições estatais.
Um exemplo é o do pesquisador do paleontólogo Robert Thomas Bakker, professor da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Em 1968, ele argumentou que havia evidências de que alguns dinossauros tinham sangue quente e evoluíram para pássaros. Ele foi visto como um criador de controvérsia e não foi citado em outros trabalhos acadêmicos por décadas.
Mas foi o seu estudo que deu início à chamada “renascença dos dinossauros”, uma renovação no interesse popular pelos animais que teve o pico nos anos 1990.
Ferreira, no entanto, argumenta que hoje são necessários mecanismos além da academia e da indústria para fomentar esse tipo de “ousadia científica”, porque os modelos tradicionais de financiamento ficaram progressivamente engessados.
A estrutura da produção acadêmica, explica ele, é projetada para que exista um caminho de desenvolvimento seguro e previsível com os poucos recursos existentes.
“Na academia, os pesquisadores são incentivados a ter projetos que vão produzir resultados publicáveis em jornais científicos em um cronograma previsível”, diz Ferreira.
Já no setor privado, as pesquisas priorizadas são as que têm maior chance de resultar em um novo produto ou tecnologia lucrativos, também de forma previsível.
“Enquanto essa forma de produzir ciência é super importante, ela não deve ser a única”, defende Ferreira.
“Os pesquisadores também precisam ser incentivados a explorar ideias pouco convencionais e fazer perguntas incômodas.”
O objetivo dos editais do Ciência Pioneira, diz ele, é justamente gerar essa possibilidade.
Internacionalmente, existem mais instituições não governamentais com programas de fomento de pesquisas de ciência de fronteira.
A Fundação MacArthur, por exemplo, e o instituto Bill and Melinda Gates, ambos dos Estados Unidos, patrocinam projetos no mundo todo.
Ousadia através dos séculos
Justamente por serem incômodas e desafiaram as ideias predominantes no momento, muitas dessas descobertas revolucionárias demoram anos, décadas —e até séculos— para serem reconhecidas.
Os exemplos vão até antes do desenvolvimento das universidades no modelo como conhecemos.
O médico e filósofo persa Abu Bakr al-Razi, que viveu durante a Era de Ouro do Islamismo, no século 9, foi ridicularizado e até punido fisicamente após descobrir que a febre é um mecanismo de defesa do organismo em 895.
Passaram-se mais de 400 anos para que a medicina adotasse amplamente esse conceito —e, hoje, o médico persa é considerado o patrono da pediatria.
Alguns cientistas foram até mortos —foi o caso do italiano Giordano Bruno, queimado por suas ideias consideradas heréticas pela Igreja Católica no século 16.
Entre outras descobertas científicas, ele descobriu que o Sol era uma estrela como qualquer outra no universo.
Já Galileo Galilei, que viveu no século 17, teve que pedir perdão e renegar suas descobertas para não ser morto após dizer que a Terra girava em torno do Sol (na época, acreditava-se que era o Sol que girava em torno da Terra).
Luigi Galvani, que viveu no século 18, propôs que o sistema nervoso se comunicava através de sinais elétricos.
Ele foi ignorado, até que sua hipótese foi provada por diversos outros cientistas —e a produção de eletricidade por processos químicos hoje é chamada de galvanismo em homenagem a ele.
Além de Curie, Tesla e Thomson, o século 19 foi cheio de cientistas que quebraram paradigmas —e o início do século 20 também.
Nomes como o físico Robert Goddard, que 1909 foi ridicularizado por propor que foguetes espaciais poderiam ser movidos a combustíveis líquidos. O lançamento da nave Apollo 11 em 1969 provou que ele estava certo.
Francis Peyton Rous descobriu que vírus podiam causar câncer em 1911 e foi ignorado por décadas —até ganhar o prêmio Nobel em 1966.
A geneticista Barbara McClintock descobriu em 1951 a recombinação genética e o cruzamento cromossômico e teve suas pesquisas inicialmente rejeitadas. Ela só foi reconhecida décadas depois, e ganhou o Nobel de Medicina em 1983.
Na mesma década, em 1982, o neurologista Stanley Prusiner descobriu os príons, mas suas ideias também foram inicialmente rejeitadas.
O avanço da ciência provou que ele estava certo e pouco mais de uma década depois, em 1997, ele ganhou o Nobel de Medicina.
O imunologista James Patrick Allison, conhecido com Jim Alisson, foi ridicularizado em 1994 quando propôs que as células-T do sistema imunológico eram capazes de ampliar a capacidade do corpo de combater o câncer.
Sua ideias foram sendo provadas e eventualmente levaram a criação de um remédio —o Yervoy, aprovado em 2011 pela agência de saúde dos Estados Unidos.
Em 2018, Allison dividiu o prêmio Nobel de medicina com o pesquisador japonês Tasuku Honjo.
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Como Trump, Putin moldará a política externa da Alemanha? – DW – 04/11/2025

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11 de abril de 2025
Os democratas cristãos conservadores (CDU/CSU) e os social-democratas centrais-esquerdistas (Spd) anunciaram um Acordo de Coalizãoaproximando a Alemanha muito mais perto de formar um novo governo.
Parece atrito internacional e o recente políticas tarifárias Imposto pelo presidente dos EUA Donald Trump Empurrou os negociadores a chegar a um acordo mais cedo, ou mais tarde.
Apresentando o novo acordo na quarta -feira, Friedrich Merz da CDU, provavelmente se tornará o próximo chanceler do paísdisse que a Alemanha estava atualmente enfrentando uma “situação de crescente tensões geopolíticas”.
A resposta da coalizão em espera a esses tempos incertos, disse ele, foi que “queremos e ajudaremos a moldar a mudança no mundo, para a Alemanha”.
Conservadores da Alemanha, SPD Reach Coalition Accordem
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Lars Klingbeil, co-líder do SPD, acrescentou que “este é um ponto de virada. Estamos vivendo em tempos verdadeiramente históricos”.
Quando o novo governo assumir o cargo, esperava -se no início de maio, estará enfrentando vários desafios importantes no cenário mundial.
Que políticas comerciais o futuro governo buscará?
Tarifas íngremes de importação de Trump e o contramedidas Alguns países afetados adotaram em retaliação, enviaram mercados globais de ações em um Espiral descendente e provocou temores de uma guerra comercial global. Como nação orientada a exportação, essas tarifas atingiram a Alemanha particularmente difícil-e mais ainda, pois sua economia esteve em Recessão por mais de dois anos.
O União Europeia gerencia o comércio transatlântico, para que a Alemanha não possa agir de forma independente nesse assunto. É por isso que, à luz de seu vulnerabilidade econômicao governo alemão que está esperando desacaltar.
O acordo de coalizão afirma que a Alemanha buscará “um acordo de livre comércio de médio prazo com os Estados Unidos”, enquanto no curto prazo “, as partes da coalizão visam evitar um conflito comercial com os EUA e se concentrar na redução de tarifas de importação”, em ambos os lados do Atlântico.
Dada a recente série de Trump de Sobre faces econômicosessa abordagem pode ser um pouco otimista demais.
O que vem a seguir para as relações transatlânticas da Alemanha?
Merz tem sido um firme defensor das relações trans-atlânticas. Ele presidiu o Atlantik-Brücke, uma organização não participante dedicada a promover as relações americanas-alemãs, por 10 anos.
E embora ele nunca tenha morado nos Estados Unidos, ele diz que os anos que passou Trabalhando para a empresa de investimentos globais com sede nos EUA Blackrock o tornou muito familiarizado com a mentalidade dos EUA.
No entanto, desde que Trump retomou a Casa Branca por um segundo mandato, parece que a fé de Merz em laços próximos transatlânticos foi abalada.
Quando o presidente dos EUA – falsamente – culparam a Ucrânia por Guerra de agressão da RússiaMerz afirmou que ficou “chocado com Donald Trump”. E ele teria estado igualmente horrorizado quando Trump e seu vice -presidente, JD Vance publicamente envergonhado Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Casa Branca no final de fevereiro.
Trump: ‘Você vai fazer um acordo, ou estamos fora’
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A Alemanha, enquanto isso, saiu do favor de Trump anos atrás, quando o ex -chanceler Angela Merkel ainda estava no comando. Isso não era menos importante para ela Política de refugiados abertosque aparentemente era um espinho nos olhos do nacionalista dos EUA.
Mas, embora Merz tenha se distanciado consistentemente de Merkel politicamente, uma reunião pessoal entre ele e Trump provavelmente não seria fácil. Até o momento, nada foi planejado.
A Alemanha entregará mísseis Taurus à Ucrânia?
Os esforços de Trump para garantir um “acordo” de paz para a Ucrânia relegaram as nações européias para o Papel dos espectadores. Até agora, ele só falou diretamente com o presidente russo Vladimir Putin sobre uma possível estrutura de paz. Zelenskyy da Ucrânia permaneceu afastado das discussões.
Se surgir um acordo, é provável que represente um acordo imposto para a Ucrânia, e a Alemanha e outras nações da UE presumivelmente ficarão com a tarefa de aplicando -o.
A coalizão de entrada parece querer continuar apoiando a Ucrânia. “Estamos com o corajoso povo ucraniano. Eles podem confiar em nós”, disse Klingbeil na quarta -feira. Na realidade, os parceiros da coalizão ainda não tomaram uma decisão final sobre o assunto.
Até então, ainda não está claro como a ajuda militar prosseguirá. Enquanto ele ainda estava liderando a oposição no governo anterior sob o chanceler cessante Olaf Scholz, Merz defendeu o envio Mísseis de cruzeiro de longo alcance de Taurus para a Ucrânia. Scholz se opôs consistentemente à mudança, temendo que pudesse levar a Alemanha a conflitos diretos com a Rússia.
A Europa pode se defender sem que nós apoiemos?
Na noite das eleições em fevereiro, Merz admitiu que não tinha certeza se Trump honraria os compromissos de defesa coletiva dos EUA em OTANO artigo 5, se necessário. É por isso que, ele disse, queria fortalecer a cooperação na defesa européia, “para que, passo a passo, possamos realmente alcançar a independência dos EUA”.
Merz já garantiu a aprovação parlamentar por sua famosa promessa financeira de “o que for necessário” para fortalecer as forças armadas alemãs.
Parte do aprofundamento da cooperação de defesa européia significaria explorar maneiras pelas quais a Alemanha e a Europa podem se beneficiar do dissuasão nuclear Oferecido pelas duas potências nucleares do continente, a França e o Reino Unido. Isso não será uma tarefa fácil, uma vez que nenhuma energia nuclear provavelmente compartilhará prontamente suas capacidades.
Muitas outras nações da UE também mantêm reservas contra uma cooperação militar mais profunda. E primeiro ministro húngaro Viktor Orban Não apenas mantém laços estreitos com o Putin da Rússia, mas também se opõe à ajuda militar à Ucrânia.
A política da UE da Alemanha está perdendo o impulso?
No passado, Merz acusou repetidamente a administração de Scholz de negligenciar os laços europeus, especialmente em relação às relações da Alemanha com seus vizinhos França e Polônia. Agora que ele está pronto para assumir o comando, Merz pretende mudar isso – mas há muito o que fazer.
Apenas dias depois de vencer a eleição, Merz visitou o presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio Elysee, em Paris. Mas Macron está politicamente enfraquecido em casa.
E embora a Polônia possa ter um governo pró-europeu sob o ex-presidente do Conselho da UE, Donald Tusk, Berlim não tem um relacionamento próximo com Varsóvia.
Em todo o entusiasmo da UE por uma integração mais profunda diminuiu, com Movimentos populistas de direita aumentando constantemente em muitos estados membros.
Como a Alemanha reduzirá os riscos de segurança com a China?
Em meio a atrito contínuo relacionado ao comércio com Trump, alguns políticos em Berlim e Bruxelas estão de olho China como parceiro comercial alternativo. Mas o comércio com a China é não é mais tão lucrativo quanto antes. As exportações de carros alemães, uma vez um grande sucesso na China, tiveram o declínio das vendas.
Agora, a UE começou a impor restrições aos veículos elétricos chineses. Como um país orientado para a exportação, a Alemanha provavelmente tentará impedir que essas barreiras comerciais se tornem muito altas.
O futuro governo também terá como objetivo reduzir os riscos de segurança associados à China. No acordo de coalizão, os parceiros concordaram em “impedir efetivamente investimentos estrangeiros em infraestrutura crítica e setores estrategicamente relevantes que conflitam com nossos interesses nacionais”. Esta passagem provavelmente é direcionada diretamente para a China.
Benjamin Netanyahu pode visitar a Alemanha?
Quando se trata de relações com Israel, a Alemanha se vê em um vínculo particularmente difícil. Por um lado, devido à da Alemanha nazista passado e sua orquestração do Holocaustoem que mais de 6 milhões de judeus e quase 5 milhões de outras pessoas de grupos minoritários foram mortos, os governos alemães viram um dever histórico em proteger o estado de Israel.
Por outro lado, Israel’s Ação militar em andamento em Gaza E a Cisjordânia ocupada atraiu algumas críticas guardadas dos políticos alemães por serem desproporcionais.
Israel afirma sua campanha militar em Gaza e o Cisjordânia é erradicar o nacionalista palestino e o movimento islâmico Hamas. Desde 7 de outubro de 2023, as forças israelenses mataram pelo menos 50.000 palestinos em Gaza, esmagadoramente mulheres e crianças e deslocaram mais de 80% da população. A Cisjordânia ocupada também viu recentemente um aumento na violência, com mais de 700 palestinos mortos no mesmo período.
A Alemanha e vários outros países designam o Hamas como uma organização terrorista.
No final de 2024, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão Para o primeiro -ministro israelense Benjamin Netanyahu sob acusações de supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Isso coloca a Alemanha em um lugar difícil. Como signatário para o estatuto de Roma, que sustenta o TPI, a Alemanha seria legalmente obrigada a prender e extraditar Netanyahu, se ele ingressou na Alemanha.
Mas Merz já prometeu que, sob sua chanceloria, a Alemanha faria “Encontre maneiras e meios“Para Netanyahu visitar e deixar o país desmontado.
A Alemanha está abandonando seus objetivos climáticos?
No final da administração de saída, a festa verde conseguiu garantir financiamento significativo para proteção climática e até vi a Constituição alterado Para incluir o objetivo da neutralidade climática até 2045. Mas em escala global, a situação parece muito diferente.
Logo após assumir o cargo, Trump retirou os EUA De todos os acordos climáticos internacionais. Enquanto isso, as principais instituições financeiras dos EUA como BlackRock e JPMorgan também têm distanciou-se de investimentos favoráveis ao clima.
Isso tornará muito mais difícil para a Alemanha impulsionar as medidas de proteção climática em nível internacional. De qualquer forma, grupos ambientais suspeitam que o novo governo não esteja tão comprometido com a questão. Eles vêem a redação do acordo de coalizão – “a proteção climática deve ser equilibrada com a competitividade econômica e a equidade social” – como um enfraquecimento substancial dos objetivos climáticos anteriores da Alemanha.
Este artigo foi originalmente escrito em alemão.
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O prefeito da oposição preso de Istambul aparece no tribunal – DW – 11/04/2025

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11 de abril de 2025
O prefeito da oposição preso por Istambul, Ekrem Imamoglu, apareceu no tribunal na sexta -feira em um dos vários casos contra ele.
Centenas de apoiadores se reuniram do lado de fora do complexo do tribunal no distrito de Silivri, em Istambul, onde o imamoglu está sendo detido e ocorreu a audiência de sexta-feira.
Na audiência de sexta -feira, os promotores procuraram uma sentença de prisão de até sete anos e quatro meses sobre comentários que Imamoglu fez no início deste ano criticando o promotor -chefe de Istambul, Akingurlek.
O prefeito foi preso em março, aguardando julgamento por acusações separadas de corrupção e auxiliar um grupo terrorista.
Sua prisão provocou protestos em massa na Turquia, uma forte venda de ativos turcos e amplas acusações de um judiciário politizado.
Essas manifestações viram cerca de 2.000 pessoas detidas.
Dirigindo -se ao juiz, Imamoglu disse que estava no tribunal porque havia vencido três eleições contra a pessoa “que acha que é dono de Istambul”, uma clara referência ao presidente turco Recep Tayyip Erdoganque começou sua carreira política como prefeito da cidade nos anos 90.
Imamoglu como candidato presidencial
O prefeito foi oficialmente indicado como candidato presidencial do CHP enquanto estava sob custódia.
Uma eleição deve ser realizada em 2028, mas pode chegar mais cedo, e a prisão de Imamoglu tem sido amplamente vista como motivada politicamente, embora o governo insista que o judiciário do país está livre de influência política.
Dois outros tribunais na sexta -feira também estavam realizando audiências sobre casos contra o Imamoglu.
Um é um caso de rigagem de lances que remonta a 10 anos. Na época, ele era prefeito do distrito de Beylikduzu, em Istambul. O outro caso alega que a coleção de doações ilegais e emana das imagens de vídeo circulavam no acúmulo para as eleições locais do ano passado, que mostraram que a equipe do CHP contava feixes de dinheiro.
Protestos anti-Erdogan: O que está por vir para a Turquia?
Turquia Economic Pleation and Iira em Erdogan
A agitação desencadeada pela prisão de imamoglu também foi visto como um protesto contra o governo do presidente Erdogan.
Peru Tem experimentado uma crise econômica há vários anos, com pessoas que sofrem de crescente inflação e altos aluguéis.
De acordo com o TUIK Statistics Institute, a taxa de inflação anual ficou em 42% em janeiro. Além disso, está uma depreciação da lira turca, o que significa que muitos idosos não podem mais pagar os apartamentos em que vivem.
Editado por: Louis Oelofse
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