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A herança da elite do café que ninguém quer encarar – 14/11/2024 – Café na Prensa

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A herança da elite do café que ninguém quer encarar - 14/11/2024 - Café na Prensa

David Lucena

O Brasil se tornou uma potência cafeeira graças, em grande parte, ao trabalho escravo, e a forma como a abolição se deu construiu as bases para uma divisão de terras que permanece racialmente desigual até a atualidade.

Foi por meio da mão de obra cativa que o país alcançou, no século 19, o posto de maior produtor mundial.

Quando atingiu seu ápice, em meados do século 19, a cafeicultura nacional compunha a grande elite escravocrata do Brasil, sobretudo no interior paulista, o que provocou um aumento exponencial da população escrava do estado na época. Em 1823, havia cerca de 21 mil escravos em São Paulo; em 1872 esse valor passou para 169 mil.

A aristocracia cafeeira manteve-se escravocrata até o último instante. Dona do maior poder econômico da época, essa elite conseguiu retardar a abolição o máximo possível –o Brasil foi o último país do continente americano a acabar com a escravidão.

Após a abolição e a substituição da mão de obra cativa pelos imigrantes, os ex-escravizados foram despejados sem acesso à terra. Não houve um projeto de redistribuição agrária, tal qual propuseram abolicionistas como Joaquim Nabuco. Naquele 13 de maio de 1888, o povo negro foi libertado, mas continuou privado de participar plenamente da sociedade.

Por isso, hoje as maiores propriedades rurais do Brasil ainda estão concentradas nas mãos de pessoas brancas. Nas micro propriedades, pretos e pardos até são maioria. Mas, à medida que cresce o tamanho das fazendas, reduz a proporção de negros como proprietários, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em propriedades de 1.000 a 10 mil hectares, há mais que o triplo de brancos (74,7%) em relação aos pretos ou pardos (23,8%). Nas acima de 10 mil hectares, a proporção é de 79% contra 18,9%.

Há algumas iniciativas com a finalidade de apoiar pessoas negras na cadeia produtiva do café. Um desses projetos é o Café di Preto, torrefação comandada por Raphael Brandão que se dedica a comercializar grãos cultivados por fazendeiros negros.

Mas os projetos que existem são escassos, isolados e muito aquém do necessário para uma efetiva reparação histórica. O setor cafeeiro poderia aproveitar este novembro, auge das premiações e eventos da safra, para converter a Consciência Negra em ações efetivas de inclusão.

Acompanhe o Café na Prensa no Instagram @davidmclucena


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Passageiros deixam avião após motor pegar fogo; veja vídeo – 03/02/2025 – Mundo

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Mais de cem passageiros foram retirados de um voo da United Airlines, que ia de Houston, no Texas, para Nova York, nos Estados Unidos, após um problema no motor ser detectado pouco antes da decolagem, quando uma fumaça começou a ficar visível na asa da aeronave, segundo autoridades e a companhia aérea.

De acordo com a CNN, o incidente ocorreu no domingo (2) por volta das 8h35 locais (11h35 em Brasília), no Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston.

O Departamento de Bombeiros da cidade texana disse que enviou suas equipes ao local para ajudar no desembarque dos passageiros da aeronave que havia tentado decolar com destino ao aeroporto de LaGuardia, em Nova York.

A companhia aérea afirmou que ninguém ficou ferido depois que a tripulação do voo 1.382 recebeu o aviso sobre o problema e interrompeu a decolagem.

Um vídeo feito por um passageiro mostra fumaça e chamas saindo da asa do Airbus A319, segundo a afiliada da CNN, KRIV. Nas imagens, uma comissária de bordo pode ser ouvida pedindo que os passageiros permaneçam em seus assentos, ao que alguém se recusa e responde: “Não, está pegando fogo.”

Os 104 passageiros e cinco membros da tripulação a bordo da aeronave foram retirados na pista usando escorregadores e escadas. Eles foram reacomodados em um voo naquela noite, disse um porta-voz da United Airlines à CNN. A FAA (Administração Federal de Aviação) disse que investigará o incidente.

Em menos de uma semana, esse é o terceiro incidente envolvendo aviões nos EUA, os dois primeiros com o registro de mortos. Na quarta-feira (29), um jato comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar sobre o rio Potomac, numa região próxima ao Aeroporto Ronald Reagan, a 6 km do centro de Washington, capital do país; 67 pessoas morreram.

Dois dias depois, um avião pequeno com seis mexicanos a bordo caiu perto de um shopping na Filadélfia, causando uma explosão e incêndio. Todos morreram. Além das vítimas a bordo, uma pessoa foi morta pelo impacto dos destroços. A aeronave transportava uma menina que havia recebido tratamento médico nos EUA, sua mãe, membros da tripulação e a equipe médica, de acordo com o hospital infantil onde a criança foi atendida.



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Pintura de Jesus, de 3 metros, é descoberta em celeiro após 70 anos

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A golden Atena é uma verdadeira fofura: ela pede para ver desenho na TV., leva o controle e a pelúcia preferida. - Foto: @atena_goldezinha/Instagram

Uma raridade. Um casal de Cornualha, Reino Unido, ficou surpreso ao encontrar uma pintura enorme de Jesus Cristo perdido no celeiro da casa que os dois compraram. A obra permaneceu oculta por mais de 70 anos.

O local foi adquirido recentemente por Sarah Worne e seu marido. No momento da descoberta, eles removiam chapas de papelão que cobriam as paredes do celeiro. Quando Sarah se deparou com a imagem, o choque foi grande.

“Eu estava empurrando as folhas de volta para meu marido e, quando puxei a última folha para entregá-la a Mika, ele não conseguiu ver o que havia atrás dela e eu apenas disse ‘Jesus!’”, contou a mulher em entrevista ao CornwallLive. Sarah, que é ex-professora de artes, acredita que a pintura seja de um artista da região de Newlyn.

Retrata crucificação

A obra retrata a crucificação de Jesus, acompanhado por duas figuras que podem representar a Virgem Maria e o apóstolo João.

O quadro tem 3 metros de altura e, apesar de ter sido feito há muito tempo, apresenta poucos danos.

Algumas rachaduras e sinais de mofo foram encontrados, mas nada que possa comprometer o visual da obra de arte.

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Origem da obra

Sarah dedicou boa parte de sua vida a ensinar arte.

Segundo ela, a obra parece estar ligada a Newlyn. O local, entre 1920 e 1930, ficou conhecido por suas famosas pinturas religiosas.

Uma assinatura sutil no verso da tela também dá pistas: Teresa Fuller, datado de 1951-1952.

Novo lar

Para proteger a obra e sua história, Sarah e Mike decidiram transferir a tela para a Igreja de St. Bartholomew, em Lostwithiel.

Em contrato com a reverenda do local, Sheila Bawden, eles conseguiram arrumar todo o processo.

Lá, Sarah acredita que o quadro vai ser melhor armazenado e espera que os moradores locais possam reconhecer e contribuir com mais informações sobre a origem da artista.

“A pintura tem um pouco de mofo e umidade – então pensamos em movê-la para a igreja, onde ficaria em um espaço mais seco. Eu também esperava que as pessoas na cidade de Lostwithiel pudessem vê-la e me contar mais sobre a história dela”, disse a mulher.

Sarah Worne e o marido Mike decidiram deixar a obra em uma igreja local. Lá, ela vai ser melhor preservada. - Foto: Emily Whitfield-Wicks/SWNS Sarah Worne e o marido Mike decidiram deixar a obra em uma igreja local. Lá, ela vai ser melhor preservada. – Foto: Emily Whitfield-Wicks/SWNS A pintura de Jesus foi encontrado dentro de um celeiro, por um casal que limpava o local. - Foto: Reprodução/Forpsheffield.org.uk A pintura de Jesus foi encontrada dentro de um celeiro, pelo casal que limpava o local. – Foto: Reprodução/Forpsheffield.org.uk



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Em Mons-en-Barœul, preocupação com o fim da missão dos educadores de rua, devido à queda de subsídios

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Em Mons-en-Barœul, preocupação com o fim da missão dos educadores de rua, devido à queda de subsídios

Abdel Ziani, chefe de serviço da Azimutut Association, durante uma conferência de imprensa para educadores especializados no norte, após o projeto de redução do orçamento em Mons-en-Barœul, em 29 de janeiro de 2025.

As primeiras voltas começaram a empurrar na década de 1960. «La zup». Desde então, se os programas de renovação urbana embeleziam o ambiente de vida, as dificuldades sociais não desapareceram pelo encantamento. Os educadores da Azimutut Association conhecem a vida cotidiana dos habitantes, as crianças que viram crescer, as famílias que devem ser apoiadas. No início da tarde, sexta -feira, 31 de janeiro, Hicham Hamroni e Alexis Mullier retomam duas adolescentes em um banco, suas sacolas de classe a seus pés. “Você nos conhece?” »»solicita o primeiro educador. “Sim, você está em Rabelais”responde o maior. Rabelais é uma das duas faculdades em que trabalham para lutar contra a queda da escola. Não se preocupe com esses dois, a faculdade está preparando seus dias abertos, os dois assistentes sociais sabem que os cursos terminou excepcionalmente.

Os educadores de rua não estão apenas concedendo o betume. Eles também trabalham nas escolas, na casa do bairro, mantêm relações com parceiros locais. “É hiperutil quando você precisa desvendar situações complexas. Nós não fazemos nada sozinho ”Assim, Insiste em Abdel Ziani, chefe de serviço em Azimuts.

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