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A história e as curiosidades do Natal – 25/12/2024 – Você viu?

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A história e as curiosidades do Natal - 25/12/2024 - Você viu?


BBC News Brasil

Dos evangelhos a costumes pagãos incorporados pela Igreja Católica, passando por tradições criadas na Era Vitoriana britânica, o Natal passou de uma celebração invernal a uma festa que, para muitos, mescla a tradição religiosa ao secularismo dos dias atuais.

A BBC consultou livros históricos para reunir fatos e curiosidades natalinas. Confira:

O NASCIMENTO DE JESUS

O Natal –que para os cristãos marca o nascimento de Jesus, o filho de Deus– é celebrado em 25 de dezembro ou 7 de de janeiro, no caso dos cristãos ortodoxos. A natividade é descrita no Novo Testamento da Bíblia, mas os evangelhos de Mateus e Lucas dão versões diferentes para o evento.

Ambas narrativas dizem que Jesus nasceu de Maria, noiva de José, um carpinteiro. Os evangelhos afirmam que Maria era virgem quando engravidou. No relato de Lucas, Maria foi visitada por um anjo trazendo a mensagem de que ela daria à luz o filho de Deus.

Já a versão de Mateus afirma que José foi visitado por um anjo que o persuadiu a casar com Maria em vez de dispensá-la ou expor a origem de sua gravidez.

Mateus fala também de de um grupo de sábios (os reis magos) que seguiram uma estrela até chegar ao local de nascimento de Jesus, para presenteá-lo com ouro, incenso e mirra. Lucas, por sua vez, conta que pastores foram guiados por um anjo até Belém.

Segundo a tradição, José e Maria viajaram pouco antes do nascimento de Jesus. José havia sido ordenado a participar de um censo em sua cidade natal, Belém.

Todos os judeus tinham de ser contabilizados, para que o Império Romano pudesse determinar o quanto recolheria deles em impostos. Os que haviam se mudado de Belém, como José, tinham de regressar para serem registrados.

José e Maria enfrentaram a longa e árdua viagem de 150 km a partir de Nazaré, pelo vale do rio Jordão, passando por Jerusalém até chegar a Belém. Maria viajou sobre uma mula, para guardar energia para o parto.

Mas, ao chegarem a Belém, souberam que a hospedaria local estava repleta. O dono do local os deixou permanecer em uma caverna rochosa sob a casa, usada como um estábulo. Foi ali, próximo ao barulho e à sujeira dos animais, que Maria deu à luz seu bebê e colocou-o na manjedoura.

O PRIMEIRO NATAL

Os evangelhos não mencionam a data do nascimento de Jesus. Foi só no século 4 que o papa Júlio 1º estabeleceu o dia 25 de dezembro como o dia de Natal. Era uma tentativa de cristianizar as celebrações pagãs que já eram realizadas nessa época do ano.

No ano de 529, o 25 de dezembro já havia se firmado como um feriado e, em 567, os 12 dias entre o 25 de Dezembro e o Dia de Reis – considerado o dia em que os reis magos chegaram até Jesus – eram feriados públicos.

O Natal não é apenas uma festa cristã. A celebração tem raízes no feriado judaico de Hanuká (festa de luzes celebrada ao longo de oito dias), nos festivais dos gregos antigos, nas crenças dos druidas (sacerdotes celtas) e nos costumes folclóricos europeus.

CELEBRAÇÃO INVERNAL E HISTÓRICA

No hemisfério Norte, o Natal é uma festa invernal, próximo ao período do solstício de inverno – depois desse período, a luz do sol aumenta e os dias começam, gradativamente, a serem mais longos. Ao longo da história, esse já era uma época de festividades.

Nossos antepassados caçadores passavam a maior parte do tempo em ambientes externos. Portanto, as estações do ano e o clima tinham uma importância enorme em suas vidas, a ponto de eles reverenciarem o sol. Povos do norte europeu viam o sol como uma roda que mudava as estações, por exemplo.

Os romanos também tinham seu festival para marcar o solstício de inverno: a Saturnália (dedicado ao deus Saturno) durava sete dias, a partir de 17 de dezembro. Era um período em que as regras do cotidiano viravam de ponta-cabeça. Homens se vestiam de mulher, e patrões se fantasiavam de servos. O festival também envolvia procissões, decorações nas casas, velas acesas e distribuição de presentes.

O azevinho, arbusto típico usado hoje nas guirlandas, é um dos símbolos mais associados ao Natal – por ter sido transformado pela Igreja no símbolo da coroa de espinhos de Jesus. Segundo uma lenda, galhos de azevinho foram trançados em uma dolorosa coroa e colocados na cabeça de cristo por soldados romanos para zombá-lo: “Salve o rei dos judeus”.

Diz a crença que as frutas do azevinho eram brancas, mas foram tingidas de vermelho permanentemente pelo sangue do messias cristão.

Outra lenda diz respeito a um pequeno órfão que vivia com os pastores quando os anjos vieram anunciar o nascimento de Jesus. O menino trançou uma coroa de azevinhos para a cabeça do bebê recém-nascido. Mas, ao oferecê-la, ficou envergonhado de seu presente e começou a chorar.

O bebê Jesus tocou a coroa, que começou a brilhar, fazendo as lágrimas do órfão se transformarem em frutinhas vermelhas.

Mas o significado religioso do azevinho precede o cristianismo: o arbusto era associado inicialmente ao deus Sol e considerado importante nos costumes pagãos. Algumas religiões antigas usavam o azevinho para proteção, e as portas e janelas eram decoradas com suas folhas para proteger as casas de espíritos ruins.

Do ponto de vista histórico, o Natal sempre foi uma curiosa combinação de tradições cristãs, pagãs e folclóricas. Se voltarmos no tempo para 389 d.C., são Gregório Nazianzeno (um dos quatro patriarcas da Igreja Grega) advertiu contra “os excessos nas festividades, nas danças e decorações nas portas”. Nessa época, a Igreja já tinha dificuldades em eliminar os traços pagãos dos festivais de inverno.

Na Era Medieval (cerca de 400 d.C a 1400 d.C), o Natal já era conhecido como um período de banquetes e diversões. Era um festival predominantemente secular, mas continha alguns elementos religiosos.

O Natal medieval durava 12 dias, entre o dia 24 de dezembro ao dia 6 de janeiro – dia da “Epifania do Senhor”. Epifania vem da palavra grega que significa aparição, em referência ao momento em que Jesus foi revelado ao mundo. Até os anos 1800, a Epifania era uma celebração tão grande quanto a do Natal.

Ao longo da história, a Igreja tentou restringir as celebrações pagãs e dar um sentido cristão a costumes populares. Os cânticos natalinos, por exemplo, eram originalmente músicas para comemorar colheitas ou a metade do verão, até serem incorporadas pelos religiosos. Elas se tornaram uma tradição natalina no final do período medieval.

PROIBIÇÕES AO NATAL

Até o século 19, a data não era uma celebração familiar – era comum as pessoas beberam e saírem comemorando pelas ruas. A festa costumava ser tão efusiva que de meados do século 17 até o início do século 18, as puritanos cristãos suprimiram as festas natalinas na Europa e no continente americano.

O movimento puritano havia começado durante o reinado da rainha britânica Elizabeth 1ª (1558-1603) e se baseava em severos códigos de conduta moral, muita oração e em uma interpretação rígida das escrituras do Novo Testamento.

Como a data do nascimento de Cristo não consta dos evangelhos, os puritanos acreditavam que o Natal era muito relacionado aos festivais pagãos romanos e se opunham a sua celebração, sobretudo ao seu aspecto festivo, regado a comida e bebida, como herança da Saturnália.

A REPRESENTAÇÃO DA NATIVIDADE

A contação de histórias se tornou uma parte importante da cristianização do Natal, por exemplo por intermédio do presépio, como uma representação do estábulo onde Jesus nasceu.

A tradição de montar presépios é antiga: já em 400 d.C., o papa Sisto 3º ordenou que um fosse construído em Roma. No século 18, em muitas partes da Europa, a montagem de presépios era considerada uma forma importante de artesanato.

Peças de natividade também eram apresentadas em igrejas, com a intenção de ilustrar a história natalina contada pela Bíblia.

A ERA VITORIANA E O NATAL ATUAL

O Natal chegou a ser vetado na Inglaterra, mas voltou com força na Era Vitoriana (1837-1901), com forte caráter nostálgico. A obra clássica de Charles Dickens, Um Conto de Natal, de 1843, inspirou ideias de como o Natal deveria ser, capturando a imaginação das classes médias britânica e americana –que tinham dinheiro para gastar e vontade de fazer da festa um momento especial para toda a família, dando início ao Natal da forma como o conhecemos hoje.

Ainda que a intenção vitoriana fosse reproduzir práticas natalinas da Inglaterra medieval, muitas das novas tradições eram invenções anglo-americanas. A partir dos anos 1950, os corais de Natal foram estimulados por sacerdotes, sobretudo nos EUA, que incorporaram a cantoria às celebrações natalinas religiosas.

Os ingleses foram os precursores dos cartões de Natal, mas os americanos – muitos deles migrantes – adotaram a prática e a popularizaram, graças a um serviço postal barato e à possibilidade de manter contato com parentes fisicamente distantes.

Já a árvore de Natal era uma tradição germânica, levada à Inglaterra e popularizada pela família real. Em 1834, o príncipe Albert, marido da rainha Vitória, ganhou uma árvore da rainha da Noruega e exibiu-a na praça Trafalgar, ponto importante de Londres.

CELEBRAÇÃO MODERNA

O Advento é um período de preparação das comemorações do nascimento de Jesus e começa no domingo mais próximo ao dia 30 de novembro. A palavra vem do latim adventus, ou chegada. Tradicionalmente, é uma época de penitência, mas não mais tão rígida quanto a Quaresma, uma vez que os cristãos não fazem mais jejum nesse período.

Guirlandas do Advento são populares na Europa e nos Estados Unidos, sobretudo em igrejas. Elas são feitas com galhos de pinheiros e quatro velas – uma para cada domingo do Advento.

PAPAI NOEL

Uma parte importante do Natal moderno é o mito do Papai Noel ou Pai Natal, cuja origem remonta a tradições cristãs e europeias. Mas a imagem dele como a conhecemos hoje foi popularizada por fabricantes de cartões natalinos americanos no século 19.

Tradicionalmente, o Pai Natal visita as casas à meia-noite da véspera de Natal, descendo pela chaminé para entregar os presentes, colocando-os dentro das meias que as crianças deixam penduradas.

Algumas tradições ao redor do Pai Natal também precedem o cristianismo. Seu trenó, puxado por renas, vem da mitologia escandinava. A prática de deixar tortas e leite ou conhaque para o Papai Noel pode ser remanescente de sacrifícios pagãos que marcavam a chegada da primavera.

Nos EUA, a figura do Santa Claus tem seu nome derivado de São Nicolau, que, segundo a tradição, costumava entregar anonimamente sacos de ouro para um homem que não tinha dinheiro para pagar o dote de casamento de sua filha.

Algumas versões da história afirmam que o santo jogava as sacolas de ouro pela chaminé.

O NATAL HOJE

O Dia de Natal é a festa cristã mais celebrada pelas pessoas que não frequentam igrejas, e estas, ao mesmo tempo, costumam ficar repletas para a missa natalina. No entanto, para muitas pessoas, o Natal hoje se tornou uma festa secular, centrada na reunião familiar e na troca de presentes.

Se em séculos passados a Igreja temia a influência pagã sobre a festa cristã, as preocupações atuais são o consumismo e os excessos que marcam as festas de fim de ano.



Leia Mais: Folha

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O Irã denuncia “imprudente” Trump comenta sobre o acordo nuclear | Donald Trump News

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O Irã denuncia "imprudente" Trump comenta sobre o acordo nuclear | Donald Trump News

O enviado do Irã a Un Amir Saeid Iravani adverte os EUA que “qualquer ato de agressão terá consequências graves”.

O representante do Irã às Nações Unidas condenou as “declarações imprudentes e inflamatórias” feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçando o uso da força e alertou que “qualquer ato de agressão terá consequências graves”.

Em uma carta ao Conselho de Segurança da ONU na terça -feira, o embaixador da ONU do Irã, Amir Saeid Iravani pedaço de papel ”.

“Eu preferiria fazer um acordo que não os machucará”, disse Trump à Fox News na segunda -feira, acrescentando que “eu adoraria fazer um acordo com eles sem bombardeá -los”.

As últimas ameaças de Trump vieram em meio a tensões renovadas depois que ele restabeleceu o seu “Pressão máxima” Política contra o Irã sobre preocupações que o país estava buscando desenvolver armas nucleares.

Em sua carta ao Conselho de Segurança da ONU, Iravani protestou contra o que descreveu como “observações profundamente alarmantes e irresponsáveis ​​de Trump”.

“Essas declarações imprudentes e inflamatórias violam flagrantemente o direito internacional e a Carta da ONU, particularmente o artigo 2 (4), que proíbe ameaças ou uso da força contra os estados soberanos”, afirmou Iravani na carta publicada pela agência oficial de notícias da IRNA do Irã.

Ele alertou ainda que “qualquer ato de agressão terá consequências graves, para as quais os Estados Unidos assumirão total responsabilidade”.

Teerã insiste seu Programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos e nega qualquer intenção de desenvolver armas nucleares.

Durante o primeiro mandato de Trump, que terminou em 2021, Trump se retirou De um acordo histórico que impôs restrições ao programa nuclear do Irã em troca de alívio das sanções.

Teerã continuou a aderir ao acordo – conhecido como Plano de Ação Compreensivo Conjunto – até um ano depois que Washington, DC, saiu, mas depois começou a reverter seus compromissos.

Também acelerou o enriquecimento de urânio para 60 % de purezaperto do nível de cerca de 90 % de armas, disse o chefe de vigilância nuclear da ONU em dezembro.

Os esforços para reviver o acordo de 2015 durante o governo Biden vacilaram.

Na sexta -feira, o líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, disse que não deve haver negociações com os EUA depois que Trump sugeriu atacar um “acordo de paz nuclear verificado” com o Irã.

“Nenhum problema será resolvido negociando com a América”, disse Khamenei, citando “experiência” anterior.



Leia Mais: Aljazeera

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Os eleitores alemães precisam escolher? – DW – 02/11/2025

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Os eleitores alemães precisam escolher? - DW - 02/11/2025

Empregos, renda e Alemanha economia de sinalização são focos principais para os partidos políticos do país antes de Eleições este mês, com muitos mirando medidas de proteção climática.

Friedrich Merz -Presidente da União Democrática Centro-direita (CDU) e amplamente indicada para ser o próximo chanceler do país-disse que acabaria com as usinas de carvão e gás somente se isso não danificasse a indústria alemã.

Até as partes ativas em questões climáticas são menos vocais sobre o assunto do que durante 2021 eleição.

Isso deixou alguns especialistas preocupados com o fato de a economia estar tendo precedência sobre o clima, embora pesquisas da Aliança Climática, uma coalizão alemã de grupos da sociedade civil, encontrou a maior parte da população gostaria de ver mais ações climáticas.

“Já é evidente que, no período que antecedeu as eleições federais, o clima e a economia estão novamente sendo jogados um com o outro”, disse Claudia Kemfert, economista e especialista em energia do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica ( Diw).

Um carro elétrico da Volkswagen
A icônica indústria automobilística da Alemanha está enfrentando perdas de empregos e lucros diminuindoImagem: Robert Michael/DPA/Picture Alliance

A ação climática é culpada pelos problemas econômicos da Alemanha?

Pela primeira vez em décadas, a economia da Alemanha, a maior da Europa, diminuiu por dois anos consecutivos.

Sua economia industrial orientada para a exportação foi atingida por altos preços de energia, bem como uma demanda doméstica lenta e o fraco comércio global. Ao mesmo tempo, sua indústria automobilística – a espinha dorsal icônica de sua economia – anunciou demissões em massa e diminuindo de vendas e lucros.

A política de mitigação de mudança climática não está impulsionando essa queda econômica, disse Gunnar Luderer, cientista que se concentra na transição energética no Instituto de Pesquisa de Impacto Climático de Potsdam. “Os problemas da economia alemã são de natureza estrutural e são mais profundos”.

He said a key problem has been Germany’s reliance on gas from Russia, which was expensive to transition away from after Moscow’s invasion of Ukraine, and that high energy prices have impacted the economy both by pushing up production costs for energy-intensive industries such as steel e produtos químicos, e levantando contas para indivíduos.

Indústria ajudando o meio ambiente – fabricado

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O modelo econômico da Alemanha também se mostrou vulnerável à concorrência internacional e à pressão da expansão da China em novos mercados, como a mobilidade eletrônica, de acordo com Luderer. “Os fabricantes de carros alemães eram bastante lentos e, na verdade, tarde demais para se mudarem para essa nova tendência”, disse ele, acrescentando que o país está pagando agora.

Embora a Europa e os EUA tenham visto as vendas diminuindo de veículos elétricos, na China estão crescendo, representando quase 50% de todos os carros vendidos.

Empregos e oportunidades negligenciadas

“A alegação geral de que as medidas de proteção climática na Alemanha têm um impacto negativo na economia não é verdadeira”, disse Kemfert, que argumenta que medidas inteligentes de proteção climática criam enormes vantagens econômicas que geralmente são subestimadas.

Expandindo renováveis, Eletromobilidade, renovação com eficiência energética e eficiência energética no setor industrial são todas as medidas que exigem investimentos, o que cria “valor e empregos”, disse Kemfert.

Uma empresa produzindo painéis solares na Alemanha
Os empregos alemães em energia solar aumentaram acentuadamente nos últimos anosImagem: Martin Schutt/DPA/Picture Alliance

Ela destacou que o setor de energia renovável criou até agora quase 400.000 empregos na Alemanha. O emprego no setor aumentou quase 15% entre 2021 e 2022, com o solar e setores de bomba de calor, expandindo o mais rápido.

“Se a Alemanha reproduz a economia contra o clima, há um risco de perda de empregos, perda de competitividade e altos custos de combustível fóssil”, disse Kemfert.

Dada a força da economia alemã na fabricação, máquinas e setor automotivo, há muitas oportunidades econômicas para se tornar um jogador principal em tecnologias verdes – como energia eólica, bombas de calor, Mobilidade eletrônica, ou tecnologia de controle inteligente para aumentar a flexibilidade nas demandas de energia, disse Luderer.

A Federação da Indústria Alemã (BDI), uma associação que conta com empresas químicas, de engenharia e elétrica entre seus membros, manifestou apoio às políticas climáticas, argumentando que as tecnologias verdes serão fundamentais para o futuro sucesso industrial da Alemanha.

Energia eólica na Alemanha
As tecnologias verdes são essenciais para o futuro sucesso econômico da Alemanha, dizem especialistasImagem: Jens Büttner/DPA/Picture Alliance

Os especialistas também dizem que a presença de renováveis ​​no mix de energia significou que o preço da eletricidade não aumentou tão acentuadamente quanto seria esperado, dados os preços recentes do gás.

Niklas Höhne, cientista e fundador do NewClimate Institute, sem fins lucrativos de pesquisa alemão, explica que os preços da eletricidade são empurrados pela fonte de energia mais cara do mix de energia, que geralmente são usinas a gás, enquanto as energias renováveis ​​continuam a cair em todo o mundo.

“Portanto, é realmente nossa dependência de combustíveis fósseis que aumenta os preços da eletricidade, em vez da expansão de renováveis”, disse ele.

Bomba de calor na Alemanha
Renovação com eficiência energética, como a instalação de bombas de calor, pode criar empregos, como especialistasImagem: Bosch

Os custos de incerteza e inação

Vários partidos políticos declararam que reverteriam Lei controversa de energia de construção da Alemanha Para eliminar os sistemas de aquecimento de combustíveis fósseis, que entraram em vigor no início do ano passado, além de desafiar a proibição Novos carros de motor de combustão na UE até 2035.

Essa incerteza política está impedindo a segurança do planejamento para as empresas, disse Stefanie Langkamp, ​​diretora executiva de política da Climate Alliance. “Sempre que você fala com a indústria, sempre que você fala com os sindicatos, eles dizem que essa é uma das coisas mais importantes para eles estabelecerem seus caminhos para o futuro”.

Ela destaca a indústria da bomba de calorque já contratou e treinou novos artesãos qualificados, bem como recursos adquiridos para aumentar sua capacidade.

“Se você não investe em ação climática hoje, enfrenta consequências realmente enormes, tanto em relação à economia quanto ao custo das mudanças climáticas”, disse Langkamp.

Rua inundada na Alemanha
O clima extremo como as inundações do ano passado já está custando bilhões de euros na Alemanha anualmenteImagem: Armin Weigel/DPA/Picture Alliance

Os danos econômicos causados ​​globalmente pelas mudanças climáticas são estimadas em seis vezes mais do que o dinheiro necessário para investir em medidas para cortar emissões e manter o aquecimento global abaixo de 2C (3,6f) acima dos níveis pré-industriais, De acordo com um estudo Publicado na revista científica Natureza. Na Alemanha, estima -se que o clima extremo, como tempestades e inundações, causasse danos em 2024 em 2024.

O mundo está mudando para uma economia neutra em clima nas próximas décadas, e muitos avanços em renováveis, bombas de calor e veículos elétricos já foram feitos, disse Langkamp.

“Pode haver ritmos diferentes em alguns países ou em algumas indústrias, mas ainda assim é um movimento mundial e não vai parar. Portanto, é por isso que se você não investir em ação climática agora, terá problemas de competitividade mais tarde”.

“A única opção para a economia alemã é realmente adotar proativamente os desafios e oportunidades da transição verde”, disse Luderer. “Não há caminho de volta. E o maior risco para a economia alemã é desacelerar a transição ou confiar demais em modelos de negócios antigos que não são mais viáveis”.

Editado por: Jennifer Collins e Tamsin Walker



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Equipe trocou produtos em mutirão de catarata no interior de SP – 12/02/2025 – Equilíbrio e Saúde

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Equipe trocou produtos em mutirão de catarata no interior de SP - 12/02/2025 - Equilíbrio e Saúde

Os pacientes que apresentaram complicações pós-operatórias, incluindo perda da visão, após serem submetidos a cirurgias de catarata em um mutirão em Taquaritinga (SP) foram vítimas de uso inadequado de produtos durante os procedimentos realizados no dia 21 de outubro do ano passado.

Investigação realizada pelo Grupo Santa Casa de Franca, administrador do ambulatório médico de Taquaritinga, concluiu que as equipes médicas e assistenciais usaram clorexidina (de coloração transparente) no lugar de PVPI (iodo-povidona) no momento da assepsia nos pacientes.

Além disso, a investigação mostrou que houve uma inversão na ordem de aplicação dos produtos —de acordo com o protocolo correto, a clorexidina é utilizada para assepsia e o soro Ringer para o selamento da incisão e, no caso das vítimas, a clorexidina foi aplicada em substituição ao soro Ringer.

“Isso significa que no processo cirúrgico a equipe médica/assistencial inverteu a ordem do uso dos produtos”, diz nota assinada pela direção da Santa Casa.

Das 23 pessoas atendidas no mutirão, 12 apresentaram complicações em um dos olhos —por segurança, nunca são realizadas cirurgias simultâneas nos dois olhos.

A sindicância para investigar o caso começou no dia 28 de outubro e, segundo a Santa Casa, os pacientes receberam a medicação necessária para o tratamento das complicações e suporte assistencial.

Os pacientes afetados foram inscritos na fila de transplante de córnea de São Paulo no dia 6 de dezembro.

Todos os profissionais envolvidos na falha foram afastados. “Apesar de ter sido um erro pontual, os pacientes tiveram consequências graves”, afirma a direção da Santa Casa.

Dos 12 pacientes afetados, cinco realizavam a segunda cirurgia, pois já haviam operado, com sucesso, o primeiro olho.

O resultado da sindicância será entregue à Secretaria Estadual da Saúde.

“Lamentamos profundamente o grave ocorrido e reafirmamos nosso compromisso com a qualidade e segurança do paciente. Seguiremos com a postura responsável, o que está comprovado nos laudos de que o erro não se deu nas instalações, protocolos e sim na falha humana profissional”, diz a direção.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) disse lamentar o atendimento inadequado prestado aos pacientes e abriu uma investigação.

“A pasta ressalta que todos os profissionais que atuaram nos atendimentos foram afastados e os pacientes estão recebendo suporte em unidades de referência por equipe especializada, incluindo tratamento e medicamentos necessários”, informa a nota.



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