Com este julgamento, Matteo Salvini poderia vencer sempre. Condenado em primeira instância, o vice-presidente do conselho italiano e líder da Liga (extrema direita) teria tido a oportunidade de cultivar a sua postura de vítima dos juízes “comunistas”. Relaxado pelo tribunal de Palermo na sexta-feira, 20 de dezembro, vê-se agora confirmado na dura posição adotada no verão de 2019 quando, como Ministro do Interior, recusou permitir o acesso aos portos italianos a um navio de resgate que albergava 147 migrantes que partiram de Norte da África e resgatado no Mediterrâneo central.
Neste caso, o Ministério Público, em Setembro, havia solicitado seis anos de prisão contra o Sr. Salvini por sequestro e abuso de poder. Este peso pesado do governo liderado pelo presidente do conselho, Giorgia Meloni, com o seu partido Fratelli d’Italia, uma formação nacional conservadora resultante da matriz fascista, apresentou-se como vítima do poder judicial, recebendo o apoio do toda a família soberana e populista europeia. Salvini também beneficiou do apoio do bilionário americano Elon Musk, conselheiro do presidente eleito Donald Trump.
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