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Acidente matou Everaldo, discreto herói do tri, há 50 anos – 26/10/2024 – Esporte

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Acidente matou Everaldo, discreto herói do tri, há 50 anos - 26/10/2024 - Esporte

Marcos Guedes

É, de longe, o lance mais emblemático da história do futebol brasileiro. Após uma série de plásticas fintas no campo de defesa executadas por Clodoaldo, Rivellino lança Jairzinho na ponta esquerda. A bola é passada a Pelé, que, a dois passos da meia-lua, vira levemente a cabeça para perceber a chegada de Carlos Alberto, pela direita, para fechar o placar da final da Copa do Mundo de 1970: Brasil 4 x 1 Itália.

Poucos lembram que a jogada começou com um carrinho de Everaldo para recuperar a bola –com enorme ajuda de Tostão, que fez a pressão inicial e controlou a posse após o bote certeiro do lateral esquerdo. Ou que ele participou, com passes simples, do segundo gol, de Gerson, e do terceiro, de Jairzinho.

Se os lances do Brasil de 1970 eram recorrentemente iniciados com uma ação descomplicada do gaúcho, também os textos a seu respeito têm uma fórmula batida. Apontam-no como o herói discreto do time que é aclamado como o maior da história, com Pelé, Gerson, Tostão, Jairzinho, Rivellino, Carlos Alberto, Clodoaldo… Mesmo a dupla de zaga, formada pelos viris Brito e Piazza, é recordada com maior frequência, pelo arranjo tático do técnico Zagallo, que recuou o volante Piazza para a defesa.

Everaldo, em geral, é citado com algum adjetivo na linha semântica do esquecido, do quase anônimo. Mesmo quando partiu, em 27 de outubro de 1974, há 50 anos, apenas quatro após a conquista do tri no México, o noticiário foi relativamente frio, com detalhes sobre o acidente automobilístico ao qual não resistiu –também morreram sua mulher, Cleci, uma de suas filhas, Deise, e sua irmã, Romilda; outra filha, Denise, então com seis anos, sobreviveu.

“O Dodge Dart aproximava-se velozmente de Porto Alegre. Vinha a uns 140 km por hora pela BR-290 e já tinha atingido o município de Guaíba; estava a apenas 45 km de seu destino. O caminhão Mercedes-Benz, uma enorme jamanta, tinha acabado de ser abastecido de óleo Diesel, num posto. E seu motorista, certamente com pressa de voltar para casa, reapareceu de repente na pista da BR-290, sem fazer a devida sinalização”, relatou a Folha, em sua edição de 29 de outubro. “Houve o choque, ao mesmo tempo inevitável e espetacular.”

Surgiram diferentes versões sobre a colisão, que envolveu a imprudência de ao menos um dos motoristas, provavelmente dos dois, em uma época no qual o uso do cinto de segurança era raro. O certo é que ele interrompeu a trajetória de Everaldo, àquela altura já mais política do que esportiva.

Quando bateu o carro na BR-290, o porto-alegrense voltava de Cachoeira do Sul, onde participara de um jogo festivo –no dia do acidente, o Grêmio enfrentou o Caxias, pelo Campeonato Gaúcho, e ele não foi convocado nem para o banco de reservas. No interior, esteve em comícios e deu sequência à sua campanha para deputado estadual pela Arena (Aliança Renovadora Nacional), o partido da ditadura militar.

“Ultimamente, Everaldo era muito mais um político do que um jogador de futebol”, observou a Folha, no texto “A morte de um dos nossos tricampeões”.

Essa vida pública foi catapultada pelo reconhecimento obtido na Copa de 1970. Antes mesmo do tri, às vésperas do embarque para o México, os jogadores da seleção tiveram encontro com o presidente da República, o gaúcho e gremista Emílio Garrastazu Médici, no Palácio Guanabara. Segundo Roberto Sander, autor de “1970 – Enquanto o Brasil Conquistava o Tri”, o lateral “recebeu atenção especial”, afinal era o único representante do Rio Grande do Sul em um elenco que, exceção feita a ele, só tinha atletas de clubes paulistas, cariocas e mineiros.

Everaldo não embarcou como titular. O dono da posição era o habilidoso e jovem Marco Antônio, do Fluminense, de apenas 19 anos, mas havia duas questões. O garoto era um lateral ofensivo em um time com setecentos camisas 10, no qual provavelmente faria mais sentido –e fez– um jogador que priorizasse a marcação, não o apoio ao ataque. E era isso, um garoto, que dava sinais de não estar mentalmente pronto para uma Copa do Mundo.

De acordo com relato de Tostão, o adolescente “passou a semana toda queixando-se de dores nas pernas” e dizia apenas que “talvez pudesse jogar” a partida de estreia, contra a Tchecoslováquia. “O médico Lídio Toledo percebeu, os jogadores também, o medo do lateral, e foi escalado o saudoso Everaldo: jogador aplicado, marcador, gaúcho macho”, contou o centroavante de 1970 no livro “Tostão – Lembranças, Opiniões, Reflexões sobre Futebol”.

Estava aberto o caminho para o lateral do Grêmio, titular em cinco das seis partidas da campanha e peça importante na engrenagem armada por Zagallo. Sua função, ao lado de uma porção de atletas capazes de fazer o muito difícil, era fazer o fácil.

“Era do tipo firme, que desarmava, passava e fazia um jogo competente. Sem grandes brilhos, mas extremamente eficiente. Ele jogou todos os jogos com a mesma intensidade, do mesmo jeito. Não teve um momento em que se destacou demais, nem de menos”, recordou Tostão, hoje colunista da Folha, à reportagem.

“Acho que o jeito dele fora de campo tinha a ver com o jeito dele de jogar: uma pessoa muito compenetrada, muito segura, muito prática, de pouca conversa, sempre firme, com seriedade. Foi importante para a seleção, ainda mais que o outro lateral, o Carlos Alberto, apoiava muito o ataque. Então, o ajuste aconteceu naturalmente”, acrescentou.

Ainda que sem o destaque dos craques da seleção, Everaldo teve reconhecimento por seu trabalho no tri, especialmente no Rio Grande do Sul. Um dos agrados que recebeu foi um carro, oferecido por uma concessionária, um Dodge Dart destruído há 50 anos. Outro foi a inclusão de uma estrela dourada na bandeira do Grêmio, homenagem ao primeiro jogador campeão do mundo como representante de um clube gaúcho.

Consolidado como um atleta importante e reconhecido como um marcador leal, recebeu em junho de 1972 o Prêmio Belfort Duarte, entregue pelo Conselho Nacional de Desportos a jogadores sem expulsão em dez anos, com ao menos 200 partidas. Então, três meses depois, irritado com a marcação de um pênalti para o Cruzeiro, deu um soco na cara do árbitro José Faville Neto –nem esperou o cartão vermelho; apenas caminhou até o vestiário.

Foi, na prática, o seu último ato como jogador. Suspenso por um ano, encontrou no retorno a lateral esquerda do Grêmio dominada por Jorge Tabajara. Então, deu-se por satisfeito e começou a perseguir uma carreira política.

Já na volta do México, ele agradecera efusivamente a Médici pela lei que reservava parcela do dinheiro da loteria federal aos tricampeões. “O que vai me dar a vida mais regular será esse prêmio do presidente, ou seja, os 9% da loteria até a minha morte”, disse, em entrevista à Rádio Guaíba. “E eu acho que até a minha morte tem bastante tempo ainda.”

Não tinha.

Ficaram as memórias, como as da filha Denise, hoje com 56 anos, sempre saudosa do pai sambista, fã de Lupicínio Rodrigues. Ficou a estrela na bandeira do Grêmio, time ao qual Everaldo chegou menino, aos 13 anos, e pelo qual foi tricampeão gaúcho, em 1966, 1967 e 1968. E ficou a marca no maior time de futebol da história.

“Ontem o moço exagerou”, relatou a Folha no dia seguinte ao 4 a 1 sobre a Itália. “Reuniu tudo aquilo que conhece de futebol e fez uma exibição particular, sem esquecer um momento a equipe. Duro como aço, leal como poucos, sério e conciso na hora crítica, enfeitou seu jogo com discretas filigranas.”

Discretas filigranas. Até as filigranas de Everaldo eram discretas.

“Everaldo. Everaldíssimo.”





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Animais não sentem ciúmes como os humanos – 15/12/2024 – Gatices

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Animais não sentem ciúmes como os humanos - 15/12/2024 - Gatices

Sílvia Haidar

Animais de diferentes espécies não sentem inveja ou ciúmes como nós, humanos, sentimos. No entanto, quando estão cientes de que poderiam ter algo melhor do que é dado a eles, ficam frustrados.

Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade da Califórnia – Berkeley, publicada no jornal Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.

Usando dados de 23 estudos sobre o que os psicólogos chamam de “aversão à desigualdade”, pesquisadores da Berkeley analisaram mais de 60 mil observações envolvendo 18 espécies de animais. De acordo com os profissionais, essa seria a “maior investigação empírica de aversão à desigualdade em não humanos até hoje”.

De acordo com Oded Ritov, principal autor do estudo, não é possível afirmar com base nesses dados que os animais sentem inveja como humanos. Se existe algum traço desse sentimento nos bichos, diz o psicólogo, ele é muito diferente do que nós sentimos, pois nosso senso de justiça é muito mais profundo e complexo.

O ponto principal do estudo é a “aversão à desigualdade”, uma reação contra a distribuição desigual de recursos e os julgamentos sobre como as coisas deveriam ser compartilhadas.

Por exemplo, quando um irmão recebe um presente pior do que o do outro. A criança não se revolta apenas por não ter recebido o melhor, mas porque o outro recebeu em vez dele. Para os psicólogos, essa reação mostra aversão à desigualdade.

Um estudo famoso do primatólogo Frans de Waal, que viralizou em um vídeo, mostra a revolta de um macaco-prego após perceber que outro macaco ganhou uvas (uma fruta considerada mais apetitosa) enquanto ele recebe lascas de pepino. Essa seria a confirmação de que os humanos não estão sozinhos em seu senso de justiça.

Ritov, porém, diz que essa pode ser a “interpretação direta e antropomórfica”. Mas isso não significa que seja a única.

A reanálise dos dados feita pelos pesquisadores da Berkeley sugere que os animais não estavam demonstrando ciúmes. Eles estavam, na verdade, desapontados após esperar uma uva. Outros estudos provocaram indignação semelhante em macacos, mesmo quando as uvas foram colocadas em uma gaiola vazia —onde não havia outro macaco para ter ciúmes.

“Acreditamos que as rejeições são uma forma de protesto social”, disse Ritov. “Mas o que os animais estão protestando não é receber menos do que alguém. Em vez disso, parece que estão protestando contra o humano não tratá-los tão bem quanto poderia.”

Talvez a reação nunca tenha sido sobre aversão à desigualdade, argumenta Ritov, em sim sobre expectativas não atendidas. E isso é algo com que humanos e não humanos podem se identificar.

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TV Brasil: Xande de Pilares canta sucessos no Samba na Gamboa

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TV Brasil: Xande de Pilares canta sucessos no Samba na Gamboa

TV Brasil

O cantor e compositor Xande de Pilares é o segundo convidado da apresentadora Teresa Cristina para uma entrevista repleta de música na nova temporada do Samba na Gamboa. O bamba participa da edição inédita do programa da TV Brasil neste domingo (15), às 13h.

A atração do canal público com o sambista, considerado um dos principais nomes do gênero na atualidade, pode ser acompanhada no app TV Brasil Play e fica disponível no YouTube da emissora. Também tem horário alternativo no sábado seguinte (21), às 23h. Na Rádio Nacional, o programa Samba na Gamboa estreia neste sábado (14), ao meio-dia, para toda a rede.


Rio de Janeiro (RJ) 13/08/2024 – Gravação do programa Samba na Gamboa, da TV Brasil, apresentado por Teresa Cristina, com o cantor Xande de Pilares. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) 13/08/2024 – Gravação do programa Samba na Gamboa, da TV Brasil, apresentado por Teresa Cristina, com o cantor Xande de Pilares. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Gravação do programa Samba na Gamboa, da TV Brasil, apresentado por Teresa Cristina, com o cantor Xande de Pilares. Foto – Fernando Frazão/Agência Brasil

Xande de Pilares vem à produção cantar sucessos de sua carreira e bater um descontraído papo sobre sua trajetória musical. O repertório formado por hits como Samba de Arerê, Clareou, Trilha do amor e Tá escrito embala uma conversa emocionante que leva a apresentadora às lágrimas. Admirador da obra de Benito Di Paula, ele também interpreta Do jeito que a vida quer e Proteção às borboletas.

Roda de samba, carnaval e futebol

Entre um dedo de prosa e um clássico do cancioneiro do astro, Teresa Cristina e Xande de Pilares brincam sobre suas preferências no esporte e no carnaval. O ex-vocalista do grupo Revelação torce para o Flamengo, enquanto Teresa Cristina é vascaína.

A paixão pela folia também é lembrada por eles durante a entrevista. O músico desfila pelo Salgueiro e a anfitriã defende o azul e branco da escola de samba Portela. O convidado entoa alguns sambas marcantes da agremiação Vermelha e Branca durante o Samba na Gamboa.

O programa aborda a habilidade do bamba em compor. Xande de Pilares recorda os sambas que escreveu e brilharam na Marquês de Sapucaí. Também conta sua relação com a folia. “O carnaval é um estado de espírito e me ensina muita coisa. É educativo. Quando comecei a entrar nesse universo, fui trabalhar no barracão com 14 anos, em um projeto para as crianças. Desfilei pela primeira vez com 17 anos”, lembra.

No decorrer do papo, Teresa Cristina destaca o pensamento rápido e a agilidade do artista em improvisar. “O samba está vivo e está na rua”, afirma a apresentadora. Xande de Pilares explica porque está sempre nas rodas de samba do Rio de Janeiro. “Acho muito importante estar sempre em contato. Você se mantém atualizado. A gente fica feliz em estar com pessoas que influenciam a gente”, avalia.

Sobre o programa

A nova temporada do Samba na Gamboa, que marca a estreia de Teresa Cristina como apresentadora do programa da TV Brasil, foi gravada no Teatro Ruth de Souza, no Parque Glória Maria, em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro. O palco para conversas embaladas por hits é um cenário colorido que evoca uma praça na Gamboa – bairro histórico da zona portuária da capital carioca. A presença de plateia é outro destaque da atração.

Os encontros contam, ainda, com uma banda da pesada, comandada pelo lendário Paulão Sete Cordas, que acompanha Teresa Cristina e seus convidados pelo inesgotável repertório do samba brasileiro. A equipe reúne os músicos Eduardo Neves (sopros), João Callado (cavaco), Paulino Dias (percussão), Rodrigo Jesus (percussão) e Waltis Zacarias (percussão).

Cantora e compositora de mão cheia, a diva também tem se revelado uma ótima entrevistadora. Teresa Cristina conduz os papos com muita graça, informação, e, principalmente, emoção. A pesquisa sobre a cultura popular é importante para a artista que, além do sucesso com o grupo Semente e na carreira solo, ganhou ainda mais atenção com as lives que fez nas redes sociais no período da pandemia.

Com novo cenário, pacote gráfico e a trilha sonora de abertura repaginados, o Samba na Gamboa tem janela semanal, aos domingos, às 13h, na programação da TV Brasil, e horário alternativo aos sábados, às 23h. O público pode curtir os conteúdos exclusivos no app TV Brasil Play e no YouTube da emissora. As edições também ganham espaço nas ondas da Rádio Nacional ainda em dezembro, a partir do dia 14, aos sábados, ao meio-dia, para toda a rede.

Destaques da temporada

Durante a nova temporada do Samba na Gamboa, Teresa Cristina recebe nomes consagrados do gênero como Áurea Martins, Dorina, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Moacyr Luz, Nei Lopes, Tia Surica, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Neguinho da Beija Flor, Nei Lopes, Nelson Rufino, Nilze Carvalho, Péricles e Sombrinha.

O programa da TV Brasil também vai contar com a presença de célebres artistas de outras matizes da música como Adriana Calcanhotto, Fabiana Cozza, Hermínio Bello de Carvalho, Mônica Salmaso, Roberta Sá, Simone Mazzer e Zé Renato.

A produção musical valoriza compositores que escreveram sucessos, mas nem sempre têm o devido reconhecimento e espaço na mídia. Teresa Cristina recebe nomes como Alex Ribeiro, Alfredo Del-Penho, Claudio Jorge, Mariene de Castro, Moyseis Marques, Serginho Meriti, Toninho Geraes e Zé Roberto. Artistas como Luísa Dionísio, Marina Íris, Nego Álvaro e Mingo Silva são outros convidados da temporada.

O Samba na Gamboa ainda traz nessa sequência de atrações inéditas uma série de programas especiais que destacam a importância de personalidades consagradas da sonoridade tipicamente nacional. Os conteúdos temáticos reverenciam o trabalho de Arlindo Cruz, Chico Buarque e Paulinho da Viola.

O canal público também exibe edições temáticas que prestam tributo a ícones que já partiram como Aldir Blanc, Almir Guineto, Beth Carvalho, Candeia, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Elizeth Cardoso, Elton Medeiros, Lupicínio Rodrigues, Monarco, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Reinaldo, Wilson Moreira e Zé Keti.

Com direção de Shirlene Paixão, a nova temporada do programa, que marca a volta das edições inéditas do Samba na Gamboa tem roteiro e pesquisa do jornalista Leonardo Bruno, profundo conhecedor do gênero.

Histórico da produção

O Samba na Gamboa reúne grandes intérpretes das novas gerações e nomes consagrados do gênero e ícones da MPB para uma animada roda de samba. Com Diogo Nogueira, o programa contou com sete temporadas e foi gravado entre 2008 e 2018. Até hoje a atração faz parte da grade do canal público.



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Novo trem turístico que ligará Rio a Minas deve circular já em 2025

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O Teatro Nacional de Brasília está pronto para ser reaberto para o público, com shows gratuitos. Veja a programação abaixo! - Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press

Um novo trem turístico do Sudeste, que liga o Rio de Janeiro a Minas Gerais, deve começar a operar a partir de junho de 2025. Uma verdadeira viagem charmosa aos encantos do interior desses dois Estados.

Após anos de planejamento, o projeto saiu do papel. Na última quarta-feira, o Contrato Operacional Específico (COE) foi assinado em Brasília com representantes de vários setores envolvidos.

Inicialmente o percurso terá um total de 37 quilômetros, ligando as cidades de Chiador e Sapucaia, em Minas, a Três Rios, no Rio. A locomotiva tem espaço para até 837 passageiros. Para o futuro, os responsáveis querem incluir mais cinco cidades mineiras, totalizando 160 quilômetros de rota turística.

Experiência incrível

O trajeto, de 37 quilômetros, é uma verdadeira experiência de imersão na história e natureza.

Durante a viagem, os passageiros vão passar pela represa de Furnas, ver montanhas, rios e várias áreas verdes.

Além disso, a locomotiva vai conectar cidades históricas, com igrejas centenárias, casarões do período colonial e muito artesanato. Eu sei que turista adora artesanato!

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COE assinado

Na cerimônia de assinatura do COE, estavam presentes representantes do Ministérios dos Transplantes, da Agência Nacional de Transportes Terres e da Oscip Amigos do Trem, responsáveis por idealizar a linha.

“Hoje celebramos a tão esperada assinatura do COE, o documento essencial para que o projeto do Trem Turístico Rio-Minas avance com segurança e credibilidade”, disse a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público no Instagram.

A Oscip ainda destacou que, “a assinatura do COE representa o compromisso oficial com a viabilidade técnica e operacional do trem, trazendo ainda mais força e legitimidade a essa iniciativa tão sonhada.”

Projeto antigo

A ideia do trem turístico nasce lá em 2016, quando Paulo Henrique do Nascimento, fundador da Oscip Amigos do Trem, tinha um sonho de reativar trechos ferroviários históricos.

Com a ajuda de um grupo empresarial, que investiu R$ 1 milhão, a Amigos do Trem adquiriu 15 carros de passageiros e seis locomotivas.

Em 2018 o grupo realizou uma viagem teste, que foi considerada um sucesso.

Próximos passos

Agora, com a aprovação do COE, o sonho está bem próximo de se tornar realidade.

O empreendimento conta com R$ 36 milhões da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), responsável por recuperar os trechos.

Para o futuro, estão previstas a inspeção das locomotivas, dos carros dos passageiros e de toda a linha férrea.

Veja o comunicado compartilhado pela Oscip:

O assinatura do acordo foi muito comemorada. As autoridades esperam fomentar o turismo na região. – Foto: @amigosdotrem.matrizjf/Instagram

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