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Acionistas da Teka tentam barrar falência – 10/02/2025 – Painel S.A.
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Acionistas tentam impedir a falência da Teka, tradicional empresa de cama, mesa e banho com sede em Santa Catarina. O fundo de investimentos Alumni, que controla a companhia com 24% das ações, é um dos que buscam convencer a Justiça a barrar o pedido de falência feito pelo próprio administrador judicial da companhia, a Leiria & Cascaes.
O processo tramita há 12 anos. Os acionistas defendem que, após tanto tempo, não faz sentido decretar falência justamente no momento em que a fabricante se reorganiza com uma redução de R$ 200 milhões em sua dívida tributária por adesão ao programa da Procuradoria-Geral de renegociação de débitos do ICMS inscritos em Dívida Ativa.
A Teka ingressou com pedido de recuperação judicial em outubro de 2012, quando sua dívida era de R$ 780 milhões. Desde então, o processo contou com o afastamento dos controladores originais e da direção, troca de administrador judicial e da vara onde corre o processo, dissoluções e renovações de conselhos de administração, além de acusações de falta de transparência sobre os trabalhos do gestor judicial e os números da empresa.
A dívida tributária possui o maior peso no endividamento da companhia e, na negociação, ficou acertado com a procuradoria o pagamento em parcelas de R$ 676 mil em dez anos.
Segundo o Alumni, a parcela poderá ser “tranquilamente acomodada” no orçamento de 2025 da empresa, que prevê a geração de R$ 16 milhões de fluxo de caixa livre.
O fundo, portanto, rebate argumento do administrador judicial, que, segundo a petição do Alumni, “sem qualquer suporte documental, tenta fazer parecer que o fluxo de caixa da companhia estaria irremediavelmente comprometido e não seria suficiente para honrar os compromissos concursais”.
Em contrapartida, enquanto diz que a empresa é inviável, o administrador judicial cobra honorários considerados pelo Alumni como muito elevados, segundo o processo.
Por seus serviços, a Leiria & Cascaes pediu à Justiça 48 parcelas mensais de R$ 157 mil, totalizando R$ 7,5 milhões.
Os acionistas chamam de “ilações fantasiosas” alegações contidas no pedido de falência, que “muito soam como uma represália pelo fato de o Alumni FIP ter angariado investidores e ter um envolvimento ativo no soerguimento da companhia”.
A culpa é da auditoria, dizem sócios
O pedido de falência ocorre após o fundo acionar a Justiça para questionar a empresa de auditoria que foi contratada pelo administrador judicial para analisar os resultados financeiros da companhia.
O Alumni observou na ação que tal empresa não possuía experiência em auditar uma companhia de capital aberto.
O fundo, então, sugeriu a contração da PwC, uma das quatro maiores empresas desse segmento, o que foi acatado pela Justiça.
No pedido de falência, no entanto, o administrador judicial questiona o trabalho da PwC na empresa ao mencionar que os sócios da EXM Partners (contratada pelo Alumni para assessorar no processo de recuperação judicial da Teka) trabalharam na empresa de auditoria no passado.
O Alumni respondeu que é “risível” tal fato ser considerado um sinal de parcialidade por parte da empresa de auditoria. “Caso assim fosse, a PwC não poderia prestar serviços para quase nenhuma empresa brasileira com alguma relevância econômica ou mercadológica”, disseram os acionistas no processo.
Segundo o fundo, a auditoria, que deveria ser o ponto inicial para a tomada de decisão sobre a saúde financeira da companhia, foi utilizada como justificativa para “atropelar” o processo todo por um pedido “abrupto” de falência, que, segundo uma carta aberta, publicada pelo conselho de administração da companhia e pela diretoria executiva, pegou todo mundo de surpresa.
Sem garantias
Mesmo que o pedido de falência tenha sido feito garantindo a continuidade da operação da companhia, o Alumni diz que, diferentemente da recuperação judicial, a falência continuada não garante a manutenção dos empregos nem um plano estruturado para pagamento das dívidas.
“Os colaboradores ficam sujeitos a demissões em massa e incerteza sobre o recebimento de seus direitos trabalhistas, já que a prioridade passa a ser a liquidação de ativos, muitas vezes a valores reduzidos”, disse o fundo.
O Alumni pediu que o juiz da Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais em Jaraguá do Sul (SC), onde tramita o processo, desconsidere o pedido de falência e que o administrador judicial forneça à PwC toda a documentação solicitada para que sejam iniciados os trabalhos de auditoria.
Consultado, o advogado Pedro Cascaes, da Leiria & Cascaes, disse que não vai comentar sobre o pedido de falência, mas afirmou que o papel do administrador judicial é garantir a transparência e legalidade de todas as ações realizadas “durante este período crítico para a empresa”.
“Todas as nossas manifestações são registradas e disponibilizadas nos autos, garantindo assim a transparência e o acesso à informação de forma oficial e segura”, disse.
Com Stéfanie Rigamonti
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Por que Barcelona luta contra a seca após ser atingida por intensas inundações – 10/02/2025 – Ambiente
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Frank Swain
O Parc de Joan Miró se estende por quatro quarteirões no final do distrito de Eixample, em Barcelona, na Espanha.
É uma grande praça seca, marcada por palmeiras, bougainvilles com flores cor-de-rosa e um alto pilar com cores brilhantes, chamado Dona i Ocell (“mulher e pássaro”), projetado pelo famoso artista catalão (1893-1983).
Planeta em Transe
Uma newsletter com o que você precisa saber sobre mudanças climáticas
Depois de vários anos de seca, o parque está mais cheio de poeira do que nunca. Suas fontes rasas secaram e a prefeitura da cidade chegou a derrubar palmeiras murchas antes que elas caíssem.
No leste da região espanhola da Catalunha, o período de 2021 a 2023 foi marcado por uma das piores secas da história.
Mas, em certos momentos do inverno de 2024, uma enorme cisterna com 17 metros de profundidade abaixo do parque ficou repleta de água da chuva. São os dois extremos enfrentados da cidade, que pode receber água demais, mas ainda não o suficiente.
“Sofremos esta forte seca e, ao mesmo tempo, os resultados da chuva extrema”, declarou Marc Prohom, chefe de climatologia do Serviço Meteorológico da Catalunha.
Depois de três anos de tempo seco, as autoridades catalãs declararam estado de emergência devido à seca no início de 2024, que se estendeu por vários meses. E, no início de 2025, as baixas reservas de água deixaram a cidade e a maior parte da sua área vizinha em estado de alerta de seca.
O fornecimento para residências ficou restrito a 200 litros de água por dia, o que é menos que uma banheira comum. O uso de água da torneira para regar jardins, encher piscinas e lavar carros foi proibido e sujeito a multas. Centenas de chuveiros públicos, espalhados pelas praias da cidade, foram desligados.
O nível dos reservatórios caiu tanto que eles foram totalmente esvaziados. As autoridades começaram a armazenar água em menos tanques porque os baixos níveis poderiam aumentar a toxicidade da água com a chegada do verão.
As chuvas intensas do último outono no hemisfério norte causaram enchentes em Barcelona, além de danos devastadores e perda de vidas em Valência, também na Espanha. Mas elas não foram suficientes para reduzir os efeitos da seca.
O Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas da Espanha prevê aumento da intensidade e da frequência das tempestades, mas sua influência para recarregar os aquíferos será pequena.
A Espanha tem longo histórico de enchentes repentinas. Grande parte do total das chuvas da Catalunha cai na forma de intensas tempestades, concentradas no final do verão. Uma única tempestade pode facilmente fornecer a chuva de vários meses em poucas horas.
A intensidade das chuvas da região se deve a um fenômeno meteorológico local chamado de golpe frio, hoje também conhecido pelo nome mais preciso de Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana, na sigla em espanhol).
Basicamente, o ar quente e úmido que se eleva do mar Mediterrâneo encontra uma massa de ar frio estagnado em grandes altitudes, o que causa a rápida precipitação de enormes volumes de chuva. E o aumento da temperatura dos mares deve aumentar a frequência e a intensidade dessas tempestades.
As cheias que atingiram Valência no final de outubro deixaram mais de 200 mortos. Elas foram causadas por um episódio de Dana que fez cair um ano inteiro de chuva em apenas poucas horas. E estes eventos estão ficando mais graves.
“A quantidade de precipitação que pode ser relacionada a este tipo de episódio extremo aumentou”, explica Prohom. “Estamos enfrentando um novo desafio. Parece que as mudanças climáticas estão agindo com mais rapidez do que o esperado.”
Atualmente, os meteorologistas podem oferecer avisos sobre os eventos de Dana com vários dias de antecedência. Mas é mais difícil saber exatamente onde e quando a chuva irá cair.
Quando a chuva cai, a água, muitas vezes, não tem tempo de se infiltrar no solo. Lisas e férteis, as planícies de inundação formam um terreno atraente para o desenvolvimento urbano e para a agricultura.
O crescimento urbano gera superfícies impermeáveis, de concreto e asfalto, que evitam a infiltração da água no solo. Os bueiros, galerias e barragens construídos para reduzir o risco local de cheias simplesmente transferem o problema de lugar, aumentando sua intensidade. E as mudanças das terras agrícolas também prejudicam a capacidade de retenção da água no solo.
“Muitas obras de defesa contra as cheias não são soluções, mas fatores que irão agravar os danos, aumentando a velocidade e a altura das águas das enchentes”, afirma Julia Martínez, diretora-executiva da Fundação para uma Nova Cultura da Água, uma organização de pesquisas independente com sede em Barcelona.
Segundo ela, ao evitar enchentes pequenas e mais frequentes, estas defesas ainda incentivam o aumento das construções nas planícies de inundação, ampliando os danos causados quando as defesas são vencidas.
As estruturas urbanas nas zonas de inundação são construídas de acordo com os “períodos de retorno”, que descrevem as cheias máximas esperadas a cada 10, 100 ou 500 anos. Mas Martínez explica que estes parâmetros de projeto não acompanharam o aquecimento climático.
“O que temos agora é um novo clima”, explica ela. “Não existe infraestrutura que possa fornecer segurança para eventos futuros, cuja magnitude desconhecemos.”
Além disso, as defesas contra as cheias são caras, o que também tende a exacerbar as desigualdades já existentes.
Nem mesmo toda esta chuva diminuiu a atual crise da seca. Os eventos de Dana costumam ocorrer perto do litoral e grande parte da água potável de Barcelona é gerada por fluxos que se originam no extremo norte, no sopé dos Pireneus.
“A maior parte dessas grandes cheias ocorre em regiões onde a água não consegue se acumular”, explica Martínez. “Elas surgem frequentemente em áreas inadequadas para represas, de forma que temos, ao mesmo tempo, escassez de água e problemas com enchentes.”
Os cursos d’água desapareceram
A cisterna construída embaixo do Parc de Joan Miró é uma dentre os 13 reservatórios de água ocultos sob as ruas de Barcelona.
A água da chuva coletada ali não serve para aliviar a seca. Ela faz parte de um sistema que evita que a água das tempestades sobrecarregue o sistema pluvial da cidade. Quando a chuva passa, a água é liberada para o sistema de esgoto e flui em direção ao mar.
A presença ou ausência da água está registrada na geografia de Barcelona. La Rambla – o famoso calçadão que sai do porto – vem do árabe ramla, que descreve o leito de rio arenoso que, antes, marcava os limites da cidade murada.
Além dele, fica a planície de El Raval. Suas fábricas desaparecidas há muito tempo eram alimentadas pelos riachos que corriam perto de Montjuïc.
Ao andar sobre o Carrer de la Riereta (Rua do Córrego), que atravessa o centro de El Raval, é possível subir um banco invisível até a Poble Sec (Cidade Seca).
Agora, todos esses cursos d’água desapareceram. E saciar a sede de 1,6 milhão de moradores na densa área urbana de Barcelona não é uma tarefa fácil.
As principais fontes de água são o rio Llobregat, na margem oeste da cidade, o rio Ser, a cerca de 70 km ao norte, e diversos aquíferos que estão diminuindo. Estas fontes são cada vez mais insuficientes para atender a demanda, particularmente nos anos de seca.
“Barcelona pode se gabar de que seu consumo de água por habitante é muito mais baixo que o de cidades similares”, afirma Fernando Cabello, diretor de serviços de ciclo de água da concessionária municipal, a AMB. “Mas espera-se que o aumento da população e as mudanças climáticas façam com que a escassez de água continue a ser um desafio.”
Atualmente, uma parte significativa do orçamento destinado à água em Barcelona é simplesmente utilizada para a manutenção das fontes existentes. O esgoto tratado é bombeado rio acima, para manter o fluxo do Llobregat, e os resíduos purificados são injetados no solo, para evitar que o Mediterrâneo invada o lençol freático da cidade.
Após uma emergência hídrica em 2008, Barcelona decidiu proteger melhor suas fontes de água. A medida mais notável foi a usina de dessalinização do Llobregat, a maior da Europa. Em 2021, ela fornecia 3% da água potável da cidade.
Quando chegou a última seca, um terço da água de Barcelona vinha da usina de dessalinização e outros 25%, de água recuperada do sistema de esgoto, segundo Cabello.
A Agência de Água da Catalunha pretende investir 2,4 bilhões de euros (cerca de R$ 14,4 bilhões) para se adaptar às secas e à escassez de água, incluindo planos de construção de mais três usinas de dessalinização na região.
“Estamos trabalhando para que, se for necessário, 100% da água potável possa vir de recursos não convencionais, tornando o fornecimento independente do regime de chuvas”, segundo Cabello.
Reutilização e combate ao desperdício
Além de aumentar o fornecimento, a cidade dedica esforços específicos para minimizar o desperdício.
A criação de tarifas progressivas incentiva as residências a consumir menos água, enquanto os usuários de maior consumo (normalmente, residências em bairros mais ricos, com jardins e piscinas) pagam tarifas mais altas.
A cidade também mantém uma rede de água secundária, que fornece água não potável (tipicamente, recuperada) para limpeza das ruas, combate a incêndios e manutenção de parques.
Além disso, estão sendo criadas leis para exigir que as novas residências e grandes reformas instalem sistemas de água cinza, que coletam a água servida dos chuveiros e das chuvas. Esta água residual é uma das grandes esperanças para o abastecimento de Barcelona no futuro.
Na Catalunha, as usinas de tratamento de esgoto descartam no mar grandes quantidades de água, que poderia ser tratada e reutilizada.
As autoridades catalãs pretendem construir 23 estações de recuperação em toda a região, para fechar o ciclo da água.
Mas resolver o problema do excesso de chuvas já é algo mais difícil.
“Estamos enfrentando uma situação em que a precipitação exibe tendência de queda [na região], mas a mudança mais significativa que estamos observando é que a precipitação é mais concentrada em menos eventos, mais intensos”, explica a professora de engenharia hidráulica María José Polo Gómez, da Universidade de Córdoba, na Espanha.
Ela afirma que episódios como os de Valência continuarão a ocorrer no futuro, enquanto a urbanização humana continuar ocupando as planícies de inundação.
“Temos medidas de proteção em muitos rios”, segundo ela. “Mas, quando você tem um evento extremo como esse, não existe barragem que possa oferecer proteção completa.”
As autoridades espanholas e de outros países observam cada vez mais as soluções inspiradas na natureza que trabalham em conjunto com o ciclo natural da água, em vez de tentar resistir a ele. Estas soluções incluem o aumento da permeabilidade das áreas urbanizadas, para que elas possam absorver a água da superfície, o que vem sendo feito em países como a Nova Zelândia e o Reino Unido.
Este conceito de “cidade-esponja” foi colocado em prática no Parque Gorton, em Manchester, no Reino Unido. Nele, recursos como valas, jardins de chuva, pavimentos permeáveis e fossos de árvores ajudam a reter e reutilizar a água da superfície que, de outra forma, iria sobrecarregar o sistema de drenagem pluvial.
Na região italiana de Cinque Terre, voluntários estão consertando paredes de pedra seca, ajudando a fazer reviver a agricultura em terraços sustentáveis, o que também ajuda a reduzir a velocidade do fluxo de água pela encosta íngreme das montanhas.
“As soluções inspiradas na natureza irão se tornar fundamentais para os nossos planos para enfrentar os desafios do clima extremo e das mudanças climáticos”, explica o gerente júnior do projeto, Francesco Marchese.
Mas a única forma garantida de evitar as mortes e destruições associadas às enchentes seria desocupar as planícies de inundação.
Martínez defende que as casas e os edifícios destruídos pelas últimas cheias não deveriam ser reconstruídos e que os fundos públicos deveriam ser empregados para relocar as famílias para áreas mais seguras.
Mas, apesar dos perigos, as prefeituras continuam defendendo que os mapas das cheias sejam redesenhados, permitindo novas construções em áreas de alto risco.
“Existem milhões de euros em benefícios privados para projetos urbanos, de forma que há grandes pressões para construir em toda parte”, destaca Martínez.
As autoridades de Valência foram criticadas por terem deixado de emitir alertas para a população local, mesmo com a previsão de chuvas intensas.
Mais de 500 municipalidades da Catalunha precisariam ter planos de emergência contra enchentes. Mas menos da metade realmente dispõe deste tipo de plano, segundo a Agência de Notícias Catalã. Nas demais, o plano de emergência está desatualizado ou nunca chegou a ser elaborado.
Após as enchentes do outono de 2024, o governo anunciou financiamentos para aprimorar os planos contra as cheias. Polo afirma que esta medida é fundamental para que as pessoas que moram em zonas de inundação aprendam sobre os riscos e saibam o que é preciso fazer em caso de emergência.
Frente às mudanças climáticas, a Catalunha precisará considerar a viabilidade do seu desenvolvimento agrícola e urbano de longo prazo.
“Tivemos enchentes e secas no passado, mas os eventos atuais são mais frequentes e mais intensos”, afirma Prohom. “Acho que precisamos fazer muitas mudanças no nosso modo de trabalho.”
Em 2024, os bosques de oliveiras da Catalunha sofreram queda de produtividade de 50%. A Agência Catalã das Águas executou um corte de 80% na água destinada à agricultura, entre fevereiro e maio. E, além disso, os aquíferos continuam a encolher, especialmente na árida região sul.
“Temos muitas terras irrigadas na Espanha”, afirma Martínez. “Não podemos ser o supermercado da Europa. Precisamos nos preparar e nos adaptar com urgência, porque tudo irá ficar pior.”
Polo concorda. “Agora, precisamos repensar este modelo, pois é muito provável que ele não seja sustentável no futuro.” Mas ela ainda tem esperança.
“Conseguimos produzir conhecimento e soluções com base nesse conhecimento. Sou cientista e confio na nossa capacidade de enfrentar esses desafios.”
Este texto foi publicado originalmente aqui.
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Elon Musk quer assumir o controle do Openai por US $ 100 bilhões
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10 de fevereiro de 2025![Elon Musk quer assumir o controle do Openai por US $ 100 bilhões](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_auto,q_lossless,ret_img,w_1440,h_960/https://www.acre.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Elon-Musk-quer-assumir-o-controle-do-Openai-por-US.jpg)
![O chefe do Openai e o inventor do ChatGPT, Sam Altman, em Berlim, em 7 de fevereiro de 2025.](https://img.lemde.fr/2025/02/07/350/0/6845/4563/664/0/75/0/86bbd0c_ftp-import-images-1-vi2j6wy7gdm0-5967382-01-06.jpg)
Enquanto Sam Altman, chefe do Openai e inventor do chatgpt, foi em Paris para o topo da inteligência artificialElon Musk foi para a ofensiva. O bilionário, consultor de Donald Trump, está à frente de um consórcio que propôs comprar US $ 97,4 bilhões (94,5 bilhões de euros) a empresa sem fins lucrativos que controla o OpenAI. Esta oferta hostil visa impedir que Sam Altman, em particular, transforme o OpenAI em um negócio tradicional. Ocorre enquanto o projeto de Elon Musk, Xai, está de acordo com especialistas muito tarde em outros projetos como Openai, Google e Antrópico, transportado pela Amazon.
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