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Acre apresenta tendência de alta a curto e longo prazo nos casos de síndrome gripal em crianças

Boletim InfoGripe, divulgado no dia 27 de junho, destaca que vírus sincicial respiratório é responsável pelo aumento dos casos nessa faixa etária. Probabilidade de crescimento a curto prazo é de 95% e a longo prazo, de 75%.

Capa: Com mais de 150 mortes por síndromes respiratórias no Acre, unidade sentinela é montada para monitorar os casos — Foto: Odair Leal/Sesacre.

O Acre segue na contramão dos demais estados do Brasil e ainda está entre os cinco com sinal de crescimento, na tendência de curto e longo prazo, nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) especificamente em crianças. O dado é do Boletim InfoGripe, divulgado no último dia 27 de junho pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e corresponde à semana epidemiológica 24, que vai de 11 a 17 de junho deste ano.



Ainda de acordo com a atualização do cenário epidemiológico, há sinal de crescimento presente fundamentalmente nas crianças, com destaque para o vírus sincicial respiratório que é o responsável pelo aumento dos casos nessa faixa etária.

“Na tendência de longo prazo, seis estados mostram sinal de crescimento de SRAG: Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Nos cinco primeiros, o aumento está associado fundamentalmente ao grupo das crianças. Já em Sergipe, é possível observar sinal de crescimento tanto em crianças pequenas quanto em faixas etárias da população adulta, especialmente nas idades mais avançada”, informa o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Acre apresenta aumento de casos de síndrome gripal em crianças a curto prazo, com 95% de probabilidade — Foto: Reprodução/Fiocruz

No geral, entre as capitais, além de Rio Branco, outras nove figuram entre os que apresentam tendência de alta, seja em crianças ou não. São elas:

  • Belém (PA);
  • Belo Horizonte (MG);
  • Boa Vista (RR);
  • Florianópolis (SC);
  • João Pessoa (PB);
  • Macapá (AP);
  • Palmas (TO);
  • Porto Velho (RO);
  • Teresina (PI).

 

O estado acreano aparece com 95% de tendência de alta, considerando o longo prazo, ou seja, as últimas seis semanas. Já no curto prazo, últimas três semanas, o Acre aparece em estabilidade.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (17,5%), influenza B (6,6%), vírus sincicial respiratório (40,3%), e Covid-19 (22,8%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (24,7%), influenza B (8,4%), vírus sincicial respiratório (9,3%), e Covid-19 (51,6%).

Síndrome gripal em crianças

Em razão do aumento de casos e ocupação máxima dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), o governo do Acre decretou emergência em decorrência de surto de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O documento foi publicado no dia 23 de junho no Diário Oficial do Estado. O governador Gladson Cameli enumerou que tomou a decisão baseado em casos graves, que são submetidos à internação na UTI.

Até esta quinta-feira (28), cinco dias após o decreto, os leitos de UTI do Hospital da Criança, em Rio Branco, tinham 100% de ocupação, com todos os 10 leitos ocupados.

O número consta em um boletim repassado ao g1 pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e informa ainda que a taxa de ocupação de enfermarias chegava a 93,3%.

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