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Acre tem cerca de 11 mil crianças que devem ser vacinadas contra o sarampo, aponta Saúde
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Acre não registra casos da doença há 18 anos e faz reciclagem de profissionais para evitar surto no estado. Gerente afirma que movimento antivacina é uma das principais dificuldades enfrentadas.
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Com um caso suspeito de sarampo em análise, o Acre tem cerca de 11 mil crianças que ainda não foram vacinadas contra a doença devido à baixa cobertura vacinal registrada nos últimos três anos. A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (11), pela gerente de Vigilância Epidemiológica, Eliane Costa.
Ela destaca, no entanto, que ainda não há nenhum caso confirmado da doença e que tudo indica que seja um caso de dengue devido aos sintomas parecidos.
“As suspeitas acontecem, pois é uma doença que confunde muito com outras. Os sintomas são febre, coriza, manchas avermelhadas do pescoço ao rosto. Quando a gente faz uma coleta sorológica, é feita uma bateria de exames diferenciais. A coleta é feita para o sarampo, mas, se der negativo, nós vamos pesquisar qual é a doença e pode ser dengue, zika, chinkungunya e uma rubéola”, explica.
Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos da doença: em Roraima, com 200 casos e no Amazonas, com 143. E há casos confirmados em outros três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia com três confirmações.
A baixa cobertura vacinal é um dos principais obstáculos enfrentados pela saúde. Em 2015, a cobertura vacinal no Acre contra o sarampo foi 84%, em 2016, foi de 75% e em 2017 ficou em 74%. Da série histórica analisada pelo setor de Vigilância, o Acre atingiu a meta de 95%, estabelecida pelo Ministério da Saúde, somente no ano de 2014.
“Quando a gente olha a nossa cobertura vacinal, que é a única maneira de se prevenir, de imunizar, observamos que nos últimos quatro anos o estado do Acre não vem alcançando a cobertura adequada. Traduzindo isso em números hoje, nós temos uma população infantil em que a vacinação adequada, a partir de 1 ano de idade até os 4 anos, está reprimida. Então, a gente tem cerca de 11 mil crianças a serem vacinadas”, destaca.
Acre não registra sarampo há 18 anos
A gerente afirma que desde o ano 2000 o Acre não registra casos de sarampo. Ao todo, foram três casos, um em Acrelândia, um em Mâncio Lima, um em Plácido de Castro e seis em Rio Branco, totalizando 11 confirmações.
“A partir desse ano, não houve novos registros. Porém, com a baixa cobertura vacinal e casos positivos em outros estados da região Norte, a reintrodução do vírus se torna um risco alto”, acrescentou.
Diante desse cenário, a vigilância iniciou uma recapacitação e reciclagem na rede de saúde. O objetivo é ter uma assistência mais ativa e atenta.
“Aos primeiros sinais dos sintomas suspeitos, é preciso fazer a coleta para a confirmação ou descarte. As suspeitas nesse momento são mais evidentes, justamente por conta de uma vigilância ativa”, afirma.
Dificuldades
Eliane explica que a maior dificuldade encontrada pela saúde é um movimento antivacina que se fortaleceu nas redes sociais. Além disso, ela destaca que a geração atual não vivenciou grandes surtos da doença e acabou se acomodando.
“A vacinação é gratuita, efetiva e eficaz, mas existe um movimento antivacina e, me parece, que isso vem mudando o comportamento, a aceitação da vacina. Mas, precisamos fortalecer a vacina, pois se a gente baixa a guarda essas doenças retornam, são vírus vivos que ficam circulando prontos a nos atacar”, destaca.
A gerente lembra que uma nova campanha de vacinação ocorre de 6 a 31 de agosto e pede que pais e responsáveis procurem as unidades de saúde para atualizar as carteiras de vacinação.
Porém, acrescenta que, independente do período de campanha, a população pode procurar os postos de saúde para se imunizar com a vacina tríplice viral, que é aplicada com 12 meses de idade e um reforço aos 15 meses. Além disso, adultos que por algum motivo não tomaram a vacina no tempo correto também podem procurar os postos.
“A vacina está disponível até os 49 anos. Muitas vezes, as pessoas não veem a carteira de vacinação como um documento que deve ser guardado ao longo da vida. Às vezes, a gente esquece, mas tentem resgatar, para ter a certeza ou não da vacina. Na dúvida, ou sem comprovação vacinal, a imunização também vai ser fornecidoa à população adulta”, finaliza. G1Ac.
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Parceria entre Procon e Claro viabiliza instalação de totem de atendimento na OCA
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35 minutos atrásem
2 de dezembro de 2024 Marília Gabriela Silva
O posto de atendimento do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AC), presente na Organização em Centros de Atendimento (OCA), está disponibilizando, desde a última semana, um totem de atendimento da operadora de telefonia móvel Claro, para auxílio no atendimento dos consumidores.
O serviço permite que o cliente contate diretamente a Ouvidoria da empresa para registrar reclamações e queixas, facilitando o atendimento ao cidadão que precisar solucionar suas demandas. O equipamento oferece serviços como emissão de segunda via de faturas, consulta de saldos, solicitações de suporte técnico e outros atendimentos de interesse dos consumidores da Claro.
A instalação do totem integra as ações do Procon/AC para fortalecer as relações de consumo, facilitando o diálogo entre empresas e clientes e reafirmando a importância de oferecer canais acessíveis de atendimento no estado.
A diretora técnica do Procon/AC, Higia Thaisse, destaca que a ação é fruto da intermediação do Procon/AC, em prol dos consumidores acreanos, uma vez que a operadora ficou entre as dez empresas mais reclamadas no estado, no ano de 2023, no ranking divulgado pelo instituto em março deste ano, e devido à parceria com o Procon, busca agora um melhor relacionamento com seus clientes.
“Buscamos harmonizar as relações de consumo, por isso fazemos várias tentativas e chamamentos para as empresas, e a Claro é uma delas. Tivemos várias reuniões, para verificar como eles poderiam melhorar o atendimento da empresa com o consumidor, o que é uma das atribuições do instituto, harmonizar as relações entre fornecedor e consumidor”, destacou.
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Programa REM Acre e Seagri entregam equipamentos para produtores do mel do Alto Acre
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2 de dezembro de 2024 Arinelson Morais
Fortalecendo o atendimento aos produtores da cadeia produtiva do mel, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) e o Programa REM Acre – Fase II, realizaram entre os dias 25 e 29 de novembro, diversas entregas de equipamentos para quatro associações que atendem meliponicultores e apicultores do estado, visando o melhoramento dos produtos derivados do mel. As entregas foram realizadas nas sedes das associações nos municípios de Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil.
A apicultura e a meliponicultura são atividades sustentáveis que desempenham um papel muito importante na preservação ambiental e na biodiversidade existente em nosso território. As abelhas são agentes polinizadores que ajudam na reprodução de plantas e no reflorestamento de áreas degradadas.
“Gostaria de agradecer a Secretaria de Agricultura e o Programa REM que têm apoiado sempre a nossa associação com capacitação de apicultura e meliponicultura. Hoje, com muita alegria, recebemos esses equipamentos para 14 associados e mais uma vez o REM dá apoio para eles terem renda dentro de seus territórios, contribuindo com a mata em pé”, destaca o presidente da Associação Acreditar, em Xapuri, Fábio Medeiros.
Com o investimento de R$ 29.642,17 os equipamentos irão auxiliar os produtores na produção, armazenamento e distribuição dos produtos artesanais. No total, foram entregues sete equipamentos de produção, sendo uma centrífuga elétrica, uma mesa desoperculadora, um tanque decantador, uma mesa lisa em inox, um garfo desoperculador e duas peneiras; 144 caixas de armazenamento, 27 equipamentos de segurança (EPIs), atendendo 56 beneficiários de forma direta.
“Essa ação é extremamente importante, pois não só auxiliará na produção de mel nesta região, como também fortalecerá a cadeia produtiva. Com o apoio da Seagri e do Programa REM foi possível realizar essa aquisição e entrega das caixas. Essa iniciativa visa garantir uma melhoria na qualidade de vida dos produtores, proporcionando oportunidades de renda e desenvolvimento sustentável”, pontua a técnica da Cadeia Produtiva do Mel na Seagri, Zandra Pilar.
Os equipamentos são voltados para a aprimoração da produção e do processamento do mel, sendo utilizados para extração, retirada de cera, separação de impurezas, além de utensílios para auxiliar no manuseio e higienização, resultando na pureza e na qualidade final dos produtos. O investimento nesses equipamentos representa mais um passo para a consolidação dessa cadeia produtiva sustentável, promovendo desenvolvimento econômico e valorização dos produtores locais.
“O governo do Estado, por meio da Seagri e em parceria com o Programa REM, está fomentando equipamentos e estrutura para o melhoramento da produção. Desde o início, estamos juntos fazendo capacitações, onde os produtores recebem instruções de manejo, captura de enxame”, pontua Josicley Azevedo, chefe da Divisão de Produção Familiar da Seagri.
A Seagri, em parceria com o Programa REM, já atendeu 500 produtores do mel por meio de capacitações em boas práticas, aquisição de equipamentos para beneficiamento do mel, além de proporcionar intercâmbios para troca de experiências e conhecimentos.
“É muito importante receber esse incentivo dentro da agricultura familiar, que vem gerar mais uma renda para as famílias de dentro da Reserva [Chico Mendes]. Então, é de grande importância esse projeto porque nós vamos estar trabalhando e sobrevivendo dentro da floresta, ajudando na preservação sem desmatar”, ressalta José Maria Maia, presidente da Associação dos Moradores e Produtores da Reserva Chico Mendes (Amoprelândia), em Epitaciolândia.
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Delegação da Noruega conhece iniciativas sustentáveis na Reserva Chico Mendes
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2 de dezembro de 2024 Ângela Rodrigues
Uma delegação da Noruega chegou à capital acreana neste sábado, 30, para acompanhar o processo de escuta do Fórum Participativo, que irá tratar sobre a atualização da repartição de benefícios do Programa ISA Carbono, do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa), que será realizado nesta segunda e terça, 2 e 3, no auditório da Uninorte, em Rio Branco.
Do aeroporto, a delegação seguiu rumo a Brasileia. A primeira parada foi uma visita guiada na Fazenda Filipinas, onde são realizadas uma série de iniciativas socioambientais e da cadeia da meliponicultura.
No domingo, 1º, os membros da comitiva seguiram rumo à Reserva Extrativista Chico Mendes, símbolo da luta pela preservação da floresta. Na unidade residem aproximadamente 25 mil trabalhadores rurais, que sobrevivem financeiramente do extrativismo e da coleta da castanha.
Integram a comitiva internacional, o conselheiro do Clima e Floresta da Embaixada da Noruega, Ines Marques; o assistente da embaixada, Simen Kokkvoll; a conselheira sênior da Seção Florestal da Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad), Borghild Tønnessen-Krokan; a representante-residente adjunta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Elisa Calcaterra; o oficial de Programas de Clima e Meio Ambiente do Pnud, Gustavo Matsubara; a especialista técnica em Financiamento de Carbono Florestal, Clima e Florestas do Pnud, Milena Terra; e o gerente de transações da Emergent, Pietro de Bease.
A equipe foi recepcionada pelo seringueiro Raimundo Mendes, primo do ativista ambiental Chico Mendes, e percorreu uma trilha de extração da borracha, também conhecendo o trabalho desenvolvido pelas mulheres do Ateliê da Floresta, onde são produzidos artesanatos de madeira de forma sustentável.
Acompanhados da equipe governamental, a delegação internacional conheceu algumas das ações implementadas pelo governo do Acre na Resex, que conta com recursos do governo alemão e britânico, por meio do Programa REM.
Os recursos têm como objetivo apoiar o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades que vivem na floresta. O Programa REM Acre reúne uma série de projetos voltados para a conservação das florestas e a melhoria de vida de milhares de produtores rurais, ribeirinhos, extrativistas e indígenas, a exemplo do pagamento do subsídio da borracha, um incentivo financeiro no valor de R$ 2,30 por quilo.
A comitiva do governo do Acre foi coordenada pelo titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema), Leonardo Carvalho; a presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC), Jaksilande Araújo; acompanhada da coordenadora do Programa REM Acre, Marta Azevedo; da chefe do Departamento de Regulação do IMC, Fabiana Costa; do assessor jurídico, Gustavo Souza; e da consultora em agricultura familiar, Dinah Borges, ambos do Programa REM.
O que eles disseram
“As mudanças climáticas e o desmatamento estão entre os maiores desafios que a humanidade enfrenta hoje. Estamos representando a agência norueguesa de cooperação, e viemos ao Acre, na Reserva Chico Mendes, batizada com nome do ambientalista, conhecer a luta e o trabalho do Acre para reduzir o desmatamento”, disse a conselheira sênior da Norad, Borghild Tønnessen-Krokan.
“É muito importante a visita dos representantes da Embaixada da Noruega, que apoiam o governo do Acre com financiamento climático, para que possam ver um pouco das experiências que o governo tem executado, a partir do programa de REDD+ jurisdicional. Eles puderam dialogar com o Raimundão, que é uma liderança histórica e que acompanha de perto e defende muito bem essas ações de conservação e também de política de mudanças climáticas. Essa troca de experiência é muito importante também para que eles [comitiva] possam conhecer o modo de vida nas comunidades e sobretudo ajudar o governo na facilitação do processo de escuta, tanto de forma técnica como apresentando soluções e contribuições valiosas para o processo de atualização da repartição de benefícios do Sisa”, destacou o secretário da Sema, Leonardo Carvalho.
“Gostaria de agradecer ao governo de Acre por estarmos aqui, porque é muito importante conhecer o trabalho desenvolvido para conservação da floresta. Temos interesse muito forte na conservação da floresta e estamos trabalhando para apoiar o governo por sabermos que o Acre é muito inovador. Realmente é uma honra visitar a floresta e ver como as comunidades trabalham no dia a dia pela conservação da floresta”, destacou a representante-residente adjunta do Pnud, no Brasil, Elisa Calcaterra.
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