NOSSAS REDES

MUNDO

Acusação de estupro contra Evo adiciona tensão à racha com presidente na Bolívia – 13/10/2024 – Mundo

PUBLICADO

em

Acusação de estupro contra Evo adiciona tensão à racha com presidente na Bolívia - 13/10/2024 - Mundo

A investigação contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, acusado de estuprar e engravidar uma adolescente de 16 anos em 2015, quando ainda estava no poder, elevou a tensão na disputa política entre o líder sindical e seu principal adversário, o presidente Luis Arce.

Com a possibilidade da prisão de Evo se fortalecendo, o ex-presidente reafirma que o caso foi ressucitado para prejudicá-lo, acabar com sua vida e impedi-lo de concorrer contra Arce nas eleições de 2025. Sua defesa diz que o inquérito é ilegal, e Evo se recusa a cooperar com o Ministério Público.

A acusação veio à tona no início do mês, quando o governo de Arce confirmou a existência da investigação contra Evo. Na sexta-feira (11), a polícia da Bolívia prendeu o pai da adolescente depois que ele se recusou a depor perante o Ministério Público do país.

A medida pode levar à prisão de Evo, uma vez que o ex-presidente também foi convocado e também se recusou a comparecer —seu depoimento estava marcado para a última quinta-feira (10). Segundo o Ministério Público, a investigação contra Evo apura os crimes de “estupro, exploração e tráfico de pessoas”.

A defesa do ex-presidente afirma que o caso já foi analisado e arquivado pela Justiça em 2020 e que Evo é inocente. O novo inquérito foi aberto pela promotora Sandra Gutiérrez, que chegou a pedir a prisão dele no último dia 26 —a ordem foi derrubada por um juiz poucos dias depois.

Gutiérrez, que foi removida e depois restituída a seu cargo, reabriu o caso contra Evo por estupro e acrescentou as acusações de exploração e tráfico de pessoas contra o ex-presidente. Evo afirma que não vai cooperar com a investigação, que considera ilegal.

Segundo o mandado de prisão anulado pela Justiça, os pais da suposta vítima a colocaram em contato com Evo “com a única finalidade de ascender politicamente e obter benefícios em troca da filha”, o que configuraria tráfico e exploração de pessoas.

O ministro da Justiça do governo Arce, César Siles, disse na quinta-feira que o Ministério Público pode ordenar a prisão de Evo caso ele siga se recusando a depor. No último dia 3, Siles havia dito que há uma certidão de nascimento que reconhece Evo como pai da filha da suposta vítima. O ex-presidente disse que o governo do rival político ressuscitou a acusação para prendê-lo e acabar com a sua vida.

“Se sair uma ordem prisão ou tentarem capturá-lo, será acionado imediatamente o bloqueio nacional de estradas nos nove departamentos do país. Estamos em estado de alerta em defesa de Evo”, disse o senador e dirigente cocaleiro Leonardo Loza.

Evo tem organizado protestos contra o governo Arce nas últimas semanas a fim de pressionar pela convocação de novas eleições —o próximo pleito está marcado para agosto de 2025, e o ex-presidente é impedido pela legislação atual de concorrer novamente.

Um dos protestos consistiu em uma marcha até a capital, La Paz, que terminou em confronto com a polícia e dezenas de feridos. Evo chegou a dar um ultimato a Arce no último dia 23, dizendo que o presidente teria que trocar seus ministros em 24 horas caso quisesse “continuar governando”. O governo Arce considerou a fala uma tentativa de golpe de Estado.

Arce e Evo travam uma ferrenha disputa por controle do partido governista, o MAS (Movimento ao Socialismo), dominado pelo ex-presidente por muitos anos. Ex-ministro da Economia e escolhido a dedo por Evo para sucedê-lo e disputar as eleições de 2020, Arce se distanciou do seu padrinho político com a tentativa do ex-presidente de concorrer novamente ao cargo em 2025 como candidato do MAS.

O racha entre os dois piorou depois da tentativa de golpe militar na Bolívia em junho deste ano. O general por trás da quartelada, Juan José Zúñiga, havia sido removido do posto por Arce um dia antes de cercar o palácio presidencial com tanques por se manifestar contra um eventual retorno de Evo à Presidência e ameaçar o ex-presidente.

Quando a situação foi distensionada e o general, preso, Zúñiga afirmou ter agido a mando de Arce —o presidente nega. Evo disse na época estar convencido que a ação do general foi uma tentativa de autogolpe por parte de Arce para evitar seu retorno ao poder.



Leia Mais: Folha

Advertisement
Comentários

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

MUNDO

O assassinato de Yahya Sinwar – podcast | Notícias

PUBLICADO

em

O assassinato de Yahya Sinwar – podcast | Notícias

Presented by Michael Safi with Julian Borger; produced by Sami Kent; executive producers Homa Khaleeli and Elizabeth Cassin

Desde o início da guerra em Gaza, Israel tem caçado um homem em particular – o chefe do Hamas, Yahya Sinwar. Descrito como o mentor do ataque de 7 de Outubro a Israel, acredita-se que ele esteja escondido nas profundezas do subsolo. Houve vislumbres dele desde o início, nos túneis sob Gaza – um dia, uma refém de cerca de 80 anos ficou cara a cara com ele e, em 10 de Outubro, ele apareceu nas imagens de segurança do Hamas – mas nada mais substancial.

Durante um ano, os soldados israelitas usaram drones, radares e tropas terrestres para tentar encontrá-lo, enquanto acima dele, em Gaza, o número de mortos entre os palestinianos cresceu inimaginavelmente no conflito intensificado que ele ajudou a desencadear. Então, finalmente, veio a notícia de que ele havia sido morto.

Juliano Borgereditor de assuntos mundiais do Guardian, explica como Sinwar subiu na hierarquia do Hamas como executor, conhecido pela sua brutalidade contra os palestinos que violaram as regras do grupo. Ele explica como, quando Sinwar foi preso por 22 anos em Israel, ele aproveitou o tempo para aprender hebraico e descobrir o máximo que pôde sobre o país. E Michael Safi ouve como Sinwar planejou mais tarde o 7 de outubro, aparentemente na esperança de que isso levasse a uma guerra regional.

Michael pergunta o que a morte de Sinwar significa para Gaza, o Hamas, Israel e o Médio Oriente em geral. E poderia marcar o início do fim do conflito?



Fotografia: Ibrahim Abu Mustafa/Reuters

Apoie o Guardião

O Guardian é editorialmente independente. E queremos manter o nosso jornalismo aberto e acessível a todos. Mas precisamos cada vez mais que nossos leitores financiem nosso trabalho.

Apoie o Guardião



Leia Mais: The Guardian



Continue lendo

MUNDO

Trump vs Harris: Quem lidera as pesquisas eleitorais nos EUA? | Notícias das Eleições de 2024 nos EUA

PUBLICADO

em

Trump vs Harris: Quem lidera as pesquisas eleitorais nos EUA? | Notícias das Eleições de 2024 nos EUA

A campanha eleitoral nos EUA está nas últimas semanas com eleitores indo às urnas em 5 de novembro para eleger o próximo presidente.

A votação antecipada já está ocorrendo em vários estados, inclusive em campos de batalha como a Carolina do Norte e a Geórgia.

Faltando menos de três semanas para as eleições, a vice-presidente democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump estão lutando para influenciar os eleitores indecisos.

No entanto, o voto popular não decide o vencedor. Em vez disso, determina quais eleitores representarão cada estado no Colégio eleitoralque escolhe o presidente.

Para vencer, um candidato precisa garantir 270 dos 538 votos eleitorais disponíveis. Os votos do Colégio Eleitoral são distribuídos entre os estados de acordo com suas populações relativas.

Quem está na liderança?

De acordo com Rastreador diário de pesquisas eleitorais do FiveThirtyEightHarris lidera atualmente nas pesquisas nacionais e tem uma vantagem de 2,4 pontos percentuais sobre Trump.

Em julho, o presidente Joe Biden, um democrata, abandonou a corrida presidencial e apoiou Harris como seu substituto. Desde então, as classificações do vice-presidente aumentaram em relação aos números mais baixos sob Biden.

Mas a corrida ainda está acirrada. FiveThirtyEight’s previsão eleitoral sugere que Harris é o favorito para vencer 54 vezes em 100, enquanto Trump vence 46 vezes em 100.

Quais estados poderiam influenciar a eleição presidencial?

Estados oscilantes, também conhecidos como estados de campo de batalha, podem influenciar o resultado de uma eleição nacional.

Uma das características definidoras de um estado indeciso são as suas tendências políticas ambíguas, onde nenhum partido tem um apoio esmagador.

Este ano, os estados observados de perto são Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

Nas eleições presidenciais de 2020, a Geórgia passou do vermelho republicano para o azul democrata depois de quase três décadas de votação republicana, e no Arizona, os democratas venceram por uma margem estreita de 0,3 pontos percentuais.

As pesquisas mostram Trump e Harris em uma disputa acirrada em estados indecisos. As pesquisas nesses estados são mais importantes para determinar o vencedor do que as pesquisas nacionais porque o Colégio Eleitoral, e não o voto popular, escolhe o presidente.

O que acontecerá se Harris e Trump terminarem empatados?

Há um total de 538 votos eleitorais. Para vencer a eleição, o candidato deve obter 270.

Dada a natureza da distribuição dos votos eleitorais, combinações específicas de estados poderiam levar a um empate de 269 votos. Tal cenário é possível, embora não seja provável.

Se nenhum candidato obtiver pelo menos 270 votos eleitorais, ocorre uma eleição contingente na qual a Câmara dos Representantes dos EUA decide o vencedor.

A delegação de cada estado na Câmara daria um voto, e um candidato deve receber a maioria (26 em 50) dos votos da delegação estadual para vencer.

O Senado dos EUA escolheria então o vice-presidente, com cada senador dando um voto e uma maioria simples (51 votos) necessária para vencer.

Como funcionam as pesquisas?

As pesquisas eleitorais prevêem como a população poderá votar, pesquisando uma amostra de eleitores. As pesquisas são mais comumente realizadas por telefone ou online. Em alguns casos, é via correio ou pessoalmente.

Os rastreadores de pesquisas, que agregam uma série de pesquisas, são ponderados com base em vários fatores, como o tamanho da amostra da pesquisa, a qualidade do pesquisador, há quanto tempo a pesquisa foi realizada e as metodologias específicas empregadas.

Quão precisas são as pesquisas?

As pesquisas nunca são 100% precisas. Tanto as eleições de 2016 como as de 2020 nos EUA viram as pesquisas de opinião subestimarem a popularidade dos candidatos republicanos. Apesar das sondagens para as eleições intercalares de 2022 serem mais precisas, muitos ainda permanecem céticos em relação aos resultados das sondagens.

Parte da razão da imprecisão nas pesquisas nos últimos anos está relacionada à capacidade de chegar aos eleitores. Freqüentemente, as pesquisas são realizadas por telefone; no entanto, menos pessoas estão dispostas a atender chamadas. O preconceito de não resposta é outra razão para a imprecisão – por exemplo, nos últimos anos, os eleitores de Trump optaram por não responder às sondagens. Além disso, as mudanças na participação eleitoral afetaram a precisão das sondagens, por exemplo, em 2020, a participação eleitoral foi muito superior ao esperado.

Uma margem de erro matemática está implícita nas sondagens porque utilizam grupos pequenos e seleccionados de pessoas para determinar a escolha de uma população maior. Essa margem de erro nas sondagens dos EUA indica o intervalo dentro do qual é provável que o resultado real se situe. Com uma amostra de 1.000 pessoas, a margem de erro é de cerca de mais ou menos 3 por cento.

Muitas das pesquisas realizadas antes das eleições presidenciais deste ano mostraram a diferença de apoio entre Harris e Trump dentro da margem de erro.



Leia Mais: Aljazeera

Continue lendo

MUNDO

o acordo alcançado para baixar o preço dos alimentos não extingue a mobilização

PUBLICADO

em

o acordo alcançado para baixar o preço dos alimentos não extingue a mobilização

Estará a Martinica finalmente prestes a vencer a batalha contra o elevado custo de vida? Há quem queira acreditar, depois de um mês e meio de mobilização popular contra os elevados preços dos alimentos nesta ilha das Antilhas. Teria sido necessário sete laboriosas mesas redondas entre eleitos, representantes do Estado e do sector privado, além de inúmeras manifestações organizadas por diversas organizações associativas e sindicais, para chegar a um acordo.

No final de uma nova sessão de negociações sob a égide da Coletividade Territorial da Martinica (CTM) e da prefeitura, um documento foi assinado na noite de quarta-feira, 16 de outubro, por cerca de trinta parceiros públicos e privados. Este protocolo deverá resultar em “uma redução média de 20% nos preços de venda” de mais de 6.000 produtos alimentares nos hipermercados da ilha, sublinhou a prefeitura da Martinica num comunicado de imprensa.

O “protocolo de objetivos e meios de combate ao elevado custo de vida” está dividido em vinte e oito compromissos assumidos pelo Estado, pelas marcas CTM e de distribuição local, mas também pela transportadora marítima CMA CGM – interveniente fundamental na importação de mercadorias para as Antilhas –, bem como pelo Grande Porto Marítimo da Martinica. Entre os signatários estão também parlamentares martinicanos, bem como representantes de diversas organizações socioprofissionais da ilha.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Enquanto o exterior está borbulhando, o seu orçamento está caindo

No documento de onze páginas, estes interlocutores “propor que seja examinado durante um período de observação de trinta e seis meses” a implementação destas ações que estão ligadas “em torno de três eixos” : as promessas de “atores económicos na cadeia de valor”os da autarquia local e os do Estado.

Decepção pelo não alinhamento de todos os preços em França

No entanto, falta um interlocutor importante na lista de signatários deste acordo: o colectivo que lançou, no dia 1é Setembro, o movimento de protesto contra o elevado custo de vida, neste território onde o preço dos produtos alimentares é 40% superior ao da França continental, segundo um estudo do INSEE publicado em julho de 2023. Este coletivo, o Rassemblement pour la protection of Afro -Os Povos e Recursos do Caribe (RPPRAC), deixaram a mesa de negociações no início da noite, enquanto ainda tropeçavam em um último ponto de discórdia: o número de produtos afetados pela queda de preços.

“Estamos realmente decepcionados”declarou Gwladys Roger, tesoureira do RPPRAC, num vídeo divulgado na rede social Instagram, no qual relembra a exigência inicial do coletivo: “alinhamento” preços na Martinica em comparação com os da França continental para “todos os alimentos”. O compromisso assumido “6.000 produtos entre 40.000 referências” nos supermercados é inaceitável, aos olhos do activista.

Você ainda tem 56,75% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.



Leia Mais: Le Monde

Continue lendo

MAIS LIDAS