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Ainda estamos aqui – 18/12/2024 – Thiago Amparo

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3 meses atrásem
“O filme “Ainda Estou Aqui” tem comovido milhões de brasileiros e estrangeiros. A história do desaparecimento de Rubens Paiva, cujo corpo jamais foi encontrado e sepultado, sublinha a dor imprescritível de milhares de pais, mães, irmãos, filhos, sobrinhos, netos, que nunca tiveram atendidos os seus direitos quanto aos familiares desaparecidos. Nunca puderam velá-los e sepultá-los.” Este é um trecho da correta decisão do Mininstro Flavio Dino do STF, nesta semana.
Dino decidiu ter repercussão geral um caso em que se discute se a lei da anistia não se aplica ao crime permanente de ocultação de cadáver. Ao fazer referência ao formidável filme “Ainda Estou Aqui”, Dino nos lembrar que violações graves de direitos humanos não devem estar sujeitas a anistia, e que a sociedade brasileira a lotar cinemas para ver Fernanda Torres como Eunice não tolera mais que o Estado Brasileiro, ainda hoje, oculte a verdade sobre muitos dos desaparecimentos, prisões e execuções por agentes da ditadura.
Um retrato biográfico primoroso, o filme “Ainda Estou Aqui” soma-se – e não se sobrepõe – a uma linha de outras obras sobre os horrores da ditadura civil-militar; ao mostrar como a ditadura foi cruel inclusive com a elite política e econômica que ousou discordar dela mesmo quando muitos dos seus a ela se venderam. O filme mostra a profundidade do abismo em que outros, outrora e hoje, estão metidos, como mostram as obras “Eles não Usam Black Tie” de 1981, sobre operários e o regime, e o “Cabra Marcado para Morrer” de 1984 sobre trabalhadores rurais.
O filme “Ainda Estou Aqui”, sobretudo, revela que em muitos aspectos ainda estamos aqui, mas como pergunta Rubens Paiva em seu livro: onde é o aqui? Ainda há o estado brasileiro praticando o genocídio contra negros e indígenas, e há outras tantas Eunices que ainda choram por seus entes queridos. Ainda estamos aqui com 183 desaparecidos por dia no país, sem sequer contar com um banco nacional. Ainda estamos aqui com o próprio STF ainda tolerante quanto ao expansionismo da justiça militar; um ex-presidente ainda não condenado por tentar um golpe de estado e ainda esta Folha não tendo revisto a sua linha editorial a favor da lei da anistia.
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Marina Silva defende atuação técnica do Ibama na Foz do Amazonas – 11/03/2025 – Ambiente

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11 de março de 2025
Cristina Camargo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou que é técnica a atuação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no processo de licenciamento para perfuração do bloco 59, na Bacia da Foz do Amazonas.
“Independentemente de um ministro ou outro procurar o Ibama para dialogar, a concessão da licença ocorre por meio de um processo técnico, que avalia a viabilidade ambiental do empreendimento”, disse Marina em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira (10).
Segundo ela, a partir dessa análise técnica poderão ser feitos ajustes, que serão avaliados.
“Se todas as dificuldades forem superadas durante o processo de licenciamento, a licença pode ser concedida. Caso contrário, ela é negada. Mas é uma decisão técnica”.
Marina e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, indicado por ela para o cargo, são alvos de pressão em relação ao processo de licenciamento.
O presidente Lula fez críticas abertas o órgão ambiental, acusando-o de dificultar o licenciamento que analisa a viabilidade técnica e econômica da exploração, antes de iniciar a produção de petróleo.
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Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o órgão não explica os motivos de ainda não ter uma decisão sobre o assunto.
Durante a entrevista, a ministra disse que não pretende deixar o governo e garantiu que não está isolada, lembrando que já enfrentou outras situações parecidas à frente da pasta.
Além de citar a própria experiência no enfrentamento de crises, Marina defendeu o governo Lula por ações econômicas e nas áreas de saúde, clima, defesa das mulheres e combate à pobreza.
“O problema é que vivemos um momento, usando uma linguagem da minha região, de esculhambação mesmo na política econômica, social, ambiental e fazer o básico parece que é falta de rumo”, apontou, citando indiretamente o governo de Jair Bolsonaro. “Falta de rumo é querer, depois de tudo que aconteceu na ditadura militar, reeditar uma ditadura em pleno século 21, fazer um plano para matar o presidente da República, o ministro do Supremo, o vice-presidente”.
Aos 67 anos e após disputar três vezes a presidência da República, Marina disse que não concorrerá mais ao cargo. “Hoje eu quero continuar ajudando para que o projeto da frente ampla, de defesa da democracia, continue vitorioso”, afirmou.
Na análise política que fez no Roda Viva, o desafio agora, após a defesa da democracia, é lutar por um projeto de desenvolvimento que inclua o combate à desigualdade, defenda o meio ambiente e estimule o surgimento de novas lideranças.
Marina falou sobre a defesa do meio ambiente como um caminho que traz esperança em meio ao momento distópico vivido pelo mundo, com guerras de vários tipos, inclusive as tarifárias.
“Se a gente olhar para o mundo hoje, não há uma grande narrativa que nos agregue, como já foi a igualdade, a liberdade e a fraternidade”, analisou. “Tudo isso teve o seu momento, mas hoje a gente vive a necessidade de outras respostas, agregando os ganhos históricos dessas contribuições”.
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Dalai Lama diz que o sucessor nascerá em ‘mundo livre’ fora da China | Notícias da religião

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11 de março de 2025
O líder espiritual tibetano diz em um novo livro que a aspiração de liberdade de seu povo não pode ser atrasada indefinidamente.
O Dalai Lama disse que seu sucessor nascerá no “mundo livre” fora da China.
Em um novo livro lançado na terça-feira, o líder espiritual de 89 anos do budismo tibetano diz que será reencarnado fora do Tibete, que é uma região autônoma da China.
“Como o objetivo de uma reencarnação é continuar com o trabalho do antecessor, o novo Dalai Lama nascerá no mundo livre, de modo que a missão tradicional do Dalai Lama – isto é, para ser a voz da compaixão universal, o líder espiritual do tibetano, o budismo e o símbolo da embodes Em 1959, escreve em voz para os sem voz.
A China considera o Tibete, que alternou entre independência e controle chinês ao longo dos séculos, como parte integrante do país e vê os movimentos que defendem maior autonomia ou independência como ameaças à sua soberania nacional.
Pequim rotulou o atual Dalai Lama, que foi identificado como a reencarnação de seu antecessor aos dois anos de idade, um “separatista” e insistiu no direito de nomear seu sucessor após sua morte.
O Dalai Lama, que deixou o cargo de líder político do governo tibetano em exílio em 2011 para se concentrar em seu papel espiritual, negou a defesa da independência tibetana e argumentou por uma abordagem de “caminho médio”, que concederia o território principalmente budista maior autonomia.
Em seu livro, o Dalai Lama escreve que recebeu inúmeras petições de pessoas dentro e fora do Tibete pedindo que ele garantisse que sua linhagem continue e diz que as aspirações de liberdade do povo tibetano não podem ser negadas indefinidamente.
“Uma lição clara que sabemos da história é a seguinte: se você mantém as pessoas permanentemente infelizes, não pode ter uma sociedade estável”, ele escreve.
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O governo propõe colher de plástico nas cantinas da escola sob a pressão dos lobbies

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11 de março de 2025

Em 10 de fevereiro, Donald Trump encenou no Salão Oval da Casa Branca Assinatura de um decreto agindo o retorno a “Canudos de plástico” no governo americano. Dez dias depois, na França, o governo apresentou discretamente um decreto de projeto que abre caminho para um retorno de talheres e pratos de plástico nas cantinas da escola.
Apoiado pelo Ministério da Transição Ecológica, o texto retorna a uma disposição prevista pela lei de Egalim de novembro de 2018: a proibição de 1é Janeiro de 2025 de “Recipientes de comida” Plástico (destinado a cozinhar, aquecer e serviços) em catering coletivo, da creche à universidade. Essa proibição havia sido estendida pela lei antiGaspillage para uma economia circular de 2020 para serviços pediátricos, de obstetrícia e maternidade. O rascunho de decreto oferece“Exclua os recipientes usados para o consumo de pratos”incluindo os pratos (prato, cálice, etc.) e talheres.
O O texto é colocado em consulta pública Até 14 de março. Apesar da ausência de publicidade e bugs na plataforma digital, quase 1.000 comentários foram arquivados em 10 de março. “Heresia”Assim, “Incompreensível”Assim, “Recapacidade inaceitável” : é um eufemismo dizer que a proposta do governo, acusada de ter “Deu em lobbies”, desperta uma maré desfavorável de conselhos que denunciam “Um grande passo para trás para a saúde de nossos filhos e a preservação do nosso meio ambiente”. Eles vêm de pais preocupados, organizações ambientais ou médicos.
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