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“Ainda Estou Aqui“: Fernanda Torres tem chance no Oscar 2025?
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Desde sua estreia mundial no Festival de Veneza em 2024, “Ainda Estou Aqui“, de Walter Salles, vem recebendo uma enxurrada de elogios. Aclamado pela imprensa internacional, o filme foi descrito por críticos como “uma carta de amor ao Brasil” e “espetacular“.
Fernanda Torres também foi destaque entre os elogios da crítica especializada e já começa a colher os frutos de sua atuação no filme. Recentemente, a atriz recebeu um prêmio especial do grupo organizador do Critics Choice Awards, um dos mais importantes termômetros para o Oscar.
Significa que a atriz será indicada ao Oscar? Ainda não sabemos. No entanto, a equipe do filme está empenhada em garantir sua nomeação. Saiba para quais categorias do Oscar o filme está cotado.
Rodrigo Teixeira, produtor do longa, revelou à CNN que a campanha para Fernanda Torres inclui apresentá-la ao público americano como vencedora do prêmio de Melhor Atriz em Cannes. Ela recebeu o troféu do festival francês em 1986 por sua atuação no filme “Eu Sei Que Vou Te Amar“, dirigido por Arnaldo Jabor.
“A gente precisa tentar apresentá-la como uma atriz que já tem uma carreira consolidada no país de origem”, disse ele.
Para a sorte da brasileira, a categoria de atriz ainda não conta com nenhuma franca favorita. No topo da disputa, embora ainda não sejam consideradas favoritas, estão Karla Sofía Gascón, de “Emilia Pérez”, e Mikey Madison, de “Anora”.
Gascón venceu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes, o que fortalece sua campanha para se tornar a primeira mulher trans indicada à categoria no Oscar. Já Madison protagoniza o filme vencedor da Palma de Ouro.
Logo atrás, está Angelina Jolie por “Maria Callas“, um filme que reúne todos os elementos típicos de uma produção feita para conquistar o Oscar: uma cinebiografia e uma transformação radical da atriz. Adquirido pela Netflix, o filme pode ganhar impulso com a forte campanha da plataforma de streaming.
Outras concorrentes que também podem chamar atenção e entrar na disputa são Demi Moore por “A Substância“, Nicole Kidman por “Babygirl” e Saoirse Ronan por “The Outrun“.
Sobre “Ainda Estou Aqui”
“Ainda Estou Aqui” trata-se da adaptação do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva, conhecido pelo livro “Feliz Ano Velho” — um grande sucesso de vendas nos anos 1980. A história se passa na década de 1970, no período mais intenso da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória da família Paiva, composta por Rubens (interpretado por Selton Mello), Eunice (vivida por Fernanda Torres) e seus filhos.
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“Ainda Estou Aqui” é o filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para tentar uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 • Divulgação/Alile Dara Onawale
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Estrelado por Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, o filme fala sobre a luta dela em busca de respostas após seu marido, Rubens Paiva, ter desaparecido durante a Ditadura Militar • Divulgação/Alile Dara Onawale
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Mãe de cinco filhos, Eunice busca respostas sobre o paradeiro do marido • Divulgação/Alile Dara Onawale
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O filme é o novo longa do diretor Walter Salles • Divulgação/Alile Dara Onawale
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Fernanda Torres disse à CNN que Eunice “combateu o estado autoritário através de uma imensa delicadeza combativa” • Divulgação/Alile Dara Onawale
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Selton Mello, que também estrela “Ainda Estou Aqui”, vive o deputado Rubens Paiva • Divulgação/Alile Dara Onawale
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À CNN, Mello disse que “[teve que criar] esse personagem de uma forma marcante o suficiente para reverberar ao longo do filme ajudando a trajetória da personagem da Nanda [Fernanda Torres] e do público, que é cúmplice dessa jornada” • Divulgação/Alile Dara Onawale
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Fernanda Montenegro interpreta Eunice Paiva no fim da vida em “Ainda Estou Aqui”; ela morreu aos 86 anos em 2018, quatro anos após a Comissão Nacional da Verdade emitir o relatório que solucionou o desaparecimento de Rubens Paiva • Divulgação/Alile Dara Onawale
A vida da família se transforma completamente quando, em um dia fatídico, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e some sem deixar rastros. Eunice, que dedicará décadas em busca de respostas sobre o paradeiro do marido, precisa se reconstruir e traçar um novo caminho para si e para seus filhos. Saiba mais sobre a história.
O elenco também conta com Valentina Herszage (“Elas por Elas”), Maeve Jinkings (“Pedágio”), Antonio Saboia (“Deserto Particular”), Olívia Torres (“Continente”), Humberto Carrão (“Aquarius”), Dan Stulbach (“Mulheres Apaixonadas”), Charles Fricks (“Terra e Paixão”), Caio Horowicz (“Boca a Boca”), Daniel Dantas (“Pega Pega) e mais.
A CNN acompanhou o lançamento exclusivo do filme durante a 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; saiba como foi a coletiva e confira nossas entrevistas individuais com os astros da produção, Fernanda Torres e Selton Mello.
Assista ao trailer de “Ainda Estou Aqui”:
Selton Mello à CNN: “Criei um personagem para reverberar no filme”
Filme propõe reflexão sobre a ditadura militar, diz Fernanda Torres em entrevista para a CNN
“Ainda Estou Aqui”: conheça história que inspirou filme com Fernanda Torres
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Trump obriga servidores a delatar colegas – 22/01/2025 – Mundo
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22 de janeiro de 2025O governo Donald Trump emitiu um comunicado nesta quarta-feira a todos os servidores federais dos Estados Unidos dando um prazo de 10 dias para que denunciem colegas que se recusem a encerrar programas de diversidade.
Essas iniciativas, que têm o objetivo de incentivar maior inclusão no ambiente de trabalho e contratação de minorias, viraram alvo preferencial de apoiadores de Trump durante a campanha eleitoral —principalmente aquelas que estimulavam maior diversidade racial e étnica no corpo de funcionários de empresas e agências governamentais.
O Escritório de Gestão de Pessoas, órgão do governo federal americano que enviou o comunicado, ameaçou funcionários que percam o prazo de “consequências adversas”. “Tentativas de disfarçar programas de diversidade utilizando linguagem imprecisa ou cifrada não serão toleradas”, afirmou o comunicado.
“Esses programas dividem os americanos por raça, gastam dinheiro do contribuinte e resultam em discriminação vergonhosa”, diz o texto, dando a entender que pessoas brancas seriam discriminadas em iniciativas que promovem a contratação de minorias.
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Na terça (21), Trump já havia assinado um decreto acabando com ações afirmativas no governo federal e afastando todos os funcionários contratados em programas de diversidade, abrindo caminho para demissões. O presidente também chamou as iniciativas de discriminatórias e falou em restaurar a contratação “baseada no mérito”.
Os programas, conhecidos pela sigla DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), foram alvo de Trump já no discurso de posse, na segunda (20). O republicano disse que lutaria contra tentativas de “fazer engenharia social e incluir raça e gênero em todas as facetas da vida pública e privada. Forjaremos uma sociedade que não vê cor e é baseada no mérito”.
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Na Turquia, Erdogan acusa a mudança da moral de prejudicar a família
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22 de janeiro de 2025CARTA DE ISTAMBUL
As distinções oficiais dizem muito sobre uma época, às vezes até antecipando-a. O Prémio Necip Fazil, atribuído em 3 de Janeiro pelo Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, é uma ilustração disso. Criado em 2014 pelo governo islamo-conservador em homenagem ao poeta preferido do Chefe de Estado Necip Fazil Kisakürek (1904-1983)romancista, dramaturgo, ideólogo islâmico, teórico da conspiração e cantor truculento do anticomunismo e da modernidade turca, ele premia anualmente artistas e autores com o objetivo de preservar a herança cultural do escritor. Ou seja, obras que lisonjeiam quem ama a “tradição”, tão cara ao poder vigente.
Na categoria “busca de ideias”, foi um psiquiatra junguiano quem recebeu a distinção: Mustafa Merter, 77 anos, mais conhecido pelos televisores de canais pró-governo e redes sociais. O homem é pessoal, dotado de um certo encanto e de uma confiança prodigiosa. Tal como os seus colegas islâmicos, ele utiliza as noções de alma (“alma”) ou zinhin (“mente”) para reformular conceitos como o ego, o superego ou o inconsciente. Mas é principalmente a denúncia e a crítica mordaz dos círculos progressistas que servem de enquadramento narrativo.
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Por que a IA está com tanta sede? – podcast | Inteligência artificial (IA)
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22 de janeiro de 2025 Presented by Michael Safi with Helena Horton; produced by Alex Atack, Ruth Abrahams and Joel Cox; executive producers Elizabeth Cassin and Courtney Yusuf
Na semana passada, Keir Starmer anunciou os seus planos de usar inteligência artificial para impulsionar “mudanças incríveis no nosso país”. Parte da estratégia é criar “zonas de crescimento de IA”, incluindo uma em Culham, Oxfordshire.
A decisão chamou a atenção do repórter de meio ambiente do Guardian Helena Horton.
“Eles colocaram esta zona de crescimento em uma das áreas com maior escassez de água do Reino Unido”, diz Helena Michael Safi. “A Agência Ambiental classificou aquela área como gravemente sob estresse hídrico, e é por isso que estão construindo um novo reservatório lá.
“Esses data centers não usam apenas uma grande quantidade de energia, mas também uma grande quantidade de água na maior parte do tempo”, diz Helena. “Como eles processam muitos dados, os servidores ficam muito, muito quentes… então, para impedir o superaquecimento dos servidores, eles precisam resfriá-los com água.”
Mas e o argumento de que a inteligência artificial ajudará a resolver questões relacionadas com o clima, como sugeriram alguns chefes da IA?
“É bom ter os maiores pensadores do mundo a pensar nas alterações climáticas. Mas a questão é que isso pode ser usado como uma desculpa para não usarmos a tecnologia que temos agora, e grande parte da tecnologia que temos para construir energias renováveis é bastante inovadora, as baterias que estão a ser desenvolvidas. Eles simplesmente não são tão sexy quanto a IA, sabe?
“E não é um argumento contra a IA em si. Significa apenas que, se quisermos construir esses data centers que são necessários para a IA, precisamos ser responsáveis pela forma como os construímos.”
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