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Alemanha: não aceitarei paz ditada pela Rússia, diz Scholz – 17/11/2024 – Mundo

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Victor Lacombe

Se o ucraniano Volodimir Zelenski é um dos líderes com mais a temer após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, o alemão Olaf Scholz também tem motivos de preocupação. No comando da maior economia da Europa, parte crucial da Otan e aliada de primeira hora de Kiev, o primeiro-ministro corre o risco de ver a aliança militar ser enfraquecida pelo republicano e a Rússia ficar em posição fortalecida se Trump costurar um acordo favorável a Moscou no conflito.

É nesse contexto que Scholz diz à Folha que seu país jamais aceitará uma paz na Guerra da Ucrânia ditada pelos russos. “Provavelmente ninguém na Europa anseia tanto pela paz quanto os ucranianos“, diz o premiê social-democrata. “Mas devemos ter cuidado com soluções falsas que só contêm paz no nome. Paz sem liberdade se chama opressão, e paz sem justiça se chama ditadura.”

Em entrevista por e-mail concedida dias antes da sua chegada ao Brasil para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Scholz falou ainda sobre o que espera das relações com os EUA sob Trump, comenta as discordâncias com o governo Lula nas questões geopolíticas atuais e defende a atuação de seu governo em relação à imigração e ao crescimento da extrema direita na Alemanha.

As perguntas foram enviadas antes do colapso da coalizão governista, abalada por cisões internas e pela condução de uma economia estagnada. O premiê chega ao Brasil fragilizado, enfrentando um voto de confiança no Parlamento em dezembro que deve dissolver o Legislativo e convocar novas eleições para fevereiro —e as pesquisas apontam que Scholz, no poder desde 2021, deve perder o cargo.

O G20 é um fórum que reúne países de posições muito diferentes como Rússia e Alemanha, China e Estados Unidos. Ainda é possível esperar que essas instâncias multilaterais contribuam para soluções políticas em um cenário tão polarizado? Quanto espaço de cooperação há entre adversários geopolíticos?

Justamente diante dos diversos desafios globais, é importante utilizar o G20 para promover um desenvolvimento justo e sustentável para todos os países do mundo. Temos de deixar claro que os membros do G20 representam mais de 80% da produção econômica global, 75% do comércio mundial e 60% da população mundial. Portanto, temos uma responsabilidade especial: as nossas decisões podem ser um caminho a seguir para todos.

O Brasil também atende a essa exigência na Presidência do G20 com uma agenda clara. Ela visa a reduzir a desigualdade e a pobreza, promover a transição energética e o financiamento climático e proporcionar um impulso importante à reforma da governança global. Apoio plenamente estas prioridades do presidente Lula. Elas são fundamentais para a prosperidade global e para a nossa cooperação em todos os continentes.

Na cúpula em Déli, ao incluir a União Africana, reforçamos o papel do Sul Global [termo para se referir a países em desenvolvimento] no G20 e queremos também expandir ainda mais esta cooperação no Rio. Diante disso tudo algo está claro para mim: enquanto a Rússia, como membro do G20, não terminar esta guerra contra a Ucrânia que viola o direito internacional e continuar a ferir os princípios da Carta das Nações Unidas, não há fundamento para uma parceria baseada em confiança e cooperação dentro do bloco.

O senhor encontrou o presidente Lula em reuniões bilaterais em duas ocasiões neste mandato. Desde então, a posição de Brasília crítica às ações de Israel, aliado próximo de Berlim, se intensificou. Gostaria de que o presidente Lula tivesse outra visão em relação ao conflito no Oriente Médio?

Em 7 de outubro de 2023, os terroristas do Hamas assassinaram brutalmente mais de 1.200 israelenses. Centenas de outros foram raptados para a Faixa de Gaza. Esse foi um ataque hediondo que violou todas as regras e princípios da humanidade. A posição da Alemanha é clara. Israel tem o direito de se defender. Isso significa que Israel também deve ter o direito de impedir que o Hamas continue a perpetrar esse tipo de terror.

Entretanto, da mesma forma está claro que as regras do direito internacional também se aplicam a Israel. O sofrimento humano em Gaza é enorme. Um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns israelenses que estão em cativeiro há mais de um ano é urgentemente necessário. Um processo político confiável que leve a uma solução negociada de dois Estados é essencial para um fim sustentável do conflito —concordamos com o governo brasileiro nesse ponto.

Mais de um ano após os ataques de 7 de outubro de 2023, Israel está cada vez mais isolado no cenário internacional, com países como o Brasil e até a França pedindo o fim do envio de armas ao governo Netanyahu. Como vê essa questão? Existe uma discussão sobre reavaliar o fornecimento de armas da Alemanha para Tel Aviv?

Enfatizo mais uma vez que Israel tem o direito de se defender. Ao fazer isso, nossos parceiros israelenses podem contar com a solidariedade da Alemanha. Isso também inclui garantir a capacidade de defesa de Israel, por exemplo, fornecendo armas e equipamento militar. Em cada caso individual, isso é feito após avaliação cuidadosa da situação [por parte de Berlim].

Ao mesmo tempo, reconhecemos as vítimas de todos os lados e nos solidarizamos com elas —tanto em Israel quanto em Gaza. É de fundamental importância para o governo alemão que mais ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza, que as normas do direito internacional sejam observadas e que a perspectiva da solução de dois Estados seja mantida.

Um atentado cometido em agosto por um refugiado chocou a população alemã, e logo depois o partido de extrema direita AfD obteve resultados importantes em eleições regionais com uma pauta anti-imigração. A coalizão liderada pelo sr. aprovou no Parlamento medidas que devem facilitar a deportação de imigrantes. Na sua visão, era a resposta necessária a este cenário?

Não se trata de uma questão de imigrantes por si só. Queremos abrir as rotas de migração legal e, ao mesmo tempo, impedir a migração irregular. Cada vez mais países da Europa dependem da imigração de novos trabalhadores, e isso é particularmente verdadeiro para a Alemanha. E existe o direito fundamental ao asilo, que é importante para nós.

Ao mesmo tempo, isso deve ficar claro: quem não tem o direito de permanecer na Alemanha precisa retornar ao seu país de origem. O governo federal tirou suas conclusões do ataque em Solingen e apresentou um pacote de segurança abrangente. Essa é a resposta às ameaças atuais. A ideia é facilitar a deportação de pessoas que são obrigadas a deixar o país e ajudar as autoridades na luta contra o islamismo violento. O objetivo é, portanto, fortalecer a segurança na Alemanha.

Economistas apontam que, para países em crise demográfica como a Alemanha, a imigração representa uma oportunidade de crescimento econômico. Como vê essa questão? A Alemanha não tem mais interesse em ser um país de imigrantes?

Muito pelo contrário. A Alemanha é um país de imigração com provavelmente uma das regulamentações mais liberais do mundo. Isso se deve ao fato de querer e precisar ser atraente para trabalhadores qualificados de todo o mundo. É por isso que adotamos a Lei de Imigração de Trabalhadores Qualificados e criamos novas rotas de acesso. Os trabalhadores qualificados do exterior agora podem trabalhar na Alemanha mais rapidamente e com menos burocracia. Esse tipo de imigração nada tem a ver com a imigração irregular.

Sobre a AfD, que é oficialmente monitorada pelo serviço de inteligência interno da Alemanha, há uma discussão sobre um eventual banimento do partido. O sr. considera uma medida razoável? Qual perigo a AfD representa para a democracia alemã?

O instrumento da proibição de partidos é estabelecido em nossa Constituição como um último recurso, e por um bom motivo. Uma medida como essa teria de ser cuidadosamente estudada. As autoridades competentes devem coletar informações e avaliar se um partido é extremista e anticonstitucional por completo ou em partes.

Atualmente, não está na agenda do governo federal fazer um pedido nesse sentido ao Tribunal Constitucional Federal [a Suprema Corte da Alemanha]. Para nós, é importante lidar com quaisquer forças extremistas, antes de mais nada, politicamente. Essa é a tarefa de todos os partidos democráticos.

Como o sr. espera que a vitória de Donald Trump impacte as relações entre Alemanha e Estados Unidos? As falas dele sobre a Otan podem fazer com que os países europeus invistam em uma arquitetura de segurança independente?

A Alemanha e os EUA estão profundamente conectados —política e economicamente, mas também em nível humano. Juntos, sempre trabalhamos com sucesso pela paz e estabilidade no mundo. Queremos manter essa cooperação, mesmo com o recém-eleito presidente dos EUA.

É claro que isso inclui a questão da segurança na Europa. Essa é outra área na qual queremos dar continuidade à cooperação bem-sucedida das últimas décadas. Não podemos nos esquecer de que, juntos, conseguimos manter a paz na Europa por muitos anos. O ataque da Rússia à Ucrânia mudou isso de forma brutal.

Isso força os países europeus a intensificar seus esforços de defesa, e é por isso que já aumentamos significativamente nosso investimento em segurança e defesa nos últimos anos. Em 2024, pela primeira vez, teremos gasto 2% do nosso PIB nessa área. Continuaremos a fazer isso, não apenas para compartilhar os encargos de defesa entre nós e os EUA, mas também para nossa própria segurança.

Relatos da Guerra da Ucrânia apontam que o exército de Kiev vem perdendo terreno, e uma vitória pela força parece distante. Quando será o momento de conversar com a Rússia para chegar a um fim negociado da guerra? Que condições o sr. acredita serem necessárias?

Provavelmente ninguém na Europa anseia tanto pela paz quanto os ucranianos. Mas devemos ter cuidado com soluções falsas que só contêm paz no nome. Paz sem liberdade se chama opressão, e paz sem justiça se chama ditadura.

É por isso que apoiamos as exigências da Ucrânia por uma paz justa que respeite os princípios da Carta das Nações Unidas e os de integridade territorial e independência. Para mim, isso quer dizer que apoiaremos a Ucrânia em seu direito à autodefesa —pelo tempo que for necessário. Putin precisa entender que tentar ganhar tempo não funcionará. Não desistiremos de nosso apoio à Ucrânia.

Com base nisso, estamos explorando conjuntamente todas as possibilidades de alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia. Estamos de acordo com Kiev no que tange à realização de outra conferência após a primeira conferência de paz na Suíça, em junho. A Rússia também deveria participar dela.

Só podemos alcançar a paz na Ucrânia com base no direito internacional, e isso exigirá enormes esforços. No entanto, a tentativa de alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia continua sendo o princípio que orienta nossa ação conjunta. Certamente não aceitaremos uma paz ditada pela Rússia.


RAIO-X | OLAF SCHOLZ, 66

Nascido em 1958 em Osnabrück, na então Alemanha Ocidental, é formado em direito pela Universidade de Hamburgo e filiado ao SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha) desde 1975. Foi membro do Parlamento alemão por 13 anos e chefiou o Ministério do Trabalho e Questões Sociais de 2007 a 2009. Prefeito de Hamburgo de 2011 a 2018, assumiu posições no topo do SPD e foi Ministro das Finanças e vice-chanceler do governo Angela Merkel de 2018 a 2021. É o primeiro-ministro da Alemanha desde dezembro de 2021.



Leia Mais: Folha

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Rubio anuncia 83 % dos contratos da USAID cancelados por Trump | Donald Trump News

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Rubio anuncia 83 % dos contratos da USAID cancelados por Trump | Donald Trump News

O governo Trump tem como alvo a USAID como parte de seus esforços para reduzir os gastos do governo e reduzir o ‘desperdício’.

Os Estados Unidos cancelaram 83 % de todos os programas na Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) após uma revisão de seis semanas, de acordo com o secretário de Estado Marco Rubio.

“Os 5.200 contratos que agora são cancelados gastos dezenas de bilhões de dólares de maneiras que não serviram (e, em alguns casos, até prejudicaram), os principais interesses nacionais dos Estados Unidos”, Rubio escreveu Em um post na plataforma de mídia social X.

Rubio não especificou exatamente quais programas estavam sendo cancelados e quais teriam permissão para continuar.

No entanto, ele acrescentou que os restantes aproximadamente 1.000 programas seriam administrados “com mais eficácia” sob o Departamento de Estado e em consulta com o Congresso.

O principal diplomata dos EUA também agradeceu ao Departamento de Eficiência do Governo (DOGE) – um órgão consultivo liderado pelo bilionário Elon Musk – por seu papel em alcançar “essa reforma histórica e vencida”.

Algumas horas depois, almíscar respondeu: “Difícil, mas necessário. Bom trabalho com você. As partes importantes da USAID deveriam sempre ter sido com o Departamento de Estado. ”

Musk, com a bênção do presidente Donald Trump, liderou uma ampla campanha de demissões e redução do tamanho dentro do governo federal, argumentando que era necessário combater “desperdício” e “fraude”.

O New York Times informou na semana passada que houve tensão aberta entre Musk e Rubio em uma recente reunião de gabinete sobre cortes propostos no Departamento de Estado.

USAID em turbulência?

De acordo com seu site oficial, USAID é a “principal agência dos EUA a estender a assistência aos países que se recuperam de desastres, tentando escapar da pobreza e se envolver em reformas democráticas”.

Mas quando Trump voltou ao cargo para um segundo mandato em 20 de janeiro, ele imediatamente ordenou uma pausa de 90 dias sobre ajuda externa, aguardando uma revisão sobre se os programas de ajuda do país se alinham com sua política externa “America First”.

Essa ordem, e as ordens de parada subsequentes, lançaram a USAID em tumulto, interrompendo as operações da agência em todo o mundo, comprometindo a entrega de alimentos e assistência médica que salvam vidas e lançando esforços globais de socorro humanitário no caos.

A USAID empregou anteriormente mais de 10.000 trabalhadores, mas no final de fevereiro, 1.600 pessoas foram demitidas e 4.200 foram colocados em licença.

Não se espera que a maioria dos que se afastasse de licença seja restabelecida. Fontes disseram à Agência de Notícias da Reuters em 6 de fevereiro que o governo Trump esperava reduzir a equipe para menos de 300.

Na semana passada, centenas de diplomatas americanos no Departamento de Estado e USAID assinaram uma carta denunciando os cortes planejados.

“A decisão de congelar e rescindir contratos de ajuda externa e prêmios de assistência sem nenhuma revisão significativa compromete nossas parcerias com os principais aliados, corroe a confiança e cria aberturas para os adversários expandirem sua influência”, disse a carta, cuja cópia foi vista pela Reuters.

A senadora dos EUA, Bernie Sanders, também criticou o desmantelamento da USAID na semana passada, dizendo que isso levaria “a milhões de mortes evitáveis”.

Antes do congelamento da ajuda, os EUA eram o maior distribuidor de assistência externa no mundo, e a USAID era seu principal mecanismo para desembolsar esses fundos.

Em 2023, os EUA forneceram US $ 72 bilhões em assistência em todo o mundo, que apoiavam tudo, desde a saúde das mulheres em zonas de conflito até acesso à água limpa, tratamentos de HIV/AIDS, segurança energética e trabalho anticorrupção.

Em 2024, isso totalizou 42 % de toda a ajuda humanitária rastreada pelas Nações Unidas.



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Imagens autenticadas por “Le Monde” mostram execuções em massa no oeste do país

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Imagens autenticadas por "Le Monde" mostram execuções em massa no oeste do país

Vários vídeos, transmitidos em redes sociais, mostram dezenas de cadáveres, em roupas civis, empilhadas em várias aldeias na região de Lttaquié, no noroeste da Síria. Essas imagens concordam com Muitos testemunhos que relatam execuções resumidas de civis alawite.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que possui uma grande rede de fontes na Síria, “O número total de mártires civis liquidados é 973, incluindo mulheres e crianças”. Osdh evocam “Assassinatos, execuções sumárias e operações de limpeza étnica”. Segundo a ONG, as vítimas foram mortas “Pelas forças de segurança e (par) Grupos aliados “.

A partir de imagens, autenticadas por “Le Monde”, aqui estão conhecidas as acusações de massacres cometidos na Síria.

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Operação militar termina contra os legalistas de Assad – DW – 03/10/2025

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Operação militar termina contra os legalistas de Assad - DW - 03/10/2025

Síria O Ministério da Defesa anunciou o fim das operações militares contra leais ao presidente deposto Bashar Assad ao longo da costa do Mediterrâneo na segunda -feira, no que tem sido entre os conflitos mais sangrentos em uma década.

A violência eclodiu depois que Assad os legalistas emboscaram uma patrulha de segurança síria na semana passada, levando a confrontos intensos e a uma série de assassinatos de vingança visando a seita alawita de Assad.

Os confrontos matou 973 civisincluindo mulheres e crianças, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos do Reino Unido (SOHR) na segunda-feira. Os alvo incluíam civis que não eram membros da seita alawita.

O que mais sabemos sobre os confrontos?

A fumaça sobe em direção à estrada enquanto um veículo tenta atravessar em 7 de março de 2025.
As novas autoridades da Síria lançaram uma investigação sobre o conflitoImagem: Karam al-Masri/Reuters

O porta-voz do Ministério da Defesa, Hassan Abdel-Ghani, disse que as instituições públicas agora conseguiam retomar o trabalho e oferecer serviços.

“Conseguimos absorver os ataques dos remanescentes do antigo regime e de seus oficiais. Abaixamos o elemento de surpresa e conseguimos afastar-os de centros vitais, garantindo a maioria das estradas principais”, disse Abdel-Ghani, em declarações transportadas pela agência de notícias estadual Sana.

O Sohr informou na segunda -feira que um total de 39 “massacres” foram relatados desde que a violência eclodiu na semana passada em Latakia, uma vez a fortaleza da família Assad. Em seguida, se espalhou para Tartus, Hama e Homs. A costa do Mediterrâneo é vista como o coração alawita na Síria.

Operações generalizadas de vingança contra os alawitas foram relatadas em meio aos confrontos, com o Sohr descrevendo -os como “limpeza étnica”. Os assassinatos foram acompanhados pelo queima de casas e deslocamento forçado.

As tensões têm aumentado desde a expulsão de Assad em dezembro passado, com ataques sectários continuando, apesar das promessas dos governantes interinos da Síria do Hayat Islamist Tahrir al-Sham (HTS) preservar a inclusão e proteger as minorias.

Os homens armados leais a Assad dominaram as forças de segurança do governo durante sua emboscada e apreenderam brevemente a cidade natal do presidente deposto, Qardaha. Damasco lutou para enviar reforços.

Quem são os Alawitas?

A seita alawita, uma ramificação do Islã xiita, era uma base de apoio fundamental para o governo de Assad no país de majoridade sunita.

Uma vista de drones mostra edifícios residenciais em Latakia
A luta matou centenas de forças de segurança, bem como combatentes pró-Assad em Latakia, uma vez a fortaleza da família AssadImagem: Karam al-Masri/Reuters

Muitos dos oponentes de Assad viam seu governo como concedendo privilégios à comunidade alawita.

Durante a Guerra Civil, grupos militantes emergiram na Síria, frequentemente tratando alawitas como aliados de Assad e seus apoiadores, Rússia e Irã.

O que foram as reações internacionais?

Ambos Kremlin E Teerã condenou na segunda -feira a violência na Síria e pediu que ele terminasse o mais rápido possível.

Irã O Ministério das Relações Exteriores também negou qualquer envolvimento na violência. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse à agência de notícias francesa da AFP na sexta -feira passada que Teerã permaneceu “um observador” desde a derrubada de Assad.

O Ministério das Relações Exteriores da China pediu uma parada imediata aos combates. Enquanto isso Ministro das Relações Exteriores da França Jean-Noel Barrot também condenou a violência, afirmando que “os responsáveis ​​devem ser punidos”.

O governo interino da Síria prometeu uma transição para um sistema político que inclui os diversos grupos religiosos e étnicos do país por meio de eleições justas. Presidente interino Ahmad Al-Sharaa, um ex-líder dos sunitas Htsfez garantias de inclusão, mas muitos permanecem duvidosos sobre se a verdadeira representação será alcançada.

Especialista no Oriente Médio em confrontos da Síria

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Editado por: Rana Taha



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