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Aneel busca solução para Amazonas Energia – 07/02/2025 – Mercado

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Aneel busca solução para Amazonas Energia - 07/02/2025 - Mercado

Alexa Salomão

Construir uma estratégia para destravar a briga judicial em torno da transferência da Amazonas Energia, distribuidora daquele estado que está à beira da falência e que levou a discussão da sua situação para a Justiça. Em busca dessa solução, a diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou o diretor-geral Sandoval Feitosa a buscar outras instâncias para tratar do caso.

Uma alternativa é recorrer a AGU (Advocacia-Geral da União). Outra opção é a câmara de negociação do TCU (Tribunal de Contas da União). A opção ficou em aberto para não limitar a busca de uma solução.

A medida foi avaliada e aprovada, por três votos a um, em reunião administrativa realizada nesta sexta-feira (7). O diretor Ricardo Tili, que deu o voto contrário, divulgou uma carta em que se declarou contra a reunião extraordinária nos moldes em que foi convocada e à celebração de qualquer tratativa de acordo sem a devida análise aprofundada dos impactos jurídicos e regulatórios envolvidos.

Sandoval ganhou autorização para buscar uma solução capaz de acabar com o impasse gerado pela ação judicial em que a Amazonas Distribuidora de Energia busca obrigar a Aneel a aprova a transferência de seu controle societário para a Âmbar Energia, controlada pela J&F Invetimentos, do irmãos Joesley e Wesley Bastista.

A falta de uma definição, além de representar uma pendência regulatória, tem sido onerosa. Por força de outras ações judiciais, a Aneel deve fazer repasses milionários para manter a distribuidora funcionando com o atual controlador, a Oliveira Energia. Na operação mais recente, em janeiro, transferiu cerca de R$ 600 milhões.

Não existe dúvida de que a atual gestão da Amazonas Energia é incapaz de prestar o serviço adequadamente, e a concessão deve ser repassada a um novo grupo econômico. No entanto, uma série de divergências travou o processo com o único interessado até agora, que foi a J&F Investimentos.

A concessão de uma distribuidora é federal e depende de decisões do MME (Ministério de Minas e Energia). A Aneel, que tem a prerrogativa de cuidar dos trâmites, entende que, dado o alto nível de judicialização do caso, instituições como a AGU, que é responsável por representações jurídicas da União, deve fazer parte da construção de uma estratégia para destravar a situação da Amazonas Energia.

Também entende que uma solução feita em conjunto com a AGU, no contexto atual, será mais robusta e efetiva —inclusive no que se refere à confecção de um eventual acordo que permita a transferência para a J&F, caso seja esse o entendimento final. Se prevalecer essa linha, parte dos especialistas que acompanham o tema entende que a negociação voltaria à estaca zero, para a construção de um novo acordo.

Em nota divulgada nesta sexta, a Âmbar afirma estar à disposição de autoridades do setor elétrico para encontrar uma solução para o problema, desde que “garantidas as condições necessárias para a prestação de um serviço de excelência à população amazonense e a efetiva recuperação econômica da Amazonas Energia”.

O processo de transferência da empresa tem sido tumultuado. Ainda em 2023, quando já considerava a situação da distribuidora insustentável, a Aneel recomendou ao MME que decretasse o fim da concessão. A pasta considerou a medida radical e criou um grupo de trabalho para buscar alternativas que viabilizassem a transferência a um novo controlador.

Em 12 de junho do ano passado, o governo publicou a MP (medida provisória) 1.232, com flexibilizações para permitir que uma nova empresa assumisse a concessão. Entre as medidas estavam alterações nos contratos das térmicas que fornecem energia à distribuidora. O interessado na distribuidora, a J&F, havia comprado as mesmas térmicas dias antes. Veio, então, uma onda de questionamentos sobre a possibilidade de o governo ter beneficiado os Batista —suspeita que perdura até hoje, apesar de o MME negar qualquer ação nesse sentido.

O processo administrativo para discutir os termos da transferência na Aneel foi igualmente desordenado por uma sequência de interferências. A agência não concordou com a proposta inicial da J&F. Na sequência, passou a ser alvo de uma sucessão de ações judiciais, que tentava obrigar a diretoria a aceitar propostas da J&F. O despacho assinado por Feitosa que viabiliza a transferência foi, inclusive, publicado “sub judice”.

Para complicar ainda mais, a assinatura dos termos que permitem a transferência de controle se deu na virada do último dia de validade da MP. O representante da Aneel assinou antes da meia-noite, mas os representantes das empresas envolvidas no processo, já na madrugada do dia 12 de novembro, quando a MP não valia mais —provocando nova discussão judicial.

Ao mesmo tempo, a Oliveira Energia conseguiu, também na Justiça, receber recursos.

Não bastasse o imbróglio regulatório e administrativo, a transferência de controle para a J&F também é questionada pela Cigás, a distribuidora de gás do Amazonas, que tem o empresário Carlos Suarez como acionista. A Cigás alega ter dívidas a receber e quer ser ouvida no processo de transferência.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Âmbar, em nota, disse que a empresa segue à disposição das autoridades do setor elétrico para contribuir na solução definitiva da grave situação da distribuição de energia do Amazonas, desde que garantidas as condições necessárias para a prestação de um serviço de excelência à população amazonense e a efetiva recuperação econômica da Amazonas Energia.

“Nesse sentido, a Âmbar segue disposta a assumir um dos maiores desafios do setor elétrico, com dívidas de cerca de R$ 11 bilhões, evitando uma intervenção que poderá custar até R$ 20 bilhões aos cofres públicos e aos consumidores de energia.”



Leia Mais: Folha

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Brasileiros deportados dos EUA falam em alívio de voltar – 07/02/2025 – Mundo

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Brasileiros deportados dos EUA falam em alívio de voltar - 07/02/2025 - Mundo

Artur Búrigo, Victor Lacombe, Guilherme Botacini

Os deportados que chegaram ao Brasil nesta sexta-feira (7) no segundo voo do novo governo Donald Trump relataram alívio de voltar ao país depois de período detidos pelas autoridades dos Estados Unidos e agradeceram o governo brasileiro pela acolhida recebida uma vez em território nacional.

O voo com 111 brasileiros pousou primeiro em Fortaleza (CE), onde 16 desembarcaram. Outros 95 seguiram para o destino final, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). Esse último trecho foi realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Cesar Diego, 39, de Caldas Novas (GO), ajoelhou-se e beijou o chão quando chegou ao Brasil. Ele afirmou que os deportados receberam água e comida durante o voo, e que as algemas foram retiradas ainda dentro do avião após a chegada em Fortaleza.

“A nossa riqueza tá no Brasil, isso eu digo por experiência própria. O governo [brasileiro] nos deu 100% de ajuda e agradeço”, disse Diego. “Agora quero reencontrar a esposa, os dois filhos. Não vejo há seis meses.”

Outro repatriado, João Vitor Batista Alves, 26, afirmou após desembarcar que a recepção no Brasil foi boa, com todo o apoio necessário e tratamento digno. Motoboy, ele disse que “lá fora, por mais que seja financeiramente melhor, o calor humano, o acolhimento, isso só o Brasil tem”, ressaltando que poucos brasileiros migram para os EUA em comparação com outros países.

Questionado pela Folha sobre que mudanças no tratamento das autoridades americanas com os migrantes detidos houve após a posse do novo governo em janeiro, João Vitor disse que “um dia depois que Trump assumiu, já mudou tudo”.

“Não ficávamos dois dias em um lugar só, não tinha direitos básicos, não conseguíamos mais conversar com os agentes. A gente era mais acolhido no governo anterior.”

Além do traslado de Fortaleza a Confins, o plano brasileiro também incluiu um diplomata destacado para acompanhar o embarque dos brasileiros na cidade americana de Alexandria, no estado da Louisiana.

O governo Lula (PT) destacou equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para receber os repatriados tanto no Ceará quanto em Minas Gerais, por meio de postos de acolhimentos nos dois aeroportos.

De acordo com a secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, os repatriados vieram acorrentados e “quase sem alimentos”.

“Recebemos com muita emoção, porque eles estavam acorrentados, com algemas. Quando desceram do avião já vieram totalmente livres, mas muito machucados emocionalmente. Pelos relatos, eles sofreram muito, ficaram presos, quase sem alimentos, e aqui o governo do estado deu alimento, água, kit de higiene, um tratamento humanizado. Todos foram atendidos por psicólogos e assistentes sociais”, afirmou a secretária.

Da cidade americana de Alexandria, na Louisiana, a aeronave, civil, fez uma parada em Porto Rico antes de seguir viagem para a capital cearense. A previsão inicial era de que o voo aterrissasse às 15h (horário de Brasília), mas houve pouco mais de uma hora de atraso.

A medida relativa ao transporte anunciada pelo governo federal, após discussões em um grupo de trabalho com os americanos, tem objetivo de reduzir o tempo de viagem e, consequentemente, o período em que os brasileiros terão de usar algemas.

O uso das algemas, embora condenado pelo governo brasileiro, foi autorizado como parte de acordo de 2021 entre Brasília e Washington, e a decisão sobre sua utilização continua sendo do governo americano. Não há expectativa de que tal prática seja alterada.

Trump tem cumprido mesmo as promessas mais radicais sobre migração feitas durante sua campanha para voltar à Casa Branca. O republicano declarou emergência nacional na fronteira com o México, o que possibilitou o uso de pessoal e estrutura das Forças Armadas para lidar com a migração, acelerou detenções para deportação e ampliou estrutura da base de Guantánamo, na ilha de Cuba, para enviar ao local cerca de 30 mil migrantes em situação irregular no país.



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No orçamento de 2025, um sistema inovador para incentivar os municípios mais virtuosos

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No orçamento de 2025, um sistema inovador para incentivar os municípios mais virtuosos

Ronan Dantec, senador de Eelv da Loire-Atlantique, é um dos funcionários eleitos que transportam o projeto do Fundo Territorial. Em Nantes, 13 de janeiro de 2020.

Drown no meio das centenas de páginas da lei financeira (PLF) adotada na quinta -feira, 6 de fevereiro, em uma quantia relativamente modesta, o Fundo Territorial Climático tem tudo a passar sob radares. A filosofia deste novo dispositivo desejado pelas comunidades locais parece interessante para muitos defensores da causa climática.

A idéia, realizada por dois anos por Ronan Dantec, senador ambiental da Loire-Atlantique, e por Nicole Bonnefoy, senador socialista de Charente, deve reservar subsídios para inter-municipalidades que foram equipadas com um plano climático, é-que é um Estratégia de Greening apoiada pelos objetivos climáticos da França. “Esta forma de contrato financeiro pode atuar como um mecanismo para territorializar a ação em favor do clima”resume Nicolas Garnier, delegado geral da Amorce, uma rede de comunidades envolvidas na transição ecológica.

Para um verdadeiro plano de descarbonização

Pelo segundo ano consecutivo, o Senado levou a criação deste fundo por meio de uma emenda votada durante o exame PLF. O princípio é simples: cada intercomunidade que tem um plano climático, supostamente uma obrigação para aqueles de mais de 20.000 habitantes desde A Lei de Grenelle de agosto de 2009 e o Lei de transição energética para crescimento verde de agosto de 2015obterá ajuda até quatro euros por habitante, provavelmente um pouco menos para alguns, de acordo com os critérios a serem definidos. Porque, por enquanto, o fundo é dotado apenas de 200 milhões de euros, uma quantia insuficiente para fornecer todas as intercomunidades da mesma maneira.

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Tripulação em barco que atingiu pedras na costa da Tasmânia resgatada pelo policial da natação | Tasmânia

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Tripulação em barco que atingiu pedras na costa da Tasmânia resgatada pelo policial da natação | Tasmânia

Cait Kelly

A tripulação de um barco de 13 metros que encalhou durante a noite na costa de Tasmânia foram salvos por um policial que nadou para resgatá -los.

O barco, tripulado por um homem na casa dos 70 anos e uma mulher de 60 anos, atingiu pedras perto de Wynyard, no noroeste do estado, logo após a meia-noite da sexta-feira.

Por volta das 5:45 da manhã, o barco começou a pegar água. Nas condições, um navio da polícia não conseguiu acesso seguro ao barco atingido. Em vez disso, um nadador de resgate policial foi guincho na água de um helicóptero.

O policial nadou para o iate e ajudou uma das tripulantes a marcar, antes de retornar para resgatar a segunda pessoa.

O homem e a mulher não foram feridos e não precisavam de assistência médica.

A polícia empregou recursos em terra e água, e um helicóptero de resgate do Westpac foi usado para ajudar a tripulação a marcar. Fotografia: Polícia da Tasmânia
A polícia respondeu a pedidos de assistência logo após a meia -noite de um barco que havia encalhado. Fotografia: Polícia da Tasmânia

O inspetor da polícia da Tasmânia, Adam Spencer, disse que o par tem muita experiência de barco.

“Mesmo pessoas bem preparadas e experientes podem ter dificuldades no mar”, disse ele.

“A polícia da Tasmânia exorta a todos que garantam que estejam bem preparados antes de ir para o mar e garantir que seu navio esteja equipado com o equipamento de segurança necessário e seja capaz da jornada”.

Entende -se que o par está tomando providências para recuperar o barco esta manhã.



Leia Mais: The Guardian

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