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Apagão em São Paulo: poda é mal feita, diz botânico – 16/10/2024 – Cotidiano

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Apagão em São Paulo: poda é mal feita, diz botânico - 16/10/2024 - Cotidiano

Letícia Mori e Luiz Fernando Toledo

Cindo dias depois da queda inicial de energia que deixou 2,6 milhões de imóveis sem luz na região metropolitana de São Paulo, cerca de 100 mil imóveis continuavam sem eletricidade, segundo balanço divulgado pela concessionária Enel, responsável pela distribuição na região.

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na segunda (14), que “50% do apagão foi causado pela queda de árvores”.

A Enel também costuma culpar as árvores. A empresa já havia sido multada neste ano pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em R$ 165,8 milhões em fevereiro de 2024 por causa de outro apagão, em novembro de 2023.

O valor, no entanto, não foi pago, porque a empresa contesta a multa na Justiça. No processo, a Enel afirma que não podia prever os danos às redes no início do ano, causados por “ventos e chuvas muito acima do previsto” que levaram a danos à rede “especialmente causados pela queda de árvores”.

Dados da Prefeitura de São Paulo mostram que pedidos de poda ou remoção de árvores foram a 5ª maior causa de reclamação feita à prefeitura pelo 156 no primeiro semestre de 2024 —e que essas foram as queixas com um dos menores índices de resolução.

Cerca de 37% das reclamações sobre árvores do 1º semestre ainda estão marcadas como não resolvidas no sistema.

A obrigação do manejo das árvores é da prefeitura, mas a Enel tem a obrigação contratual de fazer a manutenção das árvores que afetem diretamente o sistema de energia, ou seja, das árvores estão muito próximas dos fios.

Quando uma árvore cai, a prefeitura não pode fazer a remoção se a Enel não participar fazendo o desligamento dos fios no local.

A Prefeitura afirma que cerca de 6.000 reclamações não puderam ser atendidas porque precisam de intervenção da Enel e a empresa não fez os atendimentos. A empresa executou apenas 1% das podas de árvore em contato com a fiação no primeiro semestre de 2024.

A Enel não respondeu aos questionamentos feitos pela BBC News Brasil sobre o assunto.

A responsabilização das árvores por apagões é recorrente.

Em novembro do ano passado, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas, também havia culpado as árvores pela falta de luz em uma situação parecida. “O grande vilão desse episódio foi a questão arbórea”, disse ele à época.

No entanto, não há uma correlação entre o número de queda de árvores e a quantidade de pessoas que ficam sem luz.

Ao todo 386 árvores caíram na última sexta-feira, quando se iniciou o apagão, segundo a prefeitura. Em 3 de novembro de 2023, menos imóveis ficaram sem energia (cerca de 2,1 milhões) sendo que o número de queda da árvores foi quatro vezes maior (foram 1.500 árvores caídas).

O botânico Ricardo Cardim afirma que as árvores não são as vilãs da falta de energia e que diminuir a arborização da cidade pode agravar ainda mais o problema.

Se receberem um mínimo de cuidado e tiverem a poda feita de maneira adequada, diz ele, as árvores não terão o risco de cair e afetar o sistema elétrico.

“O problema é a falta de manutenção, de cuidado. As árvores caem de doentes, de sofridas, independentemente de evento climático”, afirma Cardim, que é autor do livro “Remanescentes da Mata Atlântica: As Grandes Árvores da Floresta Original e Seus Vestígios”.

Por outro lado, diz ele, podá-las sem os cuidados necessários e não fazer a substituição das que precisam ser removidas por outras árvores pode piorar muito problemas ambientais como ilhas de calor e tempestades intensas.

Estudo do pesquisador Giuliano Locosseli, pós doutor em epidemiologia ambiental, mostra que as árvores em São Paulo são tão vulneráveis à chuva e ao vento por causa da falta de cuidados e de sua saúde precária.

A pesquisa mostra que, embora a queda de árvores seja maior durante a estação chuvosa, também há muita queda de árvores durante a estação seca por conta a falta de manutenção. “Árvores mal cuidadas caem nas ruas diariamente sem nenhuma causa climática aparente”, diz o estudo.

Ou seja, o problema não é causado por “eventos climáticos imprevistos”, diz Cardim, mas pela falta de manutenção.

E a queda de árvores é totalmente evitável, segundo pesquisadores.

Singapura, por exemplo, tem cerca de 2 milhões de árvores urbanas (três vezes mais do que São Paulo) e não tem problemas com a queda. As árvores são substituídas antes de cair, as mais velhas recebem atenção especial e todas têm sua saúde monitorada por equipes com ajuda de câmeras e um sistema de IA.

Em São Paulo, no entanto, não existe o mesmo tipo de monitoramento nem a frequência adequada na manutenção, afirma Cardim.

Questionada pela BBC News Brasil, a Prefeitura de São Paulo afirmou que o tempo de espera médio para atendimento dos pedidos de poda ou remoções de árvores teve uma diminuição de 80% entre 2017 e 2024 e que podou 132 mil árvores até 10 de outubro deste ano.

Já o governo do Estado não voltou a culpar as árvores neste ano. A administração estadual afirmou que o governador e os prefeitos de cidades afetadas entregaram nesta terça (15) uma carta ao ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, solicitando que o órgão tome “as medidas cabíveis para que órgãos federais competentes declarem, com urgência, a intervenção” na Enel ou o cancelamento do contrato de concessão devido às falhas.

O governo federal, através de diversas instâncias, prometeu cobrar a Enel e a Prefeitura de São Paulo pelos problemas. Mas o Ministério das Minas e Energia não respondeu ao pedido de esclarecimento feito pela BBC News Brasil.

A Enel também não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem.

Menos árvores, mais problemas

Tratar as árvores como “vilãs” e simplesmente retirá-las em vez de fazer uma melhor manutenção pode agravar os problemas enfrentados pela cidade —inclusive a intensidade das chuvas e temporais, afirma Cardim.

As árvores contribuem para uma melhora no clima da cidade, explica ele, e com uma série de benefícios conhecidos há muito tempo pela ciência.

Elas promovem um aumento da vida útil do asfalto por causa do sombreamento, filtram os poluentes no ar, absorvem o CO², interceptam a água da chuva e a radiação do sol, diminuem o risco de enchentes e diminuem as chamadas ilhas de calor.

Ilhas de calor são um fenômeno que acontece em ambientes muito urbanizados onde a falta de vegetação e a alta concentração de edifícios e de concreto faz com que certas áreas fiquem com temperaturas muito mais altas do que a região ao redor.

“Infelizmente, por falta de educação ambiental, o brasileiro ainda não compreendeu que as árvores não são apenas algo estético”, afirma Cardim. “Elas têm muitas funções no ambiente urbano.”

As ilhas de calor que aumentam com diminuição da arborização agravam a intensidade de chuvas, ventos e temporais, afirma Cardim.

“Sem as árvores, as ilhas de calor potencializam as tempestades drásticas, a água cai toda de uma vez só”, explica o botânico.

Ou seja, com a diminuição da arborização sem substituição da vegetação, os eventos climáticos intensos —que têm se tornado mais comuns em geral por causa do aquecimento global— podem ficar ainda piores, argumenta Cardim.

Hoje, as áreas urbanizadas do município que mais sofrem com ilhas de calor e outros problemas gerados pela falta de arborização são as regiões mais pobres da cidade, afirma o botânico.

Enquanto um bairro nobre como Alto de Pinheiros tem uma cobertura vegetal de 41%, bairros pobres como Arthur Alvim e Brás têm uma cobertura vegetal de 12% e 5%, segundo dados do Mapa da Desigualdade.

Em 2017, Alto de Pinheiros tinha 13 mil árvores plantadas nas vias, enquanto São Miguel tinha cerca de 4.000, segundo os últimos dados da Secretaria do Meio Ambiente disponíveis.

‘Poda mutiladora’

A poda mal feita é um dos principais fatores que adoecem as árvores em São Paulo, afirma Ricardo Cardim. Podas drásticas desequilibram a copa da árvore e a deixam vulneráveis a doenças e insetos predadores.

Cardim explica que a poda das árvores é muito necessária e precisa ser feita com maior periodicidade e maior cuidado técnico, da forma e na época correta, respeitando a idade do galho.

“A prefeitura poda pouco, com pouca periodicidade, aí tem que podar os galhos já muito crescidos, grandes”, diz Cardim. “Da forma como é feita pela prefeitura, a poda é mutiladora. Ela deixa feridas que não cicatrizam fácil, abre espaço para a entrada de cupins e doenças. A árvore adoece e depois de uns anos pode cair.”

A prefeitura afirma em seu site que os serviços só são realizados com avaliação técnica prévia.

“Recebida a solicitação, um engenheiro agrônomo da Subprefeitura vai até o local onde se encontra a árvore para realizar uma avaliação técnica e a emissão de laudo para poda ou remoção, dependendo do estado da árvore.”

Outro fator é a pavimentação e compactação do solo ao redor das raízes das árvores, o que afeta sua capacidade de absorver nutrientes e a estabilidade da planta, porque as raízes não têm espaço para crescer.

As árvores também passam sede, porque a absorção de água acontece através da raiz. Quando o canteiro é concretado, não há infiltração de água e o solo fica seco mesmo que haja chuva.

Muitas árvores também têm suas raízes cortadas e danificadas em obras na calçadas ou crescem tortas por falta de escoras.

“A criação de equipes com capacidade técnica para fazer a poda e o manejo correto não é uma coisa mirabolante”, defende Cardim. “É, inclusive, milhares de vezes mais barato e muito mais plausível do que o enterramento dos fios, que custaria bilhões, que é inviável.”

Remoção feita da forma correta

Árvores que já têm risco de queda, afirma Cardim, precisam sim serem removidas, mas isso também precisa ser feito com mais cuidado e pensando no futuro.

Segundo ele, a prefeitura tem feito a substituição das árvores com risco por árvores muito jovens ou por árvores anãs, que nunca vão crescer até o tamanho das anteriores e por isso não vão trazer os mesmos benefícios.

“Isso quando não simplesmente cimentam a terra depois de tirar a árvores, como se nunca tivesse tido nada ali”, afirma ele.

“A Prefeitura de São Paulo sequer sabe quantas árvores existem na cidade e qual o seu estado de saúde”, diz.

O último levantamento feito pela Secretaria do Meio Ambiente sobre árvores é de 2017 e levava em consideração somente as árvores no sistema viário, ou seja, as árvores próximas às ruas e avenidas.

Eram 650 mil —não há informações sobre quantas delas estão doentes, quantas caíram ou foram substituídas desde então.

Questionada pela BBC News Brasil, a Prefeitura de São Paulo afirmou que “o reforço da Prefeitura de São Paulo no trabalho de poda de árvore em toda a cidade minimizou os impactos da tempestade ocorrida na última sexta-feira”.

Segundo a prefeitura, as ocorrências de queda de árvores na sexta foram 386, em comparação com 1.500 em um episódio em novembro do ano passado, quando as chuvas e o vento foram menos intensos.

A prefeitura afirmou que o tempo de espera médio para atendimento dos pedidos de poda ou remoção de árvores feito por cidadãos caiu de 507 dias em 2017 para 54 em 2024, uma diminuição de 80%.

A administração municipal disse ainda que “realizou a poda de 132.809 árvores em toda a cidade de janeiro a 10 de outubro deste ano, uma média de 465 árvores por dia”.

A Prefeitura, no entanto, não respondeu sobre o que tem feito para cuidar da saúde das árvores, sobre a crítica de que podas ruins têm deixado as árvores vulneráveis a fungos e doenças, sobre a substituição de plantas doentes ou sobre planos para ampliar a arborização na cidade.

Também não explicou se faz podas preventivas com base em uma avaliação própria ou se somente faz as podas atendendo a chamados dos moradores. E não deu uma explicação para o fato de não haver dados oficiais atualizados em relação à quantidade e saúde das árvores na cidade.

A Enel não respondeu aos questionamentos feitos pela BBC News Brasil até a publicação desta reportagem.





Leia Mais: Folha

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As contas de energia das famílias britânicas aumentarão 1,2% em janeiro – negócios ao vivo | Negócios

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As contas de energia das famílias britânicas aumentarão 1,2% em janeiro – negócios ao vivo | Negócios

Graeme Wearden

Introdução: Famílias devem saber se as contas de energia aumentarão novamente a partir de janeiro

Bom dia, e bem-vindo à nossa cobertura contínua sobre negócios, mercados financeiros e economia mundial.

O aperto de longa data no custo de vida na Grã-Bretanha poderá aumentar esta manhã, quando as famílias de todo o país souberem se as contas médias de energia aumentarão ou diminuirão em Janeiro.

O regulador Ofgem deve anunciar como o limite de preço da Grã-Bretanha mudará entre janeiro e março às 7h de hoje, e os analistas temem que o limite aumente ligeiramente.

O limite máximo estabelece o valor máximo que os fornecedores podem cobrar aos seus 29 milhões de clientes domésticos por unidade de gás e electricidade. É calculado com base no preço grossista da energia, que ainda está acima das médias históricas, apesar de ter recuado dos máximos observados pouco depois da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em 2022.

É importante ressaltar que o limite máximo está no preço unitário da energia – não é um limite para o valor da conta.

Era originalmente introduzido há cinco anos para proteger os consumidores que não compravam a sua energia, mas quando os preços subiram, esta tornou-se a tarifa padrão para os fornecedores e agora a maioria das famílias paga preços ao nível do limite máximo.

O limite atual, que vai de outubro a dezembro, é de £ 1.717 por ano para a conta média de combustível duplo de uma família.

Na segunda-feira, a consultoria de energia Cornwall Insight disse ter calculado que o limite de preço aumentará 1% entre janeiro e março, para £ 1.736 por ano. A Cornualha tem um bom histórico de acertar essa matemática – descobriremos em breve se eles estão corretos desta vez…

Craig Lowreyconsultor principal da Cornualha Entendimentodisse:

“As preocupações com a oferta mantiveram o mercado tão volátil como no início do ano e os encargos adicionais permaneceram relativamente estáveis, pelo que os preços permaneceram estáveis.

“Embora possamos ter previsto que isso aconteceria, a notícia de que os preços não cairão devido aos aumentos no outono ainda será decepcionante para muitos à medida que avançamos para os meses mais frios.”

A ordem do dia

  • 7h GMT: Regulador de energia Ofgem definirá limite de preço para janeiro-março de 2025

  • 7h GMT: Relatório de vendas no varejo no Reino Unido para outubro

  • 9h GMT: Relatório ‘flash’ do PMI da zona euro para novembro

  • 21h30 GMT: Relatório ‘flash’ do PMI do Reino Unido para novembro

  • 14h45 GMT: Relatório ‘flash’ do PMI dos EUA para novembro

Principais eventos

CONJUNTO DE LIMITE DE PREÇO DE ENERGIA

Newsflash: O regulador de energia Ofgem anunciou que o limite de preço do gás e da eletricidade britânicos aumentará no próximo ano, como se temia.

A factura energética média anual em Inglaterra, Escócia e País de Gales aumentará para 1.738 libras por ano a partir de Janeiro, colocando mais pressão sobre as finanças domésticas – numa altura em que o tempo frio aumenta a procura de energia.

Isso aumentará o custo médio anual da energia em £ 21, ou £ 1,75 por mês.

Tim Jarvis, diretor geral de mercados da Ofgemdiz:

“Embora a mudança de hoje signifique que o limite permaneceu relativamente estável, entendemos que o custo da energia continua a ser um desafio para muitas famílias. No entanto, com mais tarifas entrando no mercado, existem maneiras de os clientes reduzirem suas contas, portanto, pesquise e veja todas as opções.

“A nossa dependência dos voláteis mercados internacionais – que são afectados por factores como os acontecimentos na Rússia e no Médio Oriente – significa que o custo da energia continuará a flutuar. Por isso, é mais importante do que nunca manter o foco na construção de um sistema energético renovável e local, para reduzir os custos e proporcionar estabilidade às famílias.

“No entanto, no curto prazo, qualquer pessoa que esteja enfrentando dificuldades com contas deve falar com seu fornecedor para ter certeza de que está recebendo a ajuda necessária e verificar se está no melhor e mais acessível negócio para eles.”

Como explicado na introduçãoo limite se aplica ao custo unitário da energia (não há limite de contas)

O aumento do limite de janeiro a abril vem somar-se ao aumento de 10% no período entre outubro e dezembro, quando foi £ 1.717 por ano.

Para efeito de comparação, os preços ainda serão cerca de um terço mais elevados do que três anos antes. Em outubro de 2021, o limite foi fixado em £ 1.277 por ano.

Instituições de caridade temem impacto do aumento das contas de energia

As instituições de caridade estão preocupadas com o impacto que terá outro aumento nos preços da energia.

David Southgategerente de políticas da instituição de caridade para igualdade de deficiência Escopodiz:

“Esta é uma pílula difícil de engolir para muitas pessoas com deficiência que enfrentam contas altíssimas porque não têm outra escolha senão usar mais energia.

A vida custa muito mais quando você está incapacitado, por precisar usar mais aquecimento para se manter aquecido e saudável ou por carregar equipamentos vitais, como cadeiras de rodas e aparelhos de respiração.

Os nossos serviços de apoio energético para deficientes ouvem pessoas com deficiência que cortaram tudo o que podiam e acumularam enormes dívidas.

O Governo precisa urgentemente intervir e trazer descontos nas contas de energia para pessoas com deficiência.”

Introdução: Famílias devem saber se as contas de energia aumentarão novamente a partir de janeiro

Bom dia, e bem-vindo à nossa cobertura contínua sobre negócios, mercados financeiros e economia mundial.

O aperto de longa data no custo de vida na Grã-Bretanha pode aumentar esta manhã, quando as famílias de todo o país souberem se as contas médias de energia aumentarão ou diminuirão em Janeiro.

O regulador Ofgem deve anunciar como o limite de preço da Grã-Bretanha mudará entre janeiro e março às 7h de hoje, e os analistas temem que o limite aumente ligeiramente.

O limite máximo estabelece o máximo que os fornecedores podem cobrar aos seus 29 milhões de clientes domésticos por unidade de gás e electricidade. É calculado com base no preço grossista da energia, que ainda está acima das médias históricas, apesar de ter recuado dos máximos observados pouco depois da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em 2022.

É importante ressaltar que o limite máximo está no preço unitário da energia – não é um limite para o valor da conta.

Era originalmente introduzido há cinco anos para proteger os consumidores que não compravam a sua energia, mas quando os preços subiram, esta tornou-se a tarifa padrão para os fornecedores e agora a maioria das famílias paga preços ao nível do limite máximo.

O limite atual, que vai de outubro a dezembro, é de £ 1.717 por ano para a conta média de combustível duplo de uma família.

Na segunda-feira, a consultoria de energia Cornwall Insight disse ter calculado que o limite de preço aumentará 1% entre janeiro e março, para £ 1.736 por ano. A Cornualha tem um bom histórico de acertar essa matemática – descobriremos em breve se eles estão corretos desta vez…

Craig Lowreyconsultor principal da Cornualha Entendimentodisse:

“As preocupações com a oferta mantiveram o mercado tão volátil como no início do ano e os encargos adicionais permaneceram relativamente estáveis, pelo que os preços permaneceram estáveis.

“Embora possamos ter previsto que isso aconteceria, a notícia de que os preços não cairão devido aos aumentos no outono ainda será decepcionante para muitos à medida que avançamos para os meses mais frios.”

A ordem do dia

  • 7h GMT: Regulador de energia Ofgem definirá limite de preço para janeiro-março de 2025

  • 7h GMT: Relatório de vendas no varejo no Reino Unido para outubro

  • 9h GMT: Relatório ‘flash’ do PMI da zona euro para novembro

  • 21h30 GMT: Relatório ‘flash’ do PMI do Reino Unido para novembro

  • 14h45 GMT: Relatório ‘flash’ do PMI dos EUA para novembro



Leia Mais: The Guardian



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Cingapura enforca traficante de drogas, terceira execução desse tipo em uma semana | Notícias sobre direitos humanos

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Cingapura enforca traficante de drogas, terceira execução desse tipo em uma semana | Notícias sobre direitos humanos

As cidades-estado do Sudeste Asiático estão entre um punhado de países que impõem a pena de morte para crimes relacionados com drogas.

Singapura realizou o terceiro enforcamento de um traficante de droga condenado numa semana, apesar dos apelos de clemência das Nações Unidas.

Rosman Abdullah, 55 anos, foi executado por traficar 57,43 gramas de heroína para a cidade-estado do sudeste asiático, informou a agência antidrogas de Cingapura na sexta-feira.

Rosman, um cingapuriano, “recebeu o devido processo legal nos termos da lei e foi representado por um advogado durante todo o processo”, disse o Departamento Central de Narcóticos em um comunicado.

“A pena capital é imposta apenas para os crimes mais graves, como o tráfico de quantidades significativas de drogas que causam danos muito graves, não apenas aos toxicodependentes individuais, mas também às suas famílias e à sociedade em geral”, acrescentou a CNB.

Especialistas da ONU apelaram às autoridades de Singapura para que poupassem Rosman, argumentando que a pena de morte pouco faz para deter o crime e que as autoridades não fizeram as adaptações adequadas para a sua deficiência intelectual.

“Estamos seriamente preocupados com o facto de o Sr. Rosman bin Abdullah não parecer ter tido acesso a adaptações processuais, incluindo assistência individualizada, para a sua deficiência durante o interrogatório ou julgamento”, afirmaram os especialistas num comunicado divulgado pelo Gabinete da Alta Autoridade da ONU. Comissário para os Direitos Humanos na quarta-feira.

A Amnistia Internacional condenou a execução programada de Rosman como “arrepiante” e “extremamente alarmante”.

O enforcamento de Rosman na prisão de Changi, em Singapura, ocorre exatamente uma semana após a execução de um malaio de 39 anos e de um cingapuriano de 53 anos por tráfico de drogas.

Apesar da sua reputação como uma moderna cidade-estado e centro de negócios internacionais, Singapura está entre apenas um punhado de países, incluindo a China e a Coreia do Norte, que impõem a pena de morte para crimes relacionados com drogas.

De acordo com as leis do país, qualquer pessoa que trafegue mais de 500 gramas de cannabis ou 15 gramas (0,5 onças) de heroína enfrenta a pena capital obrigatória.

Desde que retomaram as execuções em Março de 2022, após um hiato devido à pandemia da COVID-19, as autoridades de Singapura realizaram 24 execuções, incluindo oito até agora este ano.

O governo de Singapura, que mantém um rígido controle sobre os protestos públicos e a mídia, defendeu a pena de morte como um elemento dissuasor contra o abuso de drogas, citando pesquisas que mostram que a maioria dos cidadãos apoia a lei.



Leia Mais: Aljazeera

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31 departamentos em alerta laranja por neve, gelo e vento, o transporte continua interrompido

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31 departamentos em alerta laranja por neve, gelo e vento, o transporte continua interrompido

Em Beaumont-les-Autels (Eure-et-Loir), 21 de novembro de 2024.

Caminhoneiros presos na rodovia, trens cancelados, ônibus escolares suspensos… Se a tempestade de inverno Caetano “já saiu do país” segundo a Météo-France na sexta-feira, 22 de novembro, causou caos nos transportes e a organização meteorológica alertou para o risco de novo congelamento “muito claro” et “bem no lugar” onde a neve caiu no dia anterior.

Embora a queda de neve, bastante incomum no oeste da França, tenha diminuído significativamente, teve consequências significativas. Restrições ao transporte rodoviário se aplicam em certas áreas na sexta-feira, enquanto o tráfego da SNCF permanece interrompido localmente.

Dezenas de camionistas continuavam bloqueados pela neve por volta das 6h30 na autoestrada A36, perto de Montbéliard, em Doubs, no sentido Beaune-Mulhouse, segundo imagens de webcams consultadas no site Vinci Autoroutes.

Além disso, mais de mil agentes da gestora da rede eléctrica estão a trabalhar para restabelecer a energia, enquanto 270.000 pessoas foram privadas de energia eléctrica, de acordo com o último relatório da Enedis às 18h00 de quinta-feira.

Na sexta-feira, 31 departamentos ainda estavam em alerta laranja devido à neve, gelo e vento, em comparação com cerca de cinquenta na quinta-feira, confirmou a Météo-France no seu boletim publicado às 6h00. Os dois departamentos da Córsega deverão experimentar um “episódio de ventos tempestuosos locais (…) até tarde da manhã ».

A Météo-France anunciou na manhã de sexta-feira que registou rajadas de 150 km/h na costa de Balagne, 160 a 180 km/h no norte de Cap Corse, 120 a 145 km/h em Conca e Porto-Vecchio. e 90 a 110 km/h na região de Bastia.

Os 29 departamentos afetados pela neve e pelo gelo vão da Normandia ao Alto Reno, passando pela Ile-de-France. Pode haver um “elevado risco de fenómeno de deslizamento devido a novo congelamento numa grande parte da metade norte do país”alertou a Météo-France.

Dezenas de acidentes rodoviários

Em Haute-Saône, as temperaturas mínimas poderão assim situar-se entre -8 e -9°C em alguns locais, com risco de novo congelamento e “de manhã, fenómenos rodoviários perigosos”alertou a prefeitura. Dezenas de acidentes rodoviários ocorreram na quinta-feira. Na Mancha, um acidente na via pública deixou um ferido grave.

Boletim informativo

“Calor humano”

Como enfrentar o desafio climático? Toda semana, nossos melhores artigos sobre o assunto

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O transporte escolar foi interrompido em vários departamentos ocidentais. Isto continuará a acontecer na sexta-feira em Mayenne e nos cinco departamentos da Normandia até ao meio-dia. O transporte coletivo de crianças também será proibido em Sarthe.

A região de Paris, o centro do país e o Leste também serão afetados. Seine-et-Marne suspenderá o transporte público. As linhas escolares e regulares de ônibus também serão suspensas até o meio-dia nos departamentos de Loir-et-Cher e Eure-et-Loir. No Loiret, o trânsito nas linhas escolares será interrompido até o meio-dia. No Haut-Rhin, não haverá transporte escolar. O prefeito de Doubs também emitiu uma ordem para suspender o transporte escolar das 5h às 12h na comunidade urbana de Montbéliard.

Interrupções nos trens e nas estradas

As restrições de trânsito ainda afetam os veículos pesados ​​de mercadorias com peso de 7,5 toneladas na sexta-feira, com velocidades reduzidas em 20 km/h e proibições de ultrapassagem em alguns locais. Secções de estradas departamentais e até autoestradas foram encerradas. Este continuará a ser o caso em Sarthe na sexta-feira, e a circulação será proibida na A28 entre Alençon e Le Mans em ambos os sentidos.

Na Ile-de-France, a RN 118 será proibida na sexta-feira para veículos com peso superior a 7,5 toneladas que não poderão ultrapassar nas principais estradas da região. Para todos os veículos, a velocidade é reduzida em 20 km/h nos mesmos eixos.

As interrupções também afetaram os trens. Soma-se a isso o movimento social em curso na SNCF. Este ainda será o caso na sexta-feira, disse a SNCF, enquanto árvores caíam nos trilhos em alguns lugares “na Normandia, Pays de la Loire, Nova Aquitânia e Ile-de-France”.

Os trens não circularão na Normandia até o meio-dia “hora de passar pelos trens de reconhecimento e realizar liberações e reparos”diz a SNCF. No País do Loire, “houve muitas árvores caindo”. “O tráfego está sendo retomado gradualmente em Nantes-Angers” mas por outro lado, “as outras linhas da Étoile de Nantes só poderão ser retomadas amanhã durante o dia”. Na Nova Aquitânia, os reconhecimentos serão “Continuar amanhã de manhã para garantir a possibilidade de retoma do trânsito”.

“Em Ile-de-France, ainda há interrupções na linha P, entre Tournan e Coulommiers, L2, entre Garches e Marnes, C e na linha T13 durante toda a noite”especifica a SNCF.

A tempestade, que avança em direção ao leste do país, também causou atrasos significativos no aeroporto Paris-Charles-de-Gaulle, onde as autoridades pediram às empresas que cancelassem 10% dos seus voos.

Veja também: Artigo reservado para nossos assinantes Esquiar na França a +4°: como a produção de neve se tornou uma ciência

O mundo com AFP

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