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Após anunciar ação judicial, MP pede informações da RBTrans sobre transporte coletivo em Rio Branco

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3 anos atrásem
Uma semana depois de anunciar que deve acionar empresas que atuam no transporte público de Rio Branco na justiça, o Ministério Público do Acre, por meio da promotoria de Defesa do Consumidor, solicitou informações à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) sobre os coletivos da capital.
O pedido foi enviado nessa segunda-feira (24), e foi dado o prazo de 10 dias para o órgão responder dados referentes às regionais e bairros atendidos pelo transporte público; quantidade de ônibus em circulação nestes locais; tempo aproximado de espera de cada linha e o número de passageiros registrado nos últimos anos.
A promotora Alessandra Garcia Marques, titular da promotoria de Defesa do Consumidor, disse que aguarda a resposta da superintendência.
Ao g1, Randerson Braña, o interventor da RBTrans que atua nesse período em que a prefeitura assumiu o transporte da capital, disse que já foram notificados e trabalham no levantamento dos dados.
“Nós recebemos a notificação ainda ontem [segunda, 24] e assim que recebemos demandamos para a diretoria responsável fazer o levantamento dos dados que a promotora pediu. São dados corriqueiros que a gente tem, é só fazer o levantamento. Ela nos deu 10 dias, mas acredito que antes deste prazo vamos encaminhar para ela a resposta”, disse.
A promotoria pediu ainda informações sobre a origem dos ônibus trazidos para amenizar a crise na cidade, com apresentação dos certificados de registro e licenciamento de veículo (CRLV), bem como documentos que comprovem a legalidade da empresa concessionária que os adquiriu para prestar o serviço e se houve licitação.
Sobre os ônibus, Braña disse que nessa segunda já chegaram seis carros e aguarda a frota inteira chegar, receber comunicado da empresa para começar a operar. A previsão é que cheguem os 60 veículos até este domingo (30).
Circulação
Os ônibus do transporte coletivo de Rio Branco voltaram a circular normalmente na quarta-feira (19) após dias de embate e negociações entre empresas, motoristas e prefeitura. A informação sobre a normalização do serviço é do Sindicato dos Transportes do Acre (Sinttpac).
Os ônibus voltaram a operar em Rio Branco após dois dias de suspensão nos serviços ainda na terça (18). A retomada foi possível após a prefeitura assumir o transporte público da capital por meio de uma intervenção parcial do sistema.
No entanto, durante a tarde um grupo de cerca de 35 motorista de ônibus fechou o Terminal Urbano, na tarde do dia 18 em protesto. Os trabalhadores alegaram que a prefeitura não tinha dinheiro para pagar a diária no valor de R$ 100 ajustada com a categoria pela manhã.
O ato durou cerca de 20 minutos e a circulação de ônibus no Terminal foi liberada. Uma equipe da prefeitura conversou com os motoristas. A assessoria de comunicação da prefeitura informou que os motoristas saíram tarde da garagem pela manhã e por volta do meio-dia queriam encerrar o expediente e receber.
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Protesto durou cerca de 20 minutos e circulação de ônibus voltou ao normal — Foto: Hugo Costa/Rede Amazônica Acre
Com a intervenção, a prefeitura afastou a atual presidência do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Estado do Acre (Sindcol) e assumiu a direção do sistema.
Em um ofício enviado ao Sindcol e aos representantes das empresas de ônibus, a gestão municipal informou sobre a medida e determinou que está vedada a movimentação financeira das contas do Sindcol e das concessionárias, sem a devida autorização da gestão municipal.
Empresas devem ser acionadas na Justiça
Após as empresas abandonarem as linhas que faziam as rotas em Rio Branco, o Ministério Público informou que os empresários serão acionados na justiça pela interrupção do transporte público na capital por dois dias seguidos. “Sistema não funciona”, afirmou a promotora de Defesa do Consumidor, Alessandra Garcia Marques, em entrevista coletiva na segunda (17).
A crise no transporte público vem se agravando no último ano e no último fim de semana a circulação das frotas foi suspensa, afetando cerca de 30 mil pessoas.
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Promotora Alessandra Marques, em coletiva, disse que vai entrar com Ação Civil Pública — Foto: Reprodução
A promotora disse que a exigência é que se faça licitação e que vai ingressar com uma Ação Civil Pública junto ao Judiciário. Ela disse que, entre 2015 e 2017, foi assinado um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre diversos entes, que permitiu que as empresas que prestam o serviço atualmente continuassem atuando sem que houvesse licitação.
“O problema é que o município recebeu um sistema problemático que já vinha acontecendo antes da pandemia. Nós vamos judicializar e levar isso ao Poder Judiciário para que decida. Os pedidos que serão veiculados nessa ação civil pública vão desde o pedido principal, que é para que o município licite o serviço e cesse esse infindável número de prorrogação que não acaba e a coisa não melhora. Vamos analisar também se podemos pedir ao Judiciário algumas sanções, tanto às empresas quanto ao ente público, diante do que está acontecendo hoje no município”, disse.
A promotora explicou que entre as sanções pode ser pedida uma indenização coletiva. Ela reforça que as empresas que atuam na capital não têm mais condições de operar e criticou o aporte financeiro dado as empresas, de R$ 2,4 milhões, no final do ano passado.
“Se tivessem feito licitação quando recomendei que fosse feito, quando disse que não era para dar dinheiro às empresas, quando foi pedido a primeira vez [poderia ser evitado o caos]. Não socorre quem não dá conta de prestar o serviço, a gente troca o prestador de serviço”, pontuou.
Ao todo, Rio Branco possui 42 linhas, onde circulam diariamente cerca de 30 mil pessoas, que estão prejudicadas pela suspensão do serviço. Antes da pandemia, chegavam a circular até 100 mil passageiros por dia nos coletivos, segundo dados do Sindcol.
Atuam no sistema de transporte da capital as empresas Auto Viação Floresta e o Consórcio Via Verde, formado pelas empresas São Judas Tadeu e Via Verde, conforme contrato 004/2004.
Mais dinheiro
O presidente do Sindcol, Aluízio Abade, disse que não há condições financeiras de manter o serviço. Além da redução de passageiros, Abade afirma que os custos dos insumos aumentou muito, a exemplo do valor do diesel que custava pouco mais de R$ 3 e subiu para mais de R$ 6.
Ele explicou ainda que o valor repassado pela prefeitura no ano passado, de mais de R$ 2,4 milhões, às empresas de ônibus foi usado somente para pagar parte dos salários atrasados do ano de 2020 dos funcionários. Os trabalhadores seguem com salários de 2021 atrasados.
Cerca de 600 trabalhadores, entre eles motoristas, cobradores, e outros serviços do Sindcol paralisaram as atividades nos dois dias, após decisão das empresas.
O Sindcol chegou a informar que, por conta a pandemia, a ‘movimentação de passageiros por viagem não cobre minimamente os custos que as empresas precisam dispor para que os ônibus façam a sua rota completa, não havendo simetria entre os gastos por viagem suportado com a quantidade de passageiros transportados durante as mesmas viagens’.
Prefeitura assumiu serviço
Em coletiva, Bocalom afirmou que a prefeitura de Rio Branco assumiu o serviço de transporte público.
“A prefeitura está correndo atrás de ver como consegue o óleo diesel, fazendo acordo com os funcionários, motoristas, para poder, a partir de amanhã [terça,18] não deixar a população nesse sofrimento. A prefeitura assume de forma temporária, até que venham as novas empresas”, afirmou.
O gestor informou ainda que seis empresas foram convidadas a assumir o transporte público de Rio Branco, mas somente uma aceitou e já está enviando 51 ônibus das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro em direção à capital acreana. Os coletivos devem chegar na próxima segunda (24).
O contrato emergencial com a empresa de São Paulo é pelo período de 90 dias para que ela assuma as linhas que foram “abandonadas” pela empresa Auto Viação Floresta.
“O que estamos sabendo é que já saíram alguns ônibus de São Paulo e outros do Rio de Janeiro, já estão vindo pela estrada. A informação que temos do proprietário é que até segunda [24], os 51 ônibus estarão aqui para começar operar a partir da semana que vem. Desses ônibus, 30 são com ar-condicionado, que foi uma exigência que nós fizemos, e 21 sem ar-condicionado”, informou Bocalom.
Mais de R$ 2,8 milhões em multas
Por conta da má prestação de serviço, as empresas de ônibus que atuam na capital já foram multadas em mais de R$ 2,8 milhões pela RBTrans desde o ano passado, segundo informou o prefeito.
“Essas empresas estão sendo multadas porque não poderiam parar os serviços. Só no ano passado foram mais de R$ 2,8 milhões em multas por não prestarem serviço de acordo, falhando nos horários, ônibus quebrando no meio da linha, tudo isso dá multa e a RBTrans não titubeou. Mas, parece que isso não resolveu. E as empresas continuaram a não prestar um bom serviço, aí a prefeitura tomou a providência no sentido de convidar outras empresas.”
Intervenção e situação de emergência
Após decretar situação de emergência no transporte público, o prefeito Tião Bocalom publicou, em dezembro do ano passado, o decreto de intervenção operacional e financeira no Sistema Integrado de Transporte Urbano de Rio Branco (Siturb) e no Sindcol.
O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), tem validade de 120 dias e pode ser prorrogado por igual período. Durante estes quatro meses de transição, determina que as empresas são obrigadas a manter as frotas em circulação.
“A intervenção ocorre pelo descumprimento das concessionárias no adimplemento de suas obrigações tributárias, previdenciárias e trabalhistas, bem como as péssimas condições de prestação dos serviços e afasta toda e qualquer ingerência do Sindcol ou das concessionárias na administração dos bens e serviços prestados pelo Sindcol e faculta a requisição pelo município, de todo acervo material, bem como de todo pessoal necessário à execução eficiente do sistema de geração de créditos, venda, recebimento, controle e repasse dos créditos tarifários do Siturb”, diz o decreto.
Crise no transporte público
A crise no transporte público em Rio Branco se arrasta desde 2020. Assim que assumiu, Bocalom afirmou que não iria repassar nenhum valor extra para as empresas de ônibus que atuam na capital e que elas deveriam arcar com os prejuízos que tiveram durante a pandemia.
O posicionamento do prefeito se deu porque a gestão anterior, de Socorro Neri, chegou a cogitar o pagamento de um aporte financeiro de R$ 2,5 milhões para essas empresas.
Após essa decisão de Bocalom, o Sindcol chegou a entrar com uma ação para tentar receber o valor, mas a Justiça do Acre indeferiu o pedido.
Em meio à essa crise, motoristas de ônibus fizeram protestos, paralisaram atividades e a população precisou buscar outras alternativas para o transporte. No entanto, após várias manifestações, os trabalhos da categoria foram retomados.
Em setembro do ano passado, os vereadores começaram os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte público municipal. A CPI, que é responsável por apurar os problemas relacionados ao transporte na capital deve ser retomada após o recesso parlamentar.
Redução de passagem e porte
Em outubro de 2021, o novo valor da passagem de ônibus foi para R$ 3,50. A tarifa foi reduzida após indicação do Conselho Municipal de Transportes Públicos do Município de Rio Branco e a sanção do prefeito Tião Bocalom.
A lei sancionada dependia da aprovação de um outro projeto, que ocorria de forma paralela. No caso, a lei que autorizou o repasse de mais de R$ 2,4 milhões para as empresas de ônibus para o pagamento em atraso dos trabalhadores.
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Com elevação do Rio Juruá, Corpo de Bombeiros Militar do Acre monta Sala de Situação de Incidentes em Cruzeiro do Sul

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54 minutos atrásem
6 de março de 2025
Fhaidy Acosta
Com a elevação do nível do Rio Juruá, o governo do Acre, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), em parceria com a Defesa Civil do município de Cruzeiro do Sul, está organizando uma Sala de situação de Incidentes no 4° Batalhão de Educação, Proteção Ambiental e Combate a Incêndio Florestal/Urbano (4° BEPCIF) para realizar o monitoramento e plano de ação, em caso de enchente.
De acordo com os dados do 4° BEPCIF de Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá nesta sexta-feira, 6, está em 13,08 m, ultrapassando a cota de transbordo que é de 13 m. Já em Rodrigues Alves, de acordo com os dados da Defesa Civil Municipal, o nível do rio está em 14 m, sendo a cota de transbordo 13,5 m.
O comandante do CBMAC, coronel Charles Santos, explicou que, até o momento, não foi necessária a retirada de nenhuma família, pois os bairros atingidos possuem casas altas.
“Nesse momento, o Corpo de Bombeiros já está devidamente posicionado na cidade de Cruzeiro do Sul, montando a Sala de Situação para que seja necessário centralizar as ações de resposta a possíveis vítimas do transbordamento, assim como nos demais municípios do entorno de Cruzeiro do Sul, caso seja necessário”, destacou Charles Santos.
Com relação ao trabalho conjunto, o cel. Charles Santos, dá detalhes sobre as ações que estão sendo organizadas: “Temos amanhã uma reunião marcada com o prefeito, que vai dar uma passada na sala de situação para verificar como vai ser o andamento desses trabalhos, até porque vamos trabalhar em parceria, prefeitura e Estado, para dar resposta a esse evento, que é o transbordamento. Nesse momento, se concentra apenas em Cruzeiro do Sul essas ações, mas o Estado do Acre, por meio do Corpo de Bombeiros Militar, está preparado para dar resposta aos demais municípios, caso venha a surgir”, pontua o comandante.
Para a implantação do Sistema de Comando de Incidentes, estão sendo direcionados e separados recursos logísticos tais como: Sala de Situação, televisores, quadros, barcos, motores, coletes, entre outros insumos. Além disso, a Defesa Civil Municipal já acionou e mobilizou a estrutura da prefeitura com pessoal e caminhões.
Nível do Rio Juruá no dia 6 de março de 2025
4° BEPCIF – Cruzeiro do Sul – RIO JURUÁ
📌 Níveis Observados
⏰ 21h – 🌊
⏰ 17h 🌊
⏰ 11h 🌊 13,08⬆️
⏰ 6h – 🌊 12,57⬆️
BOLETIM DEFESA CIVIL DE RODRIGUES ALVES
🚨Às 6h – de ontem 13,82m
🚨Às 6h – de hoje 14,00m
🚨Cota de alerta – 12,50m
🚨Cota de transbordo – 13,50m
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Segurança Pública apresenta balanço do Carnaval da Família

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1 hora atrásem
6 de março de 2025
Aline Vitória
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), divulgou nesta quinta-feira, 6, o balanço do Carnaval da Família 2025. A atuação estratégica de todas as forças de segurança, que estiveram representadas no encontro, resultou na redução do índice de ocorrências, deixando o período festivo mais seguro em todo o estado.
O secretário adjunto da pasta, Evandro Bezerra, afirma que os números são expressivos quando se fala em prevenção e redução de registros de ocorrência. “Em todo o estado tivemos apenas 47 ocorrências policiais nos locais onde estavam ocorrendo carnavais. E, de certa forma, carnavais bem expressivos, como no Carnaval da Família Rio Branco, em Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Mâncio Lima e Brasiléia. São carnavais tradicionais, que levam multidões a esses locais. E o planejamento foi traçado de forma correta pelo Sistema Integrado de Segurança Pública. Nós coordenamos e as forças apresentaram um trabalho extremamente eficiente, que trouxe tranquilidade à festa”, destacou.

Com reforço no policiamento, campanhas preventivas e uso de tecnologia, os índices de ocorrência registraram queda em comparação com anos anteriores. O balanço oficial aponta redução de crimes como furtos, roubos e agressões.

O diretor operacional da Sejusp, Atahualpa Ribera, disse que a estratégia de unificar o Carnaval foi um ponto muito positivo para a atuação das forças. “Este ano nós não tivemos nenhum acidente grave, não perdemos nenhuma vida pelo evento Carnaval em relação a bebida alcoólica; tivemos algumas pequenas ocorrências, todas relacionadas ao uso excessivo de bebida alcoólica, mas nenhuma grave. Isso para nós é um motivo de muita comemoração, para a segurança de forma geral”, disse.
Os números
Polícia Militar (PMAC): 47 ocorrências;
Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC): 58 ocorrências;
Instituto de Administração Penitenciária (Iapen): 17 monitorados identificados;
Polícia Civil (PCAC): 41 ocorrências;
Detran/BPTran: 92 operações de trânsito;
Centro Integrado de Comando e controle (CICC): monitoramento/público estimado: 48.760.
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Acre avança na criação do Plano Estadual de Logística e Transporte para impulsionar desenvolvimento

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2 horas atrásem
6 de março de 2025
Elynalia Lima
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), iniciou a formulação do Plano Estadual de Logística e Transporte do Acre (Pelt/AC), uma iniciativa indispensável para a modernização da infraestrutura logística estadual.
A primeira reunião de alinhamento ocorreu nesta quinta-feira, 6, na Seplan, localizada no Palácio das Secretarias, em Rio Branco. Estiveram presentes para discutirem as diretrizes do plano, que visa aprimorar a mobilidade de cargas e passageiros, além de ampliar a integração do Acre com mercados nacionais e internacionais, representantes das secretarias de Estado da Fazenda (Sefaz), Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Meio Ambiente (Sema), Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Agricultura (Seagri), do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac).
Também foi discutida com os órgãos participantes a formação de uma comissão técnica multidisciplinar, composta por representantes do governo estadual, instituições acadêmicas, federações empresariais e setor privado, visando garantir que o Pelt seja elaborado com base em diagnósticos precisos e soluções adequadas à realidade do Acre.

O cronograma de execução do plano prevê fases bem estruturadas, desde o levantamento de dados até a formulação de estratégias e implementação de melhorias, como a construção de estradas, tirando do isolamento municípios como Santa Rosa do Purus e Jordão.
O secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, fala sobre a importância desse primeiro passo: “Hoje vamos iniciar as tratativas com os órgãos de governo para que a gente construa uma comissão de trabalho interna, visando discutir as metodologias e as diretrizes para iniciar a elaboração dos estudos de implantação do Plano Estadual de Logística e Transporte. Toda essa proposta de desenvolvimento do estado do Acre e integração sul-americana passa pela estruturação de um plano mais robusto, que consiga ter um olhar muito claro sobre os modais de transporte a serem utilizados no Acre e como aprimorá-los de acordo com a proposta de desenvolvimento do estado do Acre”, explica.
Expansão econômica e novas oportunidades
Com a inauguração do Porto de Chancay, no Peru, o plano surge num momento estratégico para o desenvolvimento econômico do Acre, abrindo possibilidades para a exportação de produtos acreanos ao mercado asiático com maior eficiência e menor custo logístico, fortalecendo a competitividade regional e favorecendo o crescimento da economia local.

O plano será um instrumento essencial para o mapeamento e planejamento da infraestrutura de transportes, abordando rodovias, ferrovias, transporte fluvial e aeroportos. Seu objetivo é consolidar o Acre como um elo logístico relevante na conexão entre o Norte do Brasil e os mercados globais.
Para Brandão, o Acre vive hoje um momento ímpar dentro do contexto geopolítico nacional e internacional, tanto pela proximidade com o Oceano Pacífico, como por estar dentro da Amazônia, e a Amazônia está dentro do foco da discussão na COP 30, “e nada mais justo que iniciássemos discussões para levar a proposta junto ao governo federal, às universidades, ao empresariado e levar propostas consistentes que, de fato, dêem credibilidade e sustentação daquilo que o governo pretende e irá fazer para garantir um plano de desenvolvimento sustentável do estado”, afirma.
Infraestrutura: desafios e soluções propostas
O diagnóstico inicial, realizado pela Diretoria de Desenvolvimento Regional (Dird) da Seplan, revela desafios significativo referentes a trechos rodoviários estratégicos (BR-364, BR-317 e BR-307), a utilização do transporte hidroviário e à infraestrutura aeroportuária.

Para mitigar esses desafios, o Pelt propõe a modernização e ampliação da malha rodoviária, o fortalecimento da infraestrutura portuária e hidroviária, além de investimentos em aeroportos para garantir maior fluxo logístico, buscando otimizar o transporte de mercadorias e passageiros, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico regional.
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