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Após rebelião e fugas, visitas íntimas são suspensas em pavilhão de Complexo Penitenciário de Rio Branco

Visitas íntimas estão suspensas no pavilhão E do Complexo Penitenciário de Rio Branco nesta quarta (6) — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica

Visitas íntimas estão suspensas no pavilhão E do Complexo Penitenciário de Rio Branco nesta quarta (6) — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica

Medida é válida apenas para o pavilhão E da unidade penitenciária nesta quarta-feira (6). Entre sábado (2) e essa segunda (4), fugiram dois detentos da UP04.

Capa: Visitas íntimas estão suspensas no pavilhão E do Complexo Penitenciário de Rio Branco nesta quarta (6) — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica.

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou, nesta terça-feira (5), que não haverá visitas íntimas nesta quarta (6) no pavilhão E do Complexo Penitenciário de Rio Branco. No breve comunicado, a gestão disse que a ‘intenção é de priorizar a segurança dentro do complexo’.

O anúncio foi feito também após a confirmação da fuga de dois presos da Unidade Penitenciária 04, a UP4 em menos de três dias. Adileudo Nunes de Matos trabalhava na horta da unidade e fugiu no último sábado (2) e Jamaicon Silva Santos fugiu enquanto estava no Polo Moveleiro nessa segunda (4). O Iapen-AC abriu um procedimento administrativo para apurar as fugas.

O instituto não detalhou como os detentos saíram da unidade prisional. Adileudo Nunes de Matos trabalhava na horta da unidade e fugiu no sábado. Jamaicon Silva Santos trabalhava no Polo Moveleiro e escapou nessa segunda. “Ambos estavam dentro dos critérios exigidos para trabalho externo”, resumiu o Iapen-AC.

Jamaicon Silva Santos (esq.) e Adileudo Nunes de Matos (dir.) fugiram da Unidade Penitenciária 04 — Foto: Arquivo/Iapen-AC

Morte e rebelião no presídio

No último dia 31, o detento Edivan da Silva Dias, de 38 anos, foi assassinado durante o banho de sol no Pavilhão K do Complexo Prisional de Rio Branco. Outros dois presos confessaram o crime e contaram que usaram uma faca artesanal, também chamada de estoque, para furar a vítima por vingança.

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) lamentou, por meio de nota, a morte do detento e manifestou o apoio aos familiares.

Por conta da situação, as visitas da família no último domingo (3) no pavilhão K foram suspensas para garantir a segurança no Complexo Penitenciário de Rio Branco.

No dia 26 de julho, detentos do Presídio de Segurança máxima Antônio Amaro iniciaram uma rebelião que durou mais de 24 horas, se estendendo até o dia 27. Cinco presos foram mortos por membros de uma facção rival – três deles foram decapitados. Toda a dinâmica e motivação devem ser esclarecidas nos inquéritos abertos pela Polícia Civil.

O primeiro é conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e o outro conduzido pelo Departamento Técnico-Científico, para traçar como iniciou a rebelião dentro da unidade.

Nesta terça-feira (5), mais de 40 dias após a ocorrência, os inquéritos instaurados para apurar as circunstâncias da rebelião não foram concluídos.

Reféns rendidos

Imagens das câmeras internas do Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, mostram o momento em que presos de um pavilhão saem da cela, rendem o detento que ajudava a servir a refeição, um policial penal e iniciam a rebelião.

O vídeo mostra que era 11h03 do dia 26 quando os detentos deixam as celas. Primeiro aparece nas imagens um policial penal entregando as marmitas e caminha em direção ao final do pavilhão. A primeira informação é de que a rebelião teria começado às 9h30.

As imagens não mostram o que foi feito com o policial penal que apareceu inicialmente. Segundo apuração do g1, ele foi o servidor público feito refém pelos presos por mais de 24 horas. O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) não se posicionou à época.

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