Pastor Nelson Correia trabalhava na Secretaria de Direitos Humanos e agora foi lotado na Seplag. Decreto assinado por Gladson Cameli foi publicado nesta terça (8) no DOE.
O governador Gladson Cameli voltou a fazer mudanças em relação ao servidor e pastor Nelson de Freitas Correia, que é investigado por homofobia e transfobia pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). Na edição desta terça-feira (8) do Diário Oficial do Estado (DOE), Correia foi mudado de secretaria.
O cargo comissionado trabalhava na Secretaria de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM) e foi lotado na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).
O G1 questionou a porta-voz do governo, Mirla Miranda, sobre o motivo para a mudança na lotação do servidor, mas até última atualização desta reportagem não obteve resposta.
Servidor da Secretaria de Assistência Social dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres é investigado por postagens ofensivas — Foto: Reprodução
No último dia 17 de agosto, Correia chegou a ser exonerado do cargo, mas, no dia seguinte, Cameli voltou atrás e tornou sem efeito o decreto que exonerava Correia.
Quando saiu a exoneração de Correia do cargo, a porta-voz do governador disse que o governo do estado não pactua com nenhum posicionamento contra raça, credo ou orientação sexual, mas afirmou que a saída dele era uma escolha do servidor por conta da sua pré-candidatura nas eleições.
Sobre o fato de o governo voltar atrás na exoneração, Mirla afirmou que foi porque o servidor não seria mais candidato. Ela destacou ainda que o caso estava sendo analisado pela Secretaria de Direitos Humanos.
Investigação
O Ministério Público Federal (MPF) enviou para a Promotoria Especializada em Direitos Humanos e à Promotoria Especializada na Proteção do Patrimônio Público do MP-AC uma denúncia contra o servidor público por ‘disseminar intolerância e discurso de ódio contra pessoas transgêneras’.
O MPF-AC destacou na documentação que, como representante de uma pasta que deve defender os direitos humanos, o servidor não pode adotar um discurso de ódio e de intolerância contra as pessoas transgêneras.
O órgão também pediu que o servidor público fosse responsabilizado por danos morais coletivos e que fosse instaurado um procedimento administrativo no setor.
Nelson da Vitória, como é conhecido, tinha feito uma postagem em rede social, a qual afirmou ao G1, no dia 15 de agosto, que já tinha apagado. Por G1Ac.