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as 4 razões que fizeram a moeda bater R$ 5,70, máxima em 2 meses e meio

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as 4 razões que fizeram a moeda bater R$ 5,70, máxima em 2 meses e meio

A última semana foi mais uma vez de avanço para o dólar, que foi para os R$ 5,70. A divisa completou a terceira semana consecutiva de ganhos ante o real, com elevação acumulada de 1,51% nos últimos cinco dias e no maior nível em dois meses e meio. Somente em outubro o dólar já subiu 25 centavos de real, acumulando alta de 4,61%.

Apesar de alguns fatores serem preponderantes em relação a outros, diversos fatores levaram a uma alta da divisa americana, notoriamente em relação ao real. Confira abaixo os principais pontos:

1 – Preocupação com fiscal

Ainda que o início da semana tenha sido de sinalizações de corte de gastos do governo, a desconfiança com relação ao fiscal ganhou força nos últimos dias.

O mercado ainda aguarda por medidas concretas de contenção de gastos pelo governo Lula, prometidas para depois das eleições municipais, enquanto no campo monetário permaneciam as preocupações com a desancoragem da inflação.

Na sexta, o pessimismo com as contas públicas sustentou as taxas e o dólar ante o real ainda que não tenham surgido na sessão, na avaliação de profissionais ouvidos pela Reuters, notícias novas — nem positivas, nem negativas — no front fiscal.

Durante evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer que o Brasil precisa crescer de forma sustentável. No mesmo evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a abertura de crédito especial para pessoas prejudicadas pelo apagão em São Paulo.

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2 – Fed pode atenuar queda de juros

Durante a semana, os EUA voltaram a apresentar dados fortes para a economia, o que fez agentes financeiros reduzirem ainda mais a expectativa por um afrouxamento monetário agressivo no Federal Reserve.

Na quinta, números do governo mostraram que as vendas no varejo subiram 0,4% em setembro na base mensal, acima da alta de 0,3% esperada por analistas consultados pela Reuters e uma melhora ante o avanço de 0,1% no mês anterior.

O resultado mostrou que o mercado consumidor dos EUA continua resiliente, o que afasta ainda mais temores de uma desaceleração econômica agressiva e reduz o espaço para cortes de juros. Naquela sessão, operadores colocavam 11% de chance de o Fed manter os juros inalterados em sua reunião de novembro, de 5% antes dos dados. A probabilidade de um corte de 25 pontos está em 89%.

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Cortes de juros mais atenuados acabam fortalecendo o dólar ante o real em meio ao enfraquecimento do movimento de carry trade (em que o investidor toma dinheiro emprestado barato em moeda forte e depois investe em outra com rendimentos mais elevados).

3. “Trump trade”

A moeda norte-americana também foi impulsionada nos últimos dias pelo aumento das apostas na vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

O republicano tem prometido implementar medidas consideradas inflacionárias por parte de analistas, o que, em teoria, seria positivo para o dólar.

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“Os Estados Unidos atrapalham um pouco, porque há uma incerteza sobre sua política monetária. E com o Trump despontando como favorito, espera-se uma política mais protecionista, o que acaba pesando no nosso câmbio”, afirmou o head de renda fixa da Manchester Investimentos, Rafael Sueishi.

4 – Queda de commodities

A queda de 8% do petróleo e de 3% do minério na semana também enfraqueceram o real nos últimos dias, uma vez que as commodities correspondem a uma grande participação na balança comercial.

O petróleo foi afetado por incertezas sobre demanda global e sobre as tensões no Oriente Médio. A Capital Economics avalia que o prêmio de risco nos preços do petróleo “colapsou” nesta semana, após relatos de que Israel prometeu evitar ataques contra petrolíferas iranianas, trazendo novamente o foco para preocupações com a demanda fraca e aumento da oferta global. Na semana, relatórios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE) cortaram projeções para o crescimento da demanda global em 2024.

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Na visão da Oxford Economics, até mesmo as projeções da Opep são “muito otimistas”. A consultoria projeta que o petróleo seguirá pressionado e terminará 2024 em cerca de US$ 70 o barril, se as tensões geopolíticas não aumentarem.

Para o minério, os preços foram influenciados por dados que mostram fraqueza contínua da economia e do mercado de aço da China, embora as notícias de novas medidas do banco central chinês tenham limitado as perdas.

(com Reuters)

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A pintora Tarsila do Amaral ou as ambiguidades do modernismo, no Museu do Luxemburgo

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A pintora Tarsila do Amaral ou as ambiguidades do modernismo, no Museu do Luxemburgo

Tarsila do Amaral (1886-1973) é a maior figura da criação artística no Brasil do período entre guerras. Embora tenha feito muitas visitas à França, nunca havia sido objeto de uma retrospectiva lá. O apresentado pelo Museu do Luxemburgo em Paris reúne cerca de 150 obras e documentos. Mas, por ser bastante exaustivo, suscita pensamentos contraditórios, ao ponto do desconforto.

O artista nasceu em 1886, em uma família de classe média alta do estado de São Paulo, à frente de fazendas, grandes propriedades dedicadas ao café. A sua infância e adolescência conformam-se com esta confortável situação: uma boa educação, um tutor belga para falar francês, aulas de piano, uma primeira viagem à Europa aos 16 anos e um casamento aos 18 com um primo da sua mãe, união que dura pouco tempo. A jovem preferiu a pintura ao piano, que estudou em São Paulo, depois em Paris, para onde foi em 1920. Académie Julian, Louvre, primeira pintura aceita no Salão da Sociedade de Artistas Franceses em 1922, impressionismo tardio: primeiro acima de tudo, está longe de ser o que agita a vida intelectual parisiense. Mas ela rapidamente percebe isso.

Retornando a São Paulo em 1922, juntou-se aos escritores que se autodenominavam “modernos”, fundou com eles um grupo, uniu-se ao poeta e ensaísta Oswald de Andrade (1890-1954), e retornou com ele a Paris em 1923. Em Em março, matriculou-se em aulas com André Lhote, que se dizia cubista. O casal conheceu Blaise Cendrars, graças a quem conheceram Constantin Brancusi, Georges Braque, Sonia e Robert Delaunay, Pablo Picasso… Em outubro, ela seguiu brevemente os ensinamentos de Fernand Léger. Sua facilidade financeira lhe permitiu adquirir obras de seus novos amigos. A iniciação é, portanto, rápida e os seus efeitos são claramente visíveis: linhas geométricas, planos frontais de cor e volumes curvos modulados à la Léger. Ela aplicou essas soluções plásticas nas paisagens do Brasil, para onde retornou em dezembro de 1923 e onde Cendrars se hospedou no início de 1924.

Cobra Primordial e Ovo

Nos anos que se seguiram, o casal Amaral-Andrade corporizou o modernismo brasileiro no Brasil e na França, ela em suas telas intensamente coloridas compostas de poucas linhas retas ou curvas, e ele em seus poemas e ensaios. Eles vivem alternadamente nos dois países, onde expõe com sucesso.

Sob árvores de troncos cilíndricos e palmeiras ovais, ela revela uma fauna meio real, meio imaginária e formas humanas muito desproporcionais, como os nus de Picasso. Abaporu (1928) é o arquétipo: um corpo com pernas e pés direitos alargados e uma cabeça minúscula, sentado perto de um cacto sob um sol redondo. O desenho é publicado no centro de Manifesto antropofágico publicado por Andrade em maio de 1928. Este texto, mais lírico do que límpido, pretende ser a certidão de nascimento de uma arte brasileira na qual as culturas indígenas indígenas e a cultura ocidental se uniriam. Andrade cita o mito da grande serpente e exalta a resistência dos povos indígenas à aculturação colonial. O canibalismo invocado no título seria a metáfora dessa resistência. Esse “antropofagia” híbrido, Amaral pinta: boi com chifres muito longos na mata, cobra e ovo primordial, vegetação com formas sexuadas. E, sempre, verdes e azuis intensos.

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Dois associados da oposição mortos a tiros – DW – 20/10/2024

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Dois associados da oposição mortos a tiros – DW – 20/10/2024

Dois associados do principal candidato da oposição moçambicana, Venâncio Mondlane, foram mortos a tiro em de Moçambique capital, Maputo, no sábado.

Acontece depois das eleições de 9 de Outubro, após as quais o oposição acusou o partido no poder, Frelimo, de fraude eleitoral.

O que sabemos sobre os assassinatos?

O advogado Elvino Dias e o candidato Paulo Guambe estavam num carro no centro de Maputo quando foram cercados por outros veículos e alvejados, segundo testemunhas.

Testemunhas disseram que dois homens armados dispararam 20 balas no ataque.

Guambe foi candidato ao Partido Podemos que apoiou Mondlane para presidente nas eleições de 9 de outubro.

Podemos head Albino Forquilha confirmed the killings to AFP news agency.

A polícia disse que uma investigação foi iniciada, mas não confirmou imediatamente a identidade dos dois homens mortos.

Disseram que uma mulher também estava no carro e que foi levada ao hospital.

O porta-voz da polícia, Leonel Muchina, disse que as vítimas tinham estado anteriormente num bar local, após o que foram seguidas. Ele disse que os assassinatos podem estar relacionados às interações com outros clientes do bar.

Na noite de sábado, Mondlane juntou-se a cerca de 100 apoiantes que realizaram uma vigília em Maputo.

O candidato presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, e apoiantes na vigília do advogado Elvino Dias e do político do Podemos, Paulo Guambe
Mondlane participou numa vigília pelo advogado e candidato assassinado ao lado de dezenas de apoiantesImagem: ALFREDO ZUNIGA/AFP

Moçambique aguarda resultados eleitorais em meio a alegações de fraude

Os resultados das eleições gerais em Moçambique deverão ser publicados no dia 24 de Outubro.

O partido governante Frelimo, que governa Moçambique desde a sua independência de Portugal em 1975reivindicou vitória logo após o dia da votação.

Mondlane alegou fraude e apelou aos moçambicanos para saírem às ruas na segunda-feira.

No ano passado, Dias acusou as autoridades de fraude nas eleições autárquicas vencidas pela Frelimo.

UM sociedade civil O grupo de observadores Mais Integridade disse que Dias expressou temores sobre um plano para assassiná-lo.

Poucas mudanças são esperadas nas eleições gerais em Moçambique

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Reações aos assassinatos

O Mais Integridade qualificou o ataque de “repugnante”, descrevendo-o como um “ato de intimidação” que minou a democracia.

O partido Frelimo disse que rejeita “veementemente este acto macabro” e apelou “a todas as autoridades para que façam tudo o que estiver ao seu alcance para esclarecer este caso”.

O Podemos disse que os assassinatos foram “mais uma prova clara da falta de justiça a que todos estamos sujeitos”.

O União Europeia emitiu uma declaração condenando os assassinatos e pediu que os perpetradores fossem levados à justiça.

“Numa democracia, não há lugar para assassinatos por motivação política”, afirmou.

Enquanto isso, de Portugal o parlamento disse que condenou “veementemente” os assassinatos e instou as autoridades moçambicanas a salvaguardar “a paz social e a democracia”.

sdi/rm (AFP, Lusa, Reuters, AP)



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Week 8 college football game

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Coverage from the game:

C.L. Brown: Jeff Brohm is wizard vs top-10 teams at home, but Cam Ward proved too much for Cards

Louisville football, with sellout crowd at L&N Stadium, falls to No. 6 Miami in thriller

Coverage during the game:

Louisville football has a tall task ahead against No. 6 Miami at noon today.

The Cardinals are looking to use a last-second win over Virginia as momentum to take down Heisman Trophy hopeful Cam Ward and the undefeated Hurricanes. U of L defeated Miami last year, 38-31.

After two missteps, Louisville made corrections offensively and defensively against Virginia and will look to take another step this week.

Watch Louisville football vs Miami live on ESPN+ (subscribe today)

Tyler Shough’s 4-yard TD pass to Duke Watson ties the game, completing the Cardinals’ 13-play, 75-yard drive.

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