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As explicações que a Aneel terá que dar à Câmara

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As explicações que a Aneel terá que dar à Câmara

Matheus Leitão

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A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou nesta semana requerimento em que o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) acusa a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de ter forjado um estudo de impacto que inviabilizou uma proposta favorável ao setor de energia solar.

Entre os questionamentos aprovados, a agência terá que informar quem produziu o estudo, uma vez que ele foi encaminhado ao Ministério de Minas e Energia sem a assinatura nem o nome do autor. Caso a Aneel não responda às perguntas, seu presidente, Sandoval Feitosa, poderá ser responsabilizado criminalmente.

A aprovação do questionamento torna ainda mais delicada a situação dos responsáveis por gerir o setor elétrico no governo – que está mergulhado em uma sucessão de crises, como mostrou a coluna. A Aneel e o Ministério de Minas e Energia têm encontrado dificuldades para solucionar os desdobramentos do apagão na cidade de São Paulo, onde o serviço é prestado pela concessionária Enel, cujo contrato é fiscalizado pela Aneel.

Outra crise que abate as autoridades responsáveis pelo setor elétrico foi desencadeada pela autorização dada pelo presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, para que o grupo J&F assumisse a distribuidora Amazonas Energia, com subsídios de cerca de R$ 14 bilhões para cobrir obrigações da Amazonas.

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Na sessão em que teve seu requerimento aprovado, o deputado Lafayette de Andrada afirmou que o estudo encaminhado pela Aneel foi “grosseiramente falso”. O documento questionado pelo deputado foi enviado pela agência ao Ministério de Minas e Energia afirmando que uma emenda apresentada no Senado para autorizar a prorrogação da implantação de miniusinas de energia solar acarretaria um custo de R$ 24 bilhões aos consumidores.

Segundo Andrada, o número é absurdo. O deputado indicou que a ausência de assinaturas sugere que ninguém na agência quis se responsabilizar pelos dados. “O fato de o estudo ser apócrifo é um indício claro de que a agência tem ciência das irregularidades. Apresentar informações falsas em um documento oficial é um crime previsto no Código Penal”, disse o deputado.



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Lula ironiza postura de deputado evangélico ‘ex-bo…

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Lula ironiza postura de deputado evangélico ‘ex-bo...

Lucas Mathias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a postura do deputado federal Otoni de Paula (MDB), dois dias depois de sancionar, em cerimônia com o parlamentar, o Dia Nacional da Música Gospel. Em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, nesta quinta-feira, 17, Lula disse que Otoni reconheceu seus feitos em governos anteriores pelos evangélicos, mas preferiu votar no seu adversário nas eleições de 2022. “Fiquei com vontade de perguntar, se você sabe disso, por que votou no Bolsonaro?”, questionou o mandatário. 

Ferrenho defensor do bolsonarismo durante o mandato do ex-presidente, Otoni de Paula foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara e chegou a ter seus perfis nas redes sociais suspensos em 2021, em meio a uma investigação por incitar violência contra as instituições para o feriado de 7 de setembro. Nos últimos anos, no entanto, o parlamentar teve mudança brusca de postura. Hoje, se diz um “ex-bolsonarista”. 

A participação na cerimônia no Palácio do Planalto, na terça-feira, 15, ao lado de Lula, contudo, surpreendeu membros da Bancada Evangélica, que criticaram a postura do parlamentar. Para Lula, o ato junto de Otoni, que orou pelo presidente, “teve uma repercussão muito boa para mim e muito ruim para ele, porque os bolsonaristas estão triturando ele”. 

“Deu uma celeuma muito grande”, comentou Lula. “O deputado deu uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas que reconhecia que tudo o que foi feito aos evangélicos, foi feito por mim. O Dia dos Evangélicos, a Lei do Silêncio que não deixei passar, a Lei do Pastor, ou seja: tudo fui eu que criei, para a Igreja Evangélica. Ele reconheceu isso. E fiquei com vontade de perguntar, se você sabe disso, por que votou no Bolsonaro?”, completou. 

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Ainda na terça-feira, em entrevista ao site “O Fuxico Gospel”, Otoni já havia defendido sua presença na cerimônia com o presidente. Ele ponderou que não será “ponte nenhuma” para estreitar os laços entre o PT e os evangélicos, pauta que tem se mostrado um dos principais obstáculos do partido nas últimas eleições. Mas disse que não vai se negar a orar por Lula

“Essa briga vou comprar. Aonde eu for, vou dizer: orem pelo Lula, orem pelo governo. Não sou daqueles que torcem para o avião cair, só porque não gostam do piloto. Eu estou no avião. (…) O crente que não consegue orar para uma autoridade constituída por Deus, é ele que está endemoniado. Esta nação não é de Bolsonaro, não é de Lula, do PL ou do PT, mas de Jesus Cristo”, disse o parlamentar. 





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Eliziane Gama volta ao Senado com foco em CPI das…

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Eliziane Gama volta ao Senado com foco em CPI das...

Nicholas Shores

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Depois de três meses à frente da Secretaria de Estado da Juventude do Maranhão, Eliziane Gama (PSD) retomou o mandato no Senado nesta quinta-feira com duas prioridades.

A primeira é participar da CPI das Bets, que vai investigar o impacto das apostas esportivas on-line no orçamento das famílias brasileiras. O líder do PSD, Otto Alencar (BA), deve indicá-la como suplente da comissão.

Nos moldes de sua atuação na CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane está determinada a travar uma “luta implacável” contra o crescimento das bets no país.

Além disso, a senadora, evangélica da Assembleia de Deus, quer contribuir com o esforço de reaproximação do presidente Lula com adeptos dessas denominações religiosas.

Para ela, a sanção, pelo petista, do projeto de lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel foi um “gol de letra”.

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Em junho, Eliziane participou de cerimônia no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio de Janeiro, em que Eduardo Paes (PSD) celebrou a emissão de um selo dos Correios pelo centenário da Assembleia de Deus no Brasil.



O evento foi um dos símbolos da aproximação do prefeito carioca com o eleitorado evangélico.

Agora, a senadora vai procurar ministros do Palácio do Planalto para convencer Lula a fazer uma cerimônia em Brasília para festejar o lançamento do selo nacionalmente.



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Fenômeno revelado pela pesquisa Quaest em São Paul…

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Fenômeno revelado pela pesquisa Quaest em São Paul...

Matheus Leitão

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Nas entranhas da política paulistana, onde as certezas parecem tão sólidas quanto o concreto dos seus arranha-céus, os dados recentes da pesquisa Quaest desafiam a lógica eleitoral tradicional, revelando um cenário onde as linhas ideológicas são tanto borradas quanto inesperadas.

Segundo o levantamento, realizado presencialmente com 1.200 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 15 outubro, 18% dos eleitores que se identificam com o PT estão inclinados a apoiar Ricardo Nunes, enquanto 11% dos eleitores alinhados com Bolsonaro demonstram um apoio surpreendente a Guilherme Boulos.

Esses números sugerem um fenômeno intrigante na metrópole paulista: o voto surpreendente.

Estamos diante de eleitores que desafiam previsões e análises padrão, escolhendo candidatos que, à primeira vista, não se alinham com suas inclinações políticas anteriores.

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Este comportamento eleitoral reflete um descontentamento ou talvez um apelo mais profundo por mudanças que transcendem as barreiras ideológicas.

Esses votos, aparentemente ilógicos, têm o potencial de alterar significativamente o resultado das eleições. São um lembrete de que, em política, as certezas podem ser tão voláteis quanto as intenções de voto. São esses eleitores imprevisíveis que muitas vezes decidem o destino de uma eleição, especialmente em uma cidade tão complexa e diversificada quanto São Paulo.



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