Em Mayotte, depois do ciclone, “O pedágio será pesado. Muito pesado”indicou o Ministro do Interior demissionário, Bruno Retailleau, quarta-feira, 18 de dezembro, na BFM-TV. Depois do prefeito, que mencionou o domingo, 15 de dezembro “talvez milhares de mortes”as autoridades ainda não forneceram estimativas do número de vítimas. O senador Saïd Omar Oili (Reunião dos Democratas Progressistas e Independentes), eleito por Dzaoudzi-Labattoir, conseguiu chegar a Mayotte na segunda-feira. Ele afirma ter ouvido apenas desde “o silêncio” na favela La Vigie localizada na cidade, que abrigava 10 mil pessoas.
Que avaliação faz da gravidade do ciclone Chido que atingiu Maiote no dia 14 de Dezembro?
As pessoas precisam entender que esta é uma crise grave. É o desastre natural mais significativo na França desde a erupção do Montagne Pelée em 1902 na Martinica, que matou cerca de 30 mil pessoas.
O que você notou em sua comunidade?
O bairro de Vigie tinha cerca de 10 mil pessoas, a segunda maior concentração de pessoas em situação muito precária na ilha, depois de Kawéni. As pessoas mais vulneráveis viviam em La Vigie. Sou eleito aqui desde 2001, conheço de cor a minha população, os meus bairros. No entanto, percebo o silêncio. Só vejo crianças olhando para o espaço. Onde estão as pessoas? Eles viviam em cabanas de lata, sem base. Não resta mais nada além do silêncio. Ao meu redor parece que uma bomba explodiu.
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