O número de pessoas que morreram em debandadas em dois eventos beneficentes em Nigéria aumentou de 13 para 32, disse a polícia no domingo.
Pelo menos 22 pessoas morreram quando corriam para recolher doações, incluindo arroz, óleo vegetal e dinheiro, num evento na cidade de Okija, no sudeste do estado de Anambra, no sábado.
Outras dez pessoas, incluindo quatro crianças, morreram esmagadas num evento organizado pela igreja na capital, Abuja, onde estava a ser distribuída comida gratuita.
A polícia disse que estava investigando os dois incidentes, ocorridos dias depois do outro. debandada matou 35 crianças em uma feira escolar na cidade de Ibadan, no sudoeste.
Presidente Bola pede medidas de controlo mais rigorosas
A debandada levou o Presidente Bola Tinubu a apelar às autoridades para que aplicassem medidas de segurança rigorosas em tais eventos.
O país mais populoso de África vê mais grupos e igrejas a organizar eventos de caridade para ajudar aqueles que lutam com o aumento do custo de vida.
Maazo Ezekiel, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria (NEMA), disse à AFP que a debandada mostrou que “medidas de precaução não estão a ser tomadas antes da distribuição destes itens”.
A polícia nigeriana alertou os organizadores para notificarem as autoridades antes de realizar tais eventos.
Pelo menos 13 morrem após tumultos na Nigéria
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Crise do custo de vida
Dificuldades econômicas na Nigéria A situação piorou desde que o Presidente Tinubu iniciou reformas de austeridade, incluindo a desvalorização da moeda naira do país e o fim dos subsídios à electricidade e ao combustível.
A inflação disparou para 34,6% em Novembro, contra 33,88% em Outubro, marcando o terceiro aumento mensal consecutivo.
Em Novembro, um relatório conjunto do governo da Nigéria e das Nações Unidas concluiu que mais de 30 milhões de pessoas deverão sofrer de insegurança alimentar no próximo ano.
“Nunca antes houve tantas pessoas na Nigéria sem comida”, disse Chi Lael, porta-voz do Programa Alimentar Mundial para o país.
lo/kb (AFP, AP, Reuters)