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Azeite foi líder em falsificações em 2024; veja quais são – 16/03/2025 – Mercado

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André Borges
O azeite de oliva, um dos produtos que compõem a cesta básica e que acaba de ter o imposto de importação zerado pelo governo federal, foi líder de falsificações de produtos de origem vegetal em 2024. A informação faz parte do relatório do programa nacional de combate à fraude, o PNFraude, que acaba de ser concluído pelo Mapa (Ministério da Agricultura).
A Folha teve acesso à íntegra do relatório, que reúne resultados das ações realizadas pelo Serviço Regional de Operações Avançadas de Fiscalização e Combate a Fraudes. Os dados mostram que 112,3 mil litros de azeite adulterado foram apreendidos em 2024, em ações realizadas em parceria com órgãos como Anvisa, Receita Federal e Polícia Federal.
A maior parte desse volume foi apreendida durante a “Operação Getsêmani”, que resultou na retirada de 104.363 litros adulterados do mercado. Foi a maior apreensão contra fraudes desse produto já registrada no Brasil. A estimativa é de que a operação causou um prejuízo de R$ 8,1 milhões aos fraudadores.
Segundo o relatório, a fraude mais comum encontrada no azeite de oliva é a mistura do produto com óleos vegetais refinados mais baratos, como soja, girassol e canola. Outra situação comum é a falsificação do azeite extravirgem, que é o tipo mais nobre, com rótulos irregulares. Há ainda casos de azeites de baixa qualidade misturados e vendidos como produto “premium”.
O azeite é o principal produto importado que hoje compõe a cesta básica nacional de alimentos. Segundo dados da Ibraoliva (Instituto Brasileiro de Olivicultura), o Brasil consome cerca de 100 milhões de litros de azeite por ano, sendo 99,5% importados. A maior parte das fraudes, de acordo com o instituto, tem origem em outros países, embora também ocorram misturas locais irregulares.
Folha Mercado
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Renato Fernandes, presidente do Ibraoliva e produtor de azeite no Rio Grande do Sul, afirma que o instituto tem atuado com as autoridades brasileiras no combate às fraudes do azeite de oliva e que o país tem caminhado bem no combate à adulteração do produto em si. Por outro lado, ele diz que ainda é preciso ampliar as fiscalizações sobre a classificação falsa, em que azeite virgem é vendido como extravirgem.
“Essa fraude não mistura outras gorduras vegetais, mas mascara os defeitos sensoriais, ocasionados pela deterioração do azeite de oliva, seja no processo produtivo, com frutas não saudáveis, ou no processo produtivo e armazenamento do produto”, diz Fernandes. “Essa fraude é muito comum e está nas prateleiras dos principais varejistas brasileiros.”
No ano passado, o Brasil importou 65 mil toneladas de azeite extra virgem, volume ligeiramente inferior ao de 2023 (68 mil toneladas) e 2022 (72,9 mil toneladas). O aumento no preço do produto, no entanto, fez os gastos saltarem de US$ 363 milhões em 2022 para US$ 665 milhões no ano passado.
Por trás desse aumento, diz Fernandes, estão duas secas severas que, em 2023 e 2024, atingiram Portugal e Espanha, dois dos maiores produtores mundiais de azeite. A safra mais recente, porém, diz o presidente da Ibraoliva, já indica recuperação do setor.
“O preço da tonelada da azeitona, que bateu 9 mil euros, já está na casa dos 5 mil euros. Por isso, a tendência natural é que, no segundo semestre deste ano, já tenhamos um produto mais barato nas gôndolas do supermercado”, afirma Fernandes.
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, o azeite figurou entre os produtos que mais tiveram aumento de preço entre os itens da cesta básica, com alta de 17,24% no período, segundo dados compilados pelo Mapa. Para tentar reduzir o preço do alimento, o governo federal decidiu zerar, temporariamente, a alíquota de 9% do imposto de importação cobrada daqueles que trazem o óleo para o Brasil.
Para a Ibraoliva, trata-se de um equívoco, que tende a dificultar ainda mais a vida do produtor nacional, já prejudicado pelo grande volume de produto falsificado que invade o mercado brasileiro. “Essa redução da alíquota é uma falácia. Esse movimento significa um desestímulo à indústria nacional, que vem competindo com a fraude de adulteração de classificação e agora passa a ter um incentivo ao azeite importado, não fiscalizado sensorialmente e beneficiado com zero de imposto de importação”, diz Fernandes.
A produção nacional de azeite tem chegado a cerca de 500 mil litros por ano. Há cerca de 350 produtores de azeitonas no Rio Grande do Sul, representando cerca de 150 marcas.
O azeite de oliva pode ser classificado em diferentes categorias, com base em acidez, método de extração e qualidade sensorial. O tipo extra virgem é aquele que tem extração a frio, sem processos químicos, e acidez abaixo ou igual a 0,8%. Já o azeite de oliva virgem passa por extração mecânica, sem refinamento químico, com acidez entre 0,8% e 2%.
Um terceiro tipo de azeite, que não é recomendável para consumo humano, é o “lampante”, que tem acidez acima de 2% e é usado para fins industriais. Seu nome vem do fato de que esse azeite era tradicionalmente usado como combustível para lamparinas. Acontece que, hoje, ele tem sido refinado para se tornar azeite de oliva comum, apesar da baixa qualidade e seus defeitos sensoriais, como ranço, odores e sabor desagradável.
Nas últimas semanas, o óleo de bagaço de oliva, produzido pela marca Olitalia, viralizou nas redes sociais após a publicação de uma foto do produto precificado em R$ 39,99. O valor gerou críticas dos internautas que lamentam o atual status de luxo do azeite e o valor das alternativas disponíveis.
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A australiana admite tentar vender dedos humanos online – DW – 17/03/2025

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17 de março de 2025
Um australiano A mulher se declarou culpada de conduta ofensiva envolvendo restos humanos depois de ser acusada de planejar vender on -line dois dedos humanos regurgitados por cães sob seus cuidados como guarda florestal em um abrigo de animais.
A mulher, que tem cinco filhos, enfrenta uma sentença máxima de dois anos de prisão pelo crime e perdeu o emprego sobre o incidente.
Os cães haviam ingerido os dedos dos pés depois que o proprietário morreu de causas naturais e foram entregues ao abrigo no estado sudeste de Victoria, onde vomitaram os restos mortais, de acordo com um relatório na segunda -feira pela Australian Associated Press (AAP)
Coleção de espécimes bizarros
A promotora Melissa Sambrooks disse que a mulher, identificada como Joanna Kinman, procurou uma lixeira para encontrar os dedos dos pés.
“Ela localizou dois dedos humanos e os levou para casa e os colocou em uma jarra contendo formaldeído”, disse Sambrooks, de acordo com a AAP.
Kinman então discutiu a venda de restos no mercado negro on -line com sua filha, acreditando que ela poderia receber até 400 dólares australianos (233 €; US $ 253) para eles.
A polícia veio procurar sua casa após uma dica, encontrando uma variedade de outros espécimes lá, incluindo uma garra de jacaré, um crânio de pássaro, uma trotadora de cobaias e os dentes de seus filhos, informou a AAP.
Kinman foi dito pela polícia como membro do grupo do Facebook “Buddies Australia”, cujos membros compram, trocam e vendem espécimes on -line.
Ela já havia vendido “espécimes molhados” de um gatinho e filhote de filhote no local, disse Sambrooks ao AAP.
Parentes do proprietário morto dos cães não foram informados do crime, com seu filho protegendo -os da investigação, segundo a agência.
Editado por: Alex Berry
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Fernanda Montenegro: ‘Pausa & Linha’ analisa seu silêncio – 17/03/2025 – Ilustrada

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17 de março de 2025
Isadora Laviola
Na última cena do premiado “Ainda Estou Aqui“, Fernanda Montenegro interpreta uma Eunice Paiva com Alzheimer em estágio avançado. Sem falar uma palavra, a atriz dá ao espectador um último vislumbre da viúva que resistiu à ditadura militar.
“O silêncio, às vezes, é mais importante do que é dito”, afirma o professor de direito constitucional Joaquim Falcão, autor de um livro sobre a função desses momentos de quietude no estilo de interpretação da atriz —momentos que, segundo ele, também se fazem presentes na Fernanda pessoa física.
“Pausa & Linha: O Poder em Fernanda Montenegro” surgiu de um acaso, afirma o escritor. Foi em um jantar, após a atriz ser eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL), que eles se conheceram.
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“Eu me sentei ao lado dela. Logo falamos sobre Nelson Rodrigues, mas percebi que ela demorava a me responder. Fazia pausas o tempo todo, e me perguntei o significado delas.”
Naquela noite nasceu tanto a questão intelectual que guiaria o seu livro quanto uma amizade duradoura. Falcão afirma que sua obra foi escrita “de mãos dadas” com a atriz. “Nos reuníamos em qualquer lugar. Na ABL, na minha casa, até em Lisboa, onde ambos temos casa, nós nos encontramos e conversamos.”
Falcão é um defensor das pausas na interpretação. Ela “não é um desperdício de tempo”, afirma, mas “uma reflexão estratégica”. “Sem essa reflexão, você pode não atingir seus objetivos.”
Ele diz ainda que o Brasil atual tem muita palavra sem silêncio. “Precisamos de silêncios inteligentes.”
O autor conta que se aproximou das estratégias de Montenegro no que se refere a esses silêncios no dia em que ela tomou posse da cadeira 17 na ABL, 25 de março de 2022.
Sentado ao lado dela, percebeu que o discurso que ela lia tinha diversas marcas e símbolos escritos à mão. “Através de símbolos, ela define as pausas, a velocidade, o ritmo e a intensidade da voz dela.”
“A palavra está escrita no texto, mas a pausa, não. Esta vem de quem está lendo, de quem está interpretando.”
O trabalho gráfico do livro que Falcão lança agora busca facilitar esse trabalho em certa medida. Ao incluir páginas sem texto, a própria publicação define as suas pausas para o leitor.
A obra ainda usa recursos multimídia para fundir audição, leitura e imagem. QR codes presentes em suas páginas abrem links para vídeos em que é possível ver a atriz falando ou interpretando.
Para Falcão, o trabalho não é sobre Fernanda, “o livro é Fernanda”.
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Fotos das celebrações do dia de São Patrício | Notícias das fotos

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17 de março de 2025
Março traz os verdes vibrantes da primavera e, com eles, uma celebração global enraizada na tradição irlandesa: o Dia de São Patrício.
Apesar de seu destaque na cultura irlandesa, os historiadores sabem pouco sobre St. Patrick. Nascido no século V como Maewyn Succat, Patrick não era irlandês. Acredita-se que ele nasceu no País de Gales, filho de um funcionário romano-britânico.
Sua vida deu uma virada dramática quando, quando adolescente, ele foi capturado por piratas e escravizado na Irlanda. Depois de seis anos em cativeiro, ele escapou e retornou à Grã -Bretanha.
Patrick mais tarde voltou para a Irlanda como missionário, trabalhando para converter pagãos irlandeses ao cristianismo. Foi durante esse período que ele adotou o nome latino Patricius.
No século 10, começaram a surgir evidências da crescente popularidade de St. Patrick como uma figura espiritual na Irlanda. No entanto, não foi até o início do século XVII que seu legado foi oficialmente celebrado.
Luke Wadding, um pároco irlandês, fez lobby com sucesso a Igreja Católica para designar 17 de março como um dia de festa na honra de St. Patrick.
Na Irlanda, o dia era historicamente uma ocasião solene, ligada intimamente à observância religiosa. Mas fora do país, o dia gradualmente se transformou em uma celebração cultural e animada, adotada por imigrantes irlandeses e foliões não irlandeses.
Hoje, a tradição transcende suas raízes religiosas, marcadas por desfiles, festividades extravagantes e mares de pessoas vestidas de verde – se têm herança irlandesa ou não.
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