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Bauru quer prefeitura em estação da Noroeste do Brasil – 27/10/2024 – Sobre Trilhos

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Marcelo Toledo

Sede da extinta Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, uma das mais icônicas ferrovias brasileiras, Bauru poderá dar uma nova destinação à sua imponente estação ferroviária, que não recebe passageiros há mais de 20 anos e está numa região degradada da cidade.

A proposta é a de usar o espaço como sede da prefeitura e foi apresentada pela prefeita, reeleita no primeiro turno, Suéllen Rosim (PSD), sendo mais um capítulo de uma história que se arrasta nas últimas décadas na cidade.

Com localização privilegiada no mapa paulista, Bauru atraiu os olhares no passado de companhias ferroviárias, que contribuíram para que a cidade se desenvolvesse, inclusive abrigando a estação inicial da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que a ligava a Corumbá (MS) e depois passou a ser conhecida como o Trem da Morte.

No atual mandato, iniciado em 2021, vários possíveis usos do espaço foram discutidos. Em abril daquele ano, Suéllen anunciou a criação de um núcleo de estudos e concessões, que entre várias propostas tinha uma que previa a “concessão ou parceria para a antiga estação ferroviária da Noroeste”.

No início do ano seguinte, a proposta tinha amadurecido, segundo a prefeita disse em entrevistas a veículos locais, já que o custo para transformar a estação num prédio administrativo seria superior a R$ 30 milhões (R$ 34,3 milhões, atualizados pelo IPCA). A ideia, então, seria utilizar o espaço para abrigar outras atividades, como um centro de compras ou instituição de ensino, entre outras.

A prefeita e secretários foram a Campinas naquele ano para conhecer um projeto de revitalização do pátio ferroviário da cidade –atendida pela Companhia Mogiana– e, neste ano, as ferrovias estiveram na pauta em ao menos dois momentos.

O primeiro em janeiro, quando um grupo de empresários chineses visitou a estação, e a administração citou a possibilidade de fazer parcerias para recuperar o imóvel e usar os trilhos na área urbana para o transporte de passageiros.

O tema voltou em setembro, na campanha eleitoral, quando a prefeita disse que faria estudos para a implantação de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no município.

“Um dos nossos projetos para o próximo mandato é recuperar a estação ferroviária, ativar a nossa maria-fumaça. E aí a gente veio com a equipe aqui para fazer todos os levantamentos necessários, porque em breve, falo em breve porque a gente vai correr bastante para esse projeto sair do papel, vocês vão conhecer a nova sede da prefeitura municipal de Bauru”, disse Suéllen em suas redes sociais.

De acordo com a prefeita, o imponente prédio de três pisos abrigará as principais secretarias, com o objetivo de reduzir gastos com aluguéis, revitalizar o prédio e movimentar a região com o fluxo diário de pessoas.

No vídeo em que falou da proposta, é possível ver que o local segue sujo, como nos últimos anos, com entulhos em cômodos e, próximo à plataforma de embarque, abriga vagões abandonados, pichados e em péssimo estado.

A Noroeste, que tinha 1.272 quilômetros de extensão entre Bauru e Corumbá, na fronteira com a Bolívia, ganhou esse nome por ser a “extensão” do verdadeiro Trem da Morte, entre Puerto Quijarro, vizinha a Corumbá, e Santa Cruz de la Sierra, maior cidade boliviana.

Ela ganhou esse nome devido ao número de acidentes e por ser no passado rota para o transporte de pessoas doentes. O lado brasileiro com o tempo ganhou o mesmo nome, especialmente a partir dos anos 60, quando houve a desaceleração gradual de investimentos na ferrovia, ampliando acidentes e problemas.

O cenário de abandono em Bauru não é único na rota até Corumbá, que teve 122 estações, das quais ao menos 80 foram demolidas ou estão em processo avançado de deterioração, abandonadas ou sem uso —a maior parte delas sob responsabilidade do governo federal.


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Método inspirador de professora incentiva alunos com deficiência a lerem com prazer; vídeo

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No estudo, publicado na revista científica Icarus, o cientista brasileiro Rafael Ribeiro de Sousa, em colaboração com cientistas dos EUA e França, aponta influência do eventual Planeta-9 na formação de cometas. - Foto: Unesp

Com o quadro repleto de palavras e doces ao lado delas, essa professora de Goiás criou um método de leitura inspirador para incentivar alunos com deficiência: quem lê corretamente a palavra indicada ganha o doce correspondente. Eles aprendem e se divertem ao mesmo tempo.

A cena, compartilhada pela psicopedagoga Gisele, de Goiás, já foi vista por mais de 200 mil pessoas, desde que foi postada, em fevereiro. O método criativo e com muito afeto é simples e deu super certo.

“Escolhe uma palavra pra você ler”, pede ela a um dos alunos da turma. “C-O-P-O”, responde o garoto. Com a resposta certa, ele pega o doce colado ao lado da palavra, no quadro, e sai feliz da vida. Esse é o poder do conhecimento, né?

Incentivar a leitura

Segundo a professora e psicopedagoga, o método não é sobre doces, é algo maior.

“A proposta dessa atividade é incentivar o gosto pela leitura. Os alunos leem e ganham um brinde. Eles amam essas atividades”, disse.

E o resultado é incrível. Todos que foram ao quadro conseguiram acertar as respectivas palavras. Um dos mais animados era Lucas, que queria acertar tudo! Depois de acertar uma delas, o jovem chegou até a fazer uma dancinha. O conhecimento abre portas!

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Atividade para Páscoa

Para esta Páscoa, Gisele preparou uma aula especial para os estudantes.

No quadro ela projetou várias imagens tradicionais da data como a uva, o pão, o sino e a cruz.

Os jovens tinham que pegar, em uma mesa em frente ao quadro, as palavras escritas em um papel e colá-las no quadro.

“André, procure onde está a palavra pão e cola lá no quadro”, pede a professora.

Quando André acerta, ela comemora. “Isso, parabéns Dedé!”.

Inclusão de verdade

Para os seguidores da professora, isso é inclusão de verdade.

“Se todas as escolas fizessem a inclusão de verdade as crianças com necessidade especiais teriam oportunidade na vida”, disse uma seguidora da professora.

Outro destacou o significado do trabalho de Gisele:

“Trabalhar com essas pessoas tem que ter muito amor e carinho, eles são pessoas maravilhosas.”

Veja a professora e seu método de leitura para alunos com deficiência:



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Cientista brasileiro pode ter descoberto nono planeta do sistema solar

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A professora Gisele, de Goiás, criou um método incrível para incentivar a leitura de alunos com deficiência. Quem acerta ganha um doce. - Foto: @cantinhodainclusao/Instagram

Uma pesquisa conduzida por um cientista brasileiro reacendeu a esperança de confirmar a existência do misterioso nono planeta. Rafael Ribeiro de Sousa, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Guaratinguetá, utilizou simulações que reproduziram a história do Sistema Solar ao longo de 4,5 bilhões de anos para a descoberta.

Com isso, a equipe chegou ao resultado de que a presença do Planeta 9 faz sentido e ajuda a explicar a forma e o comportamento das regiões onde nascem os cometas. “Descobrimos que houve um match, uma coincidência. Nossas simulações foram consistentes com as observações das órbitas dos cometas”, disse ele em entrevista à Universidade.

No estudo, publicado na revista científica Icarus, Rafael, em colaboração com cientistas dos Estados Unidos e França, aponta influência do eventual Planeta-9 na formação de cometas.

Enigma do 9

A ideia de um nono planeta surgiu ainda no século 19. Na época, astrônomos queriam entender perturbações nas órbitas de Urano e Netuno.

Com a descoberta de Plutão em 1930, cientistas acharam que o mistério havia sido resolvido. Mas, logo ficou claro que o planeta era pequeno demais para causar grande influência gravitacional.

Desde então, os cientistas voltaram a pensar na existência de um planeta muito maior, localizado em uma órbita de 600 vezes mais distante do que a Terra em relação ao Sol.

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A novidade

A pesquisa da Unesp focou no comportamento dos cometas que saem da região do Cinturão de Kuiper e da Nuvem de Oort.

Ao simular o Sistema Solar com a presença do Planeta 9, Rafael observou como o astro afetaria as órbitas dos cometas.

O modelo bateu com a realidade: as simulações produziram com precisão a órbita de quatro cometas reais, todas com mais de 10 km de diâmetro e trajetória definidas.

Quase lá

O Planeta 9, segundo estudos, seria escuro, gelado e bem distante. O fato dele refletir pouca luz acaba o tornando invisível aos telescópios atuais.

A notícia boa é que a simulação indicou características mais específicas, como a massa (7,5 vezes a da Terra) e a região exata onde ele pode estar.

O próximo passo é estudar os cometas de longo período, que levam milhares de anos para completar uma volta ao Sol.

Um grande aliado na busca vai ser o novo Observatório Vera Rubin, no Chile.

O mistério do Planeta-9, com a publicação da pesquisa da Unesp, ganha novos contornos. - Foto: Unesp O mistério do Planeta-9, com a publicação da pesquisa da Unesp, ganha novos contornos. – Foto: Unesp



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Paul Watson: Interpol suspende Alerta Vermelho contra ativista de baleias após pressão

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O empresário Tonny Robbins, dos EUA, lançou um desafio mundial para doar 100 bilhões de refeições para quem sente fome. Já conseguiu 30 bilhões. Veja como. - Foto:100billionmeals.org

Após intensa luta, o ativista Paul Watson teve o Alerta Vermelho, emitido pelo Japão, suspenso da lista da Interpol. Sim, ele está livre! Essa é uma vitória do meio-ambiente e em defesa das baleias, que ele tenta proteger há anos.

Paul é fundador da organização Sea Shepherd, reconhecida mundialmente por lutar pela preservação dos oceanos e da vida marinha. A decisão da Interpol foi publicada no dia 8 de abril e representa uma reviravolta. Até pouco tempo, Paul estava preso na Groenlândia e ameaçava ser extraditado.

Com a suspensão do alerta, o ativista volta a ter liberdade de circulação e já tem palestra confirmada na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre os Oceanos, em junho, na França. “A suspensão é uma mensagem clara: a justiça internacional não deve ser usada como ferramenta política contra defensores do meio ambiente”, disse Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil.

Liberdade chegou

Após a emissão do mandado japonês, Watson foi preso em julho do ano passado. Aqui no Brasil, artistas fizeram campanha pela libertação de Watson, como mostrou o Só Notícia Boa.

Em dezembro, depois de cinco meses preso, foi libertado quando a Dinamarca recusou a extradição ao apontar falhas no pedido dos asiáticos. A suspensão do Alerta não foi à toa.

A Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol apontou várias Inconsciências, entre elas a desproporcionalidade das acusações e o risco à integridade física de Paul. A decisão também reconheceu que o caso tem contornos políticos, o que contraria as regras da Instituição internacional.

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Mobilização internacional

A campanha pela libertação de Paul Watson contou com grande participação da Sea Shepherd Brasil e ganhou força nas redes sociais e imprensa.

Na época, o Palácio do Planalto se envolveu e o presidente Lula (PT) enviou uma carta oficial à primeira-ministra da Dinamarca pedindo que a extradição fosse negada.

A resposta do governo dinamarquês veio. Paul foi libertado pouco antes da audiência final que decidiria o destino dele.

Símbolo da luta

Paul não é apenas um ativista. O homem já se tornou um símbolo quando se trata da defesa do meio-ambiente.

Fundador da Sea, o canadense se tornou referência na luta contra a caça ilegal de baleias e outras práticas que ameaçam os ecossistemas marinhos.

Justiça feita!

Paul foi preso em 21 de julho de 2024 na Groelândia. - Foto: Sea Shepherd Paul foi preso em 21 de julho de 2024 na Groelândia e libertado em dezembro do ano passado, mas estava na lista da Interpol. – Foto: Sea Shepherd



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