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Belém enfrenta reveses e gargalos a um ano da COP30 - 08/11/2024 - Ambiente - Acre Notícias
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Belém enfrenta reveses e gargalos a um ano da COP30 – 08/11/2024 – Ambiente

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Belém enfrenta reveses e gargalos a um ano da COP30 - 08/11/2024 - Ambiente

João Pedro Pitombo

A um ano da COP30, conferência da ONU para a mudança do clima, a cidade de Belém enfrenta reveses em obras em andamento e corre contra o tempo para superar os gargalos de logística e infraestrutura para sediar o evento, que tem expectativa de atrair cerca de 60 mil pessoas.

A COP30 será em novembro 2025 —é a primeira vez que o evento da ONU, que discute clima e floresta, será realizado na região amazônica. A conferência vai marcar os dez anos do Acordo de Paris e será palco da primeira grande revisão dos parâmetros estabelecidos no acordo assinado em 2015.

O megaevento costuma atrair delegações dos 193 países membros das Nações Unidas, incluindo chefes de Estado e de governo. Para preparar a cidade para receber os visitantes, o governo federal anunciou investimentos de R$ 4,7 bilhões, entre recursos do PAC, do BNDES e de Itaipu.

As obras diretamente relacionadas ao evento, como a construção do Parque da Cidade e Porto Futuro 2, avançam e devem ser concluídas no cronograma. Mas a cidade enfrenta problemas na execução de obras viárias, incluindo a duplicação da rua da Marinha, suspensa pela Justiça.

A cidade também enfrenta problemas no saneamento básico, coleta de lixo, além do desafio de garantir leitos suficientes para os visitantes.

Com 1,3 milhão de habitantes, Belém tem mais da metade da população vivendo em áreas classificadas como favelas. Cerca de 80% dos moradores não são atendidos por coleta de esgoto e 12% não contam com coleta regular de lixo em pelo menos um dia da semana.

Dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira (8) apontam que Belém é a capital brasileira com maior proporção de habitantes morando em favelas. Ao todo, 57,17% da população da cidade vivem em 214 áreas urbanas precarizadas, segundo levantamento do IBGE.

A cidade também possui um déficit estimado em 32 mil leitos para o megaevento. Parte deles deverão ser distribuídos em uma vila provisória, aluguéis de Airbnb e cruzeiros de luxo. A chegada das embarcações, contudo, depende da dragagem das margens do rio Guajará, que não comporta navios de grande porte.

Mesmo com os problemas no horizonte, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), destacou que a cidade está sendo preparada para o evento da ONU e a conferência será realizada sem sobressaltos.

“Estou absolutamente tranquilo”, afirmou Barbalho nesta quarta-feira (6), após participar da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, realizada pelo Ibram (o Instituto Brasileiro de Mineração) em Belém.

Barbalho disse que a cidade protagoniza o maior pacote de investimento de infraestrutura da sua história, com obras públicas que devem deixar um legado nas áreas de saneamento, macrodrenagem e mobilidade.

Os investimentos públicos, afirma, se associam aos recursos privados que estão sendo investidos na cidade, incluindo a construção novos hotéis. Também há investimento em qualificação profissional, com a abertura de 22 mil vagas para treinamentos.

O governador rechaça a hipótese de o evento acontecer em outra cidade brasileira e minimiza as possíveis comparações com a COP28, realizada em novembro do ano passado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Neste ano, o evento será sediado na cidade de Baku, capital do Azerbaijão.

“Temos absoluta certeza de que nós faremos aqui a mais extraordinária COP, não querendo concorrer com a infraestrutura de cidades como Dubai, mas certamente apresentando uma cidade digna, uma cidade qualificada e que tem o principal ativo que é estar na floresta amazônica”, afirmou.

As obras de infraestrutura viária estão entre as que enfrentam reveses. Nesta terça-feira (5), a Justiça acatou uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado do Pará e determinou a suspensão imediata das obras de duplicação da rua da Marinha. A multa diária em caso de descumprimento da decisão é de R$ 100 mil.

A Promotoria argumentou que o empreendimento agride a legislação ambiental vigente por não possuir o licenciamento ambiental concedido pela Prefeitura de Belém, estudo prévio de impacto ambiental e consulta pública.

Uma das preocupações da obra está nos possíveis impactos no Parque Ambiental Gunnar Vingren, área gerida pela prefeitura de Belém e considerada ambientalmente sensível. Instado pela Justiça a se manifestar, o governo afirmou que o projeto foi modificado para reduzir o impacto ambiental.

A Folha esteve no local da obra na manhã desta sexta-feira (8) e máquinas trabalhavam na limpeza do terreno, que fica em uma área da Marinha e separada da rua por um muro. Parte da vegetação nativa foi derrubada para o alargamento da via, com a criação de mais uma pista.

A obra contempla um trecho de 3,5 km e pretende consolidar um novo eixo de tráfego entre Belém e as cidades da região metropolitana, caso de Ananindeua.

Barbalho minimizou a suspensão da obra viária, citando que há uma discussão sobre a competência na liberação das licenças ambientais. E destacou que foi uma decisão de primeira instância —o estado deve recorrer.

“É uma obra importante de mobilidade em uma área que foi disponibilizada pela Marinha do Brasil para que Belém possa ganhar mais um corredor de mobilidade”, afirmou o governador, defendendo soluções para os gargalos do tráfego na capital paraense.

Para superar os gargalos do saneamento, o governo do Pará trabalha para conceder o sistema saneamento do estado para a iniciativa privada. Segundo Barbalho, o projeto foi concluído e o governo está na fase de construção do edital.

A previsão é que o edital seja finalizado até novembro para iniciar o certame, com previsão de leilão até o final de março de 2025.

Também estão previstos investimentos voltados para o turismo. Prefeitura de Belém e governo federal estão reformando o Complexo Ver-O-Peso, o Mercado São Brás e o Parque Linear São Joaquim.

Na avaliação de Emilio Lebre La Rovere, professor titular da Coope-UFRJ e um dos participantes da conferência, a COP30 deve ser uma oportunidade para Belém melhorar a sua infraestrutura. “É preciso atuar de forma que haja um legado e que Belém possa suprir algumas dessas carências”, diz.


O repórter viajou a convite do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).





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USP: docentes querem barrar expulsão de críticos a Israel – 16/12/2024 – Mônica Bergamo

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USP: docentes querem barrar expulsão de críticos a Israel - 16/12/2024 - Mônica Bergamo

Um grupo de professores da USP (Universidade de São Paulo) está organizando um abaixo-assinado contra a expulsão de quatro estudantes que criticaram Israel por causa dos ataques à Faixa de Gaza. Eles estão sendo investigados por disseminação ao ódio e discriminação. O processo corre em sigilo.

Na tarde de segunda (16), 235 professores já tinham aderido ao texto contra a punição dos estudantes. Eles afirmam que comissão encarregada de processar os alunos está usando dispositivos adotados pelo regimento da USP na época da ditadura militar para levar adiante as diligências.

Em um informe distribuído em uma assembleia, os alunos definiram o que o estado judeu faz no território palestino como “genocídio” e a política do país governado por Binyamin Netanyahu nos territórios ocupados como “fascista, colonialista e racista”.

Afirmaram ainda que a ofensiva do grupo terrorista Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023 foi “histórica”.

“No informe, além de críticas a Israel, nada há que configure crime de ódio ou antissemitismo”, afirmam os professores Carlos Augusto Calil, da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Leda Paulani, da Faculdade de Economia e Administração (FEA), e Sérgio Rosenberg, da Faculdade de Medicina, em artigo publicado na Folha e que serve de base para o abaixo-assinado.

Os professores citam relatório da ONG Human Rights Watch estimando que “as repetidas ordens de evacuação na Faixa de Gaza, impondo deslocamento forçado à população, equivalem a ‘crime de guerra'”, e que “as ações de Israel parecem se enquadrar na definição de limpeza étnica”, sempre de acordo com a organização.

Há citações ainda a relatórios do alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, e da Corte Internacional de Justiça de Haia sobre ilegalidades cometidas por Israel que levaram a “níveis sem precedente de assassinatos, mortes, fome e doenças”.

Procurada, a USP afirmou que não se manifestaria sobre o assunto “pois o processo ainda está em andamento”.

ESTANTE

O advogado José Carlos Dias recebeu convidados no lançamento da sua biografia, “Democracia e Liberdade”, na cantina Pasquale, em São Paulo, na semana passada. A obra é de autoria de seu filho Otávio Dias e do jornalista Ricardo Carvalho (1948-2021). O jornalista Ricardo Kotscho, que assina a orelha da publicação, e o presidente da TV Cultura, José Roberto Maluf, prestigiaram o evento. A diretora-executiva do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), Marina Dias, e a jornalista Celina Dias, filhas do biografado, e o jornalista e colunista da Folha Juca Kfouri também compareceram.

com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH


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O jihadista reformado? Al-Jolani, o novo homem mais poderoso da Síria – podcast | Síria

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O jihadista reformado? Al-Jolani, o novo homem mais poderoso da Síria - podcast | Síria

Presented by Michael Safi with Jason Burke; produced by Alex Atack, Joshan Chana; executive producer Sami Kent

O novo homem mais poderoso da Síria tem, até agora, dois nomes: o seu nome de guerra, Abu Mohammed al-Jolani, e o que lhe foi dado ao nascer, Ahmed al-Sharaa.

E como o correspondente de segurança internacional Jason Burke explica, é notável que desde que o seu grupo militante, Hayat Tahrir al-Sham, derrubou Bashar al-Assad há nove dias, regressou a Sharaa – numa tentativa, aparentemente, de minimizar o seu passado islâmico e de assegurar ao país que o seu próximo governo será dirigido por todos os sírios, independentemente da etnia ou da fé.

Mas há muito o que subestimar. Como Michael Safi Ouço dizer que Jolani passou grande parte da sua vida em alguns dos grupos jihadistas mais notórios da região e, embora o seu governo na região síria de Idlib antes desta última ofensiva fosse relativamente competente, também era severo e draconiano.

Jolani afirma que se reformou genuinamente – mas será que devemos acreditar nele? E se não, o que isso significa para a Síria depois de Assad?

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Fotografia: AFP/Getty Images



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Soldados norte-coreanos foram mortos em combates ao lado da Rússia na Ucrânia | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia

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Soldados norte-coreanos foram mortos em combates ao lado da Rússia na Ucrânia | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia

A Rússia e a Coreia do Norte não comentaram a alegação da Ucrânia de que cerca de 30 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates.

A inteligência militar da Ucrânia e o Pentágono afirmaram que as tropas ucranianas mataram e feriram vários soldados norte-coreanos que lutavam ao lado das forças russas na região fronteiriça russa de Kursk.

A agência de inteligência militar da Ucrânia, conhecida como GUR, disse na segunda-feira que as unidades do exército norte-coreano sofreram “perdas significativas”, com “pelo menos 30 soldados” mortos e feridos na região de Kursk, perto das aldeias de Plekhovo, Vorobzha e Martynovka.

“Também na área da aldeia de Kurilovka, pelo menos três militares norte-coreanos desapareceram”, acrescentou o GUR num comunicado publicado no seu canal Telegram na segunda-feira.

Falando a jornalistas em Washington, DC, o porta-voz do Pentágono, Major-General Pat Ryder, apoiou a afirmação do Exército Ucraniano, dizendo que os Estados Unidos encontraram “indicações” de que as tropas norte-coreanas foram “mortas e feridas” em combate em Kursk.

O Kremlin, que raramente fornece detalhes sobre as baixas entre as suas tropas e as dos seus aliados, dirigiu um pedido de comentários da agência de notícias Associated Press ao Ministério da Defesa russo, que não respondeu imediatamente.

De acordo com a inteligência sul-coreana, norte-americana e ucraniana, cerca de 11 mil soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia para lutar na linha de frente contra as forças ucranianas.

A maior parte das tropas norte-coreanas foi enviada para a região russa de Kursk, que tem estado sob controlo parcial ucraniano desde a incursão surpresa de Kiev em território russo, em Agosto.

Analistas dizem que as tropas norte-coreanas enfrentam desafios potenciais incluindo a falta de experiência de combate e barreiras linguísticas. O seu alegado destacamento não foi oficialmente reconhecido por Pyongyang ou Moscovo, no entanto, os dois países aprofundaram abertamente os seus laços militares nos últimos meses.

Um tratado histórico de defesa mútua, assinado pela primeira vez em Pyongyang, em 19 de junho, durante a presidência russa A luxuosa visita de Estado de Vladimir Putinobriga ambos os países a fornecerem assistência militar imediata um ao outro, utilizando “todos os meios” necessários, caso algum deles enfrente “agressão”.

Rússia depende de combatentes estrangeiros para aumentar números

À medida que a guerra da Rússia contra a Ucrânia se arrasta, Moscovo tem alegadamente confiado em tácticas enganosas para recrutar combatentes estrangeiros para aumentar o seu número na linha da frente, à medida que aumenta o número de mortos entre as tropas.

Houve relatos de que homens de países do Sul da Ásia – incluindo Nepal, Índia e Sri Lanka – que foram lutar na guerra como mercenários enviado diretamente para a frente, ao mesmo tempo que são privados dos seus salários. No início deste ano, homens nepaleses que falaram com a Al Jazeera disseram que pensavam que seriam usados ​​como apoio, devido à falta de treino militar, mas foram empurrados para a linha da frente.

Tanto a Rússia como a Ucrânia raramente fornecem detalhes específicos sobre o número das suas próprias tropas que foram mortas ou feridas na guerra desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022.

O meio de comunicação russo Mediazona informou em setembro que mais de 71 mil soldados russos foram identificados e confirmado que foi morto na Ucrânia. O Estado-Maior da Ucrânia afirmou que, até 1 de Outubro, mais de 654.000 militares russos foram mortos na guerra.

O Ministério da Defesa da Rússia estima que Kiev perdeu quase meio milhão de soldados, de acordo com um relatório publicado em setembro pelo site de notícias RT.



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