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Boletim Focus: Economistas preveem forte alta da inflação – 27/01/2025 – Mercado
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Fernando Narazaki
A previsão da inflação feita por economistas ouvidos pelo Banco Central deu um grande salto no boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (27).
Os analistas esperam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 5,50%, uma elevação de 0,42 ponto percentual em relação ao levantamento divulgado na semana passada.
Com isso, os economistas acreditam que o limite da meta será ultrapassado com folga. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A perspectiva do mercado também piorou para 2026 (subiu de 4,1% para 4,22%) e para 2028 (de 3,58% para 3,73%).
A elevação ocorreu mesmo com o IPCA-15 tendo desacelerado para 0,11% em janeiro, segundo dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (24). A taxa foi a menor para meses de janeiro na série histórica desde o início do Plano Real – a moeda passou a circular em julho de 1994.
Os analistas do mercado financeiro também aumentaram a previsão da taxa básica de juros no próximo ano para 12,5%, contra 12,25% da semana passada. A Selic ainda subiu para 2027 (de 10,25% para 10,38%), mas ficou estável em 2025 (15%) e 2028 (10%).
Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros. Os economistas mantiveram a expectativa de um aumento de um ponto percentual nesta quarta-feira (29), indo de 12,25% para 13,25%. O próprio Copom já indicou na ata da reunião de dezembro que esperava subir a Selic em um ponto no encontro deste mês.
Folha Mercado
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O boletim Focus também indicou que o mercado espera um crescimento do PIB deste ano de 2,04% para 2,06%, mas prevê desaceleração em 2026 (de 1,77% para 1,72%) e 2027 (de 2% para 1,96%).
Já o dólar deve fechar o ano em R$ 6, de acordo com os economistas ouvidos pelo Banco Central, mesmo patamar do último levantamento.
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O cravo e a ferradura do Supremo Tribunal Federal – 23/02/2025 – Marcelo Leite
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23 de fevereiro de 2025
Gilmar Mendes iria presidir nesta segunda (24) o último encontro da comissão especial que inventou para relativizar o direito de povos indígenas às suas terras, mas adiou os trabalhos por 30 dias a pedido da AGU. A Constituição diz que tal direito é originário, precede a própria carta, mas o decano do Supremo Tribunal Federal (STF) entende que ela autoriza negociá-lo.
O ministro compilou uma minuta de lei complementar arbitrando o “conflito operado entre as posições do STF”, que negou a tese do marco temporal, “do Congresso Nacional, sedimentada na lei 14.701/2023 [marco temporal], e da sociedade brasileira, representada por indígenas e não indígenas”.
“Sociedade brasileira” é construção duvidosa, diante das investidas ruralistas contra povos originários. O ministro escreveu que ela “se fez representada e ouvida em escuta ativa e respeito às diversidades culturais, sociais e econômicas de todas as [sic] matizes políticas”.
Não se pode chamar de “escuta ativa” uma câmara de conciliação em que indígenas seriam minoria e da qual decidiram ausentar-se. Não há conciliação quando as partes não estão em igualdade, com titulares de direitos originais submetidos a interessados em usurpá-los.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) abandonou as reuniões em agosto. Representando 279 etnias, considerou “que dali poderia sair um dos maiores retrocessos da política indígena desde 1988”.
Não chega a configurar excludente de ilicitude que o Ministério dos Povos Indígenas tenha participado das reuniões, pois há muito eles não são mais tutelados pelo Executivo. O MPI, de todo modo, repudiou o projeto de Gilmar por incluir disposições sobre mineração que não resultaram de “construção conjunta”.
Soa hipocrisia autocongrulatória, assim, dizer que a comissão buscava a “cocriação de soluções, em uma ambiência de governança colaborativa judicial”. É comum o juridiquês pernóstico servir como verniz de justiça, mas tal enormidade merece atenção de Madame Natasha (com a vênia de Elio Gaspari).
Interessados em explorar terras indígenas se apegam à brecha no parágrafo 6º do art. 231 da Constituição: “São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto […] a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União” (grifo meu).
A minuta de Gilmar define que “constituem relevante interesse público da União […] as seguintes atividades: atividades de segurança nacional e proteção sanitária; obras de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, sistema viário, saneamento, energia, telecomunicações, radiodifusão e a exploração de recursos minerais estratégicos; e atividades e obras de defesa civil”.
Nesses casos, diz a proposta, a Presidência da República poderá decidir seguir com a exploração mesmo quando a comunidade indígena for contrária. Às favas com o “direito à consulta livre, prévia, informada de boa-fé”. Bastam a autorização do Congresso e a cobiça de cupinchas em governos municipais e estaduais.
Perpetua-se assim a violência colonial que autoriza detentores do poder maior a atropelar o direito natural de quem os precede na posse e no usufruto do território. É isso que o STF chama de justiça?
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Os enlutados participam do funeral do ex -líder do Hezbollah, Nasrallah, no Líbano | Notícias do Hezbollah
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23 de fevereiro de 2025
Dezenas de milhares de pessoas embaladas em um estádio em Beirute para participar o funeral do ex -líder do Hezbollahquase cinco meses depois que ele foi morto em um ataque aéreo israelense a um subúrbio sul da capital libanesa.
Hassan Nasrallaho líder do grupo por mais de 30 anos e um de seus fundadores foi morto em setembro do ano passado, quando a Força Aérea de Israel caiu mais de 80 bombas na sala de operações do grupo.
Os enlutados vestidos de preto, alguns bandeiras do Hezbollah ou carregando retratos de Nasrallah, reunidos no funeral em massa, atrasados por causa de preocupações de segurança. Muitos homens, mulheres e crianças do Líbano e além caminharam a pé no frio que chegam ao local da cerimônia.
Retratos gigantes de Nasrallah e Hashem Safieddine – o sucessor escolhido de Nasrallah morto em outra operação aérea israelense antes que ele pudesse assumir o cargo – estavam rebocados em paredes e pontes em South Beirute. Os dois foram temporariamente enterrados em locais secretos.
Ali Daamoush, o funcionário do Hezbollah disse a repórteres que cerca de 800 personalidades de 65 países participariam do funeral, além de milhares de indivíduos e ativistas de todo o mundo.
Nasrallah será colocado para descansar mais tarde no domingo em Beirute, enquanto Safieddine será colocado para descansar em sua cidade natal, no sul do Líbano.
O Hezbollah colocou telas gigantes ao longo da estrada do aeroporto e do lado de fora do estádio para pessoas que não tinham espaço dentro para assistir ao funeral. As medidas de segurança apertadas incluem o fechamento das estradas principais na área do funeral e a interrupção dos vôos de e para o aeroporto de Beirute por quatro horas. O exército e a polícia libaneses estão alertas, e o uso de drones em Beirute e seus subúrbios durante o dia foi proibido.
Horas antes do início do funeral, os militares israelenses lançaram uma série de ataques no sul do Líbano.
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Jean-Philippe Tanguy, deputado para a manifestação nacional, é o convidado de “questões políticas”
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23 de fevereiro de 2025
O vice -presidente do Somme e vice -presidente do Rally National Rally Group na Assembléia Nacional é o convidado da França Inter, a França Télévisuções e o “mundo” no domingo, do meio -dia às 13h.
Leia Mais: Le Monde
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