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Bolsonaristas viam ‘construção’ até a anistia do e…

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Marcela Mattos

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro não fizeram barulho e concordaram com o recuo na tramitação do projeto que concede uma anistia aos condenados no 8 de janeiro. Por decisão do presidente Arthur Lira (PP-PI), a proposta deixou de tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde já poderia ser votada, e no fim de outubro foi enviada para uma comissão especial, que tem prazo mais dilatado para análise.

O argumento para a passividade, pouco comum entre o grupo, foi o de que o mais importante era garantir a viabilidade da anistia e que, numa comissão dedicada exclusivamente ao tema, um convencimento poderia ser melhor trabalhado. O colegiado, até hoje, não foi instalado.

Recentemente, o ministro da Defesa, José Múcio, se disse favorável à anistia em casos “leves” do 8 de janeiro. Da mesma maneira, o presidente em exercício do PDT, deputado André Figueiredo, afirmou que uma dosimetria das condenações poderia ser pensada e que “talvez tenham pessoas que não mereçam o limite da pena” imposta aos condenados, que chega aos 17 anos de prisão.

Argumento para livrar Bolsonaro

Assim, a ideia era fazer com que o tema entrasse em debate e ganhasse novos adeptos. Nas palavras de um dos mais próximos aliados de Bolsonaro, o roteiro da anistia passava por uma “construção”  até alcançar o ex-presidente. O primeiro passo seria a absolvição dos vândalos do 8 de janeiro. Na sequência, seria colocada em xeque a atuação de Bolsonaro num cenário em que o alívio àqueles que protagonizaram o quebra-quebra já estava consolidado.

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Isso, na visão de um dos estrategistas da medida, seria um argumento legislativo para embasar um recuo do ministro Alexandre de Moraes, que apura se houve uma tentativa de golpe no país, e permitisse a absolvição de Bolsonaro, que é alvo de inquérito e está inelegível por contestar as urnas. “O Moraes só pode voltar atrás de tiver uma ação congressual. Assim ele não sai como derrotado e diz que está cumprindo a decisão”, resume esse articulador.

O ataque do último dia 13, no entanto, torna esse plano incerto. O chaveiro Francisco Wanderley Luiz explodiu artefatos dentro de um carro próximo ao Congresso, lançou bombas contra o Supremo Tribunal Federal e na sequência se matou na Praça dos Três Poderes. O caso reavivou as discussões sobre uma suposta tentativa de golpe no 8 de janeiro e está sendo investigado pela Polícia Federal como um ato terrorista e um atentado ao Estado democrático de direito.

Na última sexta-feira, 14, Alexandre de Moraes indicou que o plano dos bolsonaristas enfrentará dificuldade para avançar. O ministro afirmou que a tentativa de atentado não foi um fato isolado e integra uma ação de “ataque às instituições e suas autoridades”. “Não existe possibilidade de pacificação com anistia de criminosos”, afirmou.



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Charge do JCaesar: 10 de março

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Governador do Amapá reclama de postura do Ibama: ‘…

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Governador do Amapá reclama de postura do Ibama: ‘...

Marcela Rahal

Prestes a sair uma decisão do Ibama que permita, num primeiro momento, a pesquisa para a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, o governador do Amapá, Clécio Luís, disse à coluna que o parecer apresentado por técnicos, há cerca de dez dias, negando a possibilidade é mais uma medida protelatória.

‘O que o Ibama está nos negando é tão absurdo, que é nos negando o direito a fazer a pesquisa. Essa primeira perfuração é pesquisa. Vão passar lá de 5 a 6 meses extraindo óleo pra saber que tipo de óleo é. Isso é, na verdade, uma medida protelatória, e que a meu ver é algo inconcebível, é como se um órgão tivesse autonomia para protelar. Tudo o que foi pedido foi cumprido’, afirmou.

Cabe ao presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, dar a palavra final sobre a autorização para explorar petróleo em uma região tão complexa do ponto de vista ambiental. O projeto tem gerado muito debate, inclusive, com críticas públicas do presidente Lula, que reclamou recentemente do ‘lenga-lenga’ do Ibama para dar aval a proposta. O petista também vem sendo pressionado por políticos do estado, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

A principal exigência que faltava para a autorização, segundo o governador, era a chamada casa de fauna, uma espécie de hospital para atender aos animais da região, em caso de vazamento de óleo. A Petrobras está construindo esse ponto de apoio em Oiapoque, a 170 quilômetros da área de exploração, previsto para ficar pronto ainda neste mês. Mesmo assim, ainda não há garantia de que seja aprovada, tamanhos os riscos à biodiversidade da área.



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Gleisi e Padilha vão tomar posse em cerimônia com…

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Gleisi e Padilha vão tomar posse em cerimônia com...

Gustavo Maia

Anunciados por Lula na semana retrasada como os novos ministros da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e da Saúde, respectivamente, os petistas Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha tomarão posse em uma cerimônia com a participação do presidente na tarde desta segunda-feira. O evento acontecerá no Palácio do Planalto e está marcado para as 15h.

Gleisi será a nova responsável pela articulação política do governo federal, no lugar de Padilha, que substituirá Nísia Trindade na Saúde. As mudanças fazem parte da longa novela da reforma ministerial do governo Lula, iniciada em janeiro com a troca do também petista Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secom.

Nísia foi demitida pelo presidente no último dia 25, logo após participar e discursar em um evento no Planalto. Na ocasião, o governo informou que Padilha assumiriá o ministério e tomaria posse no dia 6 de março, mas a cerimônia foi adiada. No dia 28, Lula convidou Gleisi para a SRI.

Como a deputada federal paranaense ainda teria que deixar a presidência nacional do PT, a sua posse também foi marcada para dez dias depois do anúncio. Na sexta-feira passada, a Comissão Executiva Nacional do partido elegeu, por aclamação, o senador Humberto Costa, de Pernambuco, como presidente interino da legenda até 6 de julho, quando ocorrerá a eleição do novo comando da sigla.



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