POLÍTICA
Brasil está sem rumo e sem diálogo nas relações co…
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José Casado
À pergunta sobre como pretende reagir a Donald Trump, o presidente francês Emmanuel Macron tem repetido a mesma receita: “Boa relação e diálogo franco, temos canais abertos.”
“A União Europeia é o principal problema dos Estados Unidos?”, divagou Macron no fim de semana em conversa com o jornalista Richard Quest, da CNN. “Eu não acho. Seu primeiro desafio é a China, e é nisso que deveriam focar. Se querem aumentar investimentos em segurança e defesa, não deveriam prejudicar as economias europeias ameaçando a integração entre os dois blocos. Isso só aumentaria custos e criaria inflação nos EUA. É isso que o povo americano quer? Não tenho certeza.”
Lula escolheu um roteiro praticamente oposto ao de Macron. “O presidente Trump fez a campanha (eleitoral) com base em bravatas”, criticou dias atrás. Depois, acenou com a sua receita guerreira: “É simples: se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil. É muito simples, não tem nenhuma dificuldade.”
Não há simplicidade alguma. Muito ao contrário, sobra complexidade para o Brasil de Lula no novo mapa-múndi.
Trump ensaia uma guinada radical dos Estados Unidos a partir do funeral de uma era de capitalismo liberal, que foi liderada por Washington desde a Segunda Guerra.
De um lado, seu projeto depende da construção de uma “Internacional reacionária”, como define Macron.
De outro, está limitado pela natureza das relações com a China. E esse “é um jogo de bola totalmente diferente”, observou na semana passada Ian Bremmer, da consultoria Eurasia. “Ela tem tamanho e influência para revidar contra os Estados Unidos de maneiras que outros países não conseguem. E vai revidar.”
Esta semana começou com Trump decretando sobretaxa (de 25%) nas importações de produtos de aço e de alumínio. O efeito no Brasil é a desorganização da produção e do mercado desses insumos industriais, empregadores e contribuintes urbanos relevantes.
Há meses, as siderúrgicas nacionais alegam concorrência desleal e tentam convencer o governo a aumentar tarifas sobre as importações chinesas. Industriais do aço entendem que taxas maiores sobre o produto da China poderiam vir a ser um trunfo para Brasília nas relações com Washington. É uma perspectiva restrita aos interesses específicos de um segmento empresarial.
Até agora, o Brasil de Lula se mostra sem rumo e sem diálogo nas relações com os EUA. O governo transparece falta de preparação para reagir, por exemplo, ao cenário provável das “tarifas recíprocas” — plano anunciado por Trump na campanha eleitoral, repetido nesta segunda-feira aos jornalistas na Casa Branca e, também, em entrevista à Fox News.
A tarifa média dos EUA sobre suas importações é quase um terço da brasileira. Reciprocidade, no caso, teria efeitos negativos diretos sobre fatia expressiva (quase um quarto) de todas as exportações do Brasil.
Brasília não é relevante em Washington, mas o país mantém com os Estados Unidos a mais decisiva das suas relações externas. Lula resolveu fazer uma aposta pública contra Trump às vésperas da eleição de novembro passado (“É o nazismo e o fascismo voltando a funcionar com outra cara”.)
Na sequência, nem se preocupou em deixar portas abertas à conversa, essência da política, como fizeram os presidentes da França, do Canadá e do México, igualmente críticos do projeto de poder que Trump desenha.
Pela primeira vez desde a redemocratização, o governo brasileiro não tem “canais abertos” em Washington. Por decisão própria, restringe-se à rotina diplomática. Há empresários tentando uma aproximação, ainda incerta.
Trump pode ser “bravateiro”, como acha Lula. Mas a opção pelo monólogo contém riscos. Entre outros, está o de uma eventual escalada na desconfiança entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, já estão em rota de colisão. É jogo com um único vencedor: a China, que não é um tigre de papel.
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Lula afirma que prefeitos vão dizer “Lulinha, fica…
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11 de fevereiro de 2025 Gustavo Maia
O presidente Lula discursou há pouco na abertura do encontro com prefeitos de todo o país, promovido pelo governo federal, em Brasília, e afirmou que os gestores municipais vão pedir que ele concorra ao seu quarto mandato no ano que vem.
Ao fim de quase 20 minutos de fala, o petista brincou que estava caminhando de um lado para o outro do palco para mostrar aos prefeitos que está “bonito” e “forte” e disse que o país “vai ser bem governado daqui pra frente”.
“Estejam certos, não precisa ninguém falar… eu sou muito humilde, mas eu duvido que na história desse país tenha um presidente que já cuidou dos prefeitos como eu cuidei em dois mandatos. Eu vou repetir agora: quando terminar o meu mandato, vocês vão dizer, Lulinha, fica*, porque nós precisamos de um presidente que gosta de nós”, declarou.
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Relatório da CPI das Apostas traz novas revelações…
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11 de fevereiro de 2025Nicholas Shores
Delator da Operação Penalidade Máxima, Bruno Lopez de Moura afirmou ao Ministério Público ter recebido a informação de que o meia Lucas Paquetá, planejando forçar um cartão amarelo em partida pelo West Ham na Premier League em 2023, havia prometido um “presente de aniversário” para seu irmão, Matheus Paquetá.
A descrição consta do relatório final apresentado pelo senador Romário (PL-RJ) na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, que traz novas revelações sobre as acusações de que o meia da seleção brasileira premeditou ações em campo em conluio com apostadores, inclusive de sua família.
O jogo para o qual teria havido a promessa foi West Ham 1 x 1 Aston Villa, em 12 de março de 2023 – dia do aniversário de 28 anos do irmão de Paquetá, que recebeu cartão amarelo aos 25 minutos do segundo tempo.
Um dos três pedidos de indiciamento no relatório é contra Bruno Tolentino, tio de Paquetá. Segundo quebras de sigilo obtidas pela CPI, Tolentino pagou 97.000 reais em cinco transações para Marlon Bruno Nascimento da Silva, o contato que informou a Moura, o delator da Penalidade Máxima, sobre o “presente”.
Na conversa com o delator, Marlon também alegou ter conhecimento de que o ex-atacante do Botafogo Luiz Henrique, à época no Real Betis, receberia cartão amarelo em jogo da Liga espanhola no mesmo dia – o que de fato aconteceu, aos 44 minutos do segundo tempo do empate em 1 a 1 com o Villarreal.
Em depoimento à CPI, Bruno Lopez de Moura, o delator da Penalidade Máxima, afirmou ter usado as informações passadas por Marlon para fazer apostas em ambos os jogos.
O relatório da comissão de inquérito revela ainda o comprovante de uma transferência por Pix de 30.000 reais do tio de Paquetá para Luiz Henrique em 6 de fevereiro de 2023, sobre a qual recai a suspeita de pagamento por manipulações combinadas à época.
Paquetá é investigado pela Federação Inglesa (FA) e deve ser julgado em março. Luiz Henrique foi vendido no início deste ano pelo Botafogo ao Zenit, da Rússia, por mais de 30 milhões de euros.
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Kajuru busca assinaturas para prorrogar CPI das Ap…
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11 de fevereiro de 2025 Nicholas Shores
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O presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), está colhendo assinaturas para pedir a prorrogação do funcionamento da comissão por 45 dias.
O pedido precisa do apoio de 27 dos 81 senadores. Kajuru está a poucas assinaturas de chegar ao número mínimo necessário.
O objetivo é ter mais tempo para conseguir a aprovação do relatório final da CPI apresentado por Romário (PL-RJ). Como mostrou o Radar, o documento pede o indiciamento de Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, meia do West Ham e da seleção brasileira.
A leitura e a votação do documento estavam previstas para esta semana, mas, sem sessão plenária no Senado, não haveria o quórum mínimo de integrantes na comissão de inquérito.
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