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Brasileiros criam pele artificial idêntica à humana; impressa em 3D

O concurso da ANM ( Agência Nacional de Mineração) está com as inscrições abertas até 17 de dezembro. - Foto: Ministério de Minas e Energia

Pesquisadores brasileiros conseguiram criar uma pele artificial idêntica à humana, usando impressora 3D. É um marco histórico para a ciência do país.

O modelo inovador foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), e replica as três camadas da pele: epiderme, derme e hipoderme.



Produzida a partir de bioimpressão 3D, ou seja, tecnologia que utiliza impressora para criar estruturas e tecidos a partir de células, o projeto pode revolucionar a forma de se tratar feridas e queimaduras. O primeiro estudo com o material já está em andamento e pode ajudar pessoas com diabetes, doença que causa dificuldade de cicatrização.

Idêntica à humana

A grande novidade da Human Skin Equivalent With Hypodermis (HSEH), está justamente na hipoderme.

Essa camada, composta por células adiposas, normalmente não está presente em outros modelos de pele artificial. Mas os brasileiros foram além!

A importância da epiderme se dá na hidratação, regulação celular e resposta imunológica. Assim, a pele brasileira criada pelos cientistas é mais próxima da humana quando se trata de funcionalidade.

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Aplicações práticas

Por enquanto, apenas um teste começou, mas o grupo destacou diversas aplicações.

Além de ser usada como enxerto para pacientes com lesões graves, o modelo também pode contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos para dermatites e crônicas.

Outra grande contribuição é possibilitar que empresas de cosméticos dispensem o uso de animais para testes, dando lugar à pele desenvolvida.

O exemplo prático já em andamento está em uma parceria com cientistas holandeses. Juntos, os dois países estão estudando a pele como uma solução para feridas de difícil cicatrização em pessoas com diabetes.

Impressora 3D

O modelo foi criado baseado em colágeno, que serve como uma matriz para interação celular.

Junto com a bioimpressão 3D, a tecnologia permitiu a produção de uma pele que não apenas replica a estrutura física da natural, mas simula processos naturais, como regeneração e proteção do tecido.

A pele artificial brasileira inovou e conseguiu reproduzir a hipoderma, camada neglicenciada em outros modelos. – Foto: CNPEM



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