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Bruno Le Maire diz estar à “total disposição” da futura comissão parlamentar de inquérito à derrapagem orçamental

Bruno Le Maire diz estar à “total disposição” da futura comissão parlamentar de inquérito à derrapagem orçamental

Comunidades de esquerda temem ser arrastadas para o “afogamento geral” das contas públicas

Representantes de regiões, departamentos e municípios de esquerda denunciaram o projecto de orçamento do governo na terça-feira, temendo serem arrastados para o “afogamento geral” contas públicas, enquanto o governo prevê 5 mil milhões de euros em poupanças para as autoridades locais.

Durante uma conferência de imprensa conjunta organizada no Senado de Paris por iniciativa do grupo socialista, representantes dos Territórios Unidos, que reúne sob a sua bandeira as Regiões de França, a Assembleia dos Departamentos de França (ADF) e a Associação dos Autarcas de França (AMF), assumiram a responsabilidade.

“Estamos extremamente preocupados com este projeto que exige um esforço excessivamente elevado das autoridades locais”preocupou a presidente das Regiões de França, Carole Delga, esperando que a evolução durante os debates orçamentais voltasse a um “esforço justo e proporcional”sem “quebrar o crescimento”.

O vice-presidente da Associação de Prefeitos da França (AMF) André Laignel afirmou que “o Estado está a afogar-se e corre o risco de arrastar as comunidades para este afogamento geral”denunciando “um expurgo sem precedentes”.

Estes representantes, do Partido Socialista, consideraram falso o montante de 5 mil milhões de euros em poupanças para as comunidades apresentado pelo governo na sua lei financeira. Laignel estimou o impacto em 9,7 mil milhões de euros, enquanto o Sr.meu Delga sentiu que seria “mais perto de 10 bilhões”tendo em conta, nomeadamente, o corte de 1,5 mil milhões de euros no fundo verde.

Nada menos que 85% dos departamentos terão “poupança líquida negativa” atual 2025 se o orçamento for assim votado, por sua vez calculou Jean-Luc Gleyze, presidente dos Departamentos de Esquerda da ADF, e 29 departamentos estarão segundo ele “no vermelho” a partir do final de 2024.

O presidente dos senadores socialistas, Patrick Kanner, por sua vez castigou “uma lógica de infantilização das autarquias locais, que passam a ser uma variável de ajustamento à negligência orçamental em que o próprio governo colocou o país”.

Ele prometeu “lutar” durante os debates orçamentais no Senado, a câmara territorial que tradicionalmente defende os orçamentos comunitários, mas cuja aliança maioritária entre a direita e o centro juntou-se desde o início do ano lectivo às fileiras da maioria governamental.



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