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Câmara desidrata pacote de gastos de Haddad – 18/12/2024 – Mercado
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Idiana Tomazelli, Victoria Azevedo
A Câmara dos Deputados desidratou o pacote de contenção de gastos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e decidiu, nesta quarta-feira (18), dar aval ao bloqueio de apenas parte das emendas parlamentares para cumprir os limites do arcabouço fiscal.
Uma emenda aglutinativa apresentada de última hora pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), prevê que o bloqueio de até 15% das emendas valerá apenas para as verbas não impositivas.
Na prática, significa que o congelamento de despesas em caso de alta nas outras despesas obrigatórias não poderá incidir sobre emendas individuais e de bancada, cujo pagamento é determinado na Constituição Federal. A trava será aplicada apenas sobre verbas não obrigatórias, como emendas de comissão.
A emenda aglutinativa foi aprovada por 444 votos a 16, com apoio tanto da base governista quanto da oposição.
A possibilidade de bloqueio das emendas era um dos pontos do acordo mediado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para destravar os recursos carimbados pelos congressistas.
A medida foi incluída no PLP (projeto de lei complementar) enviado pelo governo e valeria inclusive para as emendas impositivas, que representam o maior volume de recursos carimbados pelos congressistas.
O texto foi inicialmente mantido pelo relator, deputado Átila Lira (PP-PI), mesmo diante das resistências de parlamentares, mas o dispositivo ainda estava pendente da votação de um destaque, instrumento que altera o conteúdo da proposta após a aprovação do texto-base.
Para manter o bloqueio amplo das emendas no texto, o governo precisaria assegurar 257 votos, algo considerado desafiador. Mais cedo, os parlamentares já haviam dado um recado ao derrubar da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 um dispositivo com a mesma finalidade de autorizar o amplo congelamento das verbas carimbadas pelo Legislativo.
A proposta original previa que, em caso de alta nas despesas obrigatórias ou frustração de receitas, o governo poderia congelar até 15% dos valores orçados para essas verbas, usadas pelos congressistas para irrigar seus redutos eleitorais.
Hoje, quando os gastos obrigatórios (como benefícios previdenciários) sobem além do previsto, o governo precisa cortar de outras ações do poder Executivo para compensar o valor e evitar o estouro do limite de gastos. Ele até consegue bloquear algumas emendas, mas só as não obrigatórias.
As emendas parlamentares impositivas ficam blindadas, enquanto outras políticas —inclusive de saúde e educação— sofrem cortes. Há previsão legal apenas para contingenciamento proporcional dessas emendas quando há frustração de receitas.
O governo considerava razoável permitir o bloqueio das verbas parlamentares. No ano que vem, elas devem totalizar R$ 50,5 bilhões, dos quais R$ 39 bilhões vão para emendas impositivas individuais e de bancada, e outros R$ 11,5 bilhões para as de comissão. A recente lei de regulamentação das emendas garante regras de crescimento contínuo desse valor nos anos seguintes.
O percentual máximo de 15% para o bloqueio já havia sido uma tentativa do governo de reduzir resistências ao dispositivo. Dessa forma, os congressistas teriam previsibilidade de quanto da verba poderia ficar travada.
Outras duas mudanças que estavam pendentes de análise pela Câmara também foram contempladas na emenda aglutinativas. Dessa forma, a Casa conclui a análise do primeiro projeto do pacote de contenção de gastos do governo Lula. O texto segue para o Senado.
A proposta não contempla alguns dos pontos centrais do pacote, como o limite ao ganho real do salário mínimo e as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada), mas prevê outros dispositivos relevantes, como a criação de novos gatilhos de ajuste no arcabouço fiscal.
A desidratação, porém, não se limitou à questão das emendas. O texto permite desvincular recursos de cinco fundos públicos para abater dívidas do governo —a versão original continha uma flexibilização mais ampla, que abarcava oito fundos.
O relator do projeto tirou três deles: Fundo Nacional Antidrogas, Fundo da Marinha Mercante e Fundo Nacional da Aviação Civil. Juntos, eles tinham um saldo de R$ 20,4 bilhões no fim de 2023, o que representa metade dos R$ 39,3 bilhões reunidos nos oito fundos no período.
A finalidade dos recursos (abatimento de dívida) também ficou expressa no texto após a medida original gerar ruído pelo temor de uso do dinheiro para ampliar despesas além dos limites.
O Congresso corre contra o tempo na tentativa de concluir a apreciação dessas medidas ainda esta semana. A Câmara deve apreciar ainda nesta quarta o projeto de lei ordinária que contempla o limite ao ganho real do salário mínimo, as mudanças no BPC e a alteração na regra de cálculo dos repasses ao FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal), entre outras medidas.
O pacote do ministro Fernando Haddad (Fazenda) ainda inclui uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que mexe no critério de concessão do abono salarial (espécie de 14º salário pago a parte dos trabalhadores com carteira assinada) e busca extinguir de vez com os supersalários na administração pública. A previsão é votá-la também nesta quarta.
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‘Não somos ameaça ao mundo’, afirma líder sírio à BBC – 19/12/2024 – Mundo
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19 de dezembro de 2024 Jeremy Bowen
O líder sírio Ahmed al-Sharaa afirma que a Síria está exausta pela guerra e não é uma ameaça para os vizinhos ou para o Ocidente.
Em uma entrevista à BBC em Damasco, ele pediu que as sanções à Síria sejam suspensas.
“Agora, depois de tudo o que aconteceu, as sanções devem ser suspensas porque elas foram direcionadas ao antigo regime. A vítima e o opressor não devem ser tratados da mesma forma”, disse Sharaa.
Sharaa liderou a ofensiva-relâmpago que derrubou o regime de Bashar al-Assad há menos de duas semanas.
Ele é o líder da da HTS (Organização para a Libertação do Levante, na sigla em árabe), o grupo dominante na aliança rebelde, e antes se identificava como Abu Mohammed al-Jolani
O líder sírio também defendeu que o HTS deixe de ser caracterizado como uma organização terrorista.
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O grupo é designado desse modo pelas Nações Unidas, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Reino Unido, entre muitos outros, pois começou como uma dissidência da Al Qaeda, do qual se separou em 2016.
Sharaa argumenta que o HTS nunca foi um grupo terrorista. Segundo ele, a organização não tinha como alvo civis ou áreas civis. Na verdade, eles se consideravam vítimas dos crimes do regime de Assad.
O líder também negou que deseja transformar a Síria em uma nova versão do Afeganistão.
Sharaa afirma que os dois países são muito diferentes, com tradições distintas. Ele diz que o Afeganistão é uma sociedade tribal, enquanto na Síria há uma “mentalidade diferente”.
Sharaa também diz acreditar na educação para mulheres. “Temos universidades em Idlib há mais de oito anos”, destacou Sharaa, referindo-se à província noroeste da Síria, que já estava sob controle dos rebeldes.
“Acho que a porcentagem de mulheres nas universidades é de mais de 60%”, estima ele.
Quando perguntado se o consumo de álcool seria permitido, Sharaa afirmou: “Há muitas coisas sobre as quais eu simplesmente não tenho o direito de falar porque são questões legais.”
Ele acrescentou que haveria um “comitê sírio de especialistas legais para escrever uma constituição”.
“Eles decidirão. E qualquer governante ou presidente terá que seguir a lei”, diz ele.
Sharaa pareceu estar relaxado durante toda a entrevista. Ele vestia roupas civis e tentou contemporizar e acalmar todos que acreditam que seu grupo ainda não rompeu com o passado extremista. Muitos sírios não acreditam nele.
As ações dos novos governantes da Síria nos próximos meses indicarão o tipo de país que eles vislumbram —e a maneira como desejam governar o país.
Esta reportagem foi originalmente publicada aqui.
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PM que arremessou rapaz de ponte responderá por tentativa de homicídio
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19 de dezembro de 2024 Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
A Corregedoria da Polícia Militar indiciou por tentativa de homicídio o policial que arremessou um homem de uma ponte na zona sul da capital paulista, em 1º de dezembro, durante abordagem policial. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o Inquérito Policial Militar (IMP) foi relatado ao Tribunal de Justiça Militar.
Outros seis policiais envolvidos na ocorrência vão responder por lesão corporal, peculato culposo e prevaricação. Eles permanecem afastados de suas funções, segundo a secretaria. O soldado que jogou o rapaz da ponte está preso no Presídio Militar Romão Gomes desde o dia 5.
“Durante as investigações, a Corregedoria da PM colheu o depoimento dos militares e individualizou a conduta de cada um. Em 4 de dezembro, a Corregedoria da PM representou pela prisão de um dos policiais que aparecia nas imagens arremessando o homem”, disse, em nota, a SSP. O pedido de prisão foi aceito pela Justiça Militar no dia seguinte.
O caso também é investigado em inquérito pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 2ª Seccional. Os policiais respondem ainda na esfera administrativa, que apura a conduta dos envolvidos.
Histórico
A ação do soldado Luan Felipe Alves Pereira, no bairro Cidade Adhemar, foi flagrada em vídeo no qual se observa o policial segurando o homem pela camiseta, se aproximando da beirada e jogando o rapaz no rio.
Os policiais, na ocasião, disseram ter dado ordem para que duas pessoas, em uma motocicleta, parassem para averiguação. Como a dupla se recusou a parar, iniciou-se uma perseguição. Um rapaz foi detido e o outro, já dominado pelos policiais, foi jogado de cima da ponte por um policial. Segundo testemunhas, ele sobreviveu com ferimentos.
Todos os policiais envolvidos pertencem ao 24º Batalhão da PM, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Eles usavam câmeras corporais, cujas imagens serão utilizadas nas averiguações sobre a ação.
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Duas vacinas contra o câncer: Rússia anuncia lançamento para o ano que vem
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19 de dezembro de 2024Notícia muito boa! Em vez de uma, duas vacinas contra o câncer e já para 2025. O anúncio foi feito pelo governo da Rússia, dizendo que os imunizantes estariam prestes a ser disponibilizados para o público, de forma gratuita.
O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde russo informou que trabalha com duas linhas de vacinas oncológicas. Uma opção é uma vacina personalizada que utiliza tecnologia mRNA, a mesma utilizada em doses contra a Covid-19.
O outro é o imunizante Enteromix, formulado com base numa combinação de quatro vírus não patogênicos que têm a habilidade de destruir células malignas e, simultaneamente, ativar a imunidade de pacientes contra um tumor.
A vacina com mRNA
A primeira vacina será produzida de acordo com cada paciente.
“Com base na análise genética do tumor de cada paciente, uma vacina única é criada para ‘ensinar’ o sistema imunológico a reconhecer células cancerígenas”, informou o centro de pesquisa russo.
De acordo com a agência russa de notícias, a vacina foi desenvolvida em colaboração com instituições de pesquisa.
- Vacina contra HPV reduz mortes por câncer de colo de útero em 62%, pesquisa
- Câncer de próstata: vacina brasileira começa a ser testada nos EUA
- Cientistas criam vacina que fortalece organismo para atacar células cancerígenas
Os testes
Ensaio pré-clínicos demonstram que a dose suprime o desenvolvimento de tumores e de potenciais metástases, informou a Agência Brasil
O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde russo informou que trabalha com duas linhas de vacinas oncológicas.
Uma vez introduzidos, os antígenos estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos, permitindo mirar e destruir células cancerígenas de forma eficaz, segundo o Olhar Digital.
O governo a Rússia avisou que, já em 2025, a primeira vacina contra o câncer estará disponível e de forma gratuita. Foto: Freepik
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