POLÍTICA
Câmara deve analisar novas regras (e brechas) para…
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1 mês atrásem
Nicholas Shores
A Câmara deve começar a discutir nesta terça o projeto de lei complementar que estabelece novas regras – e algumas brechas – para as emendas de deputados e senadores ao Orçamento, elaborado para atender a uma série de exigências do ministro Flávio Dino, do STF, por mais transparência e rastreabilidade sobre os repasses.
Ao contrário do que imaginavam os líderes da Casa, o plenário não aprovou o regime de urgência para o projeto na sessão de segunda-feira, o que pode dificultar sua votação ainda nesta terça.
O autor do texto, Rubens Pereira Júnior (PT-MA), trabalhou em conjunto com as presidências da Câmara e do Senado, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Casa Civil. Como mostrou o Radar, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) foi designado relator do projeto em um gesto de reaproximação com Arthur Lira (PP-AL)
Uma das principais inovações é a fixação de um valor para as emendas de comissão em 2025, de 11,5 bilhões de reais, que passaria a ser corrigido anualmente pela variação acumulada do IPCA nos 12 meses encerrados em junho. Além disso, o PLP 175/2024 determina que 50% do montante deverá ser destinado à área de saúde.
Em tese, a Comissão de Saúde da Câmara e a Comissão de Assuntos Sociais do Senado são os únicos dois colegiados com competência para analisar e votar propostas sobre o tema.
O texto deixa espaço para parlamentares de outras comissões – como as de Segurança Pública de ambas as Casas, ou a de Transportes da Câmara, por exemplo – indicarem bilhões em verbas para a saúde. Ao contrário das emendas individuais e de bancada, as emendas de comissão não são impositivas – ou seja, o governo federal não tem obrigação de executá-las.
Ainda segundo o PLP, as emendas de bancada estadual só poderão ser repassadas para “ações estruturantes” na mesma unidade da federação dos deputados e senadores, “sendo vedada a individualização de ações e projetos para atender a demandas ou a indicações de cada membro”.
Mas há uma exceção: admite-se a transferência para outra unidade da federação desde que para “projetos de amplitude nacional ou nos quais a matriz da empresa tenha sede em estado diverso do que será realizada a execução das obras ou serviços”.
Em outra medida para dificultar a “rachadinha” de emendas coletivas, o texto de Rubens Pereira Júnior limita o número de emendas que cada bancada estadual poderá indicar:
- oito emendas para estados com até 5 milhões de habitantes;
- seis emendas para estados com entre 5 milhões e 10 milhões de habitantes;
- e quatro emendas para estados com mais de 10 milhões de habitantes.
Já em relação às emendas Pix – modalidade das emendas individuais formalmente chamada de “transferência especial” – , o texto determina que o autor da emenda informe “o objeto e o valor da transferência quando da indicação do ente beneficiado, com destinação preferencial para obras inacabadas”.
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POLÍTICA
TRE-SP tem maioria para cassar Zambelli e torná-la…
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4 horas atrásem
13 de dezembro de 2024 Da Redação
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) formou maioria nesta sexta-feira, 13, para cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL) e torná-la inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Para o relator do caso, aberto a pedido da também deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), José Antonio Encinas Manfré, Zambelli divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022. “Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor e em prejuízo da isonomia da disputa eleitoral”, afirmou o desembargador.
Acompanharam o relator o desembargador Silmar Fernandes (presidente do TRE-SP), e os juízes Cotrim Guimarães e Claudio Langroiva. O julgamento foi suspenso após pedido de vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti. Também faltam os votos de Régis de Castilho e Rogério Cury.
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POLÍTICA
Governo anuncia liberação de R$ 7,6 bi em emendas…
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7 horas atrásem
13 de dezembro de 2024Da Redação
O governo Lula atualizou nesta sexta-feira, 13, o valor em emendas parlamentares que deve ser liberado nos próximos dias. Segundo a Secretaria de Relações Institucionais, ministério responsável pela articulação política do governo, serão liberados 7,6 bilhões de reais. O montante já foi processado e deve chegar ao caixa das prefeituras até a próxima segunda-feira.
Do total, 3,44 bilhões de reais foram destinados a pagar emendas individuais, que incluem 3,19 bilhões de reais para as chamadas “emendas pix”. Do restante, 3,848 bilhões de reais são para emendas para a área da saúde e 373,4 milhões de reais, para emendas de bancada.
O governo acelerou o pagamento de emendas para destravar a pauta econômica no Congresso, em especial o pacote de ajuste fiscal, antes do recesso parlamentar. Deputados e senadores têm apenas mais uma semana de trabalho antes das férias e o governo espera que sejam votados o pacote fiscal, o Orçamento de 2025 e o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (que precisa ser analisado novamente pela Câmara por ter sofrido modificações no Senado).
O pacote fiscal, que pode trazer mudanças ao Orçamento — principalmente por propor mudanças ao reajuste do salário mínimo — foi deixado de lado durante esta semana pela Câmara — a Casa se concentrou em aprovar projetos na área de segurança, como o que prevê a castração química de pedófilos condenados.
As emendas parlamentares estavam suspensas desde agosto por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Na semana passada, ele autorizou a retomada do pagamento, mas desde que observadas novas regras de transparência. A decisão irritou parlamentares, em especial na Câmara, que travaram votações de projetos na área econômica. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criticou o que viu como interferência do Supremo e chegou a dizer que o governo teria dificuldades para aprovar o pacote de corte de gastos.
O governo tentou, por meio da Advocacia-Geral da União, flexibilizar algumas das medidas impostas por Dino, mas o ministro rejeitou o pedido. Diante do impasse, na terça-feira, 10, o governo publicou uma portaria com alterações na interpretação da decisão de Dino para poder liberar o pagamento das emendas.
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POLÍTICA
É uma virada de chave, diz Renan Filho sobre mais…
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9 horas atrásem
13 de dezembro de 2024Marcela Rahal
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), diz que o atual governo tem mais investimentos privados em rodovias e ferrovias do que públicos. O ex-governador de Alagoas pretende realizar até o fim do mandato do presidente Lula 35 leilões de rodovias. O número, segundo ele, tornaria o Brasil no “maior pipeline de projetos de concessão rodoviária do planeta. Isso é muito significativo”, ressalta.
Para o ministro, “essa é uma virada de chave” e a intenção é atrair cada vez mais o investimento privado para melhorar a infraestrutura. Como exemplo, o ministro citou o número de leilões feitos na atual gestão que já chegam a 10, comparado aos entregues pelo ex-ministro Tarcísio de Freitas, quando esteve à frente da pasta, que chegaram a 6.
Renan Filho é um dos cotados para ser vice de Lula em 2026, caso ele se candidate a reeleição. Mas, sobre isso, o alagoano desconversa e diz que o partido “tem bons nomes”. O ministro, que é da ala do MDB que defende o apoio ao petista, acha que em 2030 o partido precisa “renovar lideranças e lançar um candidato próprio para oferecer um projeto ao país.
Veja a entrevista na íntegra.
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