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Catadores criam molduras para exposição fotográfica sobre o aterro

Para expor fotografias do projeto “Dias no Aterro”, catadores de materiais recicláveis participaram de uma oficina com o artista visual Claudiney Alves, em que aprenderam como reutilizar de forma artística materiais encontrados no aterro. Os trabalhadores construíram todas as molduras e peças que vão compor a instalação.

A oficina teve início no dia 14 de agosto e foi desenvolvida em três etapas, a primeira consistiu na coleta e limpeza do material, na segunda teve o início do manuseio e construção das molduras e na terceira as peças foram finalizadas. Até o dia 28, foram construídos 13 suportes de fotografia e 4 esculturas. 



Mas, até o dia da exposição novas peças devem surgir. Pois, de acordo com Claudiney, a ideia é que nada do que foi coletado retorne ao aterro ou seja descartado,  pelo contrário, o intuito é que tudo seja utilizado de forma sustentável.

O catador Raimundo Martins conta que o aterro é como um garimpo, de onde ele tira o sustento da família. “A oficina foi um aprendizado muito grande, mostrou o tanto que podemos reciclar as coisas. Depois da oficina, a gente pode pensar na possibilidade de criar obras, para que a sociedade possa ver e entender a verdadeira relação entre o homem e a natureza”, declarou Martins.

Para o fotógrafo Dhárcules Pinheiro, autor do trabalho, o objetivo da oficina foi integrar os catadores dentro do projeto. “É uma forma de dar um retorno aos protagonistas do projeto, pois a recompensa maior quem recebe somos nós, a partir do trabalho deles de reciclarem materiais descartados pela sociedade, todos os dias. O que traz enormes benefícios para a população e o meio ambiente”, explica Pinheiro.

Dias no Aterro

A instalação é fruto da vivência do fotógrafo Dhárcules Pinheiro no Aterro de Inertes, situado na Transacreana, em Rio Branco. Dhárcules documentou, durante um ano, o cotidiano dos trabalhadores do aterro, resultando em um amplo acervo de fotografias e vídeos que refletem sobre o conceito de lixo, meio ambiente e economia.

A abertura da exposição ocorre no dia 5 de setembro, Dia da Amazônia, às 19h, na Galeria de Arte do Sesc Centro. No lançamento será exibido o documentário homônimo que narra a história de vida de três catadores. 

O projeto tem a curadoria de Talita Oliveira, é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura, da Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB), e do Sesc, através do Calenarte. Conta também com apoio do Sucatão Rio Branco e Casa Massemba.

Serviço:

Abertura: 05 de setembro, às 19h, na Galeria de Arte do Sesc Centro.

Visitação: 06 a 30 de setembro, das 8h às 12h e 14h às 18h, entrada gratuita

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