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Censo 2022 mapeou 8,5 mil localidades indígenas em todo o país
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Léo Rodrigues -Repórter da Agência Brasil
O Censo Demográfico 2022 mapeou um total de 8.568 localidades indígenas, distribuídas por todas as unidades federativas do país. Novos dados do levantamento censitário foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São consideradas localidades indígenas todos os lugares com aglomerados permanentes de 15 ou mais moradores indígenas, seja em áreas urbanas ou rurais. Elas incluem aldeias, comunidades, sítios, acampamentos, instituições de acolhimento e outras formas de organização socioespacial dessas populações.
O Amazonas é o estado com o maior número de localidades indígenas. São 2.571, 30% do total. Em seguida vêm Mato Grosso com 924 (10,78%), o Pará com 869 (10,14%) e o Maranhão com 750 (8,75%).
Das 8.568 localidades indígenas mapeadas no Censo 2022, 6.130 (71,55%) estão localizadas em terras indígenas declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas. Outras 2.437 (28,44%) encontram-se fora dessas áreas.
O IBGE também divulgou os quantitativos de localidades indígenas que não integram as terras indígenas. O Amazonas novamente lidera a lista, com 1.077 localidades. Na sequência aparecem Pernambuco (237), Pará, (187), Ceará (159) e Bahia (138).
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Lula volta direto para o Alvorada, após semana em SP de internação médica – 19/12/2024 – Poder
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19 de dezembro de 2024 Marianna Holanda
O presidente Lula (PT) chegou a Brasília, na quinta-feira (19), e foi direto de helicóptero para o Palácio da Alvorada, de onde despachará nesta tarde.
O chefe do Executivo realizou pela manhã exames no hospital Sírio Libanês, e os médicos autorizaram seu retorno à capital. Lula está impedido apenas de viajar e fazer exercícios físicos.
Lula estava em São Paulo há mais de uma semana, quando teve uma hemorragia na cabeça, decorrente de queda no banheiro em outubro.
O presidente não tem agenda oficial neste tarde. A volta de Lula à capital ocorre justamente no momento delicado que o governo passa neste fim de ano.
O dólar apresenta forte queda nesta quinta-feira (19) após dois leilões realizados pelo BC (Banco Central). A autoridade monetária vendeu mais US$ 8 bilhões para o mercado na modalidade à vista, ou seja, sem compromisso de recompra.
O mercado, em paralelo, segue atento à tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional e, no exterior, repercute o corte de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) da véspera.
Antes das operações, nos últimos dias, a moeda americana bateu sucessivos recordes, chegando a US$ 6,30.
Os leilões são intervenções do BC no câmbio. Na prática, eles servem para aumentar a quantidade de dólares disponíveis para os investidores, seguindo a lei da oferta e demanda. Ou seja, quanto mais moeda puder ser comprada, menor vai ser a cotação dela.
O movimento acontece em meio à tramitação do pacote de corte de gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda) no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados aprovou a primeira fatia do projeto na terça, mas, na quarta, desidratou algumas medidas.
A Casa decidiu dar aval ao bloqueio de apenas parte das emendas parlamentares para cumprir os limites do arcabouço fiscal. A emenda, apresentada de última hora pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), prevê que o bloqueio de até 15% das emendas valerá apenas para as verbas não impositivas.
As outras duas partes do pacote tiveram a votação adiada para esta quinta. O ajuste fiscal proposto por Haddad ainda inclui uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que mexe no critério de concessão do abono salarial (espécie de 14º salário pago a parte dos trabalhadores com carteira assinada) e busca extinguir de vez com os supersalários na administração pública.
O plenário da Câmara chegou a iniciar a votação da PEC na quarta, mas precisou suspender os trabalhos diante de derrota para o governo. No fim da noite, um requerimento prévio à apreciação do mérito da proposta teve apoio de apenas 294 deputados no plenário, o suficiente para aprová-lo, mas um número abaixo dos 308 requeridos para uma mudança constitucional.
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Relator muda regras na PEC do corte de gastos para supersalários
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19 de dezembro de 2024 Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
O relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos, Moses Rodrigues (União-CE), fez uma série de alterações na proposta original do governo. No texto apresentado nesta quarta-feira (18), o relator da PEC 31/2007 apensada à PEC 45/24, que trata do corte de gastos, fixou um mecanismo para definir quais as verbas indenizatórias não serão computadas dentro do teto salarial do funcionalismo.
Atualmente, o teto salarial da União é de R$ 44 mil, hoje o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, as verbas de caráter indenizatório costumam ficar de fora desse teto, permitindo remunerações acima do valor limitado pela Constituição.
A PEC enviada pelo Executivo previa que somente seriam autorizadas as verbas indenizatórias previstas em lei complementar de caráter nacional. O objetivo era tentar padronizar os recursos que ficariam por fora do teto. O relator transferiu a norma responsável por regular os supersalários para uma lei ordinária, de mais fácil aprovação que a lei complementar.
O relator também incluiu um artigo na PEC prevendo que as verbas indenizatórias não serão computadas até que a lei ordinária sobre o tema seja aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República.
A medida foi criticada por parlamentares que entenderam que as mudanças enfraquecem a possibilidade de limitar os supersalários do funcionalismo público. Desde que a medida foi anunciada, uma série de associações de carreira do poder público se mobilizaram contra as mudanças.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a pressão dos lobbies das carreiras que se beneficiam dos supersalários fez efeito, porque agora a PEC prevê que as regras sejam fixadas por lei ordinária e não em lei complementar.
“Embora já exista o teto constitucional do funcionalismo público, o que muitos setores não respeitam, há os abonos, os penduricalhos, especialmente no Judiciário, nas Forças Armadas e, em menor aspecto, também nos executivos e legislativos”, comentou.
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) avalia que a PEC, da forma como ficou, não muda os supersalários e que as resoluções dos conselhos nacionais do Judiciário (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) poderão driblar as regras previstas em lei ordinária.
“Com a aprovação da proposta de emenda com o texto atual, todas as resoluções do CNJ e do CNMP que garantem salários ilegais, inconstitucionais, com impacto de mais de R$ 12 bilhões ao ano no bolso do trabalhador mais pobre, vão ser mantidas”, alertou.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), lembrou que a oposição, quando estava na reunião de líderes, não se opôs à mudança na PEC em relação aos supersalários.
“Por que vossas excelências não se manifestaram na reunião de líderes? Lembra-se da história da lei complementar? Não fomos nós. Ora, mas vejam só, vocês disseram que era melhor um acordo para não radicalizar com a magistratura”, revelou Guimarães.
O relator da PEC, deputado Moses Rodrigues, esclareceu que o texto apresentado foi o possível de se construir com o conjunto dos partidos, e que a proposta não é do governo, nem da esquerda, nem da direita.
“Esse texto foi trabalhado após ouvirmos todos os parlamentares que nos procuraram, assim como a sociedade civil e as entidades, até que pudéssemos, por consenso, depois de muito debate e muita discussão, chegar a um texto que possa, sim, ajudar no ajuste fiscal”, explicou.
PEC do corte de gastos
A PEC de corte de gastos deve ser votada ainda nesta quinta-feira (19) na Câmara dos Deputados, para seguir para o Senado. A proposta faz parte do pacote de corte de gastos anunciado pelo governo para limitar o crescimento de despesas, adequando os gastos ao novo arcabouço fiscal, que impõe um teto de gastos ao setor público.
A PEC analisada ainda reduz, gradualmente, o total de trabalhadores com direito ao abono salarial. Atualmente, têm direito ao benefício quem recebe até dois salários mínimos. Com a PEC, os beneficiários serão reduzidos gradualmente até atingir apenas os trabalhadores que ganham até um salário mínimo e meio.
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Saudação matinal bilíngue do maquinista de trem causa polêmica na Bélgica | Bélgica
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19 de dezembro de 2024 Agence France-Presse in Brussels
A saudação bilíngue de um inspetor de passagens a um passageiro de trem flamengo criou uma guerra política de palavras – e uma reclamação oficial – em idiomas divididos Bélgica.
O órgão de vigilância linguística do país está investigando depois que um viajante de língua holandesa protestou contra o uso de “bom dia” – francês para “bom dia” – para recebê-lo a bordo durante um trem na hora do rush de Mechelen, na Flandres, para a capital, Bruxelas, em outubro.
Escrevendo no Facebook, Ilyass Alba, o condutor de língua francesa, disse que no dia em questão cumprimentou os passageiros que entravam na sua carruagem com um retumbante “Bom diabom dia”.
O uso das saudações em holandês e em francês não foi suficiente para um passageiro de língua holandesa, que o repreendeu, dizendo: “Ainda não estamos em Bruxelas, você tem que usar apenas o holandês!”
O passageiro estava tecnicamente certo, uma vez que, de acordo com as complexas regras linguísticas da Bélgica, os condutores deveriam, em teoria, usar ambas as línguas apenas em Bruxelas e em algumas outras regiões bilingues.
“O processo está em análise”, afirmou a Comissão Permanente de Controlo Linguístico, acrescentando que iria solicitar ao operador ferroviário nacional, SNCB, mais informações sobre a aplicação das políticas linguísticas.
O caso causou agitação na Bélgica, onde a política segue em grande parte uma divisão linguística colocando os falantes de holandês do norte contra os sulistas de língua francesa.
Georges Gilkinet, ministro dos transportes e ambientalista francófono, veio em defesa de Alba, dizendo que num país pequeno como a Bélgica, as fronteiras regionais são atravessadas constantemente.
Os condutores da SNCB devem priorizar dar “uma recepção de qualidade” e garantir que todos os passageiros estejam “adequada e totalmente informados”, disse Gilkinet após ser questionado no parlamento sobre o assunto. “Usar vários idiomas para dizer olá não me choca”, acrescentou.
Alguns políticos de língua holandesa discordaram.
“Não podemos simplesmente deitar fora a nossa legislação linguística desta forma”, disse Sammy Mahdi, chefe do CD&V, um partido de democratas cristãos flamengos.
A SNCB, por seu lado, apelou a “mais flexibilidade” na aplicação das regras linguísticas. “Dizer olá em vários idiomas é muito bom, só podemos agradecer aos nossos condutores por isso”, disse um porta-voz à AFP.
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