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Chef do Ping Yang é acusado de estelionato – 13/12/2024 – Mônica Bergamo
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Sempre cheio e eleito por dois anos consecutivos como melhor restaurante asiático de São Paulo pelo júri especializado da Folha, o badalado Ping Yang enfrenta uma crise interna que deverá parar na Justiça.
As empresas Blue Moon e Alhambra, que afirmam terem investido em torno de R$ 700 mil no negócio, acusam o chef Maurício Santi de estelionato. Representantes dos dois grupos empresariais dizem que vão entrar com medidas judiciais. Também afirmam que registrarão uma notícia-crime na polícia.
Segundo Eduardo Takemi, da Blue Moon, o chef teria surpreendido os investidores na semana passada com a notícia de que não queria mais fazer uma sociedade com as duas empresas, quebrando o acordo que teriam feito anteriormente.
“Foi uma conversa absolutamente surreal. Ele se virou pra gente e disse: ‘Gosto muito de vocês, são amigos muito queridos, mas estou vendo que nós não vamos ser bons sócios um pro outro. Estou desistindo da sociedade, e vou ver como vou pagar vocês”, narra Takemi.
À coluna, o chef nega as acusações e afirma que a Blue Moon e a Alhambra “descumpriram termos estipulados, gerando um impasse”. “As acusações de estelionato promovidas pela Blue Moon e pela Alhambra são infundadas e serão devidamente contestadas”, afirma Santi, em nota.
Aberto no início de 2023, o asiático logo se tornou um sucesso de público e crítica. A fila para conseguir uma mesa no restaurante costuma ultrapassar uma hora de espera para quem não consegue reservar com antecedência.
A Blue Moon e Alhambra vinham colocando recursos no Ping Yang há cerca de um ano, diz Eduardo Takemi. Ele afirma que as duas empresas participaram de todo o processo para a saída do grupo Saliva, então investidor na casa. O passo seguinte, afirma Takemi, seria oficializar a entrada dos novos sócios.
“A gente deu o dinheiro necessário para o Maurício fazer essa primeira pernada [pagamento ao grupo Saliva de parte do valor investido]. E no momento de executar a segunda pernada [a parceria com as empresa], ele passou a perna na gente”, afirma Takemi.
O empresário diz ainda que a notícia foi dada por Santi às vésperas da assinatura dos documentos que oficializaria a parceria entre eles. No início desta semana, os investidores fizeram uma reunião com o advogado do chef. De acordo com Takemi, o profissional apresentou uma planilha com o que o Santi “entende que deve para eles”. “Mas não deu nenhum tipo de prazo, [garantia de] pagamento, nada.”
Segundo Takemi, os problemas começaram quando eles questionaram o chef sobre de que forma seria aplicado um investimento de R$ 300 mil. “A gente queria entender do que se tratava. Foi o suficiente para isso acontecer.”
Além do Ping Yang, a parceria previa a abertura de um novo restaurante em frente ao endereço atual, localizado na região dos Jardins.
Leia a íntegra da nota do chef Mauricio Santi:
“O restaurante Ping Yang esclarece que as informações divulgadas sobre a dissolução do pré-acordo societário com os grupos Blue Moon Investimentos e Participações SLU Ltda. (“Blue Moon”) e Alhambra Comunicação e Participações Ltda. (“Alhambra”) não refletem a realidade dos fatos.
Antes mesmo de firmado formalmente o acordo, que previa um investimento inicial e condições para a formação de uma sociedade, as empresas Blue Moon e Alhambra passaram a descumprir os termos estipulados, gerando um impasse.
As acusações de estelionato promovidas pela Blue Moon e pela Alhambra são infundadas e serão devidamente contestadas.
O Ping Yang reitera o seu compromisso com a verdade e com a resolução da controvérsia de natureza societária, que está sendo tratada dentro das vias legais, com o acompanhamento de advogados das partes.”
RESISTIR E CELEBRAR
O cineasta Francisco Cesar Filho e o produtor Leandro Pardí, diretores do 4º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos, receberam convidados no coquetel de abertura do evento, na terça-feira (10). A atriz Samira Carvalho, o empresário e dono do cinema Reserva Cultural, Jean-Thomas Bernardini, a cineasta Tata Amaral e a historiadora Gabrielle Abreu, gestora de memórias do Instituto Marielle Franco, marcaram presença na festa, realizada no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.
com KARINA MATIAS, LAURA INTRIERI e MANOELLA SMITH
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Agitação na Geórgia enquanto leais à extrema direita se preparam para a presidência – DW – 14/12/2024
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14 de dezembro de 2024Espera-se que dezenas de milhares de manifestantes pró-UE saiam às ruas em Geórgia no sábado, quando um colégio eleitoral de 300 assentos dominado pelo partido no poder se prepara para escolher um novo presidente conhecido por suas veementes opiniões anti-Ocidente e oposição aos direitos LGBTQ.
A antiga estrela do futebol Mikheil Kavelashvili, 53 anos, é o único candidato nas eleições, que a oposição disse que irá boicotar e não reconhecer, insistindo que o actual Presidente Salome Zourabichvili continue a ser o legítimo chefe de Estado.
Antes de 2017, o chefe de Estado georgiano — uma posição em grande parte cerimonial — era eleito diretamente.
Mas o Georgian Dream, que é visto como inclinado a Moscovo e anti-Ocidente, alterou a Constituição nesse ano para colocar o voto nas mãos de um colégio eleitoral composto por membros do parlamento e representantes regionais.
A crise constitucional se aproxima
A própria Zurabishvili recusou-se a renunciar e apelou à realização de novas eleições parlamentares depois de ela e a oposição terem rejeitado como fraudulentos os resultados de uma Votação de outubro que viu o governante Georgian Dream confirmado no poder.
Resta saber como o governo reagirá se Zurabishvili, um vigoroso defensor pró-Europa, ainda se recusar a deixar o cargo quando o seu sucessor tomar posse, como planeado, em 29 de Dezembro.
A Geórgia viu protestos de rua contra o partido no poder desde o final de Outubro, com a indignação pública a ficar ainda mais forte quando o primeiro-ministro Irakli Kobakhidze adiou as negociações de adesão à UE até ao final de 2028.
Grupos de oposição acusam o Georgian Dream de fraudar a votação parlamentar, minar a democracia e aproximar a nação do Mar Negro da Rússia, indo contra a aspiração constitucionalmente consagrada do país de aderir à União Europeia.
O partido introduziu recentemente leis semelhantes às aprovadas pelo Kremlin para reprimir a liberdade de expressão e os direitos LGBTQ+.
Relatos de violência e tortura
A polícia foi acusada de repressão brutal aos protestosonde mais de 400 manifestantes foram presos, segundo a ONG Centro de Justiça Social.
A Amnistia Internacional disse na sexta-feira que os manifestantes foram sujeitos a “táticas brutais de dispersão, detenção arbitrária e tortura”.
A polícia também invadiu os escritórios dos partidos da oposição e prendeu alguns dos seus líderes.
Condenação internacional
As críticas internacionais à repressão por parte das autoridades georgianas aumentaram, com líderes ocidentais como o presidente francês Emmanuel Macron a apoiar veementemente o movimento pró-UE no país.
Macron disse aos georgianos que o seu “sonho europeu não deve ser extinto”.
“Estamos ao seu lado no apoio às suas aspirações europeias e democráticas”, disse ele num discurso em vídeo.
A Europa está a perder a Geórgia para Putin?
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No início desta semana, Macron ligou para a fundadora do Georgian Dream, Bidzina Ivanishvili, uma bilionária reservada que é amplamente considerada a principal detentora do poder no país.
Ivanishvili, que fez fortuna na Rússia, é conhecido pela sua retórica antiocidental.
O governo dos EUA também impôs novas sanções contra funcionários georgianos que acusa de “minarem a democracia.”
tj/zc (AFP, AP, dpa)
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Áudio: suposta candidata cobra Pix de compra de voto – 14/12/2024 – Poder
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14 de dezembro de 2024 Ranier Bragon
Uma candidata a vereadora do interior da Bahia, a quem são atribuídas mensagens que circulam na região, teria registrado em áudios de WhatsApp não só a compra de votos nas eleições de 2024 como a cobrança de devolução do dinheiro via Pix daqueles que, nas urnas, não cumpriram o combinado.
A história circula em Oliveira dos Brejinhos, cidade de pouco mais de 20 mil habitantes, distante 600 km de Salvador.
“Gente, usa de bom senso, dói na consciência de vocês. Vocês pegaram o meu dinheiro e não votou [sic] em mim. Devolva o meu dinheiro, por favor, vou passar meu Pix aqui. Quem tiver Deus no coração que devolva meu dinheiro”, diz a mulher no áudio, supostamente enviado a um grupo do aplicativo.
“Olha, o que eu tenho ajudado gente. Era óculos, era dentadura, era cesta básica, ajudei de todas as formas para acontecer o que aconteceu. O pessoal de Oliveira dos Brejinhos, veio gente pedir desculpa, mas não, o povo não tem culpa, o culpado é quem pegou meu dinheiro e não voltou”, prossegue o áudio.
“Tá na hora de corrigir seus erros, devolva meu dinheiro, por favor. Deixa eu passar o meu Pix, quem tiver Deus no coração, quem for de Deus, que manda meu dinheiro. Quem for diabólico, do demônio, é que vai pagar no fogo do inferno o que fez comigo.”
A Folha entrou em contato com a candidata a quem os áudios são atribuídos, cujo nome na urna foi Geni do Carvão (PSD), por meio do telefone que ela informou no registro de candidatura.
Uma mulher atendeu e, após a identificação do repórter, desligou e não atendeu mais as ligações, nem respondeu as mensagens enviadas. A Folha também procurou integrantes do PSD municipal, informou o teor da reportagem, mas não houve resposta.
Em um segundo áudio supostamente enviado a uma amiga, a mulher afirma ter comprado 1.090 votos, mas só recebido menos de 5% disso.
“Pensa num lugar desgraçado, de gente bandida, ladrão, chama-se Oliveira dos Brejinhos e regiões circunvizinhas. (…) Eu gastei cento e poucos mil, comprei 1.090 votos. Falei, sempre tem um ladrão, bandido, falso, safado, pode me falsear, me roubar, mas eu calculei que tinha uns 900 votos. Você acredita que só tive 27 votos?”, diz a suposta candidata no áudio.
“Não é feliz quem fez isso comigo. Já tô feliz já em parte. Uma bandida que pegou meu dinheiro já pegou fogo na casa dela ontem. Ela ligando pedindo ajuda, eu falei, ‘vai para o inferno desgraçada, cê nem para ter morrido dentro dela, bandida’. Graças a Deus, Deus já tá castigando. Quem mexer comigo, minha filha, mexeu com Jesus. Porque eu sou 100% Jesus.”
Geni do Carvão teve 27 votos e, na prestação de contas da campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), informou ter recebido R$ 10 mil do fundo eleitoral do PSD. Registrou ainda ter gasto metade do valor em aluguel de veículo e a outra com uma cabo eleitoral.
Os 11 vereadores eleitos na cidade tiveram de 481 a 965 votos.
A cota do fundo eleitoral foi repassada para a candidata por decisão do deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA). Ele disse conhecer Geni, mas afirmou que não sabia da história ou da existência dos áudios até ser procurado pela Folha.
Ele afirmou que fez repasses padrão de R$ 10 mil para diversas candidatas do PSD nas cidades em que é bem votado.
“Eu, como deputado do PSD, indiquei para todos os meus municípios. Como eu não tinha recurso para os homens, eu resolvi indicar para todas as mulheres de todos os municípios em que eu sou votado”, disse Brito, se referindo à exigência legal de destinação de ao menos 30% das verbas para candidatas.
“Lá em Oliveira dos Brejinhos foram três mulheres, se eu não me engano. Aí saí distribuindo, porque é cota, né, obrigatória. Eu não tinha recurso para os homens, aí eu falei, ‘eu tenho que fazer alguma coisa aqui para ajudar, dentro da lei, essas mulheres’. O que elas fazem com o recurso, eu não tenho acesso nenhum.”
A Folha procurou o PSD nacional, comandado por Gilberto Kassab, que por meio de sua assessoria informou que a resposta seria dada pela direção local do partido.
Presidente do partido na Bahia, o senador Otto Alencar enviou o caso para a Comissão de Ética, que abriu processo administrativo que pode resultar na desfiliação da ex-candidata.
“A lei deve punir quem errou. Vou entrar com processo de afastamento dela do partido caso fique comprovada essa situação. Claro, dando o direito ao amplo contraditório”, afirmou o senador.
A compra de votos é crime eleitoral, descrita no artigo 299 do Código Eleitoral como o ato de “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. A pena é de quatro anos de prisão, mais multa.
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Como transformar um excesso de panetone em um pudim de tiramisu brilhante – receita | Comida e bebida de Natal
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14 de dezembro de 2024 Tom Hunt
Mmeu primeiro emprego em restaurante foi em Água no Welshback em Bristol. Eu tinha acabado de me formar na faculdade de artes de Falmouth e estava ansioso para entrar na vida de chef depois de desenvolver um gosto por isso em o Bottle Inn em MarshwoodBridport e em Barba de Henryum café festival orgânico. Achei desafiadora a transição de um catering forte e com foco ambiental para um restaurante mais tradicional, mas diria que realmente comecei a trabalhar lá trabalhando com o chef executivo Jon Fraser, um chef veterano que por décadas administrou as cozinhas do Bath Spa Hotel, cozinhando um menu global, do curry verde tailandês ao tiramisu.
O tiramisu de Jon era rico, agridoce e alcoólico, e tradicionalmente feito com dedos de esponja, mas esta versão festiva usa sobras de panetone, até porque absorve lindamente o café e o álcool.
Sobras de tiramisu de panetone
Aprendi a fazer creme de mascarpone em meu primeiro trabalho como chef de restaurante, em 2001, e ainda me lembro de como era incrivelmente delicioso. Faríamos uma enorme bandeja de tiramisu, um pouco como em o vídeo viral do TikTok do Onda Pasta Bar em Manchester, e serve centenas de porções por mês.
O creme de mascarpone com ovo inteiro cria uma textura muito rica e saciante, mas leve e fofa que acho irresistível, principalmente quando combinado com panetone seco, que é perfeito para este prato, pois absorve a mistura do café e reduz o desperdício de comida. O panetone que usei continha nozes, o que elevou a textura do prato, dando-lhe um crocante agradável e doce.
Embora o tiramisu seja uma sobremesa clássica, como todas as receitas, vale sempre a pena ajustar os ingredientes para aproveitar o que tem em mãos. Se você não tem mascarpone, mas tem creme fraiche, ricota ou cream cheese à mão, use-os. O mesmo vale para a bebida: seja criativo e use todos os restos de bebidas espirituosas e vinhos fortificados que você tiver no armário – tudo, desde marsala, vin santo, xerez, vermute, Amaretto, frangelico, rum, conhaque ou licor de café funcionará bem. Usei o rum de casca de banana da Discarded Spirits, que deu uma dimensão totalmente nova ao prato.
Serve 6
4 ovos médios
6 colheres de sopa de açúcar não refinado
250g de mascarponeou cream cheese ou creme fraiche
150ml de café forte ou expressoresfriado
4 colheres de sopa de destilado ou vinho fortificadomarsala, conhaque ou rum, digamos
250g-300g de panetonecorte em fatias de 2cm de espessura
Cacau em pó sem açúcarpara terminar
Separe o ovo. Bata as claras e três colheres de sopa de açúcar até obter picos firmes. Bata as gemas com as três colheres de açúcar restantes por cinco minutos, até engrossar e ficar claro. Misture o mascarpone na mistura de gemas até ficar homogêneo e, em seguida, envolva delicadamente as claras.
Em um prato raso, misture o café e a bebida espirituosa ou vinho fortificado. Mergulhe brevemente uma fatia de panetone na mistura de café, apenas até mudar de cor, coloque no fundo de um prato de 20 cm e repita com mais fatias de panetone embebidas até cobrir a base (em alternativa, coloque as fatias em copos individuais ou ramequins ).
Espalhe metade da mistura de mascarpone sobre a camada de panetone e polvilhe com cacau. Repita com uma segunda camada de panetone embebido e cubra com o mascarpone restante.
Cubra e leve à geladeira por oito horas ou durante a noite e depois polvilhe com mais cacau em pó antes de servir. Depois de preparado, o tiramisu pode ser guardado por até três dias na geladeira.
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Leia Mais: The Guardian
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