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Cidades pobres têm mais guardas do que médicos – 25/12/2024 – Cotidiano

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Cidades pobres têm mais guardas do que médicos - 25/12/2024 - Cotidiano

Luany Galdeano

As cidades mais pobres do país têm mais guardas municipais e professores na rede pública, mas menos médicos vinculados ao SUS, em comparação à média do país e de grandes capitais.

Segundo especialistas, o quadro sugere que essas cidades registram dificuldade para suprir a demanda profissional só com o apoio do governo estadual, o que faz as prefeituras investirem mais em serviços municipais. No entanto, atrair profissionais mais qualificados é um desafio.

Nina Rodrigues, no Maranhão, por exemplo, emprega 261 professores, 12 guardas municipais e apenas dez médicos a cada 10 mil habitantes na rede pública. Já a cidade de São Paulo dispõe de 65 professores, seis guardas e 43 médicos, considerada a mesma proporcionalidade.

Os dados são do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) de 2024, do Censo Escolar de 2023 e dos portais da transparência de cada cidade.

No caso dos professores, um dos motivos que explica a ampla disponibilidade é o maior número de crianças e adolescentes em idade escolar nas cidades pobres. Nesses municípios, observa-se uma pirâmide etária mais jovem, o que justifica a necessidade de mais docentes, de acordo com Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais do Todos Pela Educação.

Em Santo Amaro do Maranhão (MA), 38% dos moradores têm até 19 anos —no país, 25% da população está nessa faixa etária. Quase um terço dos habitantes da cidade maranhense está matriculada na educação básica da rede pública de ensino, segundo dados do censo escolar.

“Municípios mais pobres podem ter mais alunos fora da escola, mas hoje o ensino fundamental é praticamente universalizado, em que as taxas de matrícula não variam muito entre as regiões, assim como na pré-escola”, diz Ivan.

Somado a isso, há um amplo número de profissionais formados em pedagogia, curso com maior número de matrículas, segundo o Censo da Educação Superior de 2023. Esse quadro facilita a dispersão e o preenchimento de vagas para professores mesmo em cidades mais pobres, segundo o especialista.

Mas o alto número de docentes não significa maior capacitação ou melhor qualidade de ensino. Em Sobral (CE), que responde por um dos melhores Idebs (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país, quase 87% dos professores completaram o ensino superior. Já em Araioses (MA), uma das cidades mais pobres, o percentual cai para 46%, segundo dados do Censo Escolar.

Além disso, nessas escolas, a estrutura costuma ser mais precária, com menor disponibilidade de material didático e de recursos tecnológicos.

“Precisamos avançar na agenda de profissionalização da docência. O professor precisa de boas condições para exercer o trabalho, mas também deve ser cobrado sobre os resultados que entrega”, afirma Ivan.

Na segurança, a média de guardas municipais a cada 10 mil habitantes supera a do Brasil e se assemelha à de São Paulo. No entanto, as desigualdades persistem mesmo entre as cidades mais pobres.

Pedro do Rosário (MA), a sétima cidade mais pobre do país, mantém dez guardas a cada 10 mil habitantes, quantidade maior do que a da capital paulista. Já Primeira Cruz (MA), a segunda mais pobre, conta, em média, com três servidores a cada 10 mil habitantes.

Cidades recorrem à guarda municipal para suprir a ausência das forças de segurança pública do estado, segundo Rodrigo Azevedo, professor da Escola de Direito da PUC-RS e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Com isso, os servidores vinculados à prefeitura passam a se assemelhar às polícias, assumindo funções como batidas policiais e revista pessoal.

“A falta de políticas de prevenção eleva taxas de criminalidade, que gera aumento da sensação de segurança e da cobrança ao gestor, principalmente do gestor local, para que seja feita alguma coisa. O mecanismo para isso que os prefeitos encontraram é a guarda municipal”, diz.

Apesar disso, no geral, cidades menores apresentam um baixo índice de criminalidade, segundo o professor. Por isso, alguns dos municípios mais pobres não contam com um número expressivo de guardas municipais.

No caso das cidades de Pedro do Rosário, com uma média elevada desses servidores, e Primeira Cruz, com uma cifra menor, as taxas de homicídio diferem. Enquanto a primeira tem 2,8 assassinatos a cada 10 mil habitantes, a segunda, 0,7, segundo dados de 2022 do Atlas da Violência.

Assim como ocorre na educação, essas cidades enfrentam dificuldade para capacitar os guardas concursados e atrair profissionais qualificados para essas vagas. O quadro pode afetar o desempenho desses servidores, segundo Azevedo, da PUC-RS, sobretudo nas guardas que se assemelham à polícia.

“A qualificação impacta a forma como o agente lida com a população e administra o uso da força”, diz. “Se o governo federal criasse uma escola nacional de formação em segurança, poderia suprir esse déficit em municípios menores.”

Na saúde, o fenômeno que ocorre na educação e na segurança se inverte. Há oito médicos a cada 10 mil habitantes no SUS de cidades mais pobres, número que sobe para 33 na média nacional.

Nos municípios que contam com médicos concursados na prefeitura, eles recebem os maiores salários. Em Santana do Maranhão, por exemplo, a maior parte desses profissionais ganha R$ 5.500 por mês, com remuneração superior à de professores, outros servidores da saúde e até de secretários municipais.

Divulgado no ano passado, levantamento da República.org, instituição dedicada à gestão de pessoas no setor público, mostrou que médicos no SUS são raridade em um terço dos municípios. A falta de estrutura de trabalho afasta esses profissionais de cidades mais pobres, que têm dificuldade para exercer a função sem os insumos necessários.





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Nenhuma desaceleração no mercado de arte em 2024

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Nenhuma desaceleração no mercado de arte em 2024

O preço das bananas nunca foi tão alto. No dia 20 de novembro foi retirado aquele que o artista Maurizio Cattelan havia colado na parede em 2019 com fita adesiva prateada 6,2 milhões de dólares (5,9 milhões de euros) na Sotheby’s. A oportunidade para o seu novo proprietário, o empresário chinês Justin Sun, ganhar publicidade global a um custo baixo. Dois dias antes, o burburinho era de natureza completamente diferente: uma pintura de René Magritte (1898-1967), O Império das Luzes, concedido por US$ 121 milhões (cerca de 114 milhões de euros), juntou-se ao pequeno círculo de obras avaliadas em nove dígitos.

Em 2024, Cattelan e Magritte estão bem, o resto do mercado muito menos. As casas de leilões ainda não fecharam as contas de final de ano, mas são esperadas contrações muito fortes.

O relatório publicado em outubro pela feira Art Basel e pelo banco UBS já dava a tendência: no primeiro semestre, as vendas na Christie’s, Sotheby’s, Phillips e Bonhams haviam caído 26% em relação a 2023, um ano já bastante sombrio. “Os americanos pisaram no freio enquanto esperavam pelas eleições, a China está passando por uma grande crise com uma nova geração que gasta seu dinheiro de forma diferente”explica o corretor de arte moderna Thomas Seydoux.

Em Paris, que brilha desde a instalação de grandes galerias estrangeiras e da feira Art Basel, os leilões também foram trabalhosos. A maior venda na França vai para Visitante com chapéu azul, de Jean Dubuffet (1901-1985), vendido por 6,8 milhões de euros na Sotheby’s neste outono, quando o ano de 2023 coroou um Miro datado de 1949, vendido por 20,7 milhões de euros. “Saímos de dois anos quase irracionais em 2021 e 2022é normal que haja um ajuste”coloca Aurélie Vandevoorde, codiretora do departamento de arte moderna e contemporânea da Sotheby’s, em perspectiva.

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2024 atingiu ‘novos patamares perigosos’ para o clima – 27/12/2024 – Ambiente

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2024 atingiu 'novos patamares perigosos' para o clima - 27/12/2024 - Ambiente

Giuliana Miranda

Prestes a ser confirmado como o ano mais quente da história da humanidade, 2024 atingiu “novos patamares perigosos” para o clima. Por conta das mudanças climáticas, os cidadãos do planeta enfrentaram, em média, 41 dias adicionais de calor perigoso à saúde.

A análise é de um novo relatório da World Weather Attribution e da Climate Central, que destrinchou dados e estudos sobre um ano marcado por eventos climáticos extremos intensificados pela ação humana

“Os impactos do aquecimento por combustíveis fósseis [origem da maior parte dos gases de efeito estufa na atmosfera] nunca foram tão claros ou devastadores quanto em 2024. Estamos vivendo em uma nova era perigosa”, disse. Friederike Otto, líder da WWA e professora de ciência climática no Imperial College de Londres.

“O clima extremo matou milhares de pessoas, forçou milhões a deixarem suas casas este ano e causou sofrimento implacável. As inundações na Espanha, furacões nos EUA, seca na Amazônia e inundações em toda a África são apenas alguns exemplos”, completou a pesquisadora.

Ao longo do ano, a World Weather Attribution produz trabalhos científicos analisando os principais eventos climáticos extremos que acontecem no planeta. De acordo com o relatório, as mudanças climáticas intensificaram 26 dos 29 eventos climáticos estudados pela instituição.

Oficialmente, essas catástrofes mataram pelo menos 3.700 pessoas, mas as cifras reais dos desastres ambientais são estimadas como sendo muito maiores.

“Esses foram apenas uma pequena fração dos 219 eventos que atenderam aos nossos critérios de ativação, usados para identificar os eventos climáticos mais impactantes. É provável que o número total de pessoas mortas em eventos climáticos extremos intensificados pelas mudanças climáticas neste ano esteja na casa das dezenas ou centenas de milhares”, detalhou o documento.

Ainda em novembro, diversas instituições de pesquisa, como o Observatório Copernicus, da União Europeia, já indicavam que 2024 substituiria 2023 como o mais quente da história.

O primeiro semestre do ano foi de recordes de temperatura para os respectivos meses.

Depois, o planeta registrou os dois dias mais quentes da série histórica, 21 e 22 de julho.

Embora o fenômeno climático El Niño —que contribui para secas e temperaturas mais altas em várias regionais— tenha influenciado muitas das catástrofes naturais, os pesquisadores concluíram que o aquecimento global teve um impacto muito maior nesses eventos.

Foi o caso, inclusive, da grande seca que atingiu a amazônia.

“Secas severas na bacia amazônica estão se tornando mais frequentes e graves devido às mudanças climáticas”, disse Regina Rodrigues, professora da Universidade Federal de Santa Catarina. “Tememos que elas possam empurrar a floresta irreversivelmente para um estado mais seco, levando a uma redução do fluxo de umidade e do sumidouro de carbono, bem como à perda de biodiversidade.”

Alimentados pelo clima seco e mais quente?

Os incêndios florestais também proliferaram em várias áreas do planeta.

“Embora incêndios individuais possam ser causados por fenômenos naturais, como raios, ou por atividades humanas, condições de calor e seca significam que, se houver um ponto de ignição, as chances de o fogo se espalhar e se intensificar são muito maiores, e qualquer incêndio será muito mais difícil de controlar. Esse risco crescente de incêndios decorrente das mudanças nos padrões climáticos é frequentemente agravado por outras atividades humanas, como o desmatamento”, pontuou o relatório.

O continente americano foi particularmente atingido pelos fogos, e o Brasil foi um dos destaques.

De acordo com o levantamento, o pantanal brasileiro enfrentou a segunda pior temporada de incêndio em duas décadas, com mais de 3,5 milhões de hectares queimados.

“A região está em uma seca que já dura anos, com níveis de rios em mínimas históricas e precipitação abaixo da média climatológica. Isso permitiu que os incêndios começassem em junho, muito antes do início usual da temporada de fogo.”

Segundo os cientistas da WWA, as mudanças climáticas tornaram as condições severas de clima de fogo no início da temporada no pantanal de 4 a 5 vezes mais prováveis.

Os pesquisadores reforçaram a necessidade de reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa para frear as mudanças climáticas e suas consequências mais graves.

“Em 2025, todos os países precisam intensificar os esforços para substituir os combustíveis fósseis por energia renovável e se preparar para o clima extremo”, disse Friederike Otto, líder da WWA.





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‘Achei que fossem notícias falsas’: segredo em torno dos combates norte-coreanos em Kursk | Coréia do Norte

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‘Achei que fossem notícias falsas’: segredo em torno dos combates norte-coreanos em Kursk | Coréia do Norte

Pjotr Sauer

Ao anoitecer, numa tarde da semana passada, duas dúzias de soldados norte-coreanos feridos foram levados a um dos principais hospitais da cidade russa de Kursk.

Eles foram conduzidos a um andar especialmente designado, guardado pela polícia, com acesso limitado a tradutores e pessoal médico.

“Fomos informados pela manhã para nos prepararmos para um tipo especial de paciente”, disse um membro da equipe médica do hospital que tratou norte-coreanos.

“Ouvimos rumores de que os norte-coreanos estavam lutando lá, mas não acreditei. Ninguém os tinha visto antes”, disse o médico.

“Achei que eram notícias falsas até eles chegarem”, disse o médico, acrescentando que a maioria deles sofreu ferimentos por estilhaços.

Um segundo médico presente no local disse que a comunicação com os norte-coreanos era “impossível” sem tradutores. Eles acrescentaram que alguns norte-coreanos pareciam “assustados e nervosos”.

Ambos os médicos pediram para falar sob condição de anonimato, temendo represálias por discutir o assunto.

A chegada dos pacientes norte-coreanos marcou um raro momento de interação entre os moradores da região de Kursk e os soldados norte-coreanos, cuja presença permanece envolta em segredo.

Até 12 mil soldados norte-coreanos foram destacados para ajudar a Rússia na guerra, segundo autoridades dos EUA e da Coreia do Sul. A maioria destas forças esteve envolvida na contra-ofensiva de Moscovo para recuperar áreas de terra russa na região de Kursk, um território que a Ucrânia detém desde o Verão, após uma incursão surpresa.

A Rússia não reconheceu oficialmente o envio de soldados norte-coreanos. Durante sua imprensa anual conferência na semana passada, o presidente Vladimir Putin listou pelo nome várias unidades activas nos combates na região de Kursk, mas evitou visivelmente qualquer menção aos norte-coreanos.

Essa estratégia pode tornar-se mais difícil depois de a agência de espionagem da Coreia do Sul ter dito na sexta-feira que um ferido Soldado norte-coreano foi capturado pelas forças ucranianas na região de Kursk.

E os primeiros sinais sugerem que as tropas norte-coreanas podem estar a sofrer pesadas baixas.

Na segunda-feira, oficiais militares sul-coreanos informou que mais de 1.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos desde a sua implantação ao lado das forças russas na Ucrânia. Este número, se confirmado, aponta para um número dramático de perdas entre as tropas norte-coreanas poucas semanas após a sua chegada. (O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou mais tarde que o número ultrapassava os 3.000).

Num comunicado, os responsáveis ​​do Estado-Maior Conjunto do Sul (JCS) também afirmaram que a Coreia do Norte parece estar a preparar-se para enviar tropas e equipamento adicionais para Rússia.

Tanto Seul quanto Kiev dizem que Moscou está fazendo de tudo para negar que os norte-coreanos estejam lutando no campo de batalha.

As tropas norte-coreanas teriam recebido uniformes e identidades falsas para se disfarçarem de Yakuts e Buryats russos, minorias étnicas da Sibéria com características físicas semelhantes às dos coreanos que trabalham desde o início da guerra.

No domingo, as forças especiais militares ucranianas divulgaram o que reivindicado havia imagens de três soldados norte-coreanos falecidos. A postagem foi acompanhada por fotografias gráficas dos três soldados em sacos para cadáveres, com os corpos ensanguentados e machucados.

De acordo com as forças especiais, os soldados receberam documentos militares russos falsos, completos com nomes e locais de nascimento russos fabricados.

Voluntários militares russos em Kursk, onde se acredita que as tropas norte-coreanas estejam lutando na contra-ofensiva para recuperar a região Fotografia: Folheto do Serviço de Imprensa do Ministério da Defesa da Rússia/EPA

Na cidade de Kursk, a capital regional com uma população de cerca de meio milhão de habitantes, a chegada de norte-coreanos – alegadamente destacados para a região já em Outubro – passou em grande parte despercebida.

Entrevistas com meia dúzia de residentes na região de Kursk, todos os quais não relataram qualquer vestígio de soldados norte-coreanos, sugerem que Moscovo está a restringir fortemente o movimento destas tropas estrangeiras, confinando-as em quartéis militares remotos, longe de áreas civis.

Detalhes sobre sua localização exata e condições de vida permanecem escassos.

Em vez disso, a sua presença tornou-se um tema de especulação em salas de chat online, onde os habitantes locais questionam uns aos outros sobre se alguém realmente viu norte-coreanos nas ruas.

Alguns residentes em Kursk também questionaram a narrativa de que os russos precisariam de contar com os norte-coreanos para recuperar o seu território. “Não creio que os norte-coreanos existam; nosso exército é forte o suficiente sem eles”, disse um residente de Kursk ao Guardian.

Alguns dos soldados norte-coreanos feridos parecem ter sido levados para hospitais fora de Moscovo, evitando hospitais mais pequenos perto do campo de batalha.

Na quarta-feira passada, o serviço de segurança ucraniano divulgou o que alegou ser uma interceptado conversa entre um soldado russo e sua esposa, uma enfermeira em um hospital não identificado perto de Moscou.

No vídeo, que não foi verificado de forma independente, a mulher menciona que cerca de 200 norte-coreanos feridos foram levados para tratamento.

“Esses coreanos são da elite ou algo assim. Nós liberamos alas específicas para eles… O quê, eles são uma classe privilegiada? a enfermeira disse. “Bem, eles são ‘importados’”, responde o marido.

De acordo com a inteligência sul-coreana, a maioria dos norte-coreanos que lutam são da unidade de elite Storm Corps, que descreveu como tendo “moral elevado”, mas “sem compreensão da guerra contemporânea”.

Desde o início, os observadores militares questionado a eficácia do destacamento de membros de um exército que não travou nenhuma guerra desde a década de 1950, agravada por barreiras linguísticas e terreno desconhecido.

Mesmo em unidades de elite como o Storm Corps, os soldados norte-coreanos são sistematicamente subnutridos e subnutridos, segundo relatos de desertores. compartilhado com a BBC.

O grupo sul-coreano Database Center for North Korean Human Rights (NKDB) esta semana observado que as imagens capturadas dos soldados revelam que muitos deles parecem jovens, levantando dúvidas sobre a extensão da sua experiência militar.

Lee Seong-kweun, um deputado sul-coreano, disse na segunda-feira que o elevado número de norte-coreanos vítimas poderia ser atribuído ao “ambiente de campo de batalha desconhecido, onde as forças norte-coreanas estão a ser usadas como unidades de assalto dispensáveis ​​na linha da frente, e à sua falta de capacidade para combater ataques de drones”.

Analistas sugerem que as tropas norte-coreanas têm sido vulneráveis ​​aos drones ucranianos. Fotografia: Anadolu/Getty Images

Os analistas sugerem que as tropas norte-coreanas têm sido particularmente vulneráveis ​​a vários tipos de drones assassinos ucranianos, que se tornaram um elemento definidor. recurso da guerra moderna.

Gráfico vídeos compartilhado pelas forças ucranianas mostrou drones circulando acima das tropas norte-coreanas enquanto elas tentavam escapar em um campo aberto em Kurshchina, na região de Kursk.

Em um clipe granulado circulando nos canais de telegramas russos pró-guerra, um soldado norte-coreano é visto descrevendo a experiência de ser caçado por drones ucranianos para um caça russo. “Os drones continuaram chegando”, ouve-se o soldado norte-coreano gritando em coreano. “Disparei três tiros com isto”, disse o soldado, levantando três dedos e apontando para a arma.

Embora os norte-coreanos não tivessem voz sobre se seriam destacados, alguns ex-soldados acreditam que muitos gostariam de ir e não teriam falta de motivação.

“Se o partido quer que você vá, então vá”, disse Ryu Seonghyun, que desertou do exército norte-coreano em 2019, falando em uma recente mesa redonda discussão organizado pelo NKDB.

Seonghyun explicou que muitos soldados veem isso como uma oportunidade de “mudar seu destino” e experimentar a vida em um novo país, longe das duras condições de seu país.

Até agora, nenhum soldado norte-coreano foi capturado, com relatos anedóticos relatórios sugerindo que diferentes unidades ucranianas estão competindo para serem as primeiras a fazê-lo. No entanto, pode levar algum tempo até que surja o primeiro prisioneiro de guerra norte-coreano.

Antigos soldados norte-coreanos dizem que durante o seu tempo no exército, render-se com vida nunca foi considerado uma opção. “No exército, você nunca percebe que pode escolher se tornar um prisioneiro de guerra”, disse Seonghyun.

Seonghyun relembrou uma famosa canção militar intitulada Save the Last Bullet, na qual os soldados são instruídos a salvar a última bala para acabar com suas próprias vidas. “Não importa o que aconteça, você não pode ser um prisioneiro”, disse ele.



Leia Mais: The Guardian



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