Cientistas espanhóis vão revelar nesta sábado (12) detalhes sobre a nacionalidade do explorador do século 15 Cristóvão Colombo, após uma análise de DNA para resolver um mistério secular.
Países têm discutido sobre as origens e o local de descanso final da figura que liderou expedições financiadas pela Espanha a partir da década de 1490, abrindo caminho para a conquista europeia das Américas.
Muitos historiadores questionam a teoria tradicional de que Colombo era natural de Gênova, na Itália. Outras teorias variam de judeu espanhol ou grego a basco ou português.
Pesquisadores liderados pelo especialista forense Miguel Lorente testaram pequenas amostras de restos mortais enterrados na Catedral de Sevilha, considerada pelas autoridades locais como o local de descanso de Colombo, embora tenha havido reivindicações em outras localidades.
Eles as compararam com as de parentes e descendentes conhecidos e suas descobertas devem ser anunciadas em um documentário intitulado “DNA de Colombo: A Verdadeira Origem” a ser exibido na emissora nacional da Espanha, a TVE, neste sábado (12).
Ao explicar a pesquisa a jornalistas nesta quinta-feira (10), Lorente não revelou as conclusões, mas disse que elas confirmaram teorias anteriores de que os restos mortais em Sevilha pertencem a Colombo.
“Hoje foi possível verificar isso com novas tecnologias, de modo que a teoria parcial anterior de que os restos mortais de Sevilha pertencem a Cristóvão Colombo foi definitivamente confirmada”, disse.
A pesquisa sobre a nacionalidade foi complicada por uma série de fatores, incluindo a grande quantidade de dados. Mas “o resultado é quase absolutamente confiável”, disse Lorente.
Colombo morreu em Valladolid, na Espanha, em 1506, mas desejava ser enterrado na ilha de Hispaniola, hoje compartilhada pela República Dominicana e pelo Haiti. Seus restos mortais foram levados para lá em 1542, transferidos para Cuba em 1795 e depois, como se pensava há muito tempo na Espanha, para Sevilha, em 1898.
Em 1877, trabalhadores encontraram um caixão de chumbo enterrado atrás do altar na catedral de Santo Domingo, capital da República Dominicana, contendo uma coleção de fragmentos de ossos que o país diz pertencer a Colombo.
Lorente disse que ambas as alegações poderiam ser verdadeiras, pois os dois conjuntos de ossos estavam incompletos.