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cinco homens condenados por violência contra apoiadores israelenses do Maccabi Tel Aviv

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cinco homens condenados por violência contra apoiadores israelenses do Maccabi Tel Aviv

Na terça-feira, 24 de dezembro, o tribunal de Amsterdã condenou cinco homens por atos de violência e cumplicidade na violência contra torcedores de futebol israelenses em novembro, durante ataques que foi rotulado de anti-semita por muitos governos ocidentais.

Os promotores de Amsterdã consideraram os cinco homens culpados de uma série de crimes, que vão desde chutar torcedores do Maccabi Tel Aviv na rua até incitar a violência em grupos de bate-papo. O tribunal proferiu penas de seis meses, dez semanas e um mês de prisão, bem como 100 horas de serviço comunitário. Sefa Ö, de 32 anos, recebeu a pena mais pesada por perseguir, empurrar e bater em vários apoiantes israelitas, incluindo um indivíduo já no terreno, segundo imagens mostradas na audiência. O juiz disse que normalmente os condenados por tais crimes eram condenados a serviços comunitários. “Mas o tribunal considera que, dada a gravidade do crime e o contexto em que foi cometido, apenas a pena de prisão é adequada”ela acrescentou.

Na noite de 7 para 8 de novembro, torcedores do clube israelense foram perseguidos e espancados nas ruas de Amsterdã, à margem de uma partida de futebol contra o time local Ajax. Cinco pessoas foram brevemente hospitalizadas. Imagens desta violência correram o mundo e provocaram uma reação furiosa de Israel.

Seis suspeitos devem aparecer depois

A promotoria condenou Umutcan A., 24 anos, a um mês de prisão por atacar apoiadores e roubar violentamente um lenço do Maccabi de um deles. O jovem também foi identificado como autor de uma mensagem de WhatsApp referente a um “Caça aos Judeus”. “Eu não odeio os judeus, não posso te dizer por que disse isso”ele disse ao tribunal durante sua aparição. Lucas D., 19 anos, único acusado presente durante o julgamento de terça-feira, foi condenado a 100 horas de serviço comunitário por atirar pedras na polícia e posse ilegal de fogos de artifício.

A tensão estava alta antes da partida de futebol. Segundo a polícia, slogans anti-árabes foram entoados por apoiantes israelitas, que também vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestiniana. A polícia disse estar investigando pelo menos 45 pessoas ligadas à violência, incluindo apoiadores do Maccabi acusados ​​de comportamento provocativo.

O aparecimento de outro suspeito, da Faixa de Gaza, foi adiado para data não revelada para que pudesse ser submetido a uma avaliação psicológica, disse a acusação. O homem de 22 anos está sendo julgado por tentativa de homicídio culposo, a acusação mais grave nesses casos. Outros seis suspeitos deverão comparecer ao tribunal posteriormente. Três deles são menores e as audiências acontecerão a portas fechadas.

A violência de Novembro em Amesterdão ocorreu num contexto de polarização na Europa, com um aumento de actos anti-semitas, anti-israelenses e islamofóbicos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em Outubro de 2023. Amesterdão chocou os Países Baixos e provocou debate sobre a polarização no país.

Leia também | Artigo reservado para nossos assinantes Governo holandês evita por pouco a crise após incidentes violentos em Amsterdã

O mundo com AFP

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Como Sonic estabeleceu um novo universo nos cinemas – 24/12/2024 – Ilustrada

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Como Sonic estabeleceu um novo universo nos cinemas - 24/12/2024 - Ilustrada

Reconhecido pelo humor irreverente e pela alta velocidade, Sonic enfrentou obstáculos antes de estrear nos cinemas. Se hoje ele corre pelas salas de exibição uma terceira vez, não foi fácil cruzar a linha de chegada em 2020, quase três décadas depois de criado.

O visual em live-action do ouriço azul foi rechaçado com a divulgação do primeiro trailer, que revelou o apego dos fãs pelo design original e forçou a Paramount a repensar estratégias. A tentativa de transformar o personagem em ser realista deu lugar a uma versão cartunesca, e o filme alcançou uma das maiores bilheterias daquele ano.

Quatro anos mais tarde, “Sonic 2” se mantém como a sexta adaptação mais rentável de um jogo para o cinema, e o diretor Jeff Fowler entrega o novo capítulo como presente de Natal.

“É o melhor desafio possível ter esse universo que existe há 33 anos à disposição. São muitas histórias e jogos, e tivemos a sorte de ter tido o nosso próprio tempo para trazê-lo aos cinemas”, afirma o cineasta.

Além do impacto sobre decisões estéticas, Fowler reconhece a importância dos fãs para o crescimento da saga nas telonas. Ele diz que os produtores estão sempre atentos às expectativas e apostas feitas online.

“Nós adoramos acompanhar as discussões sobre quais personagens serão os próximos a aparecer. Isso mantém a energia dos fãs e é ótimo que existam tantas opções que as pessoas queiram ver nesses filmes.”

Se nas outras empreitadas o antagonismo se concentrava no desajeitado Doutor Robotnik, cientista maléfico interpretado mais uma vez por um empolgado Jim Carrey, Sonic também terá de enfrentar outro inimigo, uma ameaça fabricada em laboratório que parte em busca de vingança.

Criado em 2001, o ouriço Shadow surgiu como um oposto ao protagonista. Sua pelugem vermelha e preta e as motivações sombrias —mas justificadas pelo passado trágico— contrastam com o virtuosismo de Sonic. Ele surge como complemento mas estrela seu primeiro jogo solo em 2005 e se torna figurinha carimbada de outros exemplares.

“Tanto Shadow quanto Sonic vieram para a Terra de outros mundos, mas eles tiveram experiências completamente diferentes. O Sonic teve a família, os amigos, a vida perfeita. Shadow não teve nenhuma dessas coisas, tudo foi tomado dele. Trazer ele foi a melhor maneira de desafiar Sonic e sua equipe”, afirma Fowler.

Se Shadow já vinha como figura emblemática, ficou ainda mais popular no Brasil quando apareceu em um meme viral. A adição do anti-herói ao universo cinematográfico foi revelada em uma cena pós-créditos do segundo capítulo, imortalizada pelos gritos de Nicolas, pelos personagens, que percorreram as redes sociais.

Representante de diversas crianças, o garoto vive um entusiasmo construído além das exibições. Dos vídeos de TikTok, passando pelos produtos licenciados e chegando às festas temáticas, Sonic é celebrado até mesmo pelos que nunca viram um Mega Drive —console que lançou o ouriço azul para o mundo— ou sequer jogaram qualquer título da franquia.

Apesar de não lembrar da gravação em específico, Fowler dividiu com Nicolas os bastidores da CCXP 2024, quando a Paramount decidiu homenagear o menino em um painel sobre o novo filme.

“Uma das minhas coisas favoritas no mundo é ver as pessoas reagirem a esses teasers dos novos personagens. E eu sei que o Brasil é uma ótima base de fãs para o Sonic”, afirma o cineasta.

Responsável por dar voz à imponência de Shadow, quem também se une ao time de nomes como Ben Schwarz e Idris Elba é o astro da saga “John Wick”, Keanu Reeves —embora a exibição em cabine dublada e aberta a crianças tenha impedido a imprensa brasileira de conferir seu trabalho.

Segundo Fowler, os trabalhos recentes do ator influenciaram as sequências de ação. “Keanu era o único nome na lista de pessoas que pretendíamos chamar. Ele era o sujeito perfeito e estava completamente consciente do que os fãs amam sobre Shadow e sua história”, diz ele.

Na tentativa de se manter tão ágil quanto o próprio protagonista, “Sonic 3” aposta em nomes de sucesso, novos personagens e uma cadeia de cenas de ação que parece ter saído diretamente de um videogame.

As piadas que demonstram a especialidade do ouriço azul em cultura pop também estão de volta, e a receita de outra jornada para todas as idades já vem dando resultados.

Em seu primeiro dia de pré-estreia nos Estados Unidos, o longa arrecadou quase o dobro de outro blockbuster desse fim de ano: o prelúdio do “Rei Leão” de 2019, que detém a décima maior bilheteria de todos os tempos, “Mufasa”.

Se Sonic é incapaz de reconhecer a voz de um dos seus ídolos —conforme revela uma cena do primeiro filme, em que assiste “Velocidade Máxima” como se a vida dependesse disso—, é certo que antigos e novos fãs terão muito o que identificar na tela.

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Cerca de dez TGVs do Sudeste atrasaram após um “acidente pessoal” em Seine-et-Marne

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Cerca de dez TGVs do Sudeste atrasaram após um “acidente pessoal” em Seine-et-Marne

O tráfego de TGV na linha de alta velocidade Sudeste foi interrompido na noite de terça-feira, 24, para quarta-feira, 25 de dezembro, devido a um “acidente pessoal”causando atrasos de até cinco horas na véspera de Ano Novo. Cerca de dez TGVs são afetados, mas todos irão para o seu destino, anunciou um porta-voz da SNCF à Agence France-Presse à noite. Em seu site quarta-feira à 1h40, a empresa anunciou um “retomada gradual do trânsito”.

Durante a noite, no seu site, a SNCF anunciou atrasos de até uma hora e meia, mas os horários indicativos apontados pela Agence France-Presse por volta da meia-noite para três comboios sugeriam até cinco horas de atraso.

São eles o TGV Inoui Bruxelas-Lyon n° 9844 que deverá estar com três horas de atraso, o Ouigo Paris-Lyon Perrache n° 7805, cujo atraso de chegada é estimado em quatro horas e quarenta horas, e o TGV Inoui Montpellier -Paris n° 6206 o que pode atrasar cinco horas.

Trens bloqueados

“Os trens fazem outro trajeto nos dois sentidos, o que resulta em tempos de viagem mais longos, de cerca de uma hora a uma hora e meia” para os TGV Inoui e Ouigo que viajam no setor, alertou a SNCF. “Alguns trens estão bloqueados e terão que esperar a retomada do tráfego na linha de alta velocidade”disse ela, em mensagem publicada pouco depois da meia-noite.

O porta-voz da SNCF não deu detalhes sobre o“acidente pessoal” na origem dos distúrbios. De acordo com uma mensagem enviada aos viajantes à noite, “Bombeiros estão no local”.

Não foram fornecidos detalhes sobre o número de passageiros afetados por estes atrasos em plena véspera de Natal.

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O mundo com AFP



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CEOs se tornam mentores de jovens da periferia – 24/12/2024 – Mercado

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CEOs se tornam mentores de jovens da periferia - 24/12/2024 - Mercado

Daniele Madureira

São cerca de duas horas de transporte público entre o Parque Paraíso, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, até Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. Mas nos últimos três meses, essa distância não desanimou Analice Andriolli, 19 anos. O trajeto era feito a cada 15 dias, entre a casa da jovem estudante de administração, até a sede da AB Mauri, dona de marcas icônicas, como o fermento Fleischmann e o achocolatado Ovomaltine.

O motivo: Analice passou por sessões de mentoria com o presidente da AB Mauri no Brasil, Danilo Nogueira, 49, para desenvolver habilidades comportamentais e interpessoais, as “soft skills”. Ela nunca tinha estado tão próxima de um CEO antes.

“No começo, fiquei nervosa. As perguntas do primeiro encontro foram sobre mim e eu não sabia o que responder”, disse à Folha. “Mas logo percebi que a gente tem muito em comum: ele fez administração e não gosta de finanças. E identificou em mim uma coisa que eu nem sabia: tenho perfil de líder. Quero trabalhar numa multinacional e um dia ocupar esse espaço, de preferência na área de RH.”

Analice e Nogueira fazem parte de um programa que reúne presidentes de empresas com jovens de 18 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social. No desenvolvimento das habilidades socioemocionais, os CEOs procuram fazer com que os jovens identifiquem em si mesmos seus pontos fortes e fracos e, a partir daí, adotem estratégias para ressaltá-los ou suavizá-los.

Os executivos auxiliam os jovens na escolha de um caminho profissional compatível com as suas preferências, dando dicas sobre networking e capacitação técnica, e incentivam os mentorados a traçarem metas de curto prazo para atingirem seus objetivos.

“Estes jovens são muito rápidos em verem as próprias fraquezas e têm dificuldade em reconhecerem o seu potencial. Isso faz com que eles travem no momento em que um recrutador pede: ‘Conte mais sobre você’”, diz a gerente de projetos e operações do Instituto Fesa Croma, Layla Marques.

O grupo Fesa é especializado em soluções de recursos humanos. O instituto nasceu há dois anos, com a proposta de oferecer mentoria para apoiar jovens de baixa renda no desenvolvimento profissional. O programa com os CEOs é realizado em parceria com a YPO (Young Presidents Organization), organização global para desenvolvimento de líderes e, desde 2023, atendeu 108 jovens de diferentes estados do país.

Os mentorados são de famílias de baixa renda, estudantes de universidades públicas ou bolsistas de particulares, e participam de programas em instituições parceiras da Fesa. O instituto procura fazer um “match” entre o mentor e o jovem, reunindo pessoas com inclinações em comum.

“Eu brinco com esses jovens dizendo que a agenda de um CEO é muito concorrida e que muita gente gostaria de estar no lugar deles”, diz Layla. O programa envolve encontros quinzenais durante três meses, presenciais ou online, com duração de uma hora cada um.

“Para a maioria desses jovens, faltam referências profissionais dentro da própria casa. Eles costumam ser os primeiros da família a entrarem em uma universidade ou aprenderem um segundo idioma”, diz Layla.

Com Natália Santos, 23 anos, foi assim. Filha de uma empregada doméstica, com pai desempregado, ela é a primeira da família a cursar uma faculdade. Faz administração e conseguiu uma vaga de jovem aprendiz na AB Mauri, depois de ter sido mentorada por Danilo Nogueira no ano passado.

“O Danilo nunca me prometeu nada”, diz ela, que mora no Campo Limpo, zona sul de São Paulo. “Mas me ensinou que é preciso se preparar e ficar atenta às oportunidades”, diz ela, que trabalhava na área de contabilidade, da qual não gostava. “Eu e ele temos isso em comum”, brinca.

A vaga na AB Mauri era como jovem aprendiz, uma experiência que Natália já teve. Mas ainda assim ela não se importou em voltar para esta posição, a fim de crescer na companhia. “Aprendi que às vezes é preciso voltar duas ou três casas, para avançar cinco à frente. Sou persistente.”

A trajetória do CEO da AB Mauri também foi assim. “Eu tinha 19 anos, estudava administração, quando arranjei meu primeiro emprego em um escritório de contabilidade. Não gostava de jeito nenhum”, lembra Nogueira. Em casa, disse para o pai que não estava feliz no emprego. “Ele me falou para aguentar firme, só poderia sair se arranjasse outra coisa.”

Nogueira permaneceu na contabilidade por dois anos, até migrar dentro da companhia para o comercial, área com a qual se identificou. “Mas hoje percebo que a minha experiência com contabilidade me ajuda na interface com o time de finanças”, afirma. “Essa resiliência em determinados momentos da carreira é muito importante, principalmente para quem está começando.”

Bárbara Del Monte, 25 anos, estudante de marketing, sentia a necessidade de controlar o nível de ansiedade, que aumentou quando ela foi promovida de recepcionista a assistente de marketing. A mudança veio na mesma semana em que ela passou a ser mentorada pela CEO da Hershey, Larissa Diniz, 52.

“Eu disse à Larissa que estava em busca de estabilidade emocional”, diz Bárbara. “Como uma CEO que passou por várias empresas, e tem uma formação na mesma área que a minha –publicidade e propaganda–, tinha certeza que ela poderia me ajudar.”

E foi o que aconteceu, segundo Bárbara: Larissa pediu que a universitária identificasse momentos de “sinal verde, amarelo e vermelho”. “Ela disse que eu precisava perceber quando algo iria me deixar tensa, pensar no sinal amarelo e tentar me controlar”, diz.

Nessa hora, Bárbara deveria se lembrar do próprio potencial e entender que tudo bem se ela não souber o que fazer ou não souber uma resposta imediata. “O importante é não ultrapassar o amarelo.”

Tal conselho só foi possível porque, aos 15 anos, Larissa Diniz recebeu um apoio importante na trilha do autoconhecimento. “Minha mãe me deu um livro fantástico chamado ‘Quem você pensa que é?’, no formato de teste de personalidade”, diz. “Eu comecei a me conhecer muito melhor a partir dali, como se estivesse me olhando no espelho. Percebi que agia de determinada maneira quando, na verdade, pensava agir de outro modo.”

Já o mineiro Pedro Henrique Barroso, 19 anos, sentia falta de alguém em quem se espelhar profissionalmente. “Na minha família, sou o primeiro a ir para uma universidade”, diz ele, estudante de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Quando conheceu o seu mentor, o CEO da gestora de investimentos JiveMauá, Guilherme Ferreira, sentiu ter encontrado um rumo.

“Ele se formou em direito em uma universidade pública, a USP [Universidade de São Paulo], trabalhou e estudou nos Estados Unidos. Pensei: ‘Quero ser igual a esse cara’”, diz Barroso.

Para Ferreira, a mentoria é a oportunidade de refletir sobre tudo o que viveu. “Também é a chance de mostrar a alguém mais jovem como não cometer os mesmos erros e a maximizar os acertos.”





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