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Colégio Militar Dom Pedro II encerra Novembro Negro com Gincana Étnico-Racial celebrando diversidade e inclusão

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Abigail Sunamita

 

A Escola Militar Dom Pedro II promoveu, na última sexta-feira, 29, a culminância do projeto étnico-racial “I Gincana Étnico-Racial CMDPII”, uma iniciativa que destacou a importância da história e cultura africana e afro-brasileira no ambiente escolar.

Com uma proposta lúdica e educativa, o projeto foi direcionado aos estudantes do ensino médio, abrangendo 12 turmas do 1º, 2º e 3º ano. Cada grupo representou um país do continente africano, explorando sua história, cultura e costumes, proporcionando uma rica experiência de aprendizado e integração cultural.

Para o diretor da escola, Jonatas Gomes, o evento representa um marco na valorização da diversidade cultural. “É muito gratificante ter este evento na nossa escola, onde os alunos podem apresentar e vivenciar as culturas de vários países. Infelizmente, ainda somos cercados de preconceitos, mas aqui na nossa escola valorizamos toda a diversidade cultural, assim como todas as religiões”, afirmou.

A programação da gincana incluiu um quiz sobre conhecimentos gerais de história e cultura africana, apresentações culturais com dança e capoeira, desfile temático com trajes representativos dos países e a eleição do Miss e Mister Afro.
Alunos do Colégio Militar Dom Pedro II tiveram imersão no conteúdo afrobrasileiro durante o mês de novembro. (Foto: Abigail Sunamita)
Para a professora de Filosofia e Sociologia Alana Acsa, idealizadora do projeto, a iniciativa reforça o compromisso com uma educação inclusiva e consciente. “Nosso objetivo é lutar por uma educação plural, com consciência social e antirracista, e acredito que trabalhos como esse contribuem para isso. É importante lembrar da Lei 10.639, de 2003, que prevê a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas. A lei já completou 20 anos, mas seguimos avançando rumo a uma educação que contemple e valorize a diversidade”, destacou.

Professora Alana Acsa, idelizadora do evento, defende luta por uma “educação plural, com consciência social e antirracista”. (Foto: Abigail Sunamita)

Com atividades que aliaram aprendizado e expressão cultural, a gincana reafirmou o papel da escola como espaço de transformação e inclusão, promovendo o respeito às diferentes culturas e a conscientização sobre a importância de combater o racismo e os preconceitos na sociedade.

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Acre é destaque na 29ª reunião da Sudam em Belém

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Fernando Santtos

A vice-governadora do Acre, Mailza Assis, participou nesta segunda-feira, 2, da 29ª reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), realizada em Belém, no Pará.

Reunião foi realizada em Belém, no Pará. Foto: Eliete Ramos/Ascom Sudam

O encontro reuniu lideranças regionais e nacionais para debater estratégias de desenvolvimento sustentável e soluções para os desafios da Amazônia.

Representando o Acre, a vice-governadora, que também é secretária de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), reforçou o papel do Estado como protagonista na bioeconomia e manejo sustentável de recursos naturais.

Vice-governadora destacou o potencial econômico do Acre com foco na biodiversidade. Foto: Eliete Ramos/Sudam

Mailza destacou que o Acre é exemplo de resiliência e enfatizou que o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) é indispensável para impulsionar a economia regional e criar oportunidades para as populações amazônicas.

“É uma honra estar aqui hoje, representando o governo do Acre, na pessoa do governador Gladson Cameli, para debater o papel do FDA no fortalecimento da nossa economia, na promoção da sustentabilidade e na transformação social que almejamos para o nosso povo”, afirmou.

Apontou, ainda, os desafios históricos do estado, como o isolamento logístico e a infraestrutura limitada, mas destacou o potencial do Acre na biodiversidade.

“Somos um território rico, com um povo resiliente e vocação natural para a bioeconomia. Nosso desafio é transformar essas riquezas em oportunidades reais para todos”, disse.

Floresta produtiva como eixo estratégico

O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, trouxe à mesa o conceito de “floresta produtiva” como uma alternativa para integrar conservação ambiental e desenvolvimento econômico. A ideia é valorizar a biodiversidade amazônica por meio de iniciativas como o manejo sustentável e cadeias produtivas voltadas para a bioeconomia.

“A Amazônia tem potencial para ser a solução do Brasil, gerando emprego e desenvolvimento sem comprometer o maior patrimônio natural do planeta”, destacou Rocha.

Waldez Góes reforça parcerias para o futuro da Amazônia

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também participou do evento e apontou  a necessidade de políticas públicas integradas entre os estados e o governo federal. “Nosso objetivo é criar soluções que tragam prosperidade para os amazônidas, sempre respeitando as especificidades ambientais e sociais da região”, afirmou.

Ministro Waldez Góes disse que os esforços conjuntos dos governos estadual e federal potencializam benefícios para os moradores da Amazônia. Foto: Eliete Ramos/Sudam

Unidade em prol da Amazônia

A reunião foi marcada pela convergência de lideranças regionais e nacionais, que reforçaram a importância de parcerias estratégicas para alavancar projetos de infraestrutura, inovação tecnológica e preservação ambiental.

O papel do Acre no desenvolvimento sustentável

Com forte vocação para o manejo sustentável, o Acre reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento integrado e sustentável da Amazônia. A vice-governadora Mailza reforçou que o estado está pronto para transformar desafios em oportunidades, consolidando-se como referência em bioeconomia e conservação ambiental.

Vice-governadora debateu com a Sudam estratégias de desenvolvimento para o Acre. Foto: Ascom/Sudam

O chefe do escritório da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em Brasília, Sibá Machado, reafirmou a necessidade de unir esforços para superar barreiras históricas e garantir um futuro sustentável para a Amazônia e seus povos.

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22ª Semana de História da Ufac discute convulsões sociais e resistência — Universidade Federal do Acre

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22ª Semana de História da Ufac discute convulsões sociais e resistência — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou abertura da 22ª Semana de História, nesta segunda-feira, 2, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede. O evento tem como tema “Entre Mundos Convulsos e Suas Histórias”, visando promover o diálogo entre estudantes, professores e a comunidade acadêmica em geral. A programação aborda a historicidade dos processos sociais que marcam memórias, trajetórias e experiências das sociedades.

Representando a Reitoria, o vice-reitor Josimar Ferreira ressaltou a importância das semanas acadêmicas como ferramentas para integrar a comunidade e fortalecer a extensão universitária. “Este é um espaço de resistência, onde construímos debates que ultrapassam a sala de aula, ampliando as oportunidades de formação acadêmica e profissional. É fundamental garantir que eventos como esse tenham continuidade e orçamento assegurado, porque eles reforçam o compromisso social da universidade pública.”

O presidente da comissão organizadora, professor Eduardo Silveira Netto Nunes, destacou a relevância de refletir sobre os desafios contemporâneos. “A história nos convida a pensar e refletir sobre os caminhos de nossa sociedade, entre cataclismos, golpes e resistências. É um momento para entender como esses processos afetam nosso presente e como podemos atuar diante deles.”

A conferência de abertura, intitulada “Percursos da História Acadêmica e Escolar no Século 21”, foi ministrada de forma remota pela professora Circe Bittencourt, da Universidade de São Paulo. Durante a manhã, também houve a palestra “Povos da Floresta”, conduzida pelo professor Nilson Santos, da Universidade Federal de Rondônia.

A semana oferece uma programação que inclui simpósios temáticos, minicursos, mesas-redondas e atividades culturais. Ao longo do evento será realizado o 5º Encontro Interestadual de História, em parceria com a Associação Nacional de História (Anpuh) das seções Acre e Rondônia, o qual discutirá os impactos de golpes, autoritarismos e ditaduras nas Amazônias. O encerramento, previsto para a noite de sexta-feira, 6, contará com uma conferência do professor Marcos Montysuma, da Universidade Federal de Santa Catarina, sobre as origens do pensamento autoritário no Brasil.

O evento é organizado pelos cursos de licenciatura e bacharelado em História, pelo programa de pós-graduação profissional em Ensino de História e por entidades estudantis, como o Centro Acadêmico Pedro Martinello e a atlética Perversa. A Anpuh, seção Acre, também apoia a iniciativa.

Também estiveram presentes no dispositivo de honra a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o diretor de Ações de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Gilvan Nascimento; a diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Georgia Pereira Lima; o coordenador do mestrado profissional em Ensino de História, Sérgio Roberto; o coordenador de História (licenciatura), Armstrong da Silva Santos; o coordenador de História (bacharelado), Hélio Moreira da Costa Júnior; e o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Stênio Cordeiro de Melo



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Detentos do Acre que vão fazer Enem PPL se preparam para a prova

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Isabelle Nascimento

A educação abre portas e muda histórias. Com esse intuito de dar a oportunidade de alfabetização, estudos e qualificação, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) e a Secretaria de Estado de Educação (SEE) têm dado todo o apoio necessário para os detentos que pretendem prestar o Enem PPL, que deve ser aplicado nos dias 10 e 11 de dezembro. No Acre, foram 491 inscritos para a prova.

Detentos se preparam para fazer o Enem PPL. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

A detenta I. A. S. parou de estudar na terceira série, mas dentro do sistema prisional retornou aos estudos e sonha em ser engenheira civil. Ela vai fazer esta edição do Enem. “Nós temos aula duas vezes por semana. Além disso, a gente ganha os livros e materiais pra estudar na cela. Os professores passam a tarefa pra cela também. É muito importante para mim terminar meus estudos aqui dentro, porque lá fora eu parei na terceira série”, explicou.

O professor de História da Escola Fábrica de Asas, Paulo Mário de Souza Moll, explica que durante as aulas é trabalhado o conteúdo programado pelo MEC, obrigatório na grade curricular de todas as escolas, e próximo da data da prova, intensificam as revisões: “Perto da data da prova, a gente dá uma ênfase maior no trabalho com questões comentadas, videoaulas. A gente faz quiz com perguntas e respostas. E elas levam para a cela, o que a gente chama de atividades indiretas. Essas atividades indiretas, além de textos, têm questões de múltiplas escolhas e, quando elas retornam para a sala de aula, a gente corrige”, ressaltou.

O diretor da Fábrica de Asas, professor Juscelino Bandeira, falou da importância da aplicação da prova para os apenados: “A aplicação do Enem é de fundamental importância. A gente acredita no poder transformador da educação. Então, nós trabalhamos nessa aplicação. São ofertadas  apostilas de estudo. Os professores do ensino médio trabalham os conteúdos referentes ao Enem PPL. Então, é de grande importância para os privados de liberdade”.

Ele relembra o exemplo da ex-detenta, que fez parte do projeto de leitura da escola, T. S. R., e agora faz o curso universitário de Ciências Biológicas em uma instituição de ensino superior, “um grande exemplo para as outras alunas”.

A Secretaria de Educação foi fundamental no processo de preparação dos estudantes, como explica Margarete Santos, chefe da Divisão de Educação Prisional do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen): “A Secretaria de Educação, em agosto, disponibilizou links com as videoaulas preparatórias para o Enem. Foi encaminhado para a direção das unidades para ser disponibilizado para que os presos pudessem assistir essas aulas”.

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