POLÍTICA
Colunistas de VEJA analisam indiciamento de Bolson…
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6 horas atrásem
Da Redação
O indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pela Polícia Federal no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado e os próximos passos da investigação serão temas do programa Os Três Poderes, de VEJA, desta sexta-feira, 22. A edição, com apresentação de Ricardo Ferraz e comentários dos colunistas Robson Bonin, Marcela Rahal e Ricardo Rangel, será transmitida, a partir das 12h, no YouTube de VEJA e no streaming gratuito de VEJA, o VEJA+.
O saldo positivo do governo Lula na reunião da cúpula do G20 e o esperado anúncio do pacote de corte de gastos também devem ser abordados no programa.
A ÚLTIMA PEÇA
Reportagem de capa de VEJA desta semana mostra como a conspiração golpista dentro do Planalto empurrou a trama para o colo de Jair Bolsonaro. A descoberta do plano – que previa os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes – contribuiu para o indiciamento do ex-presidente e expôs o radicalismo de alguns militares que faziam parte ou estavam próximos do governo anterior. A VEJA, Bolsonaro negou que tenha discutido a ideia de matar alguém. Entre os acusados pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa estão, além do capitão, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Valdemar Costa Neto, entre outros. Agora, caberá à PGR decidir se denuncia ou não os suspeitos.
DELAÇÃO MANTIDA
O STF decidiu manter a validade do acordo de delação premiada feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, após ele prestar depoimento por cerca de três horas ao ministro Alexandre de Moraes. O militar é um dos 37 indiciados pela PF pela suposta tentativa de golpe de Estado. O acordo de colaboração do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ficou sob risco após investigadores apontarem omissões entre o que ele havia revelado e o que foi encontrado em seu celular, principalmente sobre o plano para matar Lula. Segundo o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, ele “respondeu a todas as perguntas e ratificou o que já havia afirmado”.
NOVA PREVISÃO DE HADDAD
O pacote de corte de gastos do governo será anunciado até a próxima terça, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na próxima segunda, segundo ele, a equipe econômica vai apresentar a Lula a minuta dos atos, que envolvem o envio ao Congresso de pelo menos uma proposta de emenda à Constituição e de um projeto de lei complementar. O petista já fez outras previsões para o anúncio do pacote fiscal antes – que não se concretizaram diante das dificuldades nas negociações dos ajustes. “Nós vamos bater com ele a redação e, ao fim da reunião de segunda-feira, nós estaremos prontos para divulgar. É uma decisão que a comunicação [do governo] vai tomar”, afirmou Haddad.
ENFIM, DEU CERTO
Anfitrião da reunião de cúpula do G20, o governo Lula apostou no pragmatismo, com temas palatáveis, e alcançou um saldo considerado positivo por especialistas. Conforme mostra reportagem de VEJA, o Planalto pôde comemorar o sucesso do encontro. “A diplomacia brasileira foi inteligente ao buscar não os resultados ideais, mas os possíveis”, avalia Guilherme Casarões, professor de ciência política da FGV. “Lula saiu fortalecido”, acrescenta. Sob todo o processo, pairou a ausência de Donald Trump, de quem se espera travar a maioria dos consensos obtidos quando voltar à Casa Branca, em janeiro.
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POLÍTICA
O que falta para Bolsonaro ser condenado por tenta…
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23 minutos atrásem
22 de novembro de 2024Matheus Leitão
Primeiro ex-presidente a ser indiciado por tentativa de golpe ou abolição do estado de direito em 100 anos, Jair Bolsonaro está hoje no seguinte contexto jurídico: seu chefe da Casa Civil e companheiro de chapa, seu ajudante de Ordens, seu chefe do Gabinete de Segurança Institucional, seu ministro da Justiça, seu diretor da Abin, seu ministro da Defesa, seu secretário-geral da presidência, além de comandantes das Forças Armadas em seu governo e o presidente do seu partido – todos envolvidos numa grave conspiração contra a democracia brasileira.
Mas ele mesmo não está. Diz que jamais compactuaria com tudo isso.
Alguém de fato acredita?
O líder da extrema-direita sempre verbalizou ideias autoritárias em sua longa carreira política. Como presidente da República atacou os outros poderes das piores formas possíveis. Mas antes disso, o golpismo e a violência sempre o acompanharam a ponto de ele ser descoberto em reportagem histórica de VEJA, na década de 1980, com um plano que previa a explosão de bombas em quartéis e outros locais estratégicos no Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro ainda apoiou a tentativa frustrada de atentado a bomba no Riocentro, de novo com militares extremistas e golpistas envolvidos, e defendeu publicamente o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso.
Qual é a surpresa que pode haver de ele agora ser acusado de tentar abolir o estado de direito com atos transloucados de associados que queriam até o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes?
A Polícia Federal o indiciou neste caso – e em outros como o da fraude dos cartões de vacina e dos desvios de joias – mas o Ministério Público, sob o comando de Paulo Gonet, precisa avançar e conseguir provas de que ele de fato sabia do plano homicida. A tese do domínio do fato é importante, mas é preciso mais.
Se a PF acredita que Bolsonaro comandava tudo e se Mauro Cid afirmou que o ex-presidente sabia do plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, a procuradoria-geral precisava avançar com provas cabais do conhecimento dele.
É para o bem do Brasil que isso deve acontecer.
A mais grave investida contra as instituições democráticas de que se tem notícia desde o fim da ditadura está demonstrada e, de fato, não pode ficar impune.
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POLÍTICA
O motivo do pedido de André Janones para extinção…
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2 horas atrásem
22 de novembro de 2024 Nara Boechat
O deputado federal André Janones (Avante-MG) encaminhou um ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a extinção do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. No documento, o parlamentar argumenta que o pedido “fundamenta-se na necessidade de proteção do regime democrático brasileiro, que tem sido alvo de sucessivos ataques e ameaças originados e fomentados por figuras de liderança e membros do partido requerido”. Janones menciona os atos de 8 de janeiro de 2023 e o atentado a bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 13 de novembro, e afirma que o Ministério Público Federal (MPF) deve “atuar com rigor para a defesa da ordem constitucional”.
“A continuidade das práticas do Partido Liberal representa uma ameaça direta à ordem democrática e à paz social. O apoio a discursos de descrédito institucional, culminando em atos de violência, demanda uma intervenção enérgica para preservar a estabilidade do Estado Democrático de Direito”, diz o deputado na petição enviada no dia 14 de novembro.
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POLÍTICA
Paes dispara contra Moro e Bretas em troca de farp…
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3 horas atrásem
22 de novembro de 2024 Lucas Mathias
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), trocou farpas com o senador Sergio Moro (União/PR) nas redes sociais nesta sexta-feira, 22. Ex-juiz da Lava-Jato, Moro foi chamado de “lixo” pelo alcaide, que criticou sua atuação no Judiciário e afirmou que ele “destruiu a luta contra a corrupção graças a ambição politica”. A postura de Paes veio depois de o congressista dizer que o prefeito tinha amigos “delinquentes”.
A discussão começou com um print compartilhado por Paes, em que aparece uma publicação de Marcelo Bretas, juiz responsável por conduzir a Lava-Jato no Rio. Em seu posicionamento, Bretas cita trechos do Código Penal usados para “avaliar a relevância de uma ação criminosa”, numa crítica velada à postura do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura a trama golpista contra o Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Ao comentar o que publicou Bretas, Paes foi direto: “Delinquente sendo delinquente!”, escreveu.
Poucas horas depois, Moro decidiu se posicionar e saiu em defesa do ex-colega de operação. “Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”, escreveu, em referência especialmente ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, no passado aliado do atual prefeito carioca.
https://twitter.com/eduardopaes/status/1859910193946972525
A tréplica de Paes foi ainda mais incisiva. “Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças a ambição politica de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”, retrucou, já na manhã desta sexta.
Nos últimos anos, Paes chegou a ser alvo de investigações da Lava-Jato, mas foi absolvido dos inquéritos por falta de provas. Marcelo Bretas, por sua vez, corre o risco de ter seu registro cassado no Conselho Nacional de Justiça. Ele é alvo de três reclamações disciplinares que tramitam em sigilo.
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