O Acre gerou mais 2.304 postos de empregos formais nos primeiros quatro meses deste ano. O número é 44% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o saldo de janeiro a abril ficou em 1.596. O balanço é feito de acordo com os saldos mensais divulgados pelos Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Saldo de empregos continua positivo e Acre fecha mês de abril com quase 800 novos postos em abril
Nestes quatro meses, o que mais chama atenção é o de março. Em 2021, o Acre passava pelo pico da pandemia e as medidas sanitárias de saúde fizeram com que muitos setores fechassem, principalmente o de serviços. Em março do ano passado, a saúde chegou a colapsar.
Naquele ano, março registrou apenas 35 novas vagas de emprego, já este ano esse número saltou para 643.
Em abril do ano passado, o governador do Acre, Gladson Cameli, anunciou a flexibilização e abertura geral do comércio nos fins de semana no estado acreano. A decisão foi tomada um mês após a divulgação de medidas mais restritivas para conter o avanço da Covid-19.
Outra mudança na época foi sobre o toque de recolher. Antes da flexibilização o horário era das 19h às 5h e com a mudança passou para 22h às 5h.
Todas essas mudanças e a retomada de tantas atividades fazem o comércio, de forma geral, ficar mais otimista.
Boas expectativas
O administrador de empresas e assessor institucional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), Egídio Garó, explicou que os números trazem boas expectativas e demonstram que o estado vem desenvolvendo políticas que aumentam a geração de emprego e renda.
“Tem gerado emprego, os negócios, de certa forma, estão retomando às atividades normais, o volume de demissões ocorridas, de fechamento de pequenos negócios nos últimos dois anos da pandemia, vem retornando, então, há um número considerado de contratações e isso é uma informação extremamente otimista e também nos permite uma expectativa otimista com relação a continuidade no número de elevação de empregos”, destacou.
Garó afirmou que a geração de empregos aumenta o consumo no mercado que, consequentemente, movimenta a economia, faz aumentar os estoques e traz novas contratações. Ele relembrou que o setor de serviços foi um dos que mais teve prejuízo durante a pandemia.
“Isso é extremamente relevante para a economia pro estado e também de Rio Branco, que é a capital e tem um volume maior. O serviço teve um prejuízo muito grande com o fechamento dos negócios, principalmente relacionados a conservação, manutenção predial, alguns de consultoria e assessoria”, friso.
Ele acrescentou que os setores de serviço, comércio, indústria, geralmente, contratam mais no estado. “Tem gerado um volume de serviços prestados considerado também, esse ano tem crescido bastante. Mas, de uma maneira geral, o emprego e renda são gerados por todos os segmentos da economia. No Acre, o comércio como representa a maior intensidade dos negócios e maior parcela da atividade econômica, então, contrata bem mais do que os outros setores. Outros segmentos também contrataram muito para garantir a continuidade de emprego e renda”, concluiu.
Com informações de G1Acre