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Comediantes transformam humor em negócio – 29/10/2024 – Mpme

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Comediantes transformam humor em negócio - 29/10/2024 - Mpme

Lucas Leite

Grupos de comédia como Porta dos Fundos e Os Melhores do Mundo mostram que o humor levado a sério pode ser um negócio lucrativo e gerar resultados em diferentes plataformas.

Fundado por Fábio Porchat, Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Antonio Tabet e Ian SBF em 2011, o Porta dos Fundos se tornou uma das grandes referências do humor na internet brasileira da última década.

A iniciativa surgiu da busca por mais liberdade criativa, após tentativas frustradas de vender conteúdos a canais de televisão.

Os cinco sócios decidiram, então, publicar os materiais no YouTube. Em pouco tempo, as esquetes ganharam popularidade e repercussão —só o vídeo “Xuxa Meneghel“, de 2016, no qual a artista simula uma visita à casa de uma fã, tem pouco mais de 24 milhões de visualizações.

Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, João Vicente afirmou que o projeto era um segundo trabalho do grupo e que não esperava que ele alcançasse grandes proporções.

“Tivemos um momento que unimos forças e apontamos todos os canhões para o mesmo lado, mas o Porta é um ponto fora da curva”, disse. “Em quatro meses já estávamos bem, ganhando dinheiro. Acho que tem muito a ver com o talento desses rapazes, mas também com o momento certo, a hora certa, o jeito certo e as discussões certas.”

Hoje, com 8 bilhões de visualizações e 18 milhões de inscritos, o canal do coletivo no YouTube é um dos maiores do segmento de humor no Brasil.

Em entrevista à Folha, Rafael Fortes, CEO do Porta dos Fundos há dois anos, afirma que o grupo ainda é pioneiro em empreender na produção de conteúdo na internet.

Um dos segredos do sucesso, diz, está na preocupação com a qualidade. “O Porta nunca olhou a internet como algo menor. Tentamos entregar para o YouTube exatamente o mesmo produto que entregamos para o cinema, para o streaming ou para um canal de TV.”

Em 2017, o Porta dos Fundos expandiu as operações internacionais após se tornar parte da Paramount. Hoje, há braços do coletivo no México e na Polônia, com elenco e temáticas locais.

“O sucesso no México foi um milagre, porque começamos lá do zero”, diz Gregório Duvivier, um dos fundadores. “Não usamos o canal do Brasil para impulsionar lá porque queríamos que a viralização fosse espontânea. Hoje é o maior canal de esquetes do México, e um dos maiores da América Latina.”

Fortes também ressalta a relação do grupo com as redes sociais, como YouTube, Instagram e TikTok, marcada pela proximidade construída a partir da troca de feedbacks e das interações semanais com o objetivo de fomentar a inovação.

Além da atuação na internet, o coletivo é referência em produção multiplataforma por criar programas, séries e filmes para canais de TV e streamings.

“O Porta se define como um hub de humor. Procuramos abranger todo o ecossistema. Em setembro, por exemplo, alcançamos o recorde de 34 milhões de visualizações no Instagram”, explica Fortes.

Já a companhia de humor Os Melhores do Mundo é responsável um dos primeiros vídeos virais de humor na internet. O marco aconteceu durante uma entrevista ao Programa do Jô, da TV Globo, em 2006, em que o grupo apresentou um trecho da esquete “Joseph Climber”, da peça “Notícias Populares”.

O grupo formado por Adriano Siri, Adriana Nunes, Jovane Nunes, Ricardo Pipo, Victor Leal, Marcello Linhos e Welder Rodrigues deu os primeiros passos em 1995, em Brasília, quando a capital federal passava por uma efervescência teatral.

Mas a companhia começou a se estruturar mesmo em 1997 com a abertura de um CNPJ. “Nós abrimos a empresa e isso já era uma visão, de alguma maneira, de empreendedorismo, porque vivíamos realmente do teatro”, afirma Siri.

Entre 2000 e 2001, o grupo contratou um novo produtor para expandir as atividades e fazer temporadas em diferentes locais do país. Além disso, eles alugaram um escritório, contrataram uma secretária e um assistente de produção.

O sucesso veio após a entrevista dada a Jô Soares (1938-2022). “Meses depois, estávamos no Canecão [antiga casa de espetáculos no Rio de Janeiro] com vendas esgotadas com um mês de antecedência. Deixamos de fazer teatros de 300, 400 lugares para fazer as casas de show”, relembra Adriano Siri.

Siri conta que, apesar do sucesso, a trajetória não foi isenta de desafios. A companhia já passou por períodos em que “as contas não batiam bem”, havia impostos atrasados, e o desgaste emocional e a rotina intensa de trabalho provocavam momentos de crise.

Desde 2021, a parceria com a produtora e agência NonStop, que colabora com a produção e divulgação da companhia, representa um novo capítulo para Os Melhores do Mundo.

Prestes a completar 30 anos em 2025, o grupo está em cartaz com três peças: “Tela Plana”, “Hermanoteu na Terra de Godah” e “Notícias Populares”.





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Leitores comentam prisão de Braga Netto e aborto legal – 16/12/2024 – Painel do Leitor

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Leitores comentam prisão de Braga Netto e aborto legal - 16/12/2024 - Painel do Leitor

Ataque à democracia

“Braga Netto é preso pela PF sob suspeita de interferir em investigação de trama golpista” (Política, 14/12). A alma brasileira começando a ser bem lavada e limpa.

Luiz Roberto Rocha Teixeira (São Paulo, SP)

Enquanto acusavam o PT e o Lula de emplacar uma ditadura bolivariana no Brasil eram eles, Bolsonaro e seus militares prediletos, que planejaram, e por pouco não implantaram, uma ditadura militar aqui. Que todos os envolvidos sejam exemplarmente condenados e presos dentro das quatro linhas.

Andrea Macedo (Belo Horizonte, MG)

Bolsonaro conseguiu o que os militares não entenderam o que ele queria: desmoralizar as Forças Armadas.

Ademar Souza dos Santos (Santo Amaro, BA)

Essa é a PF do governo que temos hoje. Se o governo vai mal, o negócio é criar um fato e levantar uma cortina de fumaça para encobrir o péssimo momento pelo qual passa o país e assim desviar a atenção.

Ari José Antonia (Florianópolis, SC)

Eleições municipais

“Suposta candidata fala que comprou 1.000 votos, recebeu só 29 e pede devolução em Pix” (Política, 14/12). Impressiona como ainda usam o nome de Deus ao desejar mal aos outros. Além de corruptos ainda são falsos cristãos.

Mônica Casarin Fernandes Elsen (Armação de Búzios, RJ)

Tomara que o Zé Simão escreva sobre a candidata. É inacreditável! Eu chorei de rir. Ela se sente injustiçada, roga pragas, chama o povo de ladrão e pede Pix. Essas pessoas têm um desvio comportamental e são incapazes de perceber. Isso é que é piada pronta!

Lorena Pardelhas (Porto Alegre, RS)

Congresso Nacional

“Câmara vai atrás de ex-deputados que deixaram dívidas ao fim de mandatos” (Política, 13/12). Até quando nós vamos pagar moradia para parlamentares, que ganham altos salários? Apartamento funcional já devia ter acabado há muito tempo! É uma vergonha.

Márcia Escobar (Porto Alegre, RS)

Falta de etiqueta

“Cinemas sofrem com público que canta, faz baderna e fuma maconha nas salas” (Ilustrada, 13/12). Os incomodados que se retirem do local. Simples assim.

Alaor Magno (Frutal, MG)

Então vamos combinar com os censores o seguinte: proibido para menores de 18 anos; proibido para maiores de 60 anos! Ou proibido para pipoqueiros/farofeiros; proibido o uso de celulares! Ou proibido fumar maconha, dançar e ficar de pé.

Noel Neves (Poços de Caldas, MG)

Mais evidências da idiotização geral das pessoas. Não são mais capazes de lerem livros, investem horas do dia nas redes antisociais, seguindo influencers trambiqueiros e assistindo vídeos inúteis. O tempo máximo de foco agora é de meia hora. Depois precisam postar algo.

Adriano Souza (Salvador, BA)

Influencia musical

“Canções do outro mundo” (Ruy Castro, 14/12). A santíssima trindade da melhor música do planeta de todos os tempos —The Beatles, The Rolling Stones e The Who— continuam e e continuarão influenciando gerações por décadas a perder de vista. Sem eles, não haveria música como conhecemos hoje.

Alceu Natali (São Paulo, SP)

Parece que o gosto musical das novas gerações foi consumido pelo imediatismo comercial das produtoras.

Lindberg Garcia (Belo Horizonte, MG)

Saúde pública

“Prefeitura de São Paulo entregou prontuários de mulheres que fizeram aborto legal ao Cremesp” (Saúde, 14/12). Absolutamente indecente e ilegal. Corregedoria e patrulhamento de mulheres que exercem um direito sendo usadas de forma ideológica, persecutória.

Daniel Pimentel (São Paulo, SP)

Sou a favor do aborto nos casos legais. Parece-me que é atribuição do Cremesp fiscalizar hospitais e consultórios. Assim, não vejo nenhuma anormalidade a atuação do Conselho. Todavia, o Cremesp não pode, por motivo religioso ou não, se arvorar em legislador e interferir nos casos de abortos legais.

Neli Faria (São Paulo, SP)

Os iguais tramando contra as mulheres.

Luis Gomes (Campinas, SP)

Boas festas

A Folha agradece e retribui os votos de boas festas de JSK Connect; Liora Steinberg Alcalay, da Unibes; Roberto Moreira da Silva e Fábio André Balthazar



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‘A palavra mais bonita do dicionário’: plano tarifário de Donald Trump – podcast | Donald Trump

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'A palavra mais bonita do dicionário': plano tarifário de Donald Trump – podcast | Donald Trump

Presented by Michael Safi with Dominic Rushe and Amy Hawkins; produced by Lucy Hough, Rudi Zygadlo; executive producer Sami Kent

“Tarifa,” Donald Trump já disse muitas vezes, “é a palavra mais bonita do dicionário”.

Embora existam muitas posições políticas que o novo presidente parece ter adotado mais tarde na vida, como afirma o editor de negócios do Guardian nos EUA, Dominic Rushe, explica, seu compromisso com as tarifas é antigo e profundamente arraigado.

E, como anunciou no mês passado, assim que voltar a entrar na Casa Branca, tentará impor tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, bem como mais 10% sobre produtos oriundos de China.

É uma política que, em parte, Trump utiliza como ameaça – uma tática de negociação para tentar forçar concessões de alguns dos maiores parceiros comerciais da América em questões não relacionadas. Mas também decorre da convicção e da crença de que um regime tarifário tem o potencial de trazer de volta empregos na indústria transformadora em todos os EUA.

Ainda assim, como alertam os economistas, isso poderá custar a cada família no país até 2.500 dólares extra por ano, será que Trump irá realmente levar a cabo o seu plano? E se o fizer, esses empregos voltarão de qualquer maneira?

Enquanto isso, o correspondente sênior da China Amy Hawkins diz Michael Safi que a China passou muito tempo a preparar-se para as tarifas de Trump, com o potencial de a economia mundial entrar numa guerra comercial que poderia ser dolorosa para todos os lados.

Fotografia: Chip Somodevilla/Getty Images



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um grande nome da cultura europeia emerge do esquecimento

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um grande nome da cultura europeia emerge do esquecimento

Um retrato de Lessia Ukraïnka, do artista de rua Christian Guemy, também conhecido como C215, em Borodianka, Ucrânia, em maio de 2023.

“Hope” (Nadiya), de Lessia Oukraïnka, traduzido do ucraniano por Henri Abril, edição bilíngue, Circé, “Deucalion”, 144 p., 12 €.

Ele é uma das maiores figuras da literatura ucraniana. No entanto, é quase completamente desconhecido na França. Da poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora Lessia Oukraïnka (1871-1913), só podemos ler uma breve antologia poética, finalmente publicada neste outono, Ter esperança (reedição ampliada de uma tradução publicada pela primeira vez em 1978), e, através de uma busca cuidadosa em livreiros de antiguidades, duas de suas peças, Cassandra (1903-1907) e outros O Anfitrião de Pedra (1912), traduzido nos mesmos anos (Amibel, 1973 e 1974) e esgotado há muito tempo.

No entanto, enquanto Agressão russa contra a Ucrânia acompanhada por uma tentativa sistemática de negar à cultura ucraniana a sua especificidade, a obra da escritora, que lutou toda a sua vida pela independência do seu país – então sujeito ao Império Russo – e pela emancipação das mulheres, é cada vez mais procurada pelos ucranianos como um símbolo de resistência intelectual, após um longo eclipse. Talvez a Europa Ocidental, ao descobri-la por sua vez, pudesse compreender melhor esta resistência e os seus problemas.

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