POLÍTICA
Como a questão fiscal mostra o tiro no pé do gover…

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3 meses atrásem
Marcela Rahal
A falta de uma estratégia de governo do terceiro mandato do presidente Lula tem dado sinais dúbios para a população. Afinal, o governo está no rumo certo ou não? Por um lado, a economia podendo crescer acima do esperado, em 3,5%, por outro, a dólar batendo níveis recordes impactado pelas incertezas fiscais.
A ala gastadora do governo quer mais investimento em benefícios sociais, a outra defende mais contenção de gastos para conseguir equilibrar as contas públicas. O presidente Lula faz gestos nos dois sentidos, é do jogo, mas até certo ponto.
A medida que os sinais ficam confusos a imagem que se passa para a população é de incerteza, insegurança e fragilidade. Parece um governo dividido, que indo para o terceiro ano, ainda não se alinhou em busca de um projeto.
Um bom exemplo disso é o anúncio do pacote de corte de gastos para conseguir manter as contas no zero a zero em 2025. Além de medidas que foram consideradas insuficientes, mas que renderiam um ajuste de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, veio a história da isenção do IR para quem ganha até R$5 mil, o que representaria mais gastos. O governo ainda tentou vender a ideia de que a medida seria compensada por taxação dos mais ricos, mas com um projeto ainda muito embrionário. A reação ruim do mercado foi imediata.
Pra piorar, na semana em que o Congresso finalmente votaria o aguardado pacote, o presidente diz que a única coisa errada no Brasil é a alta taxa de juros. Logo depois, o dólar chegou na casa dos R$ 6,30, um recorde para a moeda americana.
Para tentar reajustar o impacto de tudo isso, no dia em que as medidas foram finalmente aprovadas pelo Legislativo, às custas de muitas emendas, diga-se de passagem, Lula gravou um vídeo com o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando que não haverá nenhuma interferência no BC e que o governo reconhece a importância do controle fiscal.
O problema é que virou um jogo de morde e assopra que ninguém ganha, nem o governo, nem a população. Todos saem perdendo.
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POLÍTICA
O lado irônico da nova reclamação de Bolsonaro

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3 horas atrásem
14 de março de 2025
Matheus Leitão
Jair Bolsonaro resolveu agora reclamar que a Justiça brasileira só é célere contra ele. Sem ruborizar o rosto, usou como pano de fundo pesquisas que o colocam como líder das intenções de voto em 2026.
Todo mundo sabe que o ex-presidente nunca levou a sério as pesquisas, insinuava que elas eram compradas, inventava mentiras sobre as urnas eletrônicas e dizia ter sido roubado até na eleição que venceu, em 2018.
“Parece que o devido processo legal, [no Brasil], funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026”, afirmou o líder da extrema-direita em sua conta no “X”.
Na verdade, Bolsonaro sabe que as provas contra ele no caso da trama golpista são robustas – robustíssimas, para ser mais exato – e que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal deve condená-lo, seja no plenário, seja na primeira turma.
O ex-presidente quer mesmo é continuar cometendo crimes.
Ao colocar em dúvida a idoneidade da corte, ele mais uma vez atenta contra os poderes constituídos da República, assim como fazia quando ocupava a cadeira no Palácio do Planalto.
Era uma crise institucional atrás da outra porque Bolsonaro defende até não cumprir mais decisões judiciais de ministros do STF – especialmente as do ministro Alexandre de Moraes, hoje relator do caso do golpe.
Naquela época e agora a ideia sempre foi a de construir a narrativa antissistema, a mesma usada pela extrema-direita ao redor do mundo para ferir a democracia, destruindo ela por dentro.
O problema é que, se a direita não vencer a eleição de 2026 e o ex-presidente não conseguir o indulto, o futuro político de Bolsonaro será atrás das grades. E por muitos anos.
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POLÍTICA
Por que Lula deveria indicar mais mulheres ao Judi…

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14 de março de 2025
Matheus Leitão
Enquanto as figuras políticas continuam a propagar discursos muitas vezes machistas, Cármen Lúcia, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destaca-se não apenas por seu papel jurídico, mas como uma defensora incansável dos direitos das mulheres. Em recentes declarações, a ministra enfatizou a desproporcional representação feminina nos cargos públicos e a urgente necessidade de ação para corrigir essa disparidade.
Cármen Lúcia criticou abertamente a substituição de mulheres por homens em cargos de poder, especialmente no Judiciário. Ela ressaltou que, mesmo quando há listas tríplices com maioria de mulheres para cargos importantes, a escolha final muitas vezes recai sobre homens. Essa prática, segundo ela, é “inaceitável” e contraria os princípios de igualdade e justiça que deveriam nortear as instituições públicas.
Outro marco histórico recente é a posse da ministra Maria Elizabeth Rocha como a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM) em 217 anos de história do órgão. Em seu discurso de posse, ela afirmou: “Sou feminista e me orgulho de ser mulher”.
Natural de Belo Horizonte, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria Elizabeth compõe o STM desde 2007, quando foi indicada durante o primeiro mandato do presidente Lula. Sua trajetória é um exemplo de competência e resistência em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. A nomeação dela não apenas quebra barreiras históricas, mas também reforça a importância da presença feminina em todos os espaços de poder.
No entanto, enquanto mulheres como Cármen Lúcia e Maria Elizabeth Rocha lutam por mais igualdade, o cenário político ainda é marcado por discursos machistas. Recentemente, o presidente Lula deu uma declaração em que se referiu à ministra Gleisi Hoffmann como “mulher bonita” para melhorar a articulação política.
Com duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a recomendação de que esses postos sejam preenchidos por mulheres não é apenas uma questão de representatividade, mas também de justiça e equidade. A indicação de mulheres para essas posições seria um passo significativo em direção a corrigir o longo histórico de desequilíbrio de gênero no Judiciário brasileiro, alinhando as práticas do país com suas aspirações democráticas.
A trajetória e as declarações de Cármen Lúcia e de Maria Elizabeth Rocha não apenas ressaltam a luta contínua pela igualdade de gênero, mas também moldam o discurso sobre o que significa ser uma líder feminina em uma das mais altas cortes do Brasil. Suas lideranças são um lembrete de que a mudança é necessária e possível, e que as mulheres não só pertencem a todos os espaços de poder, como são essenciais para a integridade e a justiça desses espaços.
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José Casado
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