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Como consertar o sistema de saúde em dificuldades da Alemanha – DW – 21/10/2024

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11 meses atrásem
Para ouvir Carlos Lauterbach descrevê-lo, é nada menos que uma revolução. Falando numa conferência anual de médicos no início de maio, o ministro da saúde alemão disse que os planos de reforma em que vinham trabalhando há dois anos marcaram uma “Zeitenwende” (virada dos tempos) no sistema de saúde alemão – uma alusão à reforma militar. Olaf Scholz anunciado depois A invasão total da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
A lei sobre a reestruturação do setor hospitalar foi aprovada pela Câmara Baixa do parlamento, o Bundestag, em 17 de outubro de 2024. Tem agora de ser aprovada pela Câmara Alta do Parlamento, o Bundesrat.
Uma nova forma de pagar hospitais
A dupla reforma hospitalar mudará a forma como os hospitais alemães são financiados e imporá novos padrões de cuidados.
A Alemanha tem o maior número de camas hospitalares per capita na União Europeia (7,9 camas por 1.000 habitantes — média da UE: 5,3), mas mantê-las é dispendioso. Segundo Lauterbach, isto deixou muitos hospitais à beira da falência. O resultado é que os pacientes são mantidos desnecessariamente no hospital, para que os hospitais possam cobrar dinheiro extra às seguradoras de saúde – o que, por sua vez, aumenta os custos de saúde e as contribuições para os seguros em todo o país.
A reforma significa que os hospitais deixarão de ser pagos por tratamento – em vez disso, receberão um rendimento garantido pela disponibilização de determinados serviços. Espera-se que isto alivie a pressão financeira sobre os hospitais para realizarem o maior número possível de operações e tratamentos, mesmo que estejam pouco qualificados para os realizar.
Esta medida visa garantir que os pacientes que necessitam de tratamentos complexos sejam encaminhados mais cedo para especialistas. Isto, segundo o Ministério da Saúde, reduzirá os custos de saúde a longo prazo, uma vez que os pacientes têm mais hipóteses de serem curados e são menos propensos a serem vítimas de erros, uma vez que o pessoal hospitalar estará menos apressado e sobrecarregado. Lauterbach afirma que esta reforma salvará dezenas de milhares de vidas por ano.
Inteligência artificial salvando vidas na sala de cirurgia
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Muitos hospitais
“A reforma hospitalar é correta e importante”, disse à DW Dirk Heinrich, especialista em otorrinolaringologia e presidente da associação de médicos Virchowbund. “Temos demasiados cuidados de internamento, mas o que está a acontecer agora é muito pouco. Reformar os hospitais sem uma reforma abrangente do tratamento ambulatorial e sem uma reforma dos cuidados de emergência não fará diferença.”
Eugen Brysch, presidente da organização de proteção aos pacientes Deutsche Stiftung Patientenschutz também se mostrou cético. “No domínio dos cuidados médicos ambulatórios, os idosos, os doentes crónicos e os dependentes de cuidados terão quase impossibilidade de encontrar um novo médico”, afirmou.
A Alemanha também luta contra a falta de consultórios médicos nas zonas rurais, uma vez que menos médicos querem viver lá. O Ministério da Saúde quer resolver esta questão oferecendo dinheiro extra às clínicas nas zonas rurais. Mais uma vez, Brysch foi cauteloso: “O facto de estarem agora a ser criadas melhores oportunidades de rendimento não levará por si só a mais médicos nas zonas rurais. Afinal, outros factores de localização também desempenham um papel.”
Uma questão foi resolvida nas novas reformas: o limite máximo de pagamentos para médicos de clínica geral. Os médicos queixam-se há muito tempo deste limite orçamental – e ocasionalmente entram em greve por causa dele – porque dizem que muitas vezes os obriga a tratar os pacientes gratuitamente. A eliminação do limite, espera Lauterbach, proporcionará aos médicos incentivos para aceitar mais pacientes. Heinrich acolheu favoravelmente esta medida, mas, mais uma vez, disse que não foi suficientemente longe. “Para no meio do caminho porque continuam os orçamentos para médicos especialistas”, afirmou. “Não adianta um paciente conseguir uma consulta mais rápido no médico de família e depois ter que esperar meses por um especialista”.
Reforma hospitalar — os próximos passos
“Algumas centenas de hospitais vão fechar”, disse o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, ao tablóide Bild am Sonntag depois da reforma ser aprovada no Bundestag. Não há procura médica suficiente para estes hospitais, disse explicando que um terço de todas as camas hospitalares estão vazias e ainda não há enfermeiros suficientes. “Temos um sistema tão ineficiente que em nenhum outro país da Europa Ocidental a esperança de vida é inferior à da Alemanha”, disse Lauterbach, argumentando que “a centralização melhorará a qualidade dos cuidados”.
A reforma requer a aprovação da Câmara Alta do parlamento, o Bundesrat, que representa os 16 estados federais da Alemanha. A reforma entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025 e será implementada gradualmente até 2029.
As contribuições para o seguro de saúde deverão aumentar no próximo ano também devido à reforma. No entanto, Lauterbach disse ao Bild am Sonntag que não espera mais aumentos no ano seguinte, se as suas propostas de reforma da saúde forem implementadas.
Editado por Rina Goldenberg
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Curso de Letras/Inglês da Ufac tem aula inaugural em Feijó — Universidade Federal do Acre

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4 dias atrásem
18 de setembro de 2025
A Ufac promoveu a aula inaugural do curso de Letras/Inglês em Feijó (AC), por meio do Programa de Interiorização. O evento ocorreu na terça-feira, 16, no núcleo da universidade no município, e contou com a participação de autoridades e dos 45 ingressantes do curso, que receberam seus kits estudantis. O curso foi viabilizado por emenda parlamentar do atual prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz (PP), durante seu mandato como deputado federal.
A reitora Guida Aquino agradeceu em nome do coordenador do curso, Carlos André Alexandre de Melo, o apoio e a disponibilidade dos professores em colaborar com a interiorização. “É importante destacar que não basta a gestão querer. Os professores precisam acreditar no projeto e eles acreditaram. O curso de Inglês está começando com muita dedicação”, disse. “Este momento tem um grande significado: é a realização de sonhos e a universidade chegando cada vez mais perto da sociedade.”
André Alexandre enfatizou que aquele era um momento de realização e se dirigiu aos discentes. “Meu desejo é que vocês tenham uma vida acadêmica plena e, quem sabe, estejam conosco no futuro, dando aulas no curso de Letras/Inglês na sede. Ou, melhor ainda, que possamos formar aqui mesmo, em Feijó, uma turma permanente do curso e vocês poderão ser os futuros professores daqui.”
Representando os demais acadêmicos, o aluno Frank Esdras de Souza comemorou a conquista. “Hoje iniciamos uma jornada de aprendizado que, tenho certeza, marcará nossas vidas e nos permitirá honrar esta oportunidade com dedicação, empenho e compromisso. Muito obrigado. Good night!”
Também estiveram presentes na solenidade a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o diretor de Apoio à Interiorização e de Programas Especiais, Marcelo Feliciano; o diretor de Desenvolvimento Estudantil da Proaes, Francisco Pinheiro; o prefeito de Feijó, Railson Ferreira (Republicanos); o vice-prefeito, Juarez Leitão (PSD); o secretário municipal de Educação, Mauro Defeson; a representante da SEE em Feijó, Marinês Dantas; e a vereadora de Feijó, Vanda Aguiar (PSDB), que representou a Câmara Municipal.
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Ufac realiza aula inaugural do curso de Direito em Sena Madureira
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Egressa do CAp é premiada pelo MEC por nota na redação do Enem — Universidade Federal do Acre

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4 dias atrásem
18 de setembro de 2025
A ex-aluna do Colégio de Aplicação (CAp), Ana Evelyn Andrade Martins, 18, que concluiu o ensino médio em 2024 e atualmente cursa Medicina na Ufac, foi uma das vencedoras da 1ª edição do Prêmio MEC da Educação Brasileira, na categoria Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por ter obtido 960 pontos na redação, uma das melhores notas do Estado do Acre.
Isso a fez ser selecionada, junto com o estudante Guilherme Amaral Cairo, egresso da Escola Estadual Humberto Soares da Costa, para a premiação no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília, que ocorreu em 11 de agosto, quando ela recebeu o prêmio entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, em 7 de setembro, Evelyn participou do desfile da independência, integrando o pelotão Brasil do Futuro.
Segundo ela, sua vitória não foi apenas individual, mas compartilhada com seus pais, professores e todos que acreditam na força da educação pública, gratuita e de qualidade.
Prêmio
O Prêmio MEC da Educação Brasileira foi lançado em junho deste ano e reconhece estratégias e iniciativas para promoção de avanços na melhoria da qualidade da aprendizagem na educação básica. A categoria Enem premia dois estudantes concluintes do ensino médio na rede pública por Estado e DF com maior nota na redação do Enem; e o Estado ou o DF com maior percentual de participação de concluintes no exame.
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Aluna de Jornalismo da Ufac é premiada em exposição nacional — Universidade Federal do Acre

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5 dias atrásem
17 de setembro de 2025
A estudante do 8º período de Jornalismo da Ufac, Ludymila Maia, obteve o 1º lugar na categoria Programa Laboratorial de TV na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom Nacional-2025), durante o 48º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom Nacional), que ocorreu de 1 a 5 de setembro no Centro Universitário Faesa, em Vitória. O projeto premiado foi um debate transmitido ao vivo, que reuniu os candidatos à Prefeitura de Rio Branco em 2024.
O trabalho foi realizado como atividade da disciplina de Telejornalismo, sob orientação do professor Paulo Santiago. O curso precisou montar um estúdio experimental no Centro de Convenções da Ufac, com apoio dos técnicos Daniel Dias e Célio Roberto. Ludymila já havia sido premiada na Expocom Norte, junto com outros discentes de Jornalismo da Ufac.
“Proporcionamos um debate eleitoral aberto e transparente dentro da universidade, aproximando a população dos candidatos e estimulando o voto consciente”, disse Ludymila. “Foi um exemplo de como a produção acadêmica pode dialogar diretamente com a comunidade.” Para ela, a conquista mostra que o jornalismo produzido na região Norte tem força e merece espaço em nível nacional.
A aluna ressaltou ainda que a experiência transformou sua trajetória acadêmica e pessoal. “Eu me sinto uma pessoa antes e depois do debate. Aprendi a trabalhar sob pressão, a confiar em mim e na minha equipe. Essa vivência reforça a importância de um jornalismo ético e comprometido.”
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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