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Como governo, partidos e oposição reavaliam estrat…

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Como governo, partidos e oposição reavaliam estrat...

Da Redação

As urnas falam, às vezes até gritam, mas as mensagens nem sempre são devidamente compreendidas. No domingo 6, mais de 120 milhões de eleitores compareceram aos postos de votação de 5 569 municípios do país para escolher seus prefeitos e vereadores. O resultado do primeiro turno permite algumas constatações. No campo ideológico, a esquerda encolheu, a centro-direita ampliou ainda mais sua área de influência e a direita mostrou que é uma força política em ascensão. Pelo lado partidário, o PT sofreu uma derrota acachapante, reduzido a comandar 248 prefeituras que, somadas, reúnem menos de 7 milhões de habitantes. No primeiro pleito depois da criação do chamado orçamento secreto, também ficou comprovado que, nos rincões, as verbas enviadas por deputados e senadores a seus redutos se consolidaram como um poderoso instrumento de conquista e de manutenção do poder. Nas capitais, São Paulo surpreendeu o país ao mostrar que há espaço político para uma direita ainda mais radical e disposta a toda sorte de golpes baixos contra os adversários. E o bolsonarismo, apesar dos reveses, não está morto.

Mesmo diante de todos esses fatos concretos, para o presidente Lula, o resultado do primeiro turno não representou uma derrota do governo, da esquerda e nem mesmo do seu partido, o PT, que ficou apenas na nona colocação no ranking das legendas que mais conquistaram prefeituras, atrás até mesmo do moribundo PSDB. O mandatário e alguns de seus auxiliares chegaram a fazer um balanço positivo e ensaiaram uma comemoração que, ao final, não aconteceu, até porque não havia nada a comemorar. Lula não foi o poderoso cabo eleitoral que prometia ser em grandes cidades. Em São Paulo, onde se comprometeu a apoiar o candidato Guilherme Boulos (PSOL), fez gestos tímidos na campanha por medo de ser associado a uma eventual derrota. Agora, a promessa é a de que ele fará de tudo para ajudar Boulos a obter uma difícil vitória na cidade, pois sabe que um resultado assim fará mudar bastante o balanço final das eleições.

Ironicamente, tendo em conta as dificuldades da esquerda e do PT, no rol de vencedores do último domingo destacam-se legendas que fazem parte do governo Lula. Nenhuma delas, no entanto, tem compromisso com a reeleição do presidente. E a maioria não descarta a possibilidade de lançar um nome para concorrer contra o petista em 2026, a depender do rumo dos ventos. É fato que o resultado de um pleito municipal pode não ter relação direta com o que vai acontecer nas eleições gerais dois anos depois. Pode-se perder uma e ganhar a outra, evidente, mas é um erro negligenciar os recados passados pelas urnas. Um deles é claro: o Brasil está caminhando cada vez mais para a direita e, nesse campo, começam a surgir novas forças dispostas a disputar espaço com as lideranças já estabelecidas. São peças importantes de um xadrez político que começa a se movimentar, de olho em 2026.

Publicado em VEJA de 11 de outubro de 2024, edição nº 2914



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Presidenciável, Ronaldo Caiado ironiza fala de Lul…

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Presidenciável, Ronaldo Caiado ironiza fala de Lul...

Gustavo Maia

A declaração do presidente Lula sugerindo que o brasileiro não compre um produto se desconfiar que ele está caro, em entrevista nesta quinta-feira, segue sendo explorada politicamente pela oposição.

Na noite desta sexta, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ironizou a fala do petista e sugeriu “cortar o PT“, em uma publicação nas suas redes sociais, na qual marcou os perfis do presidente.

“Se é cortar o que está caro, vamos cortar o PT”, diz Caiado no início de um vídeo de 45 segundos, produzido com tom de campanha eleitoral. O goiano não perde a oportunidade de dizer que quer ser candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem, quando acaba o segundo segundo mandato em Goiás.

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Na sequência, o vídeo reproduz o trecho no qual Lula afrima que “se você desconfia que tal produto está caro, você não compra”.

“O raciocínio do presidente Lula não está totalmente errado. Hoje, o que custa mais caro para o Brasil é o governo do PT. E o Lula já deu a solução. Se é para cortar o que está caro, vamos cortar o PT”, comenta Caiado.

O governador então diz que “o brasileiro dormiu sonhando com a picanha”, em referência à carne que Lula prometeu que voltaria a ser comida pela população na campanha de 2022, “e acordou sem ter condições de comprar nem uma caixa de ovo”. Enquanto isso, reproduções de notícias jornalísticas aparecem na tela.

“Essa alta dos preços, nós sabemos que é culpa dos gastos descontrolados do governo federal, que pressionam a inflação. Mas esses gastos, o Lula não quer cortar. Joga a conta para o povo pagar”, concluiu.

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Moraes manda desbloquear redes sociais do influenc…

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Moraes manda desbloquear redes sociais do influenc...

Da Redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira, 7, o desbloqueio das redes sociais do influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Ele é alvo de um inquérito no Supremo pela acusação de espalhar “notícias fraudulentas” sobre as eleições.

Apesar de liberar as redes sociais, Moraes determinou a aplicação de multa de R$ 20 mil em caso de reiteração e a retirada de postagens consideradas ilegais.

Os bloqueios foram autorizados após Moraes receber um relatório no qual o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foi presidido pelo próprio ministro, constatar que Monark continuava postando vídeos em novas contas após a primeira decisão que determinou o bloqueio.

Além do bloqueio das redes sociais, Monark também teve as contas bancárias bloqueadas, e a monetização de seus canais foi suspensa.

A defesa de Bruno Aiub sustenta que o inquérito aberto contra o influenciador é ilegal por tratar a suposta conduta de divulgar fake news como crime.

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Para os advogados, a conduta de desinformação ou fake news tem natureza cível e não autoriza a decretação das graves medidas contra o influenciador.

Atualmente, Monark vive nos Estados Unidos.

(Agência Brasil)



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Avião cai e bate em ônibus em SP e Hugo Motta diz…

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Avião cai e bate em ônibus em SP e Hugo Motta diz...

Marcela Rahal

Um avião de pequeno porte caiu no meio de uma avenida, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 7, e atingiu um ônibus. As duas pessoas que estavam na aeronave morreram, o piloto e o passageiro. O avião decolou do Campo de Marte, na zona norte da capital, e seguiria para Porto Alegre. Seis pessoas que estavam na via ficaram feridas. Ainda não se sabe as causas do acidente.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou nesta sexta-feira, 7, que os ataques golpistas do 8 de janeiro não podem ser considerados uma tentativa de golpe, embora sejam inadmissíveis. Segundo o deputado, para se ter um golpe seria necessário um líder e o apoio de outras instituições como as Forças Armadas. Em entrevista a uma rádio da Paraíba, Motta também falou que vai tratar com cuidado o projeto de lei que prevê anistia para os condenados pela tentativa de golpe, mas disse que as penas foram muito severas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a política monetária do Banco Central, que define a taxa básica de juros, “não pode jogar o país em uma recessão”. Na última semana, o Comitê de Política Monetária do BC subiu a taxa de juros para 13,25% ao ano, o maior patamar de juros reais do mundo. Acompanhe o Giro Veja.

 



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