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Como se preparar para uma entrevista de emprego – 18/11/2024 – Carreiras
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Beatriz Pecinato
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Pode ser a primeira, a última, ou a única etapa de um processo seletivo. Se você está se candidatando para um novo emprego, com certeza precisará fazer uma entrevista.
Por que esse momento é tão decisivo? Muitas vezes, é o seu primeiro contato com o RH, com membros da sua futura equipe ou até com o seu possível gestor.
↳ “[A entrevista] é a primeira chance que você vai ter de mostrar para a empresa que é ‘a pessoa [certa]’” exemplifica Roberta Saragiotto, diretora de people e strategy na Start Carreiras.
Mesmo que você ainda não tenha certeza se a vaga está totalmente alinhada com o seu perfil, ou se a empresa está dentro do que você busca, participar de um processo seletivo é dar um passo na carreira, explica Andréa Krug, psicóloga e, especialista em carreira, recrutamento e seleção.
↳ “Carreira é uma coisa, que o passo que eu dou hoje vai falar com o meu futuro. Então as coisas têm que ser pensadas e planejadas” diz Andréa.
Entenda, então, por onde começar e como fazer uma boa preparação:
Se conheça
Antes mesmo de procurar uma oportunidade de emprego, é preciso saber, com clareza, seus pontos fortes e fracos.
Quando você entende quais são suas habilidades e o que já tem bem desenvolvido, consegue procurar melhor aquelas empresas e funções que exigem o que você manda bem, segundo a psicóloga.
Além disso, não saber o que você gosta, o que busca alcançar, o que quer aprender e quais são seus valores te distanciam de encontrar a vaga ideal, e até dificultam sua performance na entrevista, pontua a diretora da Start Carreiras.
Mas… Se eu nunca trabalhei antes, como saber no que eu sou bom?
Andréa dá a dica de conversar com a sua família, parceiro(a) e amigos e perguntar características sobre você.
Os comentários que forem comuns entre os três podem te ajudar a entender melhor suas qualidades e defeitos.
- Se eles comentarem, por exemplo, que você é um bom falante e ouvinte, pode considerar que a comunicação é um dos seus pontos fortes.
Para profissionais em início de carreira, Roberta recomenda a criação de um diário de carreira. Nele, você vai registrar experiências e reflexões.
↳ Você recebeu uma demanda em que precisava falar com o diretor da empresa. Depois de executá-la, avalie: o que sentiu? Como se preparou? O que foi mais fácil e mais difícil naquele momento?
- “Isso vai te ajudar a identificar padrões e descobrir suas preferências ao longo do tempo”, afirma a diretora.
Pesquise sobre a empresa
Aqui, estou falando sobre procurar a fundo.
Conhecer a companhia pelas propagandas e redes sociais, ou consumir seus produtos não significa que você sabe tudo sobre ela.
Roberta explica que é importante entender os valores e a cultura da empresa, os setores que a companhia têm, quais foram as últimas notícias que saíram na mídia e quais os últimos resultados dela, por exemplo.
Como fazer isso? Alguns sites têm informações detalhadas sobre metas e missões, sobre funcionamento do local e até programas de carreira.
No LinkedIn é possível encontrar relatos de funcionários e ex-colaboradores sobre as funções e o dia a dia na companhia.
No Glassdoor, plataforma que reúne anúncios de vagas e avaliações sobre empresas, também é possível encontrar recomendações e comentários sobre prós e contras do local, como é o ambiente corporativo e até a média salarial das principais companhias.
E por que ter clareza disso é importante?
- Se você é uma pessoa bem falante e expressiva e está prestes a fazer uma entrevista em uma empresa que é rígida e formal, será que o seu perfil está alinhado com aquele local? Será que consegue se manter ali a longo prazo?
Além disso, saber sobre a companhia e o que está acontecendo com ela pode mostrar aos entrevistadores que você está engajado e interessado.
↳ “Li em uma reportagem que vocês apresentaram o melhor resultado da história no último semestre. O que vocês fizeram para atingir isso?” é um exemplo de como você pode introduzir sua pesquisa prévia durante a entrevista.
Treine
Está nervoso? Repasse alguns pontos que podem ser perguntados durante a entrevista com seus colegas e familiares.
Faça também uma reflexão sobre você mesmo para não ser pego de surpresa. Roberta elenca alguns tópicos:
- O que te deixa deixa desconfortável durante um processo seletivo?
- Que pergunta você não consegue responder em uma entrevista?
E se o sentimento persistir no dia, seja franco com os entrevistadores. “Às vezes, posso ficar um pouco nervoso. Só um momento” exemplifica a diretora.
Conselhos de CEO
Profissionais em cargos executivos dão dicas para quem está em início de carreira
Sobre ela: Ana Paula Prado é CEO do Infojobs, plataforma digital de recrutamento. Tem mais de 21 anos de experiência nos mercado de tecnologia e RH.
Meu primeiro emprego… Foi um estágio em RH! Como fazia psicologia, optei por trabalhar no organizacional.
O que eu faria diferente… Por enquanto, meu arrependimento foi não ter feito um intercâmbio.
Um erro do qual não esqueço… Foram vários e todos me geraram aprendizados! Um que marcou muito foi insistir e normalizar o assédio moral. Isso acabou me desenvolvendo uma ansiedade e insegurança. Um grande ganho é que as organizações em todo o mundo estão cada vez mais conscientes dos impactos negativos que o assédio moral pode ter não apenas nos indivíduos afetados, mas também na cultura, produtividade e imagem geral da empresa.
Uma habilidade essencial… Tudo está mudando cada vez mais rápido, então vejo a flexibilidade e adaptação como muito importante, assim como curiosidade, senso crítico e inteligência emocional.
Um conselho para jovens profissionais… “Seja eternamente insatisfeita”. Foi um conselho que recebi quando durante meu estágio. Outro conselho foi da importância do feedback imediato: “Se alguma atitude te fez parar tudo para tomar uma água, dê o feedback”. Isso me ensinou a abordar questões no momento, beneficiando tanto o líder, que recebe uma visão clara da situação, quanto o liderado, que pode ajustar e aprender em tempo real.
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A permissão de última hora de Biden para atacar profundamente na Rússia divide a Europa | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia
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21 de novembro de 2024A União Europeia e Presidente dos EUA, Joe Biden estão a tomar medidas sem precedentes para reforçar as defesas ucranianas e europeias após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 5 de Novembro e Envolvimento da Coreia do Norte na guerra da Ucrânia com tropas.
Trump expressou cepticismo em relação ao fornecimento de ajuda militar à Ucrânia e à manutenção dos Estados Unidos envolvidos na NATO.
A Coreia do Norte enviou 11 mil soldados para combater na região russa de Kursk, onde a Ucrânia realizou uma contra-invasão desde agosto.
A UE informará os Estados-membros que poderão desviar até 372 mil milhões de euros (392 mil milhões de dólares) em subsídios de Bruxelas para fins militares, informou o Financial Times na semana passada, citando responsáveis em Bruxelas.
O Serviço de Inteligência Estrangeira da Ucrânia também relatou a mudança política iminente.
Esse dinheiro representa montantes não gastos do Fundo de Coesão, que normalmente financia projetos que estimulam o crescimento nas regiões mais pobres da UE.
O dinheiro poderia ser gasto em infraestruturas de dupla finalidade, como estradas e pontes de importância militar, ou em equipamentos, como veículos e drones, informou o FT.
Entretanto, a administração Biden apressa-se a retirar 7,1 mil milhões de dólares em equipamento militar e munições dos arsenais para enviar à Ucrânia “quase semanalmente” antes de Trump assumir o cargo em 20 de janeiro.
A decisão mais controversa, no entanto, foi a reversão por parte de Biden da proibição do uso de Armas dos EUA 300 km dentro da Rússia (185 milhas).
O Washington Post e New York Times no domingo, citou funcionários anônimos do governo dizendo que a Ucrânia estava sendo autorizada a usar mísseis táticos do Exército dos EUA (ATACMS) na região russa de Kursk, onde mantém sob controle cerca de 50 mil soldados russos e norte-coreanos.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que a medida equivalia a “envolvimento direto dos EUA e dos seus satélites” e que a ação da Rússia resposta seria “apropriado e tangível”.
Na quinta-feira, a Ucrânia disse que a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental como parte de um ataque à cidade de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia.
A decisão de Biden dividiu a Europa.
Grã-Bretanha e França, que fornecer A Ucrânia com mísseis SCALP/Storm Shadow de alcance de 250 km (155 milhas) e que apoiou o levantamento imediato da proibição, autorizou também a utilização dos seus mísseis dentro da região russa de Kursk.
Na semana passada, a França concluiu o treino e o equipamento de uma nova brigada ucraniana.
Mas a Alemanha manteve a sua política de recusar fornecer à Ucrânia o seu míssil Taurus com alcance de 500 km (310 milhas), e uma brigada que promete liderar na Lituânia não estará pronta para o combate até 2027.
Na semana passada, o chanceler alemão Olaf Scholz defendido apaixonadamente sua cautela no Bundestag como forma de evitar a escalada.
Scholz enfureceu ainda mais outros líderes europeus na sexta-feira quando telefonou Presidente russo Vladimir Putin.
Putin não fala com Biden ou com um chefe de governo da UE desde o final de 2022, o primeiro ano da sua invasão total da Ucrânia.
“Até onde eu sei, foi uma conversa bastante profissional, detalhada e bastante franca, enquanto os lados expuseram suas posições mutuamente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Ele disse que assessores de Scholz e Putin se reunirão este ano para tratar de “uma série de questões”.
General aposentado dos EUA Ben Hodges lamentou recentemente esta falta de unidade aliada.
“Acredito que perdemos uma oportunidade no ano passado”, disse ele à Al Jazeera. “Se estivéssemos empenhados – EUA, Reino Unido, Alemanha, França – em ajudar a Ucrânia a vencer e a fornecer o que era necessário desde o início, penso que estaríamos a falar de uma situação muito diferente neste momento.”
As mensagens russas rapidamente duplicaram a divisão dentro da Europa.
“(O presidente francês Emmanuel) Macron tem sido um dos maiores e mais expressivos apoiadores materiais da guerra, defendendo a vitória sobre a Rússia, a derrota estratégica da Rússia”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, no G20 summit in Rio de Janeiro. “Scholz disse repetidamente que esta é a sua posição de princípio, apesar de todas as críticas… Bem, acho que a posição de Scholz é uma postura responsável.”
A Hungria, que tem argumentado contra as sanções da UE contra a Rússia, também rompeu com a UE por causa do licenciamento de ataques profundos na Ucrânia por parte de Biden.
“A ameaça de escalada da guerra Ucrânia-Rússia é maior do que nunca”, disse o ministro da Defesa húngaro, Kristof Szalay-Bobrovniczky, na quinta-feira.
Hungria disse que iria colocar um sistema de defesa aérea na sua fronteira com a Ucrânia, e o primeiro-ministro Viktor Orban, que actualmente ocupa a presidência rotativa da UE, convocou uma reunião do conselho de defesa da Europa para discutir o perigo de escalada.
Desde a eleição de Trump, a Rússia tem-se posicionado como pacificadora na guerra que iniciou.
“O presidente declarou repetida e consistentemente a sua disponibilidade para contactos e negociações”, disse Peskov esta semana.
Mas Putin também lembrou a Scholz que os seus termos representavam a retirada total da Ucrânia da “Novorossiya”, uma referência às cinco províncias ucranianas que actualmente ocupa parcialmente.
Os ‘golpes demonstrativos’ da Rússia nas linhas de frente
A postura da Rússia no terreno tem sido tudo menos pacífica.
Seus ataques aumentaram antes do inverno e seus ataques também vítimas.
O comandante das forças terrestres ucranianas, Oleksandr Pavlyuk, estimou as baixas russas em 12.000 na semana passada, uma média diária de pelo menos 1.700. Isso é cerca de 300 pessoas por dia a mais do que na semana anterior.
A Al Jazeera não conseguiu confirmar a estimativa.
A Rússia também matou 11 civis e feriu mais de 80 quando disparou mísseis antiaéreos S-300 contra um bairro residencial na cidade de Sumy, no norte da Ucrânia, no domingo, dois dias após o telefonema de Scholz e na noite anterior à decisão de Biden de permitir a Ucrânia. para usar o ATACMS foi tornado público.
Os mísseis fizeram parte de um ataque recorde, incluindo 120 mísseis e 90 UAVs. A Ucrânia derrubou 102 mísseis e 42 UAVs enquanto desorientava outros 41 UAVs com sistemas de guerra eletrônica.
No dia seguinte, um míssil balístico russo Iskander atingiu Odesa, matando 10 pessoas e ferindo 39, disse a polícia ucraniana.
“Estes não são acertos aleatórios – são acertos demonstrativos. Depois dos telefonemas e reuniões com Putin, depois de todos os boatos falsos na mídia sobre supostamente ‘abster-se’ de ataques, a Rússia mostra no que realmente está interessada: apenas a guerra”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em referência ao telefonema de Scholz. para Putin.
A Ucrânia fez seu primeiro uso confirmado de ATACMS 120 km (75 milhas) dentro da Rússia na terça-feira, quando atingiu o 1046º centro logístico perto de Karachev, na região de Bryansk, causando uma dúzia de explosões secundárias.
Andriy Kovalenko, chefe do Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, disse que o depósito continha munições de artilharia, bombas planadoras e mísseis terra-ar.
O Ministério da Defesa da Rússia disse ter abatido cinco mísseis ATACMS e danificado um sexto; fragmentos caindo causaram um incêndio.
Na quarta-feira, a Ucrânia teria disparado uma dúzia Sombra da Tempestade mísseis de cruzeiro em um quartel-general de comando conjunto russo-norte-coreano localizado em Maryno, na região russa de Kursk, a 40 km (25 milhas) da fronteira com a Ucrânia e a 30 km da linha de frente da contra-invasão da Ucrânia.
Há meses que a Ucrânia pede permissão a Biden para atacar as profundezas da Rússia com armas ocidentais.
Embora a Rússia tenha recuado muitos dos seus activos mais valiosos, incluindo helicópteros e os bombardeiros Tupolev-95 que utiliza para lançar bombas planadoras devastadoramente eficazes, mais de 200 alvos estão dentro do alcance do ATACMS, incluindo depósitos de munições e postos de comando, disse o Instituto. para o Study of War, um grupo de reflexão com sede em Washington, num relatório de Agosto. A Ucrânia parecia ter como alvo esses alvos.
“Só agora as autoridades dos EUA estão a avaliar seriamente a possibilidade de privar a Rússia de um santuário a partir do qual a Rússia trava guerra contra a Ucrânia”, escreveu o ISW numa avaliação da última medida de Biden. “A Ucrânia ainda não teve a oportunidade de demonstrar o que as forças ucranianas podem alcançar quando dispõem dos recursos adequados.”
O fornecimento de mísseis também é um problema.
Algumas autoridades dos EUA alegadamente argumentaram contra o fornecimento de ATACMS à Ucrânia, alegando que os EUA têm um fornecimento limitado.
A Grã-Bretanha e a França também têm estoques limitados de Storm Shadows.
Há um ano, a Ucrânia lançou uma política de fabricar o maior número possível de armas próprias, para cortar custos e contornar políticas que considera excessivamente cautelosas.
“Hoje estamos aumentando a produção de mísseis ucranianos”, disse o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, na segunda-feira. “Os primeiros 100 foguetes deste ano já foram produzidos”, disse ele, referindo-se aos mísseis antinavio Netuno. Zelenskyy disse que a Ucrânia está testando quatro tipos de mísseis que pretende produzir em massa.
“A guerra é um teste de vontade e um teste de logística. Os ucranianos têm muita vontade. Eles simplesmente não têm logística suficiente”, disse Hodges à Al Jazeera. “Nós, no Ocidente, temos uma quantidade quase infinita de logística, mas não temos vontade política.”
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O Musée d’Orsay assina parceria com Louis Vuitton
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21 de novembro de 2024Esperávamos ver surgir no Louvre o nome de Bernard Arnault, que pretende abrir uma nova entrada, a Place du Louvre, para facilitar o fluxo de visitantes, um projecto cujo custo de 450 milhões de euros também acaba por valer a pena. enorme para os fundos públicos. É finalmente na Margem Esquerda, no Musée d’Orsay, que o bilionário dará o seu apoio através de uma parceria estabelecida para o período 2026-2030 com o seu carro-chefe, a Louis Vuitton.
De acordo com informações de Mundoa fabricante de marroquinaria deverá destinar 20 milhões de euros para financiar obras de renovação da entrada que visam melhorar o acolhimento dos visitantes e reduzir filas. O projecto, que durará a abertura do museu entre 2025 e 2028, inclui a renovação da praça, o restauro da marquise de entrada bem como a reabilitação do hall, das colunas e do topo da nave. Para tornar a visita mais fluida, a saída será transferida para o Quai de Seine.
Possíveis empréstimos de obras
As trocas entre Bernard Arnault e o museu remontam a mandato de Laurence des CarsHoje presidente do Louvre. Eles foram fortalecidos durante a visita a Orsay de Christophe LeribaultDe agora em diante no comando do Palácio de Versalhes. Em janeiro de 2023, o grupo LVMH permitiu a aquisição por 43 milhões de euros – 90% isentos de impostos – de uma pintura de Gustave Caillebotte (1848-1894), Festa no barco (1877-1878), classificado três anos antes como tesouro nacional. No mesmo ano, o museu acolheu um desfile de moda da Louis Vuitton e exibiu um banner publicitário em sua fachada.
O casamento entre arte e luxo poderá atingir um novo marco. De acordo com informações de Mundoo acordo entre Orsay e Vuitton poderia incluir uma disposição surpreendente: empréstimos de obras das coleções do museu para futuro carro-chefe da Louis Vuitton, localizado na avenida des Champs-Elysées, 103cuja fachada está hoje escondida por um enorme baú de metal com monograma que irritou os ambientalistas parisienses eleitos no outono. Essa imensa loja, a maior já inaugurada pela fabricante de marroquinaria, deverá contar, além de 6 mil metros quadrados de área de vendas, 3,5 mil metros quadrados de showrooms para contar a história da marca. “Até hoje nada está decidido”foge de alguém próximo ao caso, sem negar a informação.
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A paciência da África com as negociações climáticas se esgota – DW – 21/11/2024
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21 de novembro de 2024Como a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) tem lugar em Baku, no Azerbaijão, uma nuvem crescente de desilusão paira sobre as negociações relacionadas com o clima.
Dos 20 países mais vulneráveis às alterações climáticas, 17 estão localizados em África. Os líderes e cidadãos africanos estão a levantar a voz mais alto do que nunca, exigindo responsabilização e medidas concretas para combater a crise climática. Os países africanos enfrentam secas severas, inundações e a escalada da insegurança alimentar, todas exacerbadas pelas alterações climáticas.
Cidadãos descontentes dizem que, a cada ano que passa, as promessas de financiamento relacionado com o clima e de cooperação global significativa permanecem apenas isso – promessas.
Dan Kaburu, morador de Nairóbi que conversou com a DW, disse que espera um avanço no COP29 está diminuindo. “A atual COP que está acontecendo em Baku não importa muito, porque quando olhamos para as COPs anteriores, há muitas promessas, mas nada para mostrar a elas”, disse Kaburu. “Não faz muito sentido quando os líderes globais se reúnem e sempre realizam essas trocas ou movem as balizas”, disse ele.
Em Maláuia cidadã Angella Phiri expressou frustração pela falta de um resultado óbvio: “Precisamos de resultados tangíveis”.
Entretanto, o estudante ganense Safiyya Muhammad Ikileel questionou a viabilidade dos objectivos da cimeira. “Se estas mesmas pessoas têm grandes empresas e apoiam a industrialização, se querem que as coisas fiquem bem, isso significa que a industrialização tem de abrandar ou parar”, disse ela. “E não creio que estejamos no ponto deste mundo em que a industrialização irá parar.”
Transformando ameaças ao meio ambiente em oportunidades
África carece de financiamento
Zeynab Wandati, Editor de Sustentabilidade e Clima do Nation Media Group, tem acompanhado o COP29 em Baku, Azerbaijão com esperança medida. Depois de observar anos de negociações climáticas, ela reflectiu sobre os progressos e desafios para África.
Ela destacou o Fundo para Perdas e Danos criado na COP27 em Sharm El-Sheikh como um marco. Este fundo visa fornecer assistência financeira às nações mais vulneráveis e afetadas pelos efeitos da alterações climáticas. No entanto, Wandati observou que ainda faltava financiamento substancial. “O grupo africano não está muito satisfeito com a forma como as coisas estão a correr na COP29, porque dizem que é muito provável que África saia sem nada”, acrescentou.
As contradições climáticas de Baku
Wandati sublinhou ainda a hipocrisia dos líderes globais, destacando particularmente a forte dependência de combustíveis fósseis e a sua posição contraditória em relação à acção climática.
“Há mais de 1.700 lobbies de combustíveis fósseis nesta COP”, observou Wandati. “O presidente do Azerbaijão disse no seu discurso de abertura que os combustíveis fósseis são uma dádiva de Deus. Isto causou indignação especialmente entre grupos do Sul Global. Eles sentiram que se é isso que o próprio presidente sente, como pode ser confiável para guiar esta convenção? longe dos combustíveis fósseis, que é um resultado que o Sul Global deseja.”
Sena Alouka, principal negociadora agrícola do Togo e presidente do Grupo de Trabalho sobre Clima e Agroecologia da Aliança para a Soberania Alimentar em África, expressou esperança no diálogo multilateral e em soluções centradas no ser humano. No entanto, ele continua crítico em relação aos principais emissores de CO2 do mundo. Ele observa que algumas das nações mais ricas do mundo têm sido repetidamente acusadas de travar progressos significativos durante as negociações climáticas.
Poderá a Grande Muralha Verde de África ainda impedir a desertificação?
Os mesmos países têm-se mostrado relutantes em assumir compromissos firmes na redução das emissões e no fornecimento de financiamento climático. “Esses grandes emissores não querem se comprometer, não querem pagar a sua parte e tentam atrasar todos os tipos de negociações”, disse Sena Alouka à DW.
Ele ressalta que, em vez de apoiar totalmente iniciativas como o Fundo para Perdas e Danos ou se comprometer com a eliminação progressiva combustíveis fósseis, esses países muitas vezes enfraquecem a linguagem vinculativa, por exemplo. A relutância em pagar a sua parte justa e dar prioridade à equidade climática continua a frustrar as nações vulneráveis, que suportam o peso dos impactos climáticos apesar de terem recursos mínimos.
O grande pedido de África: 1,3 biliões de dólares
O Grupo Africano de Negociadores (AGN) exige agora 1,3 biliões de dólares anuais em financiamento climático de 2025 a 2030 a partir do próximo ano.
Esta meta ambiciosa, parte do Novo Objectivo Colectivo Quantificado (NCQG), visa responder às necessidades prementes dos países em desenvolvimento de adaptação, mitigação e perdas e danos resultantes das alterações climáticas. O pedido de financiamento substitui uma exigência anterior de 100 mil milhões de dólares por ano, que foi visto como uma gota no oceano.
Os líderes dos países vulneráveis afirmam que apenas o apoio financeiro equitativo os ajudará a adaptar-se e a criar resiliência aos desafios relacionados com as alterações climáticas. Alouka sublinhou que a exigência estava enraizada na justiça.
“Não estamos a implorar por caridade ou solidariedade. Está no primeiro artigo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que os países desenvolvidos devem apoiar os países em desenvolvimento ou os países afetados pela crise climática com financiamento, tecnologia e outros meios, ” ele disse.
Agricultores quenianos investem em camelos para vencer a seca
Trump retorna preocupações climáticas
A vitória presidencial de Donald Trump reacendeu os receios sobre o retrocesso dos EUA nos compromissos climáticos. Com líderes como o Presidente da Argentina, Javier Milei, também a partilhar o cepticismo relacionado com as alterações climáticas, os delegados temem que a vontade política esteja a desvanecer-se à medida que a acção global se torna mais urgente.
Wandati alerta sobre as possíveis consequências da presidência de Trump nos esforços climáticos globais, citando a iniciativa argentina retirada da COP29 como um precedente preocupante.
“Quando os líderes mundiais vêm aqui, fazem grandes promessas. No entanto, quando chega a hora de a borracha cair na estrada nas salas de negociação, os seus negociadores fazem exactamente o oposto.”
Zimbabué: Acção climática através da dança!
Apesar destes desafios, Sena Alouka continua optimista: “Porque estamos aqui? Porque acreditamos no poder da solidariedade, da diversidade e da humanidade”.
Este artigo foi editado por Sarah Hucal.
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