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Como Trump se parece com demônio inimigo do Super-Homem – 02/11/2024 – Ilustríssima

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Como Trump se parece com demônio inimigo do Super-Homem - 02/11/2024 - Ilustríssima

Nuno Ramos

[RESUMO] Artista plástico traça um paralelo entre Mr. Mxyztplk, um demônio infantil e traiçoeiro que tira o sossego do Super-Homem, e políticos de extrema-direita. Há em comum uma sanha destruidora irracional e o desejo de retorno a uma dimensão paralela fantasiosa. Também os assemelha a única forma de enfrentamento possível: aproveitar de sua estupidez e fazê-los confessar em público sua origem demoníaca.

Com ” The Mysterious Mr. Mxyztplk“, Jerry Siegel e Ira Yarborough introduziram, em setembro/outubro de 1944, um novo inimigo para o Super-Homem: um demônio infantil ou pré-adolescente, vindo de uma dimensão paralela semelhante ao nosso mundo e causando acidentes catastróficos como quem brinca —uma criança antiga e perversa, originada como que num diário de caso de Melanie Klein, obrigando o Super-Homem a ocupar-se dela em tempo integral, à espera da próxima traquinagem assassina.

A única forma de livrar-se deste “trickster” é fazê-lo pronunciar seu próprio nome ao contrário (uma reminiscência do conto “Rumpelstiltskin”, dos irmãos Grimm).

No fundo, por enganar a todos, o hebefrênico não suporta ser enganado —quando alguém o faz, ele tem de voltar, por ao menos 90 dias, ressentidíssimo, a seu planeta/dimensão de origem, onde seus poderes são medíocres. E a única coisa que pode enganá-lo é este resíduo de identidade, de história pessoal intransferível, que vai num nome e que ele finge não conhecer.

Há muito da extrema direita, aqui —por mais nacionalista que seja, o cordão que a unia ao planeta Terra se rompeu nas últimas décadas, e ela flutua como um balão, provando a própria onipotência: aconselhar-se com um cachorro morto, mandar mais de 500 projetos de lei simultâneos ao Congresso, no caso de nosso vizinho argentino; dizer “Grab them by the pussy” [pegue-as pela xoxota], ridicularizar a emergência climática e instigar explicitamente a invasão e destruição de um sólido símbolo nacional (o Capitólio), no caso de nosso vizinho norte-americano; a lista de nosso próprio títere, ainda mais grosseira, seria infindável.

Essa aparição desde outra dimensão, ainda semelhante à nossa, mas onde as coisas funcionariam diferente, é como querem ser vistos. O “Again” do slogan de Trump (Make America Great Again) se refere à última aparição de algum misterioso Mr. Mxyztplk, uma fantasia histórica, e não a um período definido, reverenciado por eles.

Há um desejo de descontinuidade em cada voto na extrema direita —a homogeneidade temporal (o contrário da revolução) hoje pertence à esquerda, ao centro e à direita “normal”.

Ao pronunciar seu nome às avessas, a extrema direita confessaria, primeiro, que tem um nome, uma origem, uma construção anterior, mas também que, como numa senha de computador ou de banco, esse nome é simplesmente o espelho daquele que todos conhecem.

O difícil, no entanto, não é descobrir isso (a senha é bastante óbvia), mas fazer, como num processo psicanalítico, que a própria extrema direita o diga. Então estaríamos salvos.

Pois, de fato, o truque para enviar o demônio de volta é difícil de executar. Coisas como: “Você é incrível e pode tudo, mas aposto que não consegue dizer seu nome ao contrário”, até funcionariam numa primeira vez, pois esses demônios são mesmo muito burros, mas não há como repeti-las.

Por outro lado, fico pensando que fazer isso uma única vez não seria pouco, e que a surpresa estaria do nosso lado —hoje, neste nosso planeta, seria com certeza a primeira vez que alguém tentaria isso. Então imaginem como Trump reagiria, numa entrevista coletiva, a uma pergunta simples e direta:

“Senhor presidente, poderia, por favor, soletrar seu nome de trás para frente?”

“Para quê?”

“Eu estava apenas curioso…”

“Mas… O que você… Bem… Ok… Pmurt”

E subitamente, à frente de todos, por ao menos 90 dias, o demônio laranja desapareceria da face da Terra.





Leia Mais: Folha

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dois marinheiros morrem durante a corrida Sydney-Hobart

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dois marinheiros morrem durante a corrida Sydney-Hobart

Rolex Sydney Hobart Yacht Race, no porto de Sydney, 26 de dezembro de 2024.

A corrida Sydney-Hobart de luto. Dois marinheiros morreram na sexta-feira, 27 de dezembro, em dois acidentes distintos durante a famosa regata de vela na Austrália, que ocorreu sob ventos violentos, anunciaram os organizadores.

Os dois tripulantes, levados a bordo dos barcos Peixe Voador-Arctos et Bolicheforam atingidos pela retranca – a barra rígida à qual a parte inferior da vela grande está presa – enquanto estavam na costa de Nova Gales do Sul.

Seus companheiros tentaram ressuscitá-los, sem sucesso. “Estes acidentes estão sob investigação da Polícia Marítima e todos os familiares ainda não foram contactados, pelo que não podemos fornecer mais detalhes”relatou a administração da Rolex Sydney Hobart Yacht Race em um breve comunicado à imprensa.

O navio favorito, Comanchetambém foi obrigado a abandonar esta corrida de mais de 1.000 quilómetros que liga Sydney a Hobart, na ilha da Tasmânia, através do Estreito de Bass.

“A corrida vai continuar”

Ventos fortes e mar agitado estavam previstos para esta corrida de cerca de 630 milhas náuticas que acontece desde 1945 no sudeste da Austrália. Dos cento e quatro navios em partida, dezasseis já foram obrigados a abandonar, adiantaram os organizadores.

Durante os dois acidentes fatais, “os ventos impulsionaram os competidores a velocidades entre 25 e 30 nós (46 e 55 km/h)é muito rápido. Mas o mar não estava particularmente agitado de acordo com as informações que recebi”disse David Jacob, vice-presidente do Australian Sailing Club. “Esses barcos podem enfrentar esses ventos facilmente. São navios oceânicos, estão habituados. »

“A corrida vai continuar”acrescentou, reconhecendo que as duas mortes pesariam. “Isto terá um impacto muito forte”acrescentou. Ele também prometeu uma investigação por parte do iate clube para ajudar a melhorar a segurança durante o evento.

Ele é “É comovente que duas vidas sejam perdidas no que deveria ser um momento de alegria”, O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse em um comunicado.

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Este é o vencedor do ano passado, LawConnectque liderou a corrida na manhã de sexta-feira com uma vantagem de treze milhas sobre Celestial. O único barco francês que venceu o Sydney-Hobart é Pen Duick III com Eric Tabarly em 1967.

Em 1998, seis marinheiros morreram e cinco barcos afundaram, enquanto cinquenta e cinco participantes tiveram que ser resgatados quando um furacão atingiu a regata.

Leia o resumo | Artigo reservado para nossos assinantes Vendée Globe 2024: tudo o que você precisa saber

O mundo com AFP

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Passageiros registram apagão em Congonhas – 27/12/2024 – Cotidiano

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Passageiros registram apagão em Congonhas - 27/12/2024 - Cotidiano

Passageiros registraram um apagão no Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo, na noite desta quinta-feira (26). A queda de energia decorre de um dia de chuva intensa na capital, condição que deve se repetir na sexta (27).

Usuários que estavam no terminal entre 22h e 23h registraram diversas áreas do aeroporto sem luz. Segundo o painel de informações de voo, não houve cancelamento ou atraso entre pousos e decolagens programados.

Jornalistas da Folha que passavam pelo terminal registraram falta de energia nas paradas de embarque e desembarque. As esteiras de retirada de bagagem também ficaram inoperantes, e os passageiros de alguns voos receberam seus pertences de funcionários das companhias, que faziam a entrega de forma manual, chamando pelo nome os proprietários das bagagens.

A Folha procurou a concessionária no fim da noite, mas ainda não teve retorno.

Segundo a Enel, mais de 34 mil unidades consumidoras estavam sem energia na noite desta quinta –o que representa 0,5% dos mais de 5 milhões de clientes em São Paulo. Em toda a Região Metropolitana, são mais de 53 mil clientes sem energia, segundo boletim divulgado às 23h30.

A energia começou a ser restabelecida no aeroporto após às 23h. Os voos desta sexta-feira (27) começam às 6h.



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Soldado norte-coreano ferido capturado pelas forças ucranianas, diz Coreia do Sul | Ucrânia

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Soldado norte-coreano ferido capturado pelas forças ucranianas, diz Coreia do Sul | Ucrânia

Justin McCurry and agencies

A agência de espionagem da Coreia do Sul confirmou relatos ucranianos de que um soldado norte-coreano ferido foi capturado pelas forças ucranianas, no que poderá ser a primeira captura deste tipo desde que Pyongyang enviou forças de combate para reforçar as forças russas na guerra na Ucrânia.

O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul disse em comunicado na sexta-feira: “Através do compartilhamento de informações em tempo real com a agência de inteligência de um país aliado, foi confirmado que um soldado norte-coreano ferido foi capturado”.

Uma foto do soldado norte-coreano, que parecia magro e ferido, circulou no aplicativo de mensagens Telegram, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Detalhes sobre a condição ou status do soldado são desconhecidos.

A reclamação surgiu depois Ucrânia O canal Militarnyi informou que forças especiais capturaram o soldado na região de Kursk, na Rússia, onde algum território foi tomado e mantido durante uma incursão da Ucrânia.

O meio de comunicação não informou quando ocorreu o incidente e não houve confirmação de autoridades da Ucrânia ou da Coreia do Norte, onde a mídia estatal não se referiu ao envio de tropas do país.

Militarnyi disse que, se confirmado, o soldado seria o primeiro combatente norte-coreano a ser capturado pelas forças ucranianas.

Cerca de 11 mil soldados da Coreia do Norte foram mobilizados para ajudar os seus homólogos russosmeses depois de o líder do país, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, terem assinado um pacto de defesa mútua que obrigava cada país a ajudar o outro em caso de ataque.

Embora o Norte pudesse ganhar valiosa experiência no campo de batalha, os seus soldados mal treinados, que lutam em território desconhecido, foram rapidamente expostos aos perigos do combate.

Esta semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que mais de 3.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos na região de Kursk.

O envio de soldados norte-coreanos marcou uma escalada dramática na guerra, que começou há quase três anos, quando o Kremlin recorreu ao seu aliado para reforçar as suas forças. Também foi visto como uma tentativa de Putin de ampliar o conflito através do envolvimento direto na luta de um terceiro país.

Esta é uma notícia de última hora, por favor, volte para atualizações.



Leia Mais: The Guardian



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