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Como um escândalo sexual expôs uma ditadura africana - 16/12/2024 - Mundo - Acre Notícias
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Como um escândalo sexual expôs uma ditadura africana – 16/12/2024 – Mundo

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Como um escândalo sexual expôs uma ditadura africana - 16/12/2024 - Mundo

Jean-Philip Struck

A pequena nação da Guiné Equatorial, uma ex-colônia espanhola na costa oeste da África, raramente desperta a atenção da imprensa internacional, destacando-se ocasionalmente no noticiário por surtos de doenças, violações de direitos humanos e pelos estratosféricos níveis de corrupção.

Mas, no fim de outubro, o país apareceu no noticiário por causa de outro tipo de escândalo: o vazamento de centenas de vídeos de conteúdo sexual, que atingiram em cheio parte da elite do regime de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o segundo mais longevo ditador do mundo, que governa a Guiné Equatorial com mão de ferro desde 1979.

Os vídeos mostram um sobrinho-neto do ditador em momentos íntimos com dezenas de mulheres, incluindo esposas e parentes de outros membros do regime. Jornais de países vizinhos citam a divulgação de pelo menos 400 arquivos. Alguns deles registrados em prédios governamentais.

As imagens começaram a inundar as redes sociais da Guiné Equatorial no fim de outubro, provocando frenesi entre a população do país —que não conta com imprensa livre—, mas também expondo intrigas palacianas pela sucessão de Mbasogo e despertando reações misóginas contra as mulheres envolvidas.

Bello, o sobrinho-neto do ditador no centro do escândalo

O principal protagonista dos vídeos —e presumível responsável pelas gravações— é Baltasar Ebang Engonga, também conhecido como Bello. Sobrinho-neto do ditador, Bello, 54, ocupava a chefia da Anif (Agência Nacional de Investigação Financeira) de Guiné Equatorial, órgão que supostamente deveria investigar e combater casos de corrupção no país.

Boa parte dos cargos estratégicos do país é ocupada por parentes de Obiang. O pai de Bello, Baltazar Engonga Edjo, é sobrinho do ditador, e já ocupou diversos cargos ministeriais, além de ser uma figura influente no partido governante, o PDGE.

Em 25 de outubro, Bello foi destituído do cargo e preso pelo regime, acusado de desvio de verba pública e de depositar os valores em contas secretas em paraísos fiscais. Ele foi enviado para a notória prisão de Playa Negra, na capital, Malabo, o principal centro de punição para opositores do regime e que é frequentemente citada em relatórios de direitos humanos por suas condições brutais.

Agentes do regime também apreenderam computadores e telefones que pertenciam a Bello. Logo depois, os vídeos começaram a aparecer no Telegram e em outras redes sociais do país, tornando-se um dos assuntos mais comentados de Guiné Equatorial e de outros países africanos, superando em buscas temas como as eleições nos EUA.

Jornais de países vizinhos e usuários de redes sociais logo identificaram algumas das mulheres, apontando que seriam esposas e parentes de figuras que ocupam cargos administrativos na Presidência, no aparato de segurança do regime e na petrolífera estatal.

Várias imagens parecem indicar que algumas mulheres sabiam que estavam sendo filmadas por Bello. Não se sabe exatamente por que ele gravou os vídeos —alguns deles registrados no seu antigo escritório na Anif. Alguns usuários de redes sociais especularam se os registros poderiam ser algo além de um mero fetiche e que Bello poderia estar acumulando material para chantagear as mulheres ou seus maridos.

Disputa familiar pelo poder

O vazamento dos vídeos também provocou especulações sobre quem poderia estar por trás da divulgação depois da prisão de Bello e apreensão dos seus equipamentos —e os motivos.

Com a idade avançada do ditador, que tem 82 anos, há crescentes especulações sobre quem vai substitui-lo. Ativistas no exílio apontam que há uma luta interna pela sucessão e especularam que o vazamento pode ter sido feito para destruir a imagem dos envolvidos.

Bello era apontado como um dos nomes para assumir o comando do país. Poucos ativistas acreditam que acusações de corrupção tenham realmente motivado a prisão, considerando que toda a elite do regime tem as mãos sujas com enriquecimento ilícito.

No momento, o herdeiro presumível do regime é o filho mais velho do ditador, Teodoro Obiang Mangue, conhecido como Teddy, que no passado já enfraqueceu outros parentes na disputa pela sucessão, incluindo um meio-irmão que foi afastado da chefia do poderoso Ministério de Energia no ano passado.

Com 56 anos, Teddy ocupa o cargo de vice-presidente e é conhecido pelo estilo de vida extravagante, com predileção por iates, motos e carros de luxo, sendo rotineiramente citado como um dos membros mais notórios da cleptocracia que comanda Guiné Equatorial.

Em 2018, uma comitiva de Teddy foi flagrada no aeroporto de Viracopos, no Brasil, transportando US$ 1,4 milhão em espécie e relógios avaliados em US$ 15 milhões. Nos anos 2000, o Departamento de Justiça dos EUA também investigou o filho do ditador por suspeita de lavagem de dinheiro na compra de um triplex em São Paulo, avaliado em R$ 70 milhões.

Em 2018, agentes da Polícia Federal realizaram uma operação no imóvel de luxo. Em 2012, uma mansão do filho do ditador avaliada em € 100 milhões (R$ 611 milhões) nos arredores de Paris foi confiscada pelas autoridades francesas.

Teddy ainda enfrenta sanções no Reino Unido e já teve outros bens confiscados nos EUA, entre eles um par de luvas incrustadas com joias que havia pertencido ao cantor Michael Jackson, arrematado em um leilão por US$ 275 mil (R$ 1,5 milhão).

Regime usa episódio para fortalecer controle das redes

Ainda que o vazamento dos vídeos possa ter servido a um propósito político, o regime logo percebeu que o episódio havia atraído uma atenção internacional indesejada, com o país sendo alvo de zombaria e opositores no exílio usando o caso como um exemplo de decadência de membros da classe dominante.

Alguns dias após o vazamento dos vídeos, Teddy ordenou que as companhias de comunicação do país retirassem as imagens do ar em 24 horas. “Não podemos continuar a assistir famílias se desintegrarem sem tomar nenhuma atitude”, escreveu Teddy na rede X.

O regime da Guiné Equatorial também anunciou que ordenou a “suspensão imediata de todos os funcionários que tiveram relações sexuais nos gabinetes dos ministérios do país”.

Mas ativistas lamentaram que as medidas para suprimir os vídeos também possam ser usadas em um esforço mais amplo para enfraquecer o acesso às redes sociais no país, que são um dos poucos redutos para a circulação de informações na ausência de uma imprensa livre.

No mês de julho, o regime já havia limitado totalmente o acesso à internet e a redes de celular na ilha de Annobón, após moradores locais se queixarem sobre atividades predatórias de mineração na região. Em 2013 e 2017, o regime também bloqueou redes sociais após a eclosão de protestos.

Misoginia

O caso também escancarou uma atitude misógina no país e nas redes sociais. Enquanto as mulheres envolvidas foram alvo de críticas e julgamentos, Bello, a figura central de todas as gravações, recebeu elogios pela sua performance.

Alguns usuários escreveram que ele era digno de receber uma premiação ao estilo “Bola de Ouro”, enquanto jornais de países vizinhos fizeram textos em tom de zombaria especulando sobre qual seria o segredo para conseguir ter relações com tantas mulheres.

Até mesmo o vice fez um julgamento quando ordenou que os vídeos fossem suprimidos. “São mulheres casadas participando e se filmando em atos que prejudicam sua reputação e dignidade”, disse Teddy, em uma publicação no X.

Guiné Equatorial: rico em petróleo e notório pela corrupção

Com 1,7 milhão de habitantes e um território com tamanho semelhante ao estado brasileiro de Alagoas, Guiné Equatorial é o único país da África onde o espanhol é falado pela maioria da população.

Outras línguas oficiais incluem o francês e o português. Antes de passar a ser uma colônia espanhola entre 1778 e 1968, a região ficou por mais de dois séculos sob domínio do Império Português, quando foi transformada num centro de tráfico de escravizados enviados para o Brasil —em 2015, o regime patrocinou o desfile da escola de samba Beija-Flor, provocando críticas de organizações de defesa dos diretos humanos.

Em 1968, ao se tornar independente da Espanha, a Guiné Equatorial realizou aquela que até hoje é sua única eleição presidencial livre.

No pleito, venceu Francisco Macías Nguema, que rapidamente transformou o país em uma ditadura brutal, responsável pelo assassinato de dezenas de milhares de pessoas, levando a Guiné Equatorial a ser apelidada de “Dachau africana”, em referência ao campo de concentração nazista. Francisco Macías chegou a ser descrito como louco e psicopata por serviços estrangeiros de inteligência.

No final dos anos 1970, Macías ordenou a execução de parentes, levando a um golpe palaciano em 1979. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, seu sobrinho, depôs Macías e assumiu o poder, mantendo o regime até hoje. Macías foi executado naquele mesmo ano.

No poder, Mbasogo adotou uma abordagem um pouco menos brutal que a do seu tio, mas seu governo também se notabilizou pela perseguição de opositores, assassinatos, prisões arbitrárias, ausência de eleições livres, culto à personalidade e corrupção.

Nos anos 1990, uma companhia de petróleo americana descobriu vastas reservas no país, que hoje respondem por 97% das exportações. Mas os lucros nunca beneficiaram a maior parte da população, e ficaram concentrados nas mãos da elite do regime. Hoje, o país ocupa a 133° posição no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas —mais de 40 posições atrás do Brasil.

Em 2009, um artigo no jornal New York Times apontou que “poucos países do mundo representam tão bem a corrupção e o nepotismo movido a petróleo como a Guiné Equatorial”. O país aparece na 172° posição entre os 180 países do ranking de corrupção da ONG Transparência Internacional, à frente apenas de nações como Síria e Venezuela.





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Justiça manda soltar réus do caso Beto Freitas no RS – 17/12/2024 – Cotidiano

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Justiça manda soltar réus do caso Beto Freitas no RS - 17/12/2024 - Cotidiano

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou, nesta segunda-feira (16), a soltura de três acusados de matar João Alberto Silveira Freitas, homem negro assassinado em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, em novembro de 2020.

A decisão é baseada no excesso de prazo na prisão preventiva de um dos acusados, detido há quatro anos, e foi estendida aos outros dois réus que estavam na mesma situação.

Os três devem comparecer a todos os atos do processo quando forem intimados, manter os endereços atualizados e não sair de Porto Alegre sem autorização da Justiça por mais de 15 dias.

A Justiça gaúcha negou, este ano, a hipótese de motivação racial para o crime.

A ação penal aguarda julgamento de recurso do Ministério Público, que contesta no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o afastamento da qualificadora de motivo torpe para o crime.

Os seis réus do caso esperam a definição da data para o júri popular, determinado pela Justiça em dezembro de 2023.

“Embora a complexidade do feito seja inquestionável, não há justificativa razoável para a manutenção da prisão, por prazo desproporcional, circunstância que, acaso mantida, configura, na prática, o indesejado cumprimento antecipado da pena”, afirmou a desembargadora Rosaura Marques Borba, relatora do habeas corpus aceito pela Justiça

Além disso, a decisão cita o fato de o réu beneficiado ser primário e de ainda não haver data prevista para o julgamento.

Beto Freitas, como era conhecido, foi assassinado no dia 19 de novembro de 2020, um dia antes do Dia da Consciência Negra. O crime motivou uma série de protestos contra o racismo no Brasil.

Na noite do crime, ele foi levado por seguranças terceirizados para fora do supermercado, após um desentendimento no caixa.

No estacionamento da loja, na zona norte da capital gaúcha, foi espancado e asfixiado por seguranças. O ato foi filmado e presenciado por 15 testemunhas.



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África do Sul x Inglaterra: teste internacional de críquete feminino, terceiro dia – ao vivo | Grilo

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África do Sul x Inglaterra: teste internacional de críquete feminino, terceiro dia – ao vivo | Grilo

James Wallace (now) and Daniel Harris (later)

Principais eventos

22º: Inglaterra 47-2 (Knight 25, Sciver-Brunt 4) Três fora enquanto Knight e NSB trabalham no lado da perna. Com muitos gritos dos defensores e por trás dos tocos, a África do Sul sabe que esta é a parceria que precisa quebrar antes que ganhe algum impulso real.

21º final: Inglaterra 44-2 (Knight 24, Sciver-Brunt 2) Apenas uma das últimas novidades de De Klerk. Os marinheiros estão mantendo a luta pela África do Sul, o verdadeiro desafio virá se a Inglaterra os mantiver lá na segunda e terceira passagens. Parece um arrasador.

20º final: Inglaterra 43-2 (Knight 24, Sciver-Brunt 1) Nat Sciver-Brunt, recém-saído do primeiro século de entrada, junta-se ao seu capitão no meio. Se ela chegar cedo, a equipa da casa começará realmente a acreditar. Um movimento dos dedos dos pés para midwicket dá início ao NSB.

POSTIGO! Beaumont lbw b Sekhukhune 12 (Inglaterra 42-2)

Perdido! Beaumont é desfeito por um inswinger de apoio, a bola batendo em seu bloco na frente de todos os três tocos, dando ao árbitro nenhuma razão para duvidar e levantar o dedo devidamente. Uma recompensa pelo bom boliche até agora esta manhã na África do Sul.

19º: Inglaterra 40-1 (Knight 24, Beaumont 12) A panela de pressão começa a chiar em Bloemfontein quando uma terceira donzela consecutiva é lançada. Knight é sólido na defesa, de Klerk está encontrando um pouco de balanço no ar.

18º: Inglaterra 40-1 (Knight 24, Beaumont 12) Donzelas consecutivas, Sekhukhune pousa em um lenço e a África do Sul mantém as coisas sob controle.

17º: Inglaterra 40-1 (Knight 24, Beaumont 12) de Klerk costura uma donzela para os Proteas. Knight sobe para uma entrega longe do toco, mas seu impulso poderoso vai direto para o defensor no ponto. As mãos estão picadas e nenhuma corrida é feita. A vantagem da Inglaterra é de 154 corridas, mais 100 somadas a isso e eles serão os favoritos para vencer o jogo.

16º: Inglaterra 40-1 (Knight 24, Beaumont 12) Existem alguns problemas com lesões na escalação de boliche da África do Sul, Marizanne Kapp está lutando em todos os aspectos. Ela está usando uma blusa de manga comprida no campo, enquanto normalmente usa mangas curtas, pode ser apenas um guarda-sol, mas também pode ser um sinal de que ela não está planejando jogar boliche hoje. Tumi Sekhukhune tem o segundo saldo do dia e é decente, com apenas dois singles retirados.

15º: Inglaterra 38-1 (Knight 23, Beaumont 11) Beaumont tira a primeira bola dos dedos dos pés para abrir o processo. De Klerk está cheio e procurando algum movimento com esta bola de apenas quatorze saldos. Tomada! Heather Knight é boa demais para deixar um meio voleio flutuante passar impune e ela se inclina para uma cobertura e atravessa a lacuna habilmente para obter o primeiro limite do dia. As condições parecem muito boas para rebatidas.

Os jogadores entram em campouma primeira sessão intrigante em perspectiva. A África do Sul de Laura Wolvaardt precisa de alguns postigos rápidos para pressionar e garantir que a Inglaterra não fique muito na frente. Uma leve brisa agita as camisas e os mastros das bandeiras, Nadine de Klerk vai lançar a primeira. Tammy Beaumont em greve, vamos brincar!

Certo, minha TV agora está exibindo fotos de uma Bloemfontein iluminada e ensolarada em minha sala bastante escura no sul de Londres. Heather Knight está fazendo algumas rebatidas sombrias e a seleção sul-africana está amontoada na fronteira.

E aqui está o relato de Ali sobre o time masculino caindo no teste final da série na Nova Zelândia, para mergulhar em seus Burford Browns:

Aqui está o relatório de Raf do segundo dia para você aprofundar seus flocos de milho:

Preâmbulo

James Wallace

Olá e bem-vindo ao terceiro dia da África do Sul x Inglaterra em Bloemfontein. Depois de séculos de classe de Maia Bouchier e Nat Sciver Brunt em suas primeiras entradas e com Lauren Bell liderando um desempenho impressionante de boliche em equipe com quatro postigos, a equipe de Heather Knight está em uma posição de comando e tentará garantir a vitória sobre o no dia seguinte ou depois.

A capitã e experiente Tammy Beaumont está no limite com uma vantagem de 145 e mais nove postigos para esticá-la para uma posição de vitória. A África do Sul precisa de postigos rápidos para manter a sua perseguição no quarto turno administrável. Promete ser uma rolha.

A ação termina em pouco mais de meia hora, estarei aqui para mostrar a vocês a primeira metade do dia antes de passar para Daniel Harris na segunda. Deixe-nos saber seus pensamentos, teorias e reflexões festivas no e-mail no lado esquerdo desta página.

É o mais críquete época do ano.

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Atualizado em 07h41 GMT



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Orações da primeira sexta-feira em Damasco depois de Assad

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Orações da primeira sexta-feira em Damasco depois de Assad

Os sírios reuniram-se livremente para as orações de sexta-feira pela primeira vez desde a queda de Assad.



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