POLÍTICA
Como um ministro de Lula agiu nos bastidores da cr…
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Matheus Leitão
A estratégia de confronto do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, contra o Carrefour, rede internacional de hipermercados, deu certo, e em um momento chave: enquanto Brasil e França fazem nova queda de braço em meio às tratativas do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Não é de hoje – e, sim, de 1999 – que o Mercado Comum do Sul, bloco econômico que é o maior produtor de alimentos do mundo, tenta um acordo comercial com União Europeia para reduzir a cobrança de taxas de importação de bens e serviços mutuamente.
Pois bem.
Enquanto as negociações avançam nesta semana – com novas reuniões sendo consideradas chaves para a assinatura do tão esperado acordo comercial internacional – o Carrefour na França resolveu boicotar a compra da carne brasileira.
Não foi por acaso.
Alegou problemas sanitários graves na carne brasileira mesmo que consumisse o produto por décadas. A jogada no xadrez internacional gerou uma reação de frigoríficos como a JBS de não fornecer carne para a mesma rede de hipermercados no Brasil.
Foi uma decisão acertada porque o Carrefour na França sentiu o golpe, cedeu e se retratou à medida que a filial brasileira da rede começou a ter problemas graves de abastecimento.
Fávaro esteve no epicentro dessa reação, atuando com a mão firme e com declarações acertadas contra o que sabe ser um movimento que tem mais ver com outra questão. O fato de a França, que é contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, ser o país mais protecionista da Europa.
Os agricultores franceses pressionam há anos o governo de Emmanuel Macron temendo que o acordo comercial entre Europa e América do Sul prejudique os produtos locais não só na própria França mas no mercado europeu como um todo.
A verdade é que a briga entre o Carrefour e os frigoríficos brasileiros é apenas um capítulo de uma longa disputa comercial internacional. Ainda que as empresas brasileiras tenham saído vitoriosas, essa é uma boa oportunidade para melhorar a sua relação com o Meio Ambiente.
O país, sob o comando de Fávaro na Agricultura, deve investir mais profundamente na rastreabilidade dos seus produtos, incluindo a carne bovina, para provar que ela não está ligada ao desmatamento.
Os frigoríficos brasileiros fazem isso parcialmente. Todos os estudos ambientais mostram que o grande vetor de desmatamento no país é a pecuária. Para o bem do Brasil, essa cadeia tem que ficar absolutamente limpa.
E para ontem. Venceu-se a batalha, mas não a guerra. Compreenderam?
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A nova boa notícia na economia real que não ajudou…
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7 horas atrásem
3 de dezembro de 2024 Matheus Leitão
Na economia real, toda hora tem uma boa notícia.
Nesta terça, 3, confirmou-se que o país teve um crescimento do PIB maior do que o previsto, podendo ficar em 3,5% neste ano. O IBGE ja revisou os dados de 2023 para um crescimento de 3,2%. Ou seja, serão quase 7% em dois anos de governo Lula, bem mais do que o esperado por todos os analistas do mercado.
No caso do terceiro trimestre, mesmo com pequena desaceleração, o crescimento foi puxado pelo consumo, que leva a mais investimentos – empurrando os empresários começam a acreditar no país.
A indústria cresceu, os serviços cresceram, os investimentos cresceram, o consumo das famílias subiu. A notícia veio três dias após o desemprego atingir seu menor número da série histórica.
Ainda assim, tem muita notícia ruim.
Para o mercado financeiro isso são indicadores que podem trazer problemas. A inflação este ano, estourando o teto da meta, pode ser empurrada justamente pelo crescimento e o consumo. Com isso, os juros têm que subir, e não só pelo dólar.
Daí o Lula reclama, e o país continua neste espiral.
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POLÍTICA
AGU pede ao STF revisão de parte de regras para pa…
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8 horas atrásem
3 de dezembro de 2024 Da Redação
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a reconsideração parcial da decisão do ministro Flávio Dino que liberou o pagamento de emendas parlamentares. Nesta segunda-feira, 2, Dino decidiu que as emendas estão liberadas, mas devem seguir critérios de transparência e rastreabilidade. A decisão ocorreu após a sanção da lei que procurou corrigir os problemas apontados pelo STF.
As novas restrições apresentadas por Dino causaram insatisfação no Congresso, o que acendeu o sinal de alerta no governo, que depende dos parlamentares nas próximas semanas para aprovar o pacote de ajuste fiscal e o Orçamento.
No recurso, a AGU defende a reforma de pontos específicos que fazem parte da decisão do ministro. A AGU pede a revisão dos trechos que tratam da aprovação de um plano de trabalho para liberação das emendas, a identificação nominal dos parlamentares solicitantes e o ponto que trata do crescimento do volume total de emendas para 2025.
O órgão sustenta que a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva corrigiu os problemas apontados pelo STF. “É diante dessa decisão que vem a Advocacia-Geral da União, respeitosamente, requerer a reconsideração parcial, em pontos específicos, a fim de que se considerem os preceitos da Lei Complementar nº 210, de 2024, lei que, recém editada, é fruto do diálogo institucional, representando um grande avanço no regramento das emendas parlamentares no ordenamento, ao contemplar os consensos firmados no diálogo entre os poderes”, argumenta a AGU.
Ontem, o Supremo formou maioria de votos para referendar a decisão individual do ministro Flávio Dino que liberou as emendas. A decisão foi proferida no início da tarde e começou a ser analisada pelo plenário virtual da Corte.
(Com Agência Brasil)
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Lira pauta requerimentos de urgência para projetos…
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10 horas atrásem
3 de dezembro de 2024 Da Redação
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pautou para esta terça-feira, 3, a votação de requerimentos que pedem que projetos do pacote fiscal do governo tramitem em regime de urgência na Casa. Se aprovada a urgência, os projetos não precisarão passar por comissões e podem ser votadas diretamente no plenário.
Estão na pauta desta quinta os requerimentos para dois projetos, um que trata da mudança na correção do salário mínimo e do pente-fino no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Bolsa Família e outro que especifica gatilhos para impedir a concessão de benefícios tributários em caso de déficit fiscal — esse projeto também prevê o bloqueio de emendas parlamentares.
Na semana passada, Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeram celeridade na tramitação dos projetos do pacote fiscal, já que o Congresso tem poucas semanas de trabalho antes do recesso de fim de ano. O pacote foi apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após pressão para cortes de gastos do governo.
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