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Congresso da Argentina não derruba veto de financiamento universitário de Milei | Notícias de negócios e economia
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A Câmara Baixa do Congresso não consegue obter a maioria de dois terços necessária para anular o veto do presidente, apesar dos protestos em massa.
Câmara baixa do Congresso da Argentina não conseguiu reverter uma decisão presidencial veto de legislação que teria reforçado o financiamento público das universidades – uma vitória para o líder libertário do país após protestos em massa contra os cortes nas universidades nos últimos meses.
A votação de quarta-feira confirmou o veto do presidente Javier Milei a um projeto de lei que teria alinhado o financiamento das universidades públicas com a taxa de inflação da Argentina, uma das mais altas do mundo. A Argentina enfrenta uma crise económica com uma inflação anual próxima dos 240 por cento e mais de metade da sua população vive na pobreza.
Milhares de pessoas manifestaram-se contra as medidas de austeridade que Milei introduziu desde a sua vitória eleitoral no ano passado.
Milei, um autoproclamado anarcocapitalista, prometeu reduzir os gastos públicos e ridicularizou o sistema educacional, chamando o projeto de lei de financiamento universitário de “injustificado”. Ele argumentou que a lei colocaria em risco o equilíbrio fiscal que ele promoveu para enfrentar a crise económica de longa duração.
Os gastos com saúde, pensões e educação da Argentina foram os mais atingidos pelos cortes. Os salários das universidades perderam cerca de 40% do seu poder de compra devido à inflação.
Votaram a favor do projeto de lei de financiamento universitário 160 parlamentares, com 84 contra e cinco abstenções. A contagem ficou seis votos abaixo da maioria de dois terços necessária para reverter o veto do presidente. O partido de extrema-direita de Milei representa apenas uma pequena minoria no Congresso, mas formou alianças com legisladores conservadores para evitar que a oposição atinja o limite de dois terços necessário para aprovar a legislação.
Os estudantes têm pedido mais investimento em universidades públicas, que são gratuitas para todos. Milhares de pessoas manifestaram-se em frente ao Congresso, no centro de Buenos Aires, no início deste mês, erguendo cartazes com slogans como: “Como podemos ter liberdade sem educação?”
A licenciada em psicologia Ana Hoqui disse que compareceu ao protesto para defender o sistema educativo, o que lhe permitiu seguir a carreira de medicina.
“Eu nunca poderia ter treinado sem o sistema universitário público gratuito”, disse ela à agência de notícias AFP. “É por isso que vim defendê-lo, porque sinto que está em perigo.”
Os recentes protestos ocorreram meses depois centenas de milhares dos argentinos saíram às ruas em abril para expressar indignação com os cortes no ensino público superior. Os sindicatos, os partidos da oposição e as universidades privadas apoiaram os protestos em Buenos Aires e noutras grandes cidades, com um sindicato de professores a reportar um milhão de manifestantes em todo o país.
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Wicked: saiba 5 detalhes do figurino de Elphaba e Glinda
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21 de novembro de 2024A tão aguardada primeira parte de Wicked chega às telonas oficialmente nesta quinta-feira (21/11) e promete uma verdadeira experiência visual para o público. Inspirado no famoso musical da Broadway, o filme traz Cynthia Erivo e Ariana Grande como Elphaba e Glinda.
A história é um prelúdio do romance publicado por L. Frank Baum em 1900, e narra a amizade improvável das protagonistas e suas jornadas até se tornarem a Bruxa Má do Oeste (Erivo) e a Bruxa Boa do Sul (Grande). Com direção de Jon M. Chu, o longa carrega significado em todos os detalhes, inclusive no figurino, assinado por Paul Tazewell.
Vem conferir o resultado!
Inspiração atemporal
Vencedor do Tony e do Emmy, e indicado ao Oscar de Melhor Figurino por Amor, Sublime Amor, Paul Tazewell trabalhou em Wicked por dois anos. No processo, teve o desafio de conduzir mais de mil figurinos. Nos dias mais intensos, a produção teve mais de 100 artesãos trabalhando simultaneamente, de alfaiates a especialistas em 3D.
Ao invés de reimaginar o universo de Oz sob uma nova estética, Tazewell escolheu conectar o público a referências já conhecidas. Tudo foi pensado para traduzir atemporalidade e não deixar que o presente, nos anos 2020, fique visualmente evidente.
Para isso, ele se inspirou diretamente em trajes de O Mágico de Oz de 1939, estrelado por Judy Garland, nos figurinos da versão Broadway e no livro publicado por Gregory Maguire em 1995, inspiração do espetáculo que encanta gerações desde 2003. Assim como na versão teatral, com figurino original de Susan Hilferty, as referências à terra e ao ar estão presentes na adaptação de 2024, com a sequência prevista para o fim de 2025.
Elphaba: assimetrias e mais
As silhuetas de Elphaba são sóbrias, mas cheias de detalhes, e remetem diretamente a uma das peças mais importantes do visual da personagem: o chapéu assimétrico de bruxa. O momento em que Elphaba coloca o chapéu funciona como um “statement” de moda, já que marca um momento decisivo.
Dos botões aos sapatos, cada detalhe contribui com o desenrolar da história à sua forma, para manter os figurinos coerentes com a beleza e a força da bruxa. Os saltos das botas da personagem, por exemplo, aumentam à medida em que o enredo avança.
Plissado inspirado em… Cogumelos!
Menosprezada pelo tom de pele verde, Elphaba se sente mais conectada com os animais do que com as pessoas, e é uma defensora deles. Para reforçar essa conexão com a natureza, as principais peças da personagem têm microplissados assimétricos de chiffon, inspirados nas guelras da parte inferior dos cogumelos.
“Verde Elphaba”
Esqueça o verde-claro saturado que tomou a cultura pop nos últimos meses, ao menos por enquanto. Passado o “verão brat”, a cor do momento promete ser o “verde Elphaba”. À frente da maquiagem e do hairstyle do filme, Frances Hannon precisou encontrar um produto que ressaltasse a beleza de Cynthia Erivo diante das várias luzes do set, sem transferir para as roupas e sem parecer uma simples maquiagem facial. Manter a cor, segundo Hannon, foi mais difícil do que escolher. Para isso, ela encomendou uma maquiagem que carrega a tonalidade correta, mas usa como base uma sombra que, inclusive, já saiu de linha.
Leveza estruturada
O visual de Glinda traz cortes arredondados que remetem a espirais, com referências a borboletas e até à sequência de Fibonacci. O famoso vestido de “bolha”, característico da personagem, foi trabalhado em organza de seda e tule, com detalhes translúcidos no corpete e na saia.
A peça teve inspiração na versão usada por Glinda (Billie Burke) do clássico de 1939. A produção tomou cuidado para que a peça ficasse estruturada, mas sem pesar. Os adornos incluem lantejoulas e contas de cristal. O tom de rosa suave e quente também aparece no robe da personagem e em peças de alfaiataria.
Elementos que marcam o visual das duas personagens, como cores e formas, ganham ainda mais camadas nos looks de tapete vermelho usados por Cynthia Erivo e Ariana Grande durante a promoção do filme. A galeria abaixo traz alguns exemplos!
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Até o momento, a imprensa internacional tem tecido críticas positivas ao longa, que tem tudo para entrar na lista de “must see” também nos cinemas brasileiros. O figurino certamente exerce um grande impacto no sucesso do filme, uma vez que transporta os espectadores para um mundo mágico e lúdico, somado a atuações classificadas por alguns veículos como “irretocáveis”. Confira mais detalhes neste vídeo do Metrópoles Já Viu.
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Vício de Bach e Balzac, o café vai bem em coquetéis – 21/11/2024 – Daniel de Mesquita Benevides
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21 de novembro de 2024Casanova frequentava o Caffè Florian, na praça São Marcos, em Veneza —era o único que admitia mulheres. Ele tomava seu café, vindo custosamente de além-mar, e buscava a nova presa. A prática do épico galanteador e principalmente a discriminação de gênero soam péssimos para ouvidos contemporâneos, mas eram regra na época, 1720.
Nesse mesmo ano, um oficial da marinha francesa partiu para a Martinica com um único pé de café. Um passageiro atacou a planta, num gesto de loucura (algo comum nos sete mares). Ela sobreviveu, assim como a tempestades e piratas, sempre defendida por seu protetor. Durante uma terrível escassez de água, ele dividiu sua porção com a rubiácea.
Explica-se: o café era uma preciosidade e começava a virar uma febre nos círculos elegantes europeus. O grão surgiu na Etiópia, entre monges e pastores. Diz a lenda que as cabras comiam a frutinha e começavam a pular como se estivessem numa festa. Marco Polo trouxe a planta de suas viagens ao Oriente, em meados do século 13. Ao menos é o que se acredita.
Em 1730, Bach, entusiasmado com o café, sobre o qual dizia ser “delicioso como milhares de beijos, mais doce que um moscatel”(Casanova discordaria), compôs a cômica “Cantata do Café”. O libreto conta a história de uma jovem viciada em café e de seu pai tentando fazer com que pare com o vício. Curiosamente, a cantata é menos agitada do que se espera.
São muitos os fieis do café. Balzac, que só faltava injetar o líquido nas veias, acreditava que era a cura para o bloqueio criativo. Declarou, marcialmente: “uma vez que o café atinge o seu sistema, as ideias entram em marcha rápida, como os batalhões de um grande exército”. T.S. Eliot foi mais humilde: “Medi minha vida com colheres de café”.
A cafeína pode matar insetos, mas é preciso 50 xícaras de café em seguida para que ela seja fatal ao ser humano. O filósofo Voltaire chegou perto e tomou as tais 50 xícaras, mas ao longo de um dia. Viveu 83 anos, driblando as recomendações médicas. Um amigo lhe disse que o café era um veneno lento —ao que ele respondeu: “deve ser lento mesmo, pois tomo desse veneno há 75 anos”.
Voltaire, com seu sorriso entre o gentil e o irônico, faria aniversário dia 21. Vão-se 330 anos. Com mais de 20 xícaras diárias, dizia que “ao tomar a bebida, a pessoa sente-se bem e com esperança, e a melancolia desaparece”. Um feito e tanto, comprovado pelos zumbis matutinos, quando, após rolar de noite na cama, revivem com goles de coffea arabica. Basta o cheiro para levantar as pálpebras.
Há muitos coqueteis cafeinados para brindar ao grande pensador iluminista: irish coffee, expresso martini, rich coffee, eye opener…a lista é longa. O importante é ter em mente que “a busca do prazer deve ser o objetivo de toda pessoa racional”, como disse o autor de “Cândido”.
Nightcup
- 60 ml de rum
- 60 ml de café coado
- 15 ml de xarope de bordo (maple syrup)
- Um lance de Angostura
- Água com gás
Bata os quatro primeiros itens com gelo. Coe para um copo Collins com gelo até a borda. Finalize com a água com gás e o espirro de uma casca de laranja.
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Acordo judicial não atrapalha realização de 2º edição do CNU
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21 de novembro de 2024 Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
O acordo firmado entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério Público Federal (MPF) para garantir a continuidade do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) não atrapalha a realização de uma segunda edição do certame. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (21) pela consultora jurídica do MGI Karoline Buzzato.
“[O acordo] traz mais segurança à continuidade do CPNU e não atrapalha em nada uma possível realização de uma segunda edição. Na realidade, tudo é um processo de amadurecimento. Toda política pública passa por esse processo de transformação natural. O Enem foi assim e hoje é um grande programa. Algumas questões já nem se debate mais, mas levaram anos. Nós que não estamos nesse dia a dia do Enem talvez esqueçamos o tanto que ele já nos deu trabalho dentro da administração pública para chegar numa política tão formatada como é atualmente”.
“De nossa parte, juridicamente falando, ao menos o entendimento é que esse acordo em nada atrapalha uma segunda edição. Pelo contrário, ele apenas nos traz aprendizados, amadurecimento e certamente auxiliará nas opções que a gestão deverá fazer para uma segunda edição com ainda mais segurança desde o seu princípio”, completou Karoline.
O coordenador geral de Logística do CPNU, Alexandre Retamal, disse que o governo ainda não tem uma data definida para a realização de uma segunda edição do CPNU. “Em breve, teremos. Já foi feita uma consulta aos órgãos, que já teve resultado. Agora, os dados estão sendo consolidados. Temos também a questão orçamentária para ser avaliada até que a gente possa chegar a uma definição de quando e como será o próximo CPNU”.
“Com certeza, esses aprendizados todos vão fazer com que a gente faça uma próxima edição muito melhor, tanto em termos de editais, contratação, como em avanços que a gente quer trazer para que a segurança continue existindo. É muito importante a gente entender que todos esses pontos foram trazidos para dentro do edital para ampliar a segurança do concurso”, disse Retamal.
“Para a gente tomar essas decisões que tomamos e que estão no acordo, consultamos novamente a Polícia Federal para ter certeza de que a segurança do concurso está garantida. Isso, pra nós, é um ponto preponderante: garantir a transparência, a segurança, a idoneidade e a legitimidade dos resultados que vão ser divulgados. A gente quer poder aprimorar mais ainda isso para a próxima edição”, acrescentou Retamal.
Cronograma
O coordenador reconhece que o acordo tem impacto direto no cronograma do concurso, inclusive postergando o resultado final para 11 de fevereiro. “Esse novo cronograma chega nessa data porque, com essas decisões, a gente precisa reiniciar um processo longo de corrigir as provas objetivas desses candidatos eliminados que agora estão sendo reintegrados. Com base nesses resultados, vamos corrigir as provas discursivas desses candidatos também”.
“Além disso, tem toda a correção das provas discursivas dos candidatos para cotas, candidatos negros e pardos que vão ter as provas discursivas também corrigidas, igualando ao número de candidatos que tiveram a correção de provas na ampla concorrência. Candidatos para ATPS [Analista Técnico de Políticas Sociais] vão poder entregar os títulos nos dias 4 e 5 de dezembro, mas também candidatos concorrendo a cotas e reintegrados ao concurso”, acrescentou.
“Por isso, a gente vai ter um percurso longo novamente, de corrigir dissertativas, avaliar títulos e fazer as bancas de heteroidentificação, tanto de candidatos negros como também de candidatos questão sendo reintegrados ao concurso”, completou o coordenador.
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